quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Loja de discos

Logomarca de loja fonográfica famosa do Recife
Li recentemente que uma famosa e antiga loja de discos do Rio de Janeiro simplesmente fechou as portas, depois de tanto tempo operando com esse mercado e não suportou a crise fonográfica que aportou no mundo e em nosso país, sobretudo nessa década passada. Aqui em Pernambuco e mais precisamente no Recife, presenciamos uma rede de discos frequentadíssima e com várias franquias também desaparecer nos últimos anos: a famosa Aky Discos. É claro que os tempos são outros: lojas virtuais, músicas vendidas pela internet e o pior, a pirataria assessorada pelos downloads ilegais que 95% das pessoas realizam, vamos ser francos e honestos!

Não conheço os donos da Rede e apenas expresso meu sentimento de lamentação por não ter mais uma loja que tanto visitei. Não que eu queira ser saudosista, embora meus textos sempre caminham para essas tendências, mas eu sinto falta das lojas de discos que depois se tornaram lojas de cds, mas que hoje são apenas portas fechadas. Lembro que grandes magazines possuíam um setor apenas para esses produtos, que garantiam a atratividade de aficcionados por música, como eu.

E não apenas os grandes magazines, mas grandes lojas de discos eram pontos de visitas regulares de quem gostava de saber quais as novidades. Os vinis, antigos bolachões, e posteriormente os cds sempre foram produtos cobiçados por amantes do ramo, atraíam uma clientela frequente. Hoje em dia, lojas como essas são raras e mesmo assim não podem viver unicamente desse produto. Não tenho o direito de ir contra o progresso, mas como diz a canção do Roberto (O progresso), apelaria para o bom senso: seria legal se tivéssemos mais lojas dessaspor aí!

Não sei o que seria necessário para que isso acontecesse, talvez um combate rigoroso à pirataria e um incentivo fiscal satisfatório por parte do governo, aliado a um trabalho de conscientização da sociedade fosse o começo. Sei que não dá para entrar no mérito da discussão entre o preço cobrado por uma loja e o mesmo cobrado por uma barraca de cds piratas, pois vejo esse lado de direito autoral do músico um assunto que dá pano para muitas mangas e não podemos parar por aqui! Mas, não posso deixar de registrar a falta que faz encontrar boas lojas de discos, como eram chamadas!

Um forte abraço a todos!

5 comentários:

James Lima disse...

Everaldo,

Você, como uma pessoa que fala da música brasileira aqui no seu blog, não poderia estar desligado disso. É muito bom ver que você tá ligado.

Sem dúvida alguma, a pirataria traz em quase sua totalidade, aspectos negativos. Um deles, a tristeza de já não ver tantas lojas de discos por aí, e de ver as que ainda existem com dificuldades de se manter, ou "apagadas".

Um tema bastante pertinente! Parabéns!

Um Forte Abraço
James Lima
www.robertocarlosbraga.com.br

Unknown disse...

Minha mãe trabalhava em uma filial dessa loja precismente no Shopping Iguatemi e Shopping Barra a loja era muito legal Tinha Equipamentos e fones de ouvindo onde os clientes antes de comprar o disco poderia escutar as músicas saudades

Franciney Leão da Silva disse...

Eu navegando na madrugada e me deparei om seu post sobre a loja de discos Aky-Discos, trabalhei nesta loja de 1991 até fechar aqui em Belém, no ano 2000, posso afirmar que a melhor época e melhor trabalho que tive, sem dúvida.

Aqui em Belém tivemos 13 lojas, e dessas trabalhei em 8 delas, nossa! Como era bom trabalhar com MUSICA! Foi tão bom que continuei pulando de lojas de discos para outras, entre elas: CD MUSIC, CD STORY, TOK-DISCO, LOJAS DE DEPARTAMENTOS, todas até fecharem as portas, depois disso, só trabalhos chatos demais!

Vitor Oliveira disse...

Comprei muitos CDs e DVDs nessa loja. Ainda hoje guardo comigo uma sacola de lembrança.Tempo bom!!

Anônimo disse...

Aí venho a internet pra acabar de ferrar com.tudo