domingo, 31 de maio de 2009

Maria de minha infância

Aqui no interior de Pernambuco e acredito que em todo interior do país, hoje se comemora o último dia de maio como a última noite do mês mariano, dedicado à Maria, Mãe de Jesus. Com isso, após os festejos religiosos (missa, ofício, terços,...) temos a queima de fogos, balões (hoje proibido por conta dos incêndios provocados) e quermesses, especialmente aqui em Pernambuco, onde tudo isso é um prenúncio das festas juninas.

Lembro de minha infância no interior onde presenciei tudo isso. É uma cultura muito bonita e saudável, com exceção dos balões que infelizmente provocam queimadas, mas que eram atração a parte no céu do interior. Ah, que saudade!!!

Os cânticos marianos sempre foram belíssimos e não há um só católico que não saiba algum, principalmente os do Pe. Zezinho, como esse apresentado abaixo. Cantar para Nossa Senhora é algo que nos deixa em sintonia perfeita com a natureza e, sem sombra de dúvidas, mais perto de Deus:

Maria de minha infância
(Pe. Zezinho)

Eu era pequeno, nem me lembro
Só lembro que à noite, ao pé da cama
Juntava as mãozinhas e rezava apressado
Mas rezava como alguém que ama

Nas Ave - Marias que eu rezava
Eu sempre engolia umas palavras
E muito cansado acabava dormindo
Mas dormia como quem amava

Ave - Maria, Mãe de Jesus
O tempo passa, não volta mais
Tenho saudade daquele tempo
Que eu te chamava de minha mãe

Ave - Maria, Mãe de Jesus
Ave - Maria, Mãe de Jesus

Depois fui crescendo, eu me lembro
E fui esquecendo nossa amizade
Chegava lá em casa chateado e cansado
De rezar não tinha nem vontade

Andei duvidando, eu me lembro
Das coisas mais puras que me ensinaram
Perdi o costume da criança inocente
Minhas mãos quase não se ajuntavam

O teu amor cresce com a gente
A mãe nunca esquece o filho ausente
Eu chego lá em casa chateado e cansado
Mas eu rezo como antigamente

Nas Ave - Marias que hoje eu rezo
Esqueço as palavras e adormeço
E embora cansado, sem rezar como eu devo
Eu de Ti Maria, não me esqueço

Um forte abraço a todos!

sábado, 30 de maio de 2009

Paulo Ricardo - O amor me escolheu

Depois de partir para carreira solo, Paulo Ricardo lançou alguns trabalhos de destaque nos anos 90. Dentre eles, O amor me escolheu em 1997. Produzido por Nilo Romero, este álbum traz grandes sucessos radiofônicos e grandes interpretações, mostrando toda a força do Paulo em grandes composições suas e de outros autores.

De início, um grande sucesso da obra do rei Roberto Carlos, composta por Antônio Marcos: E não vou deixar você tão só. Em seguida, uma composição sua com Hebert Viana, que também toca violão na faixa Amor em vão. Uma das primeiras composições do Vinícius de Moraes com Edu Lobo também está presente: Só me fez bem.

Jorge Ben também aparece em Que pena (Ela já não gosta mais de mim), com a participação de Fernanda Abreu, única convidada do projeto a cantar com Paulo. Uma composição de Adriana Calcanhoto em homenagem a Roberto Carlos é interpretada pelo Paulo em O amor me escolheu, que dá nome ao projeto e faz jus a essa escolha, por uma letra lindíssima e uma interpretação ímpar (já relatada em 14/09/2008). Tudo por nada foi um dos sucessos radiofônicos, tradução do próprio Paulo e tema de novela.

Fagner também aparece com a canção Depende e, em seguida, outro sucesso radiofônico: Dois, composto em parceria com Michael Sullivan. Com George Israel ao violão, vem a canção De novo, dele e do Paulo. Do repertório do Caetano Veloso, vem a canção Não identificado. De Freddie Mercury, a versão de Love of my life em Felicidade, que também é apresentada ao final do cd como um bônus em espanhol. O cd termina com Você é a canção e Lilás, esta última do Djavan. Com um repertório desses, com tantos grandes compositores, músicos e a interpretação ímpar do Paulo, é de se pensar mesmo que nesse disco, O amor o escolheu para ser sua voz, o seu cantor!

