domingo, 30 de novembro de 2008

Nuvem negra

Há dias em que estamos mal humorados, afinal somos seres humanos que enfrentamos estresses, contrariedades cotidianas ou apenas uma noite mal dormida que nos deixa mal naqueles momentos! É o que apresenta essa canção do Djavan, eternizada pela Gal Costa.

Nuvem negra relata um mal humor extremo, exibindo detalhes e atitudes que comprovam esse sentimento. Mas, a canção aponta para uma luz, dias melhores virão! E em nossa vida não é diferente, pois os momentos ruins como os bons também passam como as nuvens carregadas!

Nuvem negra
(Djavan)

Não adianta me ver sorrir
Espelho meu, meu riso é seu
Eu estou ilhado

Hoje não ligo a Tv
Nem mesmo pra ver o Jô
Não vou sair, se ligarem não estou

À manhã que vem
Nem bom-dia eu vou dar
Se chegar alguém
A me pedir um favor eu não sei
Tá difícil ser eu
Sem reclamar de tudo!

Passa nuvem negra, larga o dia
E vê se leva o mal que me arrasou
Pra que não faça sofrer mais ninguém

Esse amor que é raro e é preciso
Pra nos levantar me derrubou
Não sabe parar de crescere doer

Um forte abraço a todos!

sábado, 29 de novembro de 2008

Luiz Gonzaga - Danado de bom

Saudade, na música brasileira, tem alguns significados, alguns nomes como Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Tim Maia, Dorival Caymmi, Elis Regina, enfim, tantos artistas grandiosos quanto Luiz Gonzaga. E essa saudade é saciada em parte com os fonogramas e vídeos que essas estrelas nos deixaram de herança! É o caso desse grande dvd lançado em 2003, contendo o show que Luiz Gonzaga e convidados fizeram na Rede Globo em 1984 e alguns extras.

O show começa com trecho de A volta da Asa branca, emendando com Danado de bom, que dá nome ao espetáculo e que não deixa nenhum forrozeiro parado. Na sequência, Terra vida e esperança, seguida de Aproveita gente, com a participação do sanfoneiro Sivuca. Pense n´eu é o primeiro encontro emocionado com outro saudoso: Gonzaguinha, pai e filho cantando a união de seu povo!

Sete meninas traz Dominguinhos, que aprendeu e acompanhou Gonzaga em grandes shows. Sebastiana, apresenta a forrozeira Guadalupe para mais um dueto, sendo seguida de mais um clássico de Gonzaga: Pagode Russo. Fagner, que havia gravado um disco inteiro com Gonzaga, reviveu alguns clássicos em vídeo: fomos privilegiados com Respeita Januário, Riacho do navio e Forró no escuro.

Elba Ramalho também atendeu ao chamado do mestre para dividir os vocais em Sanfoninha Choradeira. O clássico Boiadeiro também se fez presente, encerrando a noite com Asa branca, com direito a volta ao palco de Fagner, Sivuca e Guadalupe. Nos extras, duetos com Gonzaguinha e trechos do Globo Repórter com Gonzagão voltando à sua terra, Exu/PE. Ainda conferimos imagens dos anos 50 de Gonzaga e uma apresentação sua com coral interpretando Maria de Ary Barroso, na década de 70.

Nesse show, Gonzaga se dispede de seu público. Afirma que está encerrando sua carreira e que se dedicaria à sua família. Graças a Deus, ele nunca se foi, nem depois de sua partida para o andar superior, onde toca para os anjos e para nós, que eternamente o consideramos o rei do baião!

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Mas quem disse que eu te esqueço...

O mundo do samba é agraciado por grandes figuras nesse país, afinal é esse um dos ritmos mais conhecidos e cultuados lá fora. Quem escuta falar de Brasil, logo associa aos ritmos Bossa Nova e ao Samba carioca. E, dentro desse universo temos os mais variados artistas como uma senhora, uma diva, uma Dona, Yvonne Lara da Costa.

