sábado, 31 de outubro de 2009

Migalhas

Erasmo Carlos merecidamente está em alta, graças a Deus! Além de seu novo show, onde divulga seu novo trabalho, está na trilha sonora da novela Viver a vida, na voz de Simone, com a belíssima canção Migalhas.

Simone empresta todo seu incontestável talento de grande intérprete de nossa música para essa canção que deve se tornar mais um clássico de seu repertório. Com uma letra que mescla romantismo e filosofias, Migalhas explora uma mulher que busca sua independência, reconhecendo seus valores e seus anseios! E o tremendão entende bem da alma feminina, o que comprova a letra abaixo:

Migalhas
(Erasmo Carlos)

Sinto muito, mas não vou medir palavras
Não se assuste com as verdades que eu disser
Quem não percebeu a dor do meu silêncio
Não conhece O coração de uma mulher

Eu não quero mais ser da sua vida
Nem um pouco do muito de um prazer ao seu dispor
Quero ser feliz, não quero migalhas
Do seu amor… do seu amor…

Quem começa um caminho pelo fim
Perde a glória do aplauso na chegada
Como pode alguém querer cuidar de mim
Se de afeto esse alguém não entende nada

Eu não quero mais ser da sua vida
Nem um pouco do muito de um prazer ao seu dispor
Quero ser feliz, não quero migalhas
Do seu amor… do seu amor…

Não foi esse o mundo que você me prometeu
Que mundo tão sem graça, mais confuso do que o meu
Não adianta nem tentar maquiar antigas falhas
Se todo o amor que você tem pra me oferecer são migalhas, migalhas...

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Só danço samba...

E hoje falaremos sobre Elza da Conceição Soares, cantora e compositora, sambista, natural do Rio de Janeiro/RJ. Participou de programas de calouros como o de Ary Barroso e como crooner e já no final dos anos 50, fez shows na Argentina. Trabalhou na rádio e em 1959 gravou seu primeiro trabalho em um 78 rpm com a canção Se acaso você chegasse, que posteriormente foi o título do seu primeiro lp.

Em 62 representou o Brasil na Copa do mundo, se apresentando no Chile e conheceu Garrincha com quem casaria mais tarde. Alguns de seus sucessos são Boato, Cadeira vazia, Só danço samba, Mulata assanhada, Aquarela brasileira, Rosa morena, Eu bebo sim, Beija-me, Castigo, Dindi, Espumas ao vento, O meu guri, Brasileirinho, Malandro, Mas que nada, entre outras.

Elza tem uma carreira bastante sólida e com mais de 50 anos de carreira, é reconhecida tanto no Brasil como no exterior como um grande nome de nossa música e hoje, prestamos uma singela homenagem, comentando um pouco sobre sua obra e sua contribuição à melhor música do planeta!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 27 de outubro de 2009

No rádio toca uma canção que me faz lembrar você...

Uma das bandas de maior expressão dos anos 80 foi a Blitz, formada por Evandro Mesquita, Fernanda Abreu, Márcia Bulcão, Ricardo Barreto, Antônio Pedro Fortuna, William Forghieri e Juba. Lobão participou apenas do início da banda, que se surgiu no Rio de Janeiro em 1980.

Apresentando um trabalho baseado em rock irreverente, típico da época, seu primeiro trabalho já foi sucesso absoluto: Você não soube me amar! O sucesso foi mesmo estrondoso em discos, shows e hits como A dois passos do paraíso, Egotrip, Biquini de bolinha amarelinho, Bete balanço, Perdidos na selva, Mais uma de amor, entre outras.

Atualmente, a Fernanda segue carreira solo e vez por outra, desde 1997, os integrantes da Blitz com Carla Morais, Eliane Tassis e Germana Guilherme, que substituíram Fernanda e Márcia se unem para tocarem juntos e reviverem o grande sucesso que influenciou tantas outras bandas dos anos 80 e da atualidade! Na foto, a formação atual.