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Os compositores do Brasil - 15

A série Compositores do Brasil chega a sua décima quinta postagem com uma Alma feminina: Sueli Correa Costa, ou Sueli Costa como é conhecida. Mas, muitos outros compositores ainda virão nesse país tão rico nesse ramo e que, em alguns casos, desconhecem tais figuras essenciais nos trabalhos de grandes intérpretes. E falar da Sueli é falar de sucessos nas vozes de artistas como Simone, Ney Matogrosso, Fagner, Elis Regina, Cauby Peixoto, Pedro Mariano, Joanna, Fafá de Belém, Zélia Duncan, Ivan Lins, Zizi Possi, Gal Costa, Agnaldo Rayol, entre tantos. Precisa falar algo mais?

Natural do Rio de Janeiro, viveu sua infância e juventude em Juiz de Fora, antes de regressar à sua cidade natal, onde já aos quatro anos teve aulas de piano com sua mãe. Sua primeira composição veio no estilo Bossa nova: Balãozinho, que compôs enquanto cursava Direito. A primeira grande intérprete a prestar atenção a seus trabalhos foi Nara Leão. E nos anos 70 todos os outros grandes intérpretes citados acima incluíram em seu repertório criações suas como Vinte anos blue, Alma, Jura secreta, Coração ateu, Nem uma lágrima, O primeiro jornal, Canção brasileira, Corpo, Imagens, Dentro de mim mora um anjo, Retrato, Segue o teu destino, Senhora de si, Todos os lugares, Voz de mulher, entre outros.

Sueli lançou alguns poucos discos cantando, mas com grandes produções de artistas como Gonzaguinha e João Bosco. Também teve grandes parceiros em suas composições como Abel Silva, Aldir Blanc e Paulo César Pinheiro. É, sem sombra de dúvidas uma das maiores compositoras brasileiras, imortalizada por frases como "Só uma palavra me devora, aquela que me coração não diz..." presente na canção Jura Secreta, só pra citar uma delas!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 26 de maio de 2009

Eu vou nos beijos de um beija-flor...

Você já deve ter ouvido alguma das canções citadas: A latinha, A namorada, Água mineral, Água também é mar, Amor I love you, Beija-flor, Dandalunda, Faraó, Magamalabares, Margarida perfumada, Maria de Verdade, Meia lua inteira, Na estrada, Não é fácil, Infinito particular, Perdão você, Pra ser sincero, Segue o seco, Tema de amor, Uma brasileira, É você, Já sei namorar, Velha infância, Rapunzel, Vai buscar Dalila, Mais um na multidão e tantas outras!

Pois bem, seja no carnaval baiano, seja em discos de grandes intérpretes brasileiros, seja em grandes projetos como foi o Tribalistas, em todos esses lugares citados encontramos Antônio Carlos Santos de Freitas, ou simplesmente Carlinhos Brown. (o Brown veio de homenagens a James Brown e H. Rap Brown, líderes da música negra da década de 70, ídolos do funk e da soul music.)

Cantor, percussionista, produtor e compositor, Brown é uma das figuras artístiscas mais importante do país, com uma carreira bem sucedida, iniciada ainda nos anos 70. Baiano de Salvador, tornou-se um dos músicos mais requisitados já no início dos anos 80, participando de turnês de Caetano Veloso, João Gilberto, Djavan e João Bosco, só pra citar alguns. Tornou-se mundialmente conhecido como líder do grupo Timbalada. Sua carreira solo começou oficialmente em 1996. E lançou esses e tantos outros sucessos nas vozes dos principais nomes de nossa música, tornando-se indispensável em qualquer espaço onde se comente sobre bons trabalhos!