Natural do Rio de Janeiro, a cantora e compositora D. Yvonne Lara veio de uma família humilde. Foi criada por tios, com os quais aprendeu a tocar cavaquinho e ouvir samba. Mais tarde, chegou a ter aulas de canto com Lucila Villa-Lobos, recebendo elogios do esposo dessa, o maestro Villa Lobos. Sua consagração veio nos anos 60, embora tenha composto canções em décadas anteriores, quando tornou-se a primeira mulher a fazer parte da ala de compositores de escola de samba. Atualmente, desfila pela Império Serrano.

Formada em enfermagem, atuou na profissão até meados dos anos 70, quando passou a dedicar-se exclusivamente à carreira artística. Entre os artistas que já gravaram D. Yvonne, temos Caetano Veloso, Cauby Peixoto, Gal Costa, Maria Bethânia, Beth Carvalho, Gilberto Gil, Clara Nunes, Paulinho da Viola, entre tantos que já se renderam às suas composições, algumas em parceria com Hermínio Bello de Carvalho ou Délcio Carvalho. Entre elas, podemos citar: Sonho meu, Mas quem disse que eu te esqueço, Minha verdade, Minha raiz, Sorriso e criança, Tendência, Serra dos meus sonhos dourados, Se o caminho é meu, Alvorecer, Alguém me avisou, Força da imaginação, etc.

Sem sombra de dúvidas, aqui está mais uma artista motivo de orgulho para seu povo, com sua batalha, seu amor cantado em suas letras, em seus sambas alegres e românticos que embelezam nossos carnavais e elevam nosso estado de espírito!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Fogo e paixão

Wanderley Alves dos Reis é o Wando, mais um cantor romântico com o qual a música brasileira é prestigiada. Natural de Cajuri/MG, é formado em violão erudito e fez muito sucesso no país, sobretudo nos anos 70 e 80, quando foi regravado por artistas como Roberto Carlos e Nelson Gonçalves.

Wando foi um cantor da noite, aprendeu bastante com essa escola. Pouco tempo depois, começou a compor suas próprias canções. Já em São Paulo, teve uma canção gravada por Jair Rodrigues: O importante é ser fevereiro. Em 1975, após alguns compactos e LPs gravados, estourou em todo país com a canção Moça. É um fato bastante curioso na vida artística do Wando: começou cantando e compondo sambas, mas do segundo disco em diante, optou pelo gênero romântico, com o qual se apresenta até hoje.

Mais tarde, suas composições ganham ares mais sensuais, o que lhe rende o título de cantor mais erótico do país, mas nada sem apelações vulgares. E contribui para esse título, atirando para suas fãs, calcinhas em seus shows. Seus maiores sucessos são: A menina e o poeta, Eu acho que estou perdendo você, Fogo e paixão, Moça, Safada, Estou apaixonado, Deixa eu te amar, Nas curvas do teu corpo, etc. É sem sombra de dúvida mais um cantor romântico, distante da mídia, mas presente no incosciente brasileiro dos fãs que o cultuam país afora.

Um forte abraço a todos!

domingo, 23 de novembro de 2008

Pagu

Verão chegou e o culto ao corpo e à estética volta à tona. Rita Lee e Zélia Duncan deram seu recado a esse exagero todo que a sociedade cria, rotulando algumas pessoas! Não vamos entrar no mérito da discussão que cuidar do corpo é importante, sobretudo para a saúde. Em um país onde os números de obesos, hipertensos e diabéticos, se elevam a cada pesquisa, é preciso ficar de olho nos quilinhos a mais!

Entretanto, o ser feminino é muito superior a um corpo "sarado". A inteligência e sua força estão na alma, no pensamento, nas atitudes, etc. E infelizmente a sociedade cria rótulos e padrões de beleza, surtindo um efeito negativo: o da exclusão e da depressão de algumas pessoas que não se enquadram nesse modelo.

Mas, as inteligências de Rita e Zélia foram fuminantes ao comporem essa canção que fala muito mais que minhas meras palavras. O título dessa canção é em homenagem à figura literária do modernismo Patrícia Rehder Galvão, escritora e jornalista brasileira, mais conhecida como Pagu, uma mulher a frente de seu tempo que enfrentou escândalos na sociedade ao casar-se com Oswald de Andrade, separado de Tarsila Amaral. Além de envolvimentos com o comunismo chegando até a ser presa.