Um forte abraço a todos!

domingo, 25 de outubro de 2009

Maria Bethânia ao vivo - As canções que você fez pra mim

Em 1995, Maria Bethânia lançou o cd As canções que você fez pra mim ao vivo, resultado da turnê do disco homônimo onde explorava o repertório de Roberto e Erasmo. Agora, em 2009, foi lançado o dvd com algumas faixas desse show que privilegia também alguns clássicos da "abelha rainha" e canções inéditas em sua voz.

Tanto o cd quando o dvd apresentam a maioria das faixas em comum, entretanto algumas estão apenas no cd, outras apenas no dvd. É o caso de Eu e água, Tudo de novo, Atrás da verde e rosa só não vai quem já morreu (trecho), Faixa de cetim, Meu primeiro amor e Mar e lua, presentes apenas no cd; e Eu preciso de você e O que é o que é, presentes apenas no dvd.

Estão lá em ambas as mídias Fera ferida, Fé cega faca amolada, As canções que você fez pra mim, Genipapo absoluto, Mané fogueteiro, Ronda, Onde o rio é mais baiano, Lua, Lua branca, Detalhes, Costumes, Você não sabe, Explode coração, Bárbara, Você, Reconvexo, Todo sentimento e Emoções.

Algumas canções da turnê de Bethânia na época como Fogueira, Adeus bye bye, Vida vã, Medalha de São Jorge, Seu corpo e Eu velejava em você não fizeram parte do projeto que apresenta áudio e vídeo como registros da época. E, embora alguns reclamem desse fator, áudio e vídeo regulares, não podemos negar que um show como esse deve fazer parte da coleção de todo amante da boa música e da obra da Bethânia!

Um forte abraço a todos!

sábado, 24 de outubro de 2009

As cidades cantadas - 8

Vamos homenagear duas cidades co-irmãs: Petrolina/PE e Juazeiro/BA. Separadas apenas pelo Rio São Francisco, formam o maior aglomerado urbano do sertão nordestino. Petrolina faz aniversário em 21 de setembro e destaca-se pela grande produção vinícola, a segunda do país. Juazeiro aniversaria em 15 de julho e é uma cidade mais industrial, destacando-se por ser a terra de Ivete Sangalo e João Gilberto.

Mas, quem prestou homenagem a essas cidades foi Jorge de Altinho com sua Petrolina Juazeiro, gravada posteriormente por Elba Ramalho, Alceu Valença e Trio Nordestino, entre outros e que serve como destaque em nossa viagem musical e geográfica de hoje:

Petrolina/Juazeiro
(Jorge de Altinho)

Na margem do São Francisco, nasceu a beleza
E a natureza ela conservou
Jesus abençoou com sua mão divina
Pra não morrer de saudade, vou voltar pra Petrolina

Do outro lado do rio tem uma cidade
Que em minha mocidade eu visitava todo dia
Atravessava a ponte ai que alegria
Chegava em Juazeiro, Juazeiro da Bahia

Hoje eu me lembro que nos tempos de criança
Esquisito era a carranca e o apito do trem
Mas achava lindo quando a ponte levantava
E o vapor passava num gostoso vai e vem

Petrolina , Juazeiro, Juazeiro, Petrolina
Todas duas eu acho uma coisa linda
Eu gosto de Juazeiro e adoro Petrolina

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Trabalho cantando, a terra é a inspiração...