Um forte abraço a todos!

domingo, 24 de maio de 2009

Morro Velho

Morro Velho foi uma das primeiras composições do Milton Nascimento, o eterno Bituca. Tornou-se um grande clássico de seu repertório, regravada posteriormente por Elis e por Fagner. Sua letra fala da sorte de dois meninos que brincaram quando pequenos no campo, onde um se sentia um rei por conhecer todo o lugar.

Entretanto, após o passar do tempo, a letra descreve o futuro e uma possível distância naqueles que foram, por alguns momentos, os melhores amigos da terra. De um lado, o eterno homem do campo, onde o campo é seu mundo. Do outro, o dono daquele campo, onde aquele campo é apenas parte de seu mundo. E o Milton é mestre em falar nessas coisas bem especiais e tão peculiares quanto o que ele mesmo representa na música brasileira.

Morro Velho
(Milton Nascimento)

No sertão da minha terra, fazenda é o camarada que ao chão se deu
Fez a obrigação com força, parece até que tudo aquilo ali é seu
Só poder sentar no morro e ver tudo verdinho, lindo a crescer
Orgulhoso camarada, de viola em vez de enxada

Filho do branco e do preto, correndo pela estrada atrás de passarinho
Pela plantação adentro, crescendo os dois meninos, sempre pequeninos
Peixe bom dá no riacho de água tão limpinha, dá pro fundo ver
Orgulhoso camarada, conta histórias prá moçada

Filho do senhor vai embora, tempo de estudos na cidade grande
Parte, tem os olhos tristes, deixando o companheiro na estação distante
Não esqueça, amigo, eu vou voltar,
Some longe o trenzinho ao deus-dará

Quando volta já é outro, trouxe até sinhá mocinha prá apresentar
Linda como a luz da lua que em lugar nenhum rebrilha como lá
Já tem nome de doutor e agora na fazenda é quem vai mandar
E seu velho camarada, já não brinca, mas trabalha.

Um forte abraço a todos!

sábado, 23 de maio de 2009

Coleção de cd´s do rei Roberto Carlos

Em comemoração pelos 50 anos de carreira musical de sua majestade Roberto Carlos, encontram-se nas lojas 50 cds de sua mais que bem sucedida carreira, onde os fãs e admiradores de sua obra podem encontrar e completar suas coleções.

É difícil encontrar um grande fã que não tenha sua coleção, nem outras raridades de sua carreira. Mas, há aqueles que admiram seu trabalho, amam esta ou aquela canção e agora tem a chance de encontrar quase toda sua obra em cds. Isso porque oficialmente não consta seu primeiro e mais raro cd: Louco por você (1961). Também não constam a coletânea dupla 30 grandes sucessos (1999), nem sua versão em espanhol 30 grandes canciones (2000), bem como a coletânea Inolvidables (1993), toda em espanhol.

Mas, estão lá todos os discos de carreira, de 1963 até 2008, além do Ao vivo (1988), San Remo (compilação lançada em 1976), Inglês (1981) e sua primeira coletânea lançada em 1992, além do Mensagens (1999) e do Canta a la juventud (1964), seu primeiro cd em espanhol. Na foto, uma recriação de Léo Eyer para o jornal Extra, da capa do cd 1972. E, nas lojas, muitas emoções e romantismo do artista que há 50 anos reina na música brasileira...

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Eu preciso saber de sua vida...

Talvez nem todos lembrem dele, mas suas canções são sucessos para várias gerações. Antônio Marcos Pensamento da Silva, natural de São Paulo, foi um dos maiores cantores e compositores da década de 70. Trabalhou como office-boy enquanto tentava sua carreira musical nas rádios, programas de calouros e corais.

Seu primeiro sucesso veio com a canção Tenho um amor melhor que o seu, de Roberto Carlos, vendendo mais de 300 mil cópias na época. Em retribuição, fez para Roberto gravar Aventuras, E não vou mais viver tão só e Como vai você, que o rei imortalizou, sendo regravada posteriormente por diversos artistas, entre eles o próprio Antônio, Richard Clayderman, Daniela Mercury, Adilson Ramos, Zezé di Camargo e Luciano, entre outros.

Outros sucessos de sua carreira foram Oração de um jovem triste, Amantes, Cicatriz, Gaivotas, Se eu pudesse conversar com Deus, Felicidade, Sonhos de um palhaço e, seu maior sucesso: O Homem de Nazareth! Antônio Marcos foi ao andar de cima em 1992, mas suas canções são ecoadas em todo o país e regravadas por diversos artistas!

Um forte abraço a todos!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

As cidades cantadas - 6

Hoje é o aniversário de uma das mais importantes cidades pernambucanas: Caruaru, que entra na série As cidades cantadas. Localizada no Agreste pernambucano e conhecida por possuir a feira da sulanca, a maior do planeta, onde dizem que tudo se encontra, desde o artesanato típico da cultura local até roupas produzidas por um dos principais pólos de confecção do país.

Caruaru também se destaca por apresentar o melhor São João do mundo, com várias atrações e eventos típicos da maior festa junina do país. Aqui cria-se o maior cuscuz, a maior pamonha, o vôo do forró, o trem do forró, o pátio do forró, etc. Além de oferecer a seu povo e da região, todo o mês de junho com festas em quase todos os principais pontos da cidade.

Conheço os principais pontos turísticos dessa cidade e confesso que é daqueles lugares que nos sentimos bem ao visitá-los, com aquele desejo de voltar logo! Na imagem, o Morro Bom Jesus, o mais alto e que se encontra no coração da cidade. E ficamos com a letra de A feira de Caruaru, imortalizada por Luiz Gonzaga:

A feira de Caruaru
(Onildo Almeida)

A Feira de Caruaru,
Faz gosto a gente vê.
De tudo que há no mundo,
Nela tem pra vendê,

Na feira de Caruaru.
Tem massa de mandioca,
Batata assada, tem ovo cru,
Banana, laranja, manga,
Batata, doce, queijo e caju,
Cenoura, jabuticaba, guiné, galinha, pato e peru,

Tem bode, carneiro, porco,
Se duvidá... inté cururu.
Tem cesto, balaio, corda,
Tamanco, gréia, tem cuêi-tatu,
Tem fumo, tem tabaqueiro, feito de chifre de boi zebu,
Caneco acuvitêro, penêra boa e mé de uruçú,

Tem carça de arvorada,
Que é pra matuto não andá nú.
Tem rêde, tem balieira, mode minino caçá nambu,
Maxixe, cebola verde, tomate, cuento, couve e chuchu,
Armoço feito nas cordas,pirão mixido que nem angu,
Mubia de tamburête, feita do tronco do mulungú.

Tem louiça, tem ferro véio, sorvete de raspa que faz jaú,
Gelada, cardo de cana, fruta de paima e mandacaru.
Bunecos de Vitalino, que são cunhecidos inté no Sul,
De tudo que há no mundo, tem na Feira de Caruaru.

Um forte abraço a todos!

domingo, 17 de maio de 2009

Juventude Transviada

Com essa letra da canção de Luiz Melodia me questiono como muitos de nossos jovens andam sem orientação. Cada vez mais cedo presenciamos moças grávidas, embriagadas e até drogadas. O mesmo podemos dizer com rapazes que confundem liberdade com excesso.

É claro que não são todos, mas um número muito significativo de pessoas que são esquecidos por seus pais e superiores ou que simplesmente os ignoram. E professores, pais, religiosos são excluídos de seus aprendizados, quando na verdade, deveriam sem focos de atenção e orientação para esses postulantes a revolucionários num mundo cada vez mais desigual! Fica a letra, fica a reflexão...

Juventude Transviada
(Luiz Melodia)

Lava roupa todo dia, que agonia
Na quebrada da soleira, que chovia
Até sonhar de madrugada, uma moça sem mancada
Uma mulher não deve vacilar

Eu entendo a juventude transviada
E o auxílio luxuoso de um pandeiro
Até sonhar de madrugada, uma moça sem mancada
Uma mulher não deve vacilar

Cada cara representa uma mentira
Nascimento, vida e morte, quem diria
Até sonhar de madrugada, uma moça sem mancada
Uma mulher não deve vacilar

Hoje pode transformar,
e o que diria a juventude
Um dia você vai chorar,
vejo clara as fantasias...

Um forte abraço a todos!

sábado, 16 de maio de 2009

Fábio Jr. Ao vivo

Em 2003 Fábio Jr. gravou talvez o melhor show de sua carreira em dvd e cd duplo. Com a produção de Franco Scornavacca e gravado no Olympia em São Paulo, o projeto retrata as canções mais marcantes de sua carreira.

O show começa com O amor, seguida dos clássicos Só você, Enrosca, Eu me rendo, O que é que há, Senta aqui e Seu melhor amigo. Num momento mais intimista, Fábio dedilha ao violão a canção Volta, regravada recentemente por ele mesmo, esse clássico da música brasileira de Lupicínio Rodrigues.

Na sequência, mais clássicos de seu repertório: Pareço um menino, Volta ao começo e Rio e canoa. O ponto alto de todo show do Fábio é quando ele recorda seu relacionamento com seu pai e, após uma conversa aberta com seu público fiel, emociona a todos com a interpretação de seu maior sucesso: Pai. Chico Xavier e Choro encerram outro momento mais intimista do cantor.

O show se encerra com Em cada amanhecer, Felicidade, Alma gêmea, Quando gira o mundo, Caça e caçador, 20 e poucos anos e Ilumina. Algumas de suas canções, verdadeiros clássicos, ganham nova roupagem em seus arranjos, sem perderem sua marca registrada de grande intérprete da música brasileira!

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Estou a dois passos do paraíso...

Uma banda muito famosa no início dos anos 80 foi a Blitz, tendo como vocalista o Evandro Mesquita e como vocal de apoio Fernanda Sampaio de Lacerda Abreu, que mais tarde seguiria carreira solo e seria conhecida simplesmente por Fernanda Abreu, e evoluiu do pop rock de sua antiga banda para outros estilos como Sambalanço, Rap e Funk.

Fernanda se lançou em carreira solo em 1990, tendo seu primeiro disco produzido por Hebert Viana e já alcançou sucesso com A noite, Você pra mim e Luxo pesado. Em seu segundo disco brilhou o sucesso de Jorge da Capadócia e alcançou definitivamente seu reconhecimento com Rio 40 graus. Nos anos posteriores outros sucessos como Garota sangue bom, Brasil é o país do suingue, É hoje, Kátia Flávia, Sou da cidade, São Paulo-SP, Meu CEP é o seu, Urbano Capital, Megalópole-Cidade, Eu vou torcer, A dois passos do paraíso e Veneno da lata.

Seja associada ao Funk ou ao Rap, seja em clipes bem produzidos para a Mtv, seja em composições contemporâneas, Fernanda Abreu se faz um novo nome para a música brasileira e firma cada vez mais sua carreira, cativando cada vez mais seu público fiel.

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 12 de maio de 2009

Vem pros meus braços meu amor, meu acalanto...

Mais um dos grandes sambistas dessa terra abençoada pela diversidade musical: Arlindo Domingos da Cruz Filho, o grande Arlindo Cruz. Oriundo do grupo Fundo de Quintal, o carioca Arlindo Cruz é também um dos grandes nomes da composição do samba e já aos sete anos ganhou seu primeiro cavaquinho. Aos doze já tocava de ouvido.

Mais tarde, após ter aulas musicais, participou de rodas de samba com vários artistas, entre eles Candeia, a quem considera um padrinho musical. Anos depois já participava de rodas de samba do Cacique de Ramos ao lado de pessoas que se tornariam seus parceiros musicais, seja interpretando suas canções ou compondo em parcerias, como é o caso de Jorge Aragão, Almir Guineto, Beth Carvalho e Zeca Pagodinho. Seus primeiros sucessos são gravados, entre eles: Lição de malandragem, Grande erro e Novo amor.

Com a saída de Jorge Aragão do grupo Fundo de Quintal, assumiu o posto de vocalista e permaneceu ali por doze anos, revelando os sucessos: Seja sambista também, Só pra contrariar, Castelo cera, O mapa da mina e Primeira dama. Outros sucessos são Bagaço de laranja, Casal sem vergonha, Dor de amor, Quando eu te vi chorando, Jiló com pimenta, Partido alto mora no meu coração, A sete chaves, Pra ser minha musa, Ainda é tempo pra ser feliz e Onde está. Arlindo difundiu o banjo no mundo do samba e atualmente divulga seu novo trabalho: Mtv Ao vivo, onde comemora seus 50 anos. E o mundo do samba e da música brasileira aplaude mais esse sucesso

Um forte abraço a todos!

domingo, 10 de maio de 2009

Feliz dia das mães!!!

Dia das mães só pode ser com um singelo obrigado. Não há palavras, gestos ou atitudes que recompensem esse presente divino. Deus, em sua generosidade plena e perfeição, nos deu o maior presente do mundo!

E o Blog presta uma singela homenagem com essa letra da canção Obrigado mãe, da parceria desses dois grandes compositores, já retratados aqui, e imortalizada pelo Agnaldo Timóteo:


Obrigado, mãe
(Michael Sullivan e Carlos Colla)

Obrigado mãe por todo seu amor
Penso em você e morro de saudade
O seu nome vai comigo aonde eu for
Sempre na tristeza ou felicidade

Obrigado mãe por tudo que me deu
Seu carinho, esperança e afeição
Pra você eu sou criança e quando vem a solidão
Vou buscar alívio no seu coração

Eu agradeço minha mãe as vezes que você falou
Em cada lágrima sentida que por mim já derramou
Obrigado pelos beijos e conselhos que me deu
E a vida que você me ofereceu

Obrigado minha mãe por tudo que eu sou
Obrigado mãe que tanto se sacrificou
Fez tudo pra me ver feliz
Capaz de até morrer por mim
Muito obrigada, por me amar assim.

Um forte abraço a todos e Feliz Dia das Mães!

sábado, 9 de maio de 2009

Roberto Carlos - 50 anos de sucesso!!!

É com o coração escancarado de emoção que conto pra vocês, amigos frequentadores desse modesto espaço, mais um momento de emoção em minha vida! Roberto Carlos comemorou seus 50 anos de carreira com uma turnê que passa pelo Recife nesse final de semana! O show de ontem foi simplesmente sensacional!

Com a direção do maestro Eduardo Lages, (a quem tenho um enorme orgulho e gratidão de chamar de amigo), uma orquestra afinadíssima e um repertório de arrepiar:

1 – Abertura
2 – Emoções
3 – Eu te amo, te amo, te amo
4 – Além do horizonte
5 – Amor perfeito
6 – Detalhes
7 – Outra vez
8 – Aquela casa simples/Meu querido, meu velho, meu amigo/Lady Laura
9 – Nossa Senhora
10 - Do fundo do meu coração
11 – Mulher pequena
12 – Caminhoneiro
13 – Proposta
14 – Cavalgada
15 – É proibido fumar/Namoradinha de um amigo meu/Quando/E por isso estou aqui/Jovens tardes de domingo/Emoções
16 – Como é grande o meu amor por você
17 – É preciso saber viver
18 – Jesus Cristo

Em um show programado para começar as 21:00, os primeiros acordes só ecoaram às 23:45, com alguns fãs já impacientes apenas antes do início, pois basta a primeira nota para o Chevrolet Hall vir abaixo com uma cachoeira de emoções, iniciada com um vídeo clipe com várias passagens da carreira mais que bem sucedida do rei, ao som instrumental de Meu pequeno Cachoeiro! Sob uma nova abertura instrumental, o rei vem ao palco e manda ver com Emoções. Em seguida, as palavras já tradicionais e indispensáveis: "Que prazer rever vocês, obrigado por tudo,... Não sou muito de falar e vou dizer as coisas cantando..."

Na sequência, canções que sacodiram a plateia e a levaram ao delírio, como podemos ver na lista acima. Algumas curiosidades são quanto ao repertório que está reformulado em relação ao apresentado em Cachoeiro do Itapemirim, mês passado: Não cantou Meu pequeno Cachoeiro, que deve ter sido apenas em homenagem à cidade; O medley Olha/Canzone per te/Do fundo do meu coração/Alô foi substituído por Do fundo do meu coração, na íntegra e com direito a palavras do rei: "Essa canção fiz há algum tempo e vem de uma época em que, quando eu queria fazer algo sobre um amor agressivo, saia da frente..."; Roberto também dedica Como é grande o meu amor por você a seus fãs, e em alguns momentos aponta para cada um de forma simbólica ao entoar a canção; Amor sem limite sai do roteiro e entra Mulher pequena; Outra vez vem acompanhada do "pára, respira, acalma o coração e vamos juntos..." Ao cantar o Caminhoneiro, afirma que se não fosse cantor, provavelmente estaria nas estradas do país; ao cantar Amor perfeito, um modesto Roberto afirma que gravou essa canção há muito tempo, mas seu sucesso veio mesmo com Claudinha Leite! Ao apresentar a orquestra, após a canção Cavalgada, brinca com alguns músicos como o baixista Dárcio: "Esse é surfista, surfou aqui, numa prancha maior, é claro..., ou o pianista Wanderley que se levanta e pede mais força em seu aplauso, além de imitar o rei com o gesto de força ao terminar Emoções: "Durante todo esse tempo, não sei quantas vezes aguentei ele fazendo isso em todos os shows..."

Uma plateia emocionadíssima que disputou a ferro e fogo uma rosa, ao final. Presentes para o rei, alguns inusitados, como a bandeira do Náutico, time pernambucano. Eu nem tenho palavras para descrever minhas emoções, de estar ali perto do Roberto e do Eduardo, meus dois maiores ídolos e exemplos musicais; estar ao lado de minha noiva desfrutando de tudo isso (aliás, foi ela quem fotografou para nós), enfim viver emoções que ficam pra sempre em nossos corações e uma simples postagem como essa é apenas uma pincelada na lindíssima paisagem que foi pintada na tela de nossa vida!

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Já arranhei minha garganta toda atrás de alguma paz...

No Brasil, temos uma das maiores vozes femininas chamada Ângela Maria. Mas, temos também outra grande voz, grave e rouca com esse mesmo nome: Ângela Maria Diniz Gonçalves, conhecida entre nós por Ângela Rô Rô. Natural do Rio de Janeiro, o apelido veio de sua risada rouca e grave.

É também pianista e compositora, sofrendo influências no início de sua carreira de Maysa e Ella Fitzgerald e já tendo sido regravada por nomes como Barão Vermelho, Maria Bethânia, Marina Lima, Ney Matogrosso, entre outros. Lançou seu primeiro disco em 1979, já emplacando sucessos como Gota de sangue, Não há cabeça, Agito e uso e Amor meu grande amor. Outros sucessos seguiram com Bárbara, Só nos resta viver, Escândalo, Compasso, Acertei no milênio, Querem nos matar, Tola foi você, entre outras.

Seu mais recente trabalho é o dvd gravado no Circo Voador, com a presença dos convidados Alcione, Frejat e Luiz Melodia. É uma artista que, por problemas pessoais, interrompeu sua carreira em diversos momentos, entretanto sua contribuição musical não pode ser ofuscada!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 5 de maio de 2009

Juro para sempre ser arlequim...

Que Tim Maia é o eterno rei do soul brasileiro, isso ninguém contesta! Mas, não foi essa a única contribuição de Tim, ou melhor, da família à música brasileira! Eduardo Motta, carioca, mais conhecido como Ed Motta surge no final dos anos 80, sob influência do mesmo estilo, reverenciando e abraçando definitivamente o jazz e despontando como grande nome da música nacional.

Seus primeiros sucessos foram Manuel, Baixo Rio e Vamos dançar, presentes em seu primeiro disco, gravado com sua banda Conexão Japeri. Ed também se dedica a tocar instrumentos, chegando a fazer um disco todo instrumental, que mesmo sem cair na graça do público, agradou bastante aos músicos. Em 2008 fez um disco todo em inglês, seu nono trabalho, intitulado Chapter 9, onde participou também da parte de instrumentação!