Pagu
(Rita Lee e Zélia Duncan)

Mexo, remexo na inquisição
Só quem já morreu na fogueira
Sabe o que é ser carvão

Eu sou pau prá toda obra
Deus dá asas à minha cobra
Minha força não é bruta
Não sou freira, nem sou puta...

Porque nem toda feiticeira é corcunda
Nem, toda brasileira é bunda
Meu peito não é de silicone
Sou mais macho que muito homem

Sou rainha do meu tanque
Sou Pagu indignada no palanque
Fama de porra louca
Tudo bem, minha mãe é Maria Ninguém

Não sou atriz, modelo, dançarina
Meu buraco é mais em cima

Porque nem toda feiticeira é corcunda
Nem, toda brasileira é bunda
Meu peito não é de silicone
Sou mais macho que muito homem...

Um forte abraço a todos!

sábado, 22 de novembro de 2008

Zizi Possi - Pedaço de mim

Não vejo problema algum em indicar algum disco ao vivo ou coletânea, pois neles encontramos os grandes hits dos artistas que admiramos e geralmente por preços mais acessíveis! Claro que o grande fã do artista considera esse projeto dispensável, mas algumas coletâneas como essa explorada hoje apresentam além da excelente seleção de repertório, um material gráfico bem trabalhado, além de fotos inéditas, tornando-se mais atraente em toda coleção de qualquer fã!

Lançado em 1998, O melhor de Zizi Possi - Pedaço de mim mescla sucessos recentes da diva em italiano, com seus mais populares e antigos sucessos de início de carreira, passando por várias fases desta. A faixa-título do cd é também a que abre o projeto com Zizi e Chico Buarque numa gravação original de 1979, que apontou horizontes para a então iniciante Zizi. Em seguida, o clássico italiano Per Amore que também se tornou um clássico na obra dessa grande intérprete.

Meu bem-querer de Djavan ganha a suavidade de sua interpretação, seguida de Eu velejava em você, composição de Eduardo Dusek e, Papel Machê, de João Bosco. Na sequência, Noite e Asa morena que é, talvez, sua interpretação mais conhecida, bem como Caminhos do Sol e A paz, de Gil e Donato. Mundo cruel, já não é tão conhecida, porém Perigo foi seu maior sucesso radiofônico. Lindo também é a interpretação de Zizi para Tempos modernos de Lulu Santos, bem como Mais Simples e Ho capito che ti amo, que encerram o disco.

A obra da Zizi apresenta uma grande intérprete eclética e uma voz apreciada por tantos que apreciam seus sucessos e se deliciam com canções lindíssimas como algumas apresentadas nesse projeto que nos oferece Zizi Possi em todas as fases e ritmos!

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Quando o segundo sol chegar...

Outro ex-titã que brilha em sua carreira solo, como cantor e excelente compositor já há alguns anos é José Fernando Gomes dos Reis, o grande Nando Reis. Natural de São Pulo, após se desligar da banda que lhe deu alicerce como músico, quando já compunha paralelamente para a própria banda e para outros artistas, segue acompanhado pela banda Os infernais.

Não é a toa que Nando já era considerado grande, antes de tomar carreira solo. Como compositor fez grandes hits para artistas como Marisa Monte, em Diariamente, e Cássia Eller, em O segundo sol e Relicário. O que falar de É uma partida de futebol e Resposta, gravada pelo Skank? Outros sucessos como Ao meu redor e Dois rios, além das composições para os Titãs como Marvin, Pra dizer adeus, Os cegos do castelo, Homem primata, entre tantas outras, colocam Nando no patamar dos grandes compositores brasileiros e em um dos melhores da nova geração!

Sem sombra de dúvidas, como já afirmado acima, Nando é um dos grandes nomes da música brasileira contemporânea. Seu público jovem cada vez mais aprecia seu trabalho e a cada instante adquire mais admiradores à sua arte de cantar, tocar e compor. Mas, Nando não escolhe suas influências que vão desde Roberto Carlos até Wando, o que caracteriza sua pluraridade cultural na hora de compor e interpretar suas canções que tanto emocionam país afora!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Cada toada representa uma saudade...

