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quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

CD O grande encontro 20 anos depois

Finalizando a série onde comentamos os projetos envolvendo Elba Ramalho, Alceu Valença, Geraldo Azevedo e Zé Ramalho, denominado de O grande encontro, chegamos à última edição com o CD/DVD lançado no finalzinho de 2016, para comemorar 20 anos do sucesso do primeiro projeto, comentado no início desta série. Infelizmente aqui também não tivemos o quarteto juntos novamente, pois se antes faltava Alceu, desta vez, Zé Ramalho optou não participar.

Sendo assim, temos Elba, Alceu e Geraldo juntando suas vozes e talentos para reviverem alguns números e também para eternizarem outros. Juntos cantam Anunciação, Caravana, Me dá um beijo, Sabiá, Táxi lunar, Ciranda da traição, Pelas ruas que andei, Banho de cheiro e Frevo mulher. Geraldo canta sozinho Sétimo céu, Dona da minha cabeça, Dia branco, Só depois de muito amor eu vou embora e, com Alceu, Papagaio do futuro/Coco das serras e Moça bonita. 

Elba canta sozinha Ai que saudade d´ocê, Chão de giz, Sangrando, Na base da chinela/Qui nem jiló/Eu só quero um xodó e, com Geraldo, Bicho de sete cabeças II e Chorando e cantando. Alceu canta sozinho La belle de jour/Girassol, Coração bobo, Cabelo no pente, Morena tropicana e, com Elba, canta Ciranda da rosa vermelha e Flor de tangerina. No formato CD, temos apenas 15 das canções citadas. Temos ainda um kit com CD duplo e DVD, além claro, do DVD simples. Nos extras do DVD, temos também as canções Tesoura do desejo, com Elba e Alceu e, O princípio do prazer, com Elba e Geraldo. Zé Ramalho, sem sombra de dúvidas, fez muita falta a este projeto que, a contar pelo repertório de sucessos deste quarteto, poderia ser menos repetitivo, embora, o objetivo não era dar continuidade e sim, reviver estes grandes momentos que foram seus inesquecíveis encontros!

Um forte abraço a todos!

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

CD O melhor dos encontros

O quarteto ao qual nos referimos como O grande encontro só voltou a se reunir nessa coletânea que foi lançada em 2001. Um projeto que reuniu Elba, Zé, Alceu e Geraldo, com o melhor que foi lançado nas três edições anteriores, portanto aqui não consta nenhum fonograma inédito. Mesmo assim, é interessante, pra quem não adquiriu nenhum dos três projetos anteriores, curtir um aperitivo do que ainda não possui, neste trabalho.

A seleção do repertório consta de sucessos como Admirável gado novo, Chão de giz, Táxi lunar, Caravana, Coração bobo, Pelas ruas que andei, Asa branca/A volta da asa branca, A terceira lâmina, O trem das sete, Eternas ondas, Banquete dos signos, Disparada, Bicho de sete cabeças II, Banho de cheiro/Frevo mulher.

Claro que, como toda coletânea, cada um abordaria um repertório diferente do que consta. E o que muitos gostariam mesmo é que o quarteto se reunissem mais vezes para apresentarem outras gravações. Mas, conste que cada um sempre teve uma carreira em paralelo tão sólida e à qual sempre teve muita atenção e cuidado, por isso só teríamos uma nova chance de reviver um pouco desse encontro mágico, muitos anos depois, como veremos na próxima semana, na última postagem desta série.

Um forte abraço a todos!

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

CD O grande encontro

Ano passado foi revivido este projeto com um novo lançamento em CD e DVD. Vamos falar agora em janeiro de cada lançamento desta maravilhosa ideia que reuniu os grandes Alceu Valença, Elba Ramalho, Geraldo Azevedo e Zé Ramalho em gravações ao vivo e em estúdio, desde 1996.

O primeiro Grande encontro foi o único que reuniu os quatro, numa gravação ao vivo no Canecão em 1996. A proposta era reunir as grandes vozes nordestinas com alguns de seus maiores sucessos, alguns duetos e seus afinados violões. Mas, os quatro só cantaram mesmo na primeira e na última canção, Sabiá e Banho de cheiro/Frevo mulher. Coração bobo ficou por conta de Zé e Alceu e este último canta sozinho Jacarepaguá blues, Pelas ruas que andei e, com Geraldo, Talismã. Geraldo canta sozinho O ciúme, de Caetano Veloso.

Elba canta sozinho Dia branco, Veja e A prosa impúrpura de Caicó, de Chico César, e Chão de giz (com Zé), Tesoura do desejo (com Alceu) e Chorando e cantando (com Geraldo). Zé Ramalho canta sozinho Admirável gado novo e Trem das sete, de Raul Seixas, e O amanhã é distante (com Geraldo). O disco foi muito bem recebido pela cena nacional, pois vendeu mais de um milhão de cópias, o que rendeu uma turnê e a vontade de continuar o projeto que, acredito que surpreendeu até seus integrantes de forma muito positiva. Lamento não termos um DVD desse show, o que ainda não estava tão em moda quanto hoje.

Um forte abraço a todos!

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

CD Luiz Gonzaga Baião de dois

E hoje faz 105 anos de nascimento de Luiz Gonzaga, o eterno rei do baião. Em 2012, comemorando seu centenário, a Sony lançou essa coletânea, em que aproveitava a voz de "Lua" em novos duetos memoráveis, alguns mais comