Uma das interpretações mais lindas de Elba Ramalho, a meu ver, é nesta canção da dupla de Geraldos, Azevedo e Vandré. Canção da despedida foi composta em 1968, censurada e passou muitos anos oculta, até ser gravada por Azevedo em 1985. E no projeto O grande encontro (que está pra ser retomado, sem a participação de Zé Ramalho), Elba deu aquilo que chamo de interpretação definitiva para esta pérola.
A letra de Canção da despedida traz uma tona romântica, cobrindo o que chamaram de crítica à ditadura vigente na época em que foi composta. O rei mau, citado na letra, seria o presidente militar que não agradava aos que optaram ou foram obrigados a abraçarem o exílio. E como acreditava que o reinado teria prazo de validade, a volta também era saudada na letra.
Canção da despedida
(Geraldo Azevedo e Geraldo Vandré)
Já vou embora, mas sei que vou voltar
Amor não chora, se eu volto é pra ficar
Amor não chora, que a hora é de deixar
O amor de agora, pra sempre ele ficar
Eu quis ficar aqui, mas não podia
O meu caminho a ti, não conduzia
Um rei mal coroado, não queria
O amor em seu reinado
Pois sabia, não ia ser amado
Amor não chora, eu volto um dia
O rei velho e cansado já morria
Perdido em seu reinado, sem Maria
Quando eu me despedia
No meu canto lhe dizia...
Já vou embora, mas sei que vou voltar
Amor não chora, se eu volto é pra ficar
Amor não chora, que a hora é de deixar
O amor de agora, pra sempre ele ficar
Eu quis ficar aqui, mas não podia
O meu caminho a ti, não conduzia
Um rei mal coroado, não queria
O amor em seu reinado
Pois sabia, não ia ser amado
Amor não chora, eu volto um dia
O rei velho e cansado já morria
Perdido em seu reinado, sem Maria
Quando eu me despedia
No meu canto lhe dizia...
Um forte abraço a todos!
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