Esse blog tem hoje a honra de prestar uma singela homenagem a esses dois artistas lendários de nossa música brasileira, específicamente sertaneja raiz! Ninguém cantou mais o interior brasileiro que João Salvador Perez e José Perez, nossos Tonico e Tinoco.

Nascidos em uma fazenda no interior de São Paulo, Botucatu foi o palco do nascimento dos dois maiores caipiras do país, que nunca se desprenderam de suas raízes! Na década de 30, ainda adolescentes, já cantavam interior a dentro. Gravaram e lançaram seu primeiro disco em 1944 com o sucesso Em vez de agradecer.

Sem sombra de dúvida, esses são as maiores influências dos atuais sertanejos e quando se fala em música caipira, autência do interior de nosso país, não podemos jamais esquecer deles e de seus eternos sucessos como Chico Mineiro, Chalana, Moreninha linda, Adeus Mariana, Mourão da porteira, Tristeza do Jeca, Boiada Cuiabana, O cio da terra, O menino da porteira, Cabocla, Chitãozinho e Xororó, Canoeiro, Rei do gado, Saudade da minha terra, Canta moçada, entre outros.

Eis aqui dois autênticos brasileiros que cantaram tão bem seu interior, suas raízes, seus amores, de forma tão simples e verdadeira, mostrando a sinceridade de um povo. Tonico partiu em 1994 e Tinoco segue cantando os sucessos da dupla, agora na companhia de seu filho Tinoquinho. A dupla faria 70 anos de carreira em 2006, um trabalho simples e respeitável por todos nós!


Um forte abraço a todos!

domingo, 16 de novembro de 2008

Tente outra vez

A canção da música brasileira que nos levará a refletir por essa semana vem de Raul Seixas e Paulo Coelho, numa das mensagens mais otimistas e incentivadoras do nosso cancioneiro. Tente outra vez foi bastante regravada recentemente como forma de lembrar o Raul e também de demonstrar que sua mensagem é sempre atualíssima!

Todos nós temos nossos momentos de luta, de desânimo, de desafios, perdas e ganhos! E a música brasileira mostra, através de letras como essa, que devemos sempre seguir em frente, com a fé que temos em Deus, nos homens, na vida, na natureza, em nós mesmos! É o que diz a canção do Raul. E porque não pensar assim?

Tente outra vez
(Raul Seixas, Marcelo Motta e Paulo Coelho)

Veja! Não diga que a canção está perdida
Tenha em fé em Deus, tenha fé na vida
Tente outra vez!

Beba! Pois a água viva ainda tá na fonte
Você tem dois pés para cruzar a ponte
Nada acabou! Não! Não! Não!

Tente! Levante sua mão sedenta e recomece a andar
Não pense que a cabeça agüenta se você parar
Não! Não! Não!Não! Não! Não!

Há uma voz que canta, uma voz que dança
Uma voz que gira bailando no ar...

Queira! Basta ser sincero e desejar profundo
Você será capaz de sacudir o mundo. Vai!
Tente outra vez!

Tente! e não diga que a vitória está perdida
Se é de batalhas que se vive a vida
Tente outra vez!...

Um forte abraço a todos!

sábado, 15 de novembro de 2008

João Gilberto - Eu sei que vou te amar

Um dos discos preferidos que tenho é esse: João Gilberto ao vivo - Eu sei que vou te amar! Em época de comemoração pelos 50 anos da Bossa Nova, nada mais apropriado. Demorei pra ter um disco do João, primeiro porque sua discografia é meio rara, segundo porque queria um disco que reunisse suas maiores interpretações, o que não é tão fácil! Entretanto, nesse álbum podemos afirmar que estão algumas de suas maiores interpretações, afinal, qual interpretação sua não é maior?

Confesso que fiquei apreensivo quanto a ouvir João. Por ser um disco voz e violão, pensei: ou eu adoro como muitos ou odeio, por não compreendê-lo. O resultado foi surpreendente: Uma divisão de voz perfeita e um violão com uma batida única e dissonantes lançados aos ouvidos dos apaixonados pela boa música! Apaixonante!

João abre o show com Eu sei que vou te amar, de Tom e Vinícius, os dois compositores que mais tiveram sucesso em sua voz e, sem sombra de dúvidas, seus preferidos. Temos mais Tom em Desafinado, para então surgir a suavidade perfeita na interpretação da obra de Caymmi em Você não sabe amar, que só o João sabe interpretar com toda aquela doçura.

Tom alternadamente aparece no show com Fotografia, Meditação, Se é por falta de Adeus, Chega de Saudade, Corcovado e O amor em paz. Caymmi também reaparece em Rosa Morena e Lá vem a Bahia. Outros clássicos do repertório do João surgem com Pra que discutir com Madame, Isto aqui o que é?, Da cor do pecado, Guacyra, A valsa de quem não tem amor, Estate e Aos pés da cruz. Os fonogramas foram colhidos de um show para a Tv Cultura em 1994.

Acredito que existe aquele que não gosta dele, mas confesso que é muito bom, fascinante admirá-lo e contemplar sua obra que beira à perfeição, com sua batida, sua dissonância, sua interpretação única!

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Lembro só das vezes que te amei demais

Ela é tida como a mais famosa afilhada musical do rei Roberto Carlos e no final da década de 70 e por toda década de 80 foi um estouro nas rádios com suas gravações e interpretações que emocionaram o país. Desde criança já pensava em música, pois aos quatro anos ganhou um piano de seu pai e teve auxílio de seu avô nas primeiras notas e acordes.

Seu pai era amigo do Roberto, com quem já convivia e que seria peça fundamental em sua carreira artística. Sempre foi a número um da sala onde estudava e já aos doze anos mostrou suas composições ao rei da música brasileira. Roberto a indicou para fazer um teste em sua gravadora e obteve aprovação, gravando sua primeira canção Tão só!

E no ano seguinte recebeu de presente de aniversário do rei a canção mais marcante de sua carreira e o primeiro sucesso nacional: Lembranças! Essa canção rendeu mais de um milhão de cópias e seis meses no topo da parada de sucessos. Em 1980, outro presente do rei, a canção Cedo pra mim, além das canções de sua autoria que começavam a entrar nas trilhas de novelas globais.

Outros sucessos sucederam nos anos 80 como O amor é nosso, Ah esse amor, Até quando, Sempre me faz bem, Todo o prazer, Desejos, Uma voz no coração, Me ensina o que fazer, Coração ferido, Idas e voltas, Quando o amor acaba, De carona na felicidade, entre tantos, sem falar em um novo e estrondoso sucesso nacional na década de 80 que foi Qualquer jeito, versão de Roberto e Erasmo!

Kátia, além da grandiosa cantora romântica que representa, mostra através de sua arte e figura humana que podemos vencer diversos obstáculos em prol dos nossos objetivos! Seria legal se a mídia abrisse mais espaço para artistas como esses que provam, através de sua musicalidade, que o amor atravessa barreiras e está na voz do povo!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Eu vou te dar amor maior e mais profundo...

Mais um dos cantores mais populares desse país, amado por uns, ignorado por outros, a verdade é que Reginaldo Rossi já está há mais de 40 anos seguido por uma legião de fãs que o deram a coroa de rei do brega, título esse que ostenta com muito orgulho! Sem falar que este é um dos campeões de covers no Brasil.

Antes de ser cantor, Reginaldo estudou matemática e engenharia, mas abraçou sua arte e dedicou-se integralmente a ser cantor e compositor. Rossi iniciou sua carreira cantando iê-iê-iê, com seu primeiro sucesso O pão em 1964. Participou da Jovem Guarda e fez vários sucessos populares, se consagrando como cantor romântico ou brega. Rossi define isso como um estilo como outro qualquer e não da forma pejorativa como tantos defendem! Afirma que canta sucessos em francês, inglês e italiano que se convertessem suas letras para o português, soariam como cafona, algo puramente hipócrita, como define!

Seu sucesso veio mesmo na década de 70 com Mon Amour, meu Bem, ma Femme, já regravada dezenas de vezes pelos mais diversos artistas. Curioso é que embora tenha passado muito tempo esquecido pelo público sulista, Rossi sempre esteve no auge no Norte e Nordeste do país, especialmente divulgando as belezas do Recife e Região, a quem se define como um apaixonado! Em meados dos anos 90, foi redescoberto pela mídia com o ressurgimento da canção Garçom, que fez mais sucesso por essa época que quando foi lançada em 1987.

Outros sucessos memoráveis de Reginaldo Rossi são A raposa e as uvas, Namoradinha de um amigo meu, A volta, Amanhã, As quatro estações, Deixa de banca, Esqueça, Eu devia te odiar, Eu não presto mas eu te amo, Garçom, Itamaracá, Leviana, Na hora do adeus, O dia do corno, Recife minha cidade, Se meu amor não chegar, Tô doidão, Volta, Tenta esquecer, entre tantos outros que sempre estiveram presentes no rádio, nas casas de seus fãs e nos repertórios dos cantores da noite do país afora.

Como conterrâneo do Reginaldo, afirmo que seu sucesso é algo constante e que merece respeito, quando não reverências, afinal de contas são muitas pessoas que pegam sua cervejinha e se dão o prazer de cantar junto com o rei do brega sucessos populares que tão bem contam os amores e desamores de um povo apaixonado! E essa coisa de brega ser algo menor é pura balela como ele defende tão bem através de sua musicalidade!

Um forte abraço a todos!

domingo, 9 de novembro de 2008

Volta ao começo

Gosto do Fábio Jr., seja como compositor, como intérprete, como grande nome da nossa música brasileira, grande cantor romântico, afinal, romantismo anda meio escasso! Essa canção foi lançada na década de 80 e firmou-se como um clássico de seu repertório.

Muitas frases filosóficas em torno de um amor que não deu certo poderiam ser repetidas em nosso cotidiano, pois a letra traz muito a se aprender! Coisas como "Um campeão se mostra na derrota..." ou "A ferro e a fogo o amor marcas deixou..." são bastante profundas. E amores estão aí para serem vivenciados, reverenciados, pois crescemos com eles e mesmo quando não dão certo, é o que diz a canção: "A faca é cega, mas ainda corta..."

Volta ao começo
(Enrique Urquijo Prieto e Cláudio Rabello)

Todo caminho tem, tem ida e volta
E um coração, alguém que já amou
Um campeão se mostra na derrota,
Na força pra lutar quando já cansou

O quarto ainda é frio e a cama queima
Só de lembrar quem nela se deitou
Minha história é essa, esse é o problema
A ferro e a fogo o amor marca deixou

Toda saída tem a sua porta
O que se faz aqui se vê depois
A faca é cega, mas ainda corta
Quem disse o que já era ainda não foi

Estou morrendo aos poucos, esse é o preço
De amar quem nunca teve tal valor
Um dia ainda volto ao começo
E apago então as marcas desse amor...

Um forte abraço a todos!

sábado, 8 de novembro de 2008

Os ao vivo do Chico - 3

Com esse disco, encerramos a série Os ao vivo do Chico, apresentados em 04/03 e 15/05, com dois grandiosos discos ao vivo do Chico, Le Zenith e As cidades, respectivamente. O último cd ao vivo da série é o Carioca ao vivo, aqui representado pela capa do dvd, que foi mais feliz por apresentar o artista e não apenas sua sombra como no cd!

Com 28 canções, Carioca ao vivo duplo traz as composições mais recentes do Chico e alguns de seus inesquecíveis sucessos! Gravado no Tom Brasil em 2006 e no Canecão em 2007, o projeto tem produção e arranjos de Luis Cláudio Ramos, que dirige os shows do Chico já há alguns anos!

Recluso dos palcos até então, Chico inicia o show com Voltei a cantar de Lamartine Babo, emendando com Mambembe e Dura na queda. Na sequência, uma homenagem ao que Chico mais ama, depois da música e literatura: O futebol. Para matar a saudade de Clara Nunes, interpreta Morena de Ângola. A parceria com Ivan Lins é entoada em Renata Maria, sucesso mais recente de seu repertório e que reflete bem o Rio de Janeiro. Seguida de Outro sonhos, também do repertório mais contemporâneo.

Imagina, que Chico fez com Tom se fez presente, seguida de Porque era ela, porque era eu e o fox belíssimo Sempre, abrindo algumas questões temas de filmes. Lindo é ouvir Mil perdões que o Chico resgata. O primeiro disco ainda traz A história de Lily Braun, A bela e a fera, Ela é dançarina, As atrizes, Ela faz cinema e Eu te amo, essas duas últimas, de arrasar! O segundo disco traz como abertura Palavra de mulher, seguida de Leve, Bolero Blues, As vitrines (essa esteve nos três projetos ao vivo, coincidentemente), Subúrbio e Morro Dois Irmãos, canções meio desconhecidas do repertório mais recente do Chico, com exceção de As vitrines.

No último bloco, canções como Futuros amantes e Bye, bye Brasil levantam novamente a platéia, seguidas de Cantando no Toró, Grande hotel, Ode aos ratos e Na carreira, encerrando o espetáculo com os clássicos Sem compromisso, Deixe a menina, Quem te viu quem te vê e João e Maria. É mais um grandioso espetáculo desse que é sem sombra de dúvida o maior compositor da história da música brasileira, apresentando nesse show, seus sucessos mais recentes, mesclado com clássicos inesquecíveis de sua fascinante obra!

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Vem mostrar pra mim o seu calor...

Uma das grandes vozes baianas de todos os tempos: Margareth Menezes. Começou a cantar em corais religiosos ainda pequena. Aos quinze anos aprendeu violão e ao dezoito já atuava como atriz em peças teatrais de Salvador, começando a cantar aos vinte anos em barezinhos da cidade.

Estréia em shows já em 1985 e em 1987, com o advento da axé music e a participação feminina em trios elétricos tornou-se vocalista de trio do bloco 20 vê. Alcançando sucesso internacional expressivo, Margareth transita entre o axé e a mpb. É fascinante contemplar seu canto em canções mais intimistas, não muito comum em suas apresentações em trios.

Entre seus grandes sucessos, podemos destacar A luz de Tieta, Dandalunda, Faraó Divindade do Egito, Como tu, Chama ele, Balanço do mar, Luz dourada, Alegria da cidade, Me abraça e me beija, Miragem na esquina, Sou faraó, Pra você, Liberdade, Ilê que fala de amor, Haja amor, Balanço do mar, entre outras que expressam sua grandeza no palco e sua versatilidade nas interpretações e no canto de nossa música brasileira!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Uma voz no ouvido...

Uma das promessas mais recentes da música brasileira traz no sangue harmonia e melodia veteranas! O filho de Elis Regina e César Camargo Mariano traz na voz a alma musical: Pedro Mariano é sem sombra de dúvida um dos grandes nomes da música brasileira contemporânea.

A primeira vez que subiu ao palco foi aos 12 anos em um festival de música, participando posteriormente de outros festivais com sua banda que se chamava Confraria. Em 1994, começa sua carreira solo com gravações próprias e jingles. Em 1995 participou de um tributo à sua mãe cantando alguns de seus sucessos e a partir disso não parou mais.

Em seu primeiro cd, adotou seu nome completo: Pedro Camargo Mariano, produzido por seu irmão João Marcelo Bôscoli e lançado em 1997. Posteriormente, Pedro começa a produzir seus próprios lançamentos e a contar com a participação de seu pai nos arranjos, como em 2003 quando lança o cd piano e voz, entre tantos outros que também obteve indicação ao Grammy.

Pedro navega entre compositores consagrados até nomes de sua geração como Lenine e Jair Oliveira. Entre seus maiores sucessos estão Voz no ouvido, Caminhos cruzados, Tudo bem, Pode ser, Triste, De repente, Caso sério, Você vai ver, Se eu quiser falar com Deus, É com esse que eu vou, Tudo certo, Preciso dizer que te amo, Dupla traição, O silêncio das estrelas, As curvas da estrada de Santos, entre tantas que ganham uma interpretação ímpar nessa voz suave que a música brasileira tem para apreciar!

Um forte abraço a todos!

domingo, 2 de novembro de 2008

O homem

Em 1973, Roberto Carlos e Erasmo Carlos fizeram uma canção que diz muito sobre Jesus, sobre a vida, sobre os mistérios além da vida... Com um certo teor espírita, a canção O homem oferece uma reflexão sobre os ensinamentos cristãos e sobre a fé, apontando nossa existência como um processo contínuo, não cessando com nossa passagem para outro plano.

É o que podemos comprovar no trecho: "Além da vida que se tem, existe uma outra vida além e assim, o renascer, morrer não é o fim..." Uma mescla de esperança e otimismo em uma letra de pura exaltação e amor às palavras e ensinamentos do Filho de Deus no meio de nós, amor em forma de canção...!

O homem
(Roberto Carlos e Erasmo Carlos)

Um certo dia um homem esteve aqui
Tinha o olhar mais belo que já existiu
Tinha no cantar uma oração
E no falar a mais linda canção que já se ouviu.

Sua voz falava só de amor
Todo gesto seu era de amor
E paz, Ele trazia no coração.

Ele pelos campos caminhou
Subiu as montanhas e falou do amor maior.
Fez a luz brilhar na escuridão
O sol nascer em cada coração que compreendeu

Que além da vida que se tem
Existe uma outra vida além e assim...
O renascer, morrer não é o fim.

Tudo que aqui Ele deixou
Não passou e vai sempre existir
Flores nos lugares que pisou
E o caminho certo pra seguir

Eu sei que Ele um dia vai voltar
E nos mesmos campos procurar o que plantou.
E colher o que de bom nasceu
Chorar pela semente que morreu sem florescer.

Mas ainda é tempo de plantar
Fazer dentro de si a flor do bem crescer
Pra Lhe entregar quando Ele aqui chegar

Tudo que aqui Ele deixou
Não passou e vai sempre existir
Flores nos lugares que pisou
E o caminho certo pra seguir...

Um forte abraço a todos!

sábado, 1 de novembro de 2008

Joanna Todo Acústico

E hoje estaremos contemplando o álbum acústico de Maria de Fátima Gomes Nogueira, nossa Joanna, uma das cantoras mais românticas e populares desse país! Lançado em 2003, com a produção de José Milton, Joanna gravou em estúdio alguns de seus maiores sucessos com grandes arranjos e convidados ilustres.

Com arranjos dos maestros Jota Moraes, Cristóvão Bastos e Jaime Alem, o disco começa com Caminhos do coração, sucesso composto por Gonzaguinha, de quem Joanna já havia interpretado e era grande amiga. A segunda faixa traz uma reverência a uma das cantoras mais apreciadas pela Joanna: Maria Bethânia na interpretação de Maninha de Chico Buarque e Vinícius de Moraes.

Na canção seguinte, Joanna relembra outro grande ídolo seu, ao interpretar Você não serve pra mim, sucesso da Jovem Guarda na voz do rei Roberto! Na sequência, dois clássicos do repertório da Joanna: Um sonho a dois, agora com a participação do KLB (Na gravação original, o dueto ocorreu com Roupa Nova) e Meu namorado, com direito ao acordeão do Sivuca e um ar ainda mais de interior!

Em seguida, temos Você vai sentir saudade e Amor alheio, esta última com mais um dueto de Joanna e Fagner, que antes já haviam gravado Meu primeiro amor e Semente. Na sequência, Preciso desse amor e Teu caso sou eu, numa gravação mais intimista, tipo voz e violão. Uma das canções e dueto mais inusitados ocorre com Jorge Aragão em Mel na boca, finalizando o projeto com Viagem, Diz quem me diz e Adormecer o fado.

O disco traz como última faixa a mensagem Nós queremos paz, com direito à participação do Coral da Escola de Música da Rocinha. Embora sintamos falta de alguns sucessos eternos da Joanna como Amanhã talvez e Estranha dependência por exemplo, é um sem dúvida, um disco marcante na carreira dessa que é uma das mais inesquecíveis cantoras românticas do Brasil.

Um forte abraço a todos!