Quem escuta os sucessos atuais e quem viu a última novela global das seis, reconhece que a dupla Victor e Léo vem conquistando seu espaço, conquistando um imenso público fiel com grandes sucessos. Naturais de Ponta Nova/MG, os irmãos Victor Chaves Zapalá Pimentel e Leonardo Chaves Zapalá Pimentel foram criados no interior de Minas, acostumados a ouvir e cantar música sertaneja.
Aos onze anos, Victor já aprendia violão e Léo participava de conjunto musical, quando em 1992 decidiram cantar juntos, participando de festivais, festas locais e bares, posteriormente em Belo Horizonte. Já em São Paulo, em 2001, gravam seu primeiro disco, sem obter sucesso imediato. Só vieram a tornar-se conhecido nacionalmente em 2006, já com o terceiro álbum gravado ao vivo e que despontou do interior para todo o país, mesmo sem gravadora e forte divulgação para a dupla, que geralmente compõem suas próprias canções.
Estima-se que a dupla tornou-se, além de artistas reconhecidos e cultuados até por quem não curte muito o gênero, os mais pirateados em termos de cds e dvds. Mas, também são os atuais campeões de shows e hits, com destaque para Fada, Vida boa, Amigo apaixonado, Fotos, Tem que ser você, Borboletas, Você sabia, Nada normal, Deus e eu no sertão, Sinto falta de você, Lembranças de amor, Paraíso, Quem de nós dois, etc. O jeito ímpar de cantarem seus sucessos com interpretações marcantes, com seus violões e suas vozes calmas garantem uma associação à renovação pela qual a música sertaneja passa, atingindo novas gerações e públicos!
Um forte abraço a todos!

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Na beleza desse teu olhar eu quero estar o tempo inteiro...

Um dos sambistas mais populares desse país, pouco lembrado nos dias atuais é Antônio Gilson Porfírio, ou simplesmente Agepê, como é conhecido no meio musical. Natural do Rio de Janeiro, seu nome artístico é uma adaptação da fonética de suas iniciais. Técnico projetista, abandonou a profissão para seguir carreira artística.

Integrante da ala de compositores da Portela, seu sucesso começou quando gravou Moro onde não mora ninguém, em 1975. Fez escola com seu estilo de samba romântico e vendeu muitos discos que continham grandes sucessos como Menina dos cabelos longos, Cheiro de primavera, Me leva, Moça criança, Cama e mesa, De todas as formas, Atalhos, Diz que me ama, Dona do meu ser e Deixa eu te amar, seu maior sucesso de vendas e regravado recentemente por Simone.

Agepê foi ao andar de cima em 1995, mas suas canções são lembradas pois entram no hall das boas músicas que serão inesquecíveis, unindo-se a isso nossa singela colaboração de estarmos lembrando pessoas como ele que cantaram o amor de muitas gerações de uma forma ímpar! Na foto, uma das capas de seus discos.

Um forte abraço a todos!

domingo, 18 de outubro de 2009

Perfil Jorge Vercilo

Em 2003 a coletânea Perfil apresentou ao público a edição do Jorge Vercilo, compreendendo seus maiores sucessos até então. Jorge pode ser considerado um dos nomes contemporâneos que mais apresenta hits radiofônicos, reunidos nesse projeto que também inclui encarte com letra das canções que, em sua maioria, se tornaram clássicos de seu repertório e imprescindíveis em seus shows.

É o caso da faixa que abre o cd: Que nem maré, um megahit. Na sequência, Leve, Penso em ti e Final feliz, esta última com direito a dueto com Djavan, para quem ainda tinha dúvida sobre os timbres vocais desses dois grandes nomes de nossa música. Outros hits na sequência como Homem-aranha, Em órbita, Avesso e Raios da manhã.

Podemos encontrar ainda alguns sucessos temas de novela global como Praia nua (Tropicaliente) e Encontro das águas (Mulheres de areia). E, por fim, temos Amanheceu, Um segredo e um amor, O reino das águas claras e uma versão remix de Que nem maré. Como toda coletânea, essa também deixou de fora aquele sucesso, aquela canção que gostamos! Isso acontece com artistas do porte do Jorge que a cada lançamento enaltece a música brasileira com sua arte!

Um forte abraço a todos!

sábado, 17 de outubro de 2009

Sobe o morro e não se cansa...

