domingo, 12 de julho de 2015

♫Gigante gentil♫

Essa é uma das canções mais lindas e sábias dos últimos anos. O tremendão Erasmo Carlos deu mais uma aula de amor, compreensão e gentileza, como sugere o título desta pérola. E, apesar de brotar de um sentimento particular, que muito o incomodou, Erasmo conseguiu acertar na veia da identificação de muitos de seus fãs. Tudo começou, como citou o próprio em entrevistas, quando ele leu alguns comentários maldosos que internautas faziam em relação a sua figura física atual. Muitas ofensas baratas fizeram refletir e criar esta canção como resposta.

A letra de Gigante gentil traz um cara que pensa em "dar a outra face" para aqueles que, gratuitamente o desconstrói, com tais ofensas baratas e sem nexo. E, se não obtém um total êxito nesta tentativa, ao menos retribui com gentileza e serenidade essa contrariedade que muitos oferecem em uma sociedade, muitas vezes injusta com os artistas ou com os mais velhos! Uma aula atualizada que os mais violentos e preconceituosos devem assistir.

Gigante gentil
Erasmo Carlos

Dizem por aí que eu tenho cara de bandido
E que mastigo abelha só pra degustar o mel
Que eu faço tipo cafajeste, de um gigante bruto
Que eu sou o espinho do caroço que sobrou do fruto

Só que eu não posso com a peneira o sol tapar
E pelas curvas da ironia derrapar
Oferecer a outra face, nem pensar
Já que um leão por dia eu tenho que matar

Mesmo hostil qualquer gigante pode ser
Gentil

Mas quando dizem que o gigante é um morto-vivo
Perdido como um bicho sem carona no dilúvio
Me assusto com o olho podre que vê ele assim
Detonam o gigante e o estilhaço pega em mim

Só que eu não posso com a peneira o sol tapar
E pelas curvas da ironia derrapar
Oferecer a outra face, nem pensar
Já que um leão por dia eu tenho que matar

Mesmo hostil qualquer gigante pode ser
Gentil

Um forte abraço a todos!

Um comentário:

Anônimo disse...

Mas quando dizem que o gigante é um morto-vivo
Perdido como um bicho sem carona no dilúvio
Me assusto com o olho podre que vê ele assim
Detonam o gigante e o estilhaço pega em mim


Simplesmente Erasmo Carlos....

José Orlando.