Outros sucessos de sua carreira são Colombina, Caso sério, Fora da lei, Vendaval, Azul da cor do mar, Solução, Doce ilusão, entre outros. Ed recebeu críticas no início de sua carreira, inclusive até de seu tio, que o aconselhava a cantar música "dor de cotovelo", pois com essa modalidade, ele venderia mais! Alheio a essa ideia, estudou bastante nos Estados Unidos, conheceu grandes ídolos no exterior, sempre garimpando suas paixões musicais, evoluindo para o grande músico que compõe a música brasilera!

Um forte abraço a todos!

domingo, 3 de maio de 2009

A morte do vaqueiro

Hoje vamos navegar pela praia do forró, mais especificamente pela obra do Gonzagão, que cantou sua terra e seus costumes como ninguém! Nessa canção de letra triste e de uma sensibilidade impressionante, Gonzaga descreve o fim de um personagem que desbrava o sertão levando seu ofício com afinco.

Com muita propriedade de quem conhece de perto o tema, A morte do vaqueiro explora a importância do boiadeiro, sobretudo o nordestino que se dedica, como ninguém a uma profissão única de trato aos animais que fazem parte da economia local!

Essa canção também é sempre entoada na famosa Missa do vaqueiro que acontece todo ano em Serrita/PE, já a 34 anos quando Gonzaga foi responsável pela primeira missa em homenagem a seu primo Raimundo Jacó, assassinado na época. Atualmente a missa é dedicada a todos os vaqueiros.

A morte do vaqueiro
(Luiz Gonzaga e Nelson Barbalho)

Numa tarde bem tristonha
Gado muge sem parar
Lamentando seu vaqueiro
Que não vem mais aboiar
Não vem mais aboiar...

Tão dolente a cantar
Tengo, lengo, tengo, lengo,tengo, lengo, tengo
Ei, gado, oi

Bom vaqueiro nordestino
Morre sem deixar tostão
O seu nome é esquecido
Nas quebradas do sertão
Nunca mais ouvirão

Seu cantar, meu irmão
Tengo, lengo, tengo, lengo,tengo, lengo, tengo
Ei, gado, oi

Sacudido numa cova
Desprezado do Senhor
Só lembrado do cachorro
Que inda chora sua dor
É demais tanta dor

A chorar com amor
Tengo, lengo, tengo, lengo,tengo, lengo, tengo
Tengo, lengo, tengo, lengo,tengo, lengo, tengo
Ei, gado, oi...

Um forte abraço a todos!

sábado, 2 de maio de 2009

Perfil Elis Regina

Eis uma cantora que deixa muita saudade e que sua voz continua marcante para os antigos e novos ouvintes de sua obra que é eterna e que pode ser apreciada nessa coletânea, que traz também as letras de suas canções!

Na primeira faixa, uma tradução do bolero de Armando Manzanero, Me vuelves loco, aqui Me deixas louca, com tradução de Paulo Coelho. Em seguida uma canção que Elis imortalizou do repertório do Ivan, Madalena. Casa no campo também foi imortalizada pela eterna pimentinha, e se faz presente nessa obra.Dois pra lá, dois pra cá, da safra do João Bosco mostra sua versatilidade, com direito a trecho do clássico bolero La puerta, ao final. Águas de março traz uma das mais perfeitas parcerias: Elis e Tom e mais um clássico nacional. Atrás da porta revela as bem sucedidas navegações pela obra do Chico. Fascinação tornou-se uma das suas maiores interpretações.

Temos ainda, O mestre sala dos mares, Romaria e Como nossos pais, três clássicos de sua obra e da música brasileira, essa última, da safra do Belchior, de quem Elis foi madrinha. Pra finalizar, temos Nada será como antes, do Milton, Vou deitar e rolar, Cartomante, Querelas do Brasil, Aprendendo a jogar e, com chave de ouro O bêbado e a equilibrista.Um repertório de arrasar, embora sempre faltará aquela que gostamos pois suas interpretações foram eternas como ela é!

Um forte abraço a todos!