Já que falamos um pouco sobre Emilinha Borba, vamos lembrar também a Marlene, ou melhor Vitória Bonaiutti de Martino. Também outro grande nome da era dos rádios, Marlene é natural de São Paulo/SP e tal qual Emilinha, brilhou nos rádios e no cinema nacional durante vários anos. Descendente de família italiana, conviveu em um colégio interno após a morte de seu pai, onde se destacou no coro juvenil da igreja. Já na adolescência, frequentou rádios onde recebeu seu nome artístico: Marlene.

Oscilando entre várias rádios, Marlene grava seu disco em 1946. E foi no carnaval do ano seguinte que emplacou seu primeiro sucesso: a marchinha Coitadinho do papai, abrindo espaço para aparecer em programas de televisão. E entre sucessos posteriores, podemos destacar: Macapá, Qui nem jiló, Brigas nunca mais, Bom que doi, Canoeiro, Lata d´água, Marlene meu bem, O casamento de Rosa, Saudosa maloca, Sapato de pobre, entre outras.

Marlene é daqueles nomes inesquecíveis e juntamente com Emilinha Borba, compõe as grandes vozes do rádio nacional, época que revelou tantos artistas renomados e influenciou outros tantos, além de propagar o trabalho dos cantores mais populares dessa época. Seus fãs travavam disputas históricas, mas sempre de uma forma saudável. Talvez essa coisa de fã-clube tenha começado graças a essas duas estrelas da nossa música!

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Anjos da guarda

Se você procurar canções que remetam à data de hoje, dia dos professores, observará o seguinte: até na música brasileira esse tema é esquecido, ignorado ou simplesmente tratado como algo menor. Como professor penso o quão é difícil seguir uma profissão que todos sabem de sua importância, mas que poucos a reconhecem como deveriam. E isso parece acontecer em toda parte do mundo!

Você entra em sala de aula, tenta fazer o melhor que, vez por outra parece quase nada diante do interesse e da recepção de todos e ainda não obtem reconhecimento, seja por parte de um sálario digno, seja pela sociedade que não dá sua devida importância a quem verdadeiramente pode mudar uma nação!

Felizmente encontrei no repertório de Leci Brandão, uma sambista de primeira grandeza, acostumada a olhar pelas minorias dentre a sociedade, uma canção que parece ser uma contradição a tudo que falei! Tomara que um dia possa ver o quanto as coisas mudaram de quando eu escrevi essas simples palavras!

Anjos da guarda
(Leci Brandão)

Professores
Protetores das crianças do meu país
Eu queria, gostaria
De um discurso bem mais feliz

Porque tudo é educação
É matéria de todo o tempo
Ensinem a quem sabe tudo

A entregar o conhecimento
Na sala de aula
É que se forma um cidadão
Na sala de aula
Que se muda uma nação

Na sala de aula
Não há idade, nem cor
Por isso aceite e respeite
O meu professor

Batam palmas pra ele
Batam palmas pra ele
Batam palmas pra ele
Que ele merece...

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Por onde for quero ser seu par...

Filho de peixe, peixe é! Tenho defendido isso aqui com filhos que possuem no sangue a arte musical de seus pais. É o caso de Danilo Cândido Tostes Caymmi. Filho do grande Caymmi, Danilo já tocava violão e flautas na adolescência. Também compositor, atuou como flautista em seu primeiro grande sucesso: Andança, interpretado por Beth Carvalho, no Festival da Canção em 1968.

Mas, sua primeira gravação como flautista foi em 1964 no álbum Caymmi visita Tom. Nos anos seguintes participou dos discos de vários artistas até que em 1983 passou a integrar a banda que acompanhou Tom Jobim em diversos espetáculos mundo afora. Depois de vários shows também com sua família, iniciou carreira solo na década de 90, lançando seu cd em 1992.

Entre os vários intérpretes de sua obra estão Beth Carvalho, Nana Caymmi, Elis Regina, Maria Bethânia, Gal Costa, Tom Jobim, Dominguinhos, Joyce, Milton Nascimento e Fagner. Alguns de seus sucessos: Casaco marrom, Caminhos do mar, A mulher e o mar, O bem e o mal, Por toda a eternidade, Anos dourados, Esquecendo você, Vatapá, Ponta negra. Danilo é um artista consagrado na música brasileira, respeitado por seu trabalho refinado que ecoa entre os grandes nomes da canção nacional!

Um forte abraço a todos!

domingo, 11 de outubro de 2009

Skank MTV ao vivo

Lançado em 2001, esse dvd retrata um show realizado em Ouro Preto/MG da banda mineira Skank, que durante todo o ano realizou uma votação em seu site e selecionou o repertório, que preza pelos clássicos da banda até então. O cd apresenta 17 canções, enquanto o dvd oferece o show completo com 27 faixas, além de entrevistas. A produção é por conta do próprio Skank e de Liminha.

Os sucessos do Skank, banda formada por Samuel Rosa, Henrique Portugal, Haroldo Ferretti e Lelo Zaneti são bastante radiofônicos e conhecidos por uma grande legião de fãs, país afora. E foi na histórica praça Tiradentes que o grupo começou o show à tarde e terminou já no começo da noite, entoando clássicos como Fica, É uma partida de futebol, Esmola, Pacato cidadão, Amolação, Indignação, A cerca, Rebelião, Zé Trindade, Jackie Tequila, Balada do amor inabalável, Três lados, Ela desapareceu, Tão seu, Saideira, Tanto, Resposta, Te ver, Mandrake e os cubanos, Siderado, Canção noturna, Garota nacional e É proibido fumar.

O grupo também lançou um novo hit: Acima do sol, além de interpretar em espanhol a canção Estare prendido em tus dedos, versão de Wrapped Around Your Finger, do grupo The Police. É um grandidoso show de uma magnífica banda que a cada ano só mostra o quanto a música brasileira é valiosa e o quanto as novas gerações dão continuidade à essa ideia.

Um forte abraço a todos!

sábado, 10 de outubro de 2009

A força do amor

Acho difícil alguém não curtir o Roupa Nova. Suas canções românticas, que encantaram tantos casais apaixonados nos anos 80, foram redescobertas recentemente e estão aí para provar que a boa música nunca passa!

A força do amor apresenta, além de um arranjo lindíssimo, melodia e letra em prol de um sentimento divino entre os seres humanos, e depois de conhecer e desfrutar dessa canção, alguém ainda duvida?

A força do amor
(Cleberson Hortsh e Ronaldo Bastos)

Abriu minha visão o jeito que o amor
Tocando o pé no chão alcança as estrelas
Tem poder de mover as montanhas
Quando quer acontecer, derruba as barreiras

Para o amor não existem fronteiras
Tem a presa quando quer
Não tem hora de chegar e não vai embora

Chamou minha atenção a força do amor
Que é livre prá voar, durar para sempre
Quer voar, navegar outros mares
Dá um tempo sem se ver, mas não se separa

A saudade vem quando vê não tem volta
Mesmo quando eu quis morrer
De ciúme de você, você me fez falta

Sei! Não é questão de aceitar
Sim! Não sou mais um a negar
A gente não pode impedir
Se a vida cansou de ensinar
Sei que o amor nos dá asa
Mas volta prá casa...

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Só faz o que manda o seu coração...

Vamos viajar no tempo, mais precisamente à era do rádio e das marchinhas carnavalescas de Emília Savana da Silva Borba, ou simplesmente Emilinha Borba. Natural do Rio de Janeiro, Emilinha foi uma das maiores cantoras do seu tempo. Aos 14 anos já frequentava e vencia os programas de calouros. Sua primeira gravação em discos aconteceu em 1939 com a marchinha Pirulito.

Daí em diante, abraçou grandes êxitos em programas de rádio, filmes e vários discos e sucessos. Em 1949 gravou um de seus maiores sucessos: Chiquita bacana. Também nesse ano, iniciou-se uma das mais comentadas "rivalidades" da música brasileira, entre Emilinha e Marlene, outro grande nome do rádio nacional. Tido apenas como disputa entre fãs-clubes, no ano seguinte as duas gravaram os duetos Eu já vi tudo, Casca de arroz e A bandinha do Irajá.

Outros sucessos de Emilinha foram Paraíba, Baião de dois, Vai com jeito, Escandalosa, Se queres saber, Benzinho, Dez anos, Pó de mico, Tomara que chova, entre outras que comprovavam seu namoro com outros estilos musicais além das marchinhas. Emilinha também foi tida como a "preferida da Marinha", além de ser musa inspiradora de artistas como Roberto Carlos, Caetano Veloso e Clara Nunes. Foi ao andar de cima em 2005, um grande nome não apenas da era dos rádios, mas da memória da música brasileira!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Os Músicos do Brasil - 2

Dando continuidade à série que homenageia nossos grandes músicos nacionais, abordaremos hoje um fruto do Clube da Esquina, o maestro Wagner Tiso Veiga, natural de Três Pontas/MG. Um dos maiores músicos não só do Brasil, mas do mundo, Wagner Tiso sempre foi autodidata, mas aperfeiçoou-se em teoria musical com Paulo Moura, especializando-se em teclado. Sua carreira começou oficialmente em 1958.

Mais tarde, já nos anos 60, participou como compositor nos festivais e acompanhou gente como Maysa e Cauby Peixoto. Nos anos 70, fez arranjos para Gonzaguinha e para o próprio Milton Nascimento a quem tem sua carreira bastante atrelada até os dias atuais. Lançou seu primeiro disco solo em 1978. Sempre compôs com Milton e foi com ele que fez um de seus maiores sucessos, um hino nesse país: Coração de estudante.

Tiso possui em seu currículo grandes nomes da nossa música, seja acompanhando em shows, especiais ou em discos, além dos já citados, atuou ao lado de Ney Matogrosso, Nana Caymmi, Alceu Valença, Adriana Calcanhoto, Ana Carolina, Djavan, Edu Lobo, Elis Regina, Emílio Santiago, Fafá de Belém, Fagner, Gilberto Gil, Ivan Lins, Joanna, João Bosco, Lenine, Simone, Paulinho da Viola, Maria Bethânia, Roberto Carlos, Gal Costa, entre outros. Inclusive, foi maestro em um dos discos mais lindos da Gal, seu Acústico Mtv. Estes são apenas alguns pontos de uma carreira mais que bem sucedida, que inclui trilhas de novelas, filmes, teatros, entre outros trabalhos desse músico de qual o país muito se orgulha!

Um forte abraço a todos!

domingo, 4 de outubro de 2009

Projeto "O grande encontro"

A música brasileira tem hoje mais um sessentão, a voz inconfundível de Zé Ramalho! Aproveitando seu aniversário, sob dica do grande Vinícius Faustini, abordaremos um projeto grandioso do qual Zé e seus amigos participaram, os cds O grande encontro.

Em um projeto que unia dois cumpadres pernambucanos e dois primos paraibanos, Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Elba Ramalho e Zé Ramalho sempre possuíram muita afinidade musical, mas apenas em 1996, se uniram a seus violões no palco do Canecão para lançar esse projeto que reunia parte do show que fizeram com destaque para interpretações como Sabiá, Dia branco, O amanhã é distante, Admirável gado novo, O trem das sete, Chão de giz, Veja, Chorando e cantando, Banho de cheiro e Frevo Mulher.

Acredito que o sucesso surpreendeu a todos, inclusive aos artistas que se revezavam no palco, sendo que no início e no final do show, estavam todos lá unidos e interpretando seus clássicos e canções que admiravam em comum. O volume dois foi gravado em estúdio e saiu em 1997. Pena que Alceu, que se desentendeu dos demais já não estava nessa empreitada, que se destaca por interpretações como Disparada, O princípio do prazer, Eternas ondas, Bicho de sete cabeças, Canta coração, Canção da despedida e Ai que saudade d´oce.

O terceiro e último projeto dessa série sai em 2000, volta a ser ao vivo e apresenta, além do cd e do dvd, convidados que deixam esse encontro ainda maior: Belchior, Lenine e Moraes Moreira dividiram o palco respectivamente com Zé, Elba e Geraldo. Destaque para as faixas Táxi lunar, Dona da minha cabeça, Frisson, Você se lembra, Garoto de aluguel, Petrolina-Juazeiro, A terceira lâmina. Em 2006, para matar um pouco a saudade, saiu a coletânea O melhor do grande encontro, com alguns dos clássicos já citados, desse projeto histórico da nossa música!

Um forte abraço a todos!

sábado, 3 de outubro de 2009

Brejo da Cruz

Interpretar uma canção do Chico é sempre uma tremenda ousadia! Chico é um gênio, nada mais a declarar! Brejo da Cruz é uma cidade do sertão da Paraíba e mais uma genialidade do Chico se observa nessa letra, quando ele aborda o êxodo das pessoas que buscam a cidade grande almejando seus sonhos e muitas vezes abraçando apenas frustrações!

Acho o máximo alguns termos utilizados nessa letra como "...a criançada se alimentar de luz... meninos ficando azuis e desencarnando...", simbolizando a fome e a mortalidade infantil. E a sorte desses "aventureiros" é descrita nos detalhes das profissões que adquirem, culminando numa crítica bastante pertinente sobre o esquecimento deles em relação à sua terra natal:

Brejo da Cruz
(Chico Buarque)

A novidade que tem no Brejo da Cruz
É a criançada se alimentar de luz
Alucinados, meninos ficando azuis
E desencarnando lá no Brejo da Cruz

Eletrizados, cruzam os céus do Brasil
Na rodoviária, assumem formas mil
Uns vendem fumo, tem uns que viram Jesus
Muito sanfoneiro, cego tocando blues

Uns têm saudade e dançam maracatus
Uns atiram pedra, outros passeiam nus

Mas há milhões desses seres
Que se disfarçam tão bem
Que ninguém pergunta
De onde essa gente vem

São jardineiros, guardas-noturnos, casais
São passageiros, bombeiros e babás
Já nem se lembram que existe um Brejo da Cruz
Que eram crianças e que comiam luz

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Olha o que amor me faz...

Sandy anda fazendo falta para seu grande público, a maioria de jovens que cresceu ouvindo e cantando os sucessos gravados pela dupla que fez com seu irmão, Júnior. Filha do cantor Xororó, Sandy Leah Lima tá gravando um novo cd e pretende seguir a linha mpb, estilo que já mostrou ter afinidade por diversas vezes, seja no elas cantam Roberto, seja interpretando Elis (sua grande inspiração), seja gravando com Toquinho, Gil e Milton, etc.

E antes que alguém atire alguma pedra de preconceito, pergunto: quem vai negar que suas canções encantaram multidões nesse país? O que dizer de sucessos como A lenda, Inesquecível, Olha o que o amor me faz, Com você, Imortal, As quatro estações, Era uma vez, Um segredo e um amor, Chuva de prata, Desperdiçou, entre outras?

Uma das interpretações mais marcantes e sinal de que seguiria carreira solo foi a faixa Um segredo e um amor, já interpretada anteriormente por Jorge Vercilo e que consta atualmente na novela Alma gêmea. Com um eterno timbre doce, Sandy tem no público uma grande admiração, jovens que a amam com devoção o que já caracterizou altas vendas na música brasileira!

Um forte abraço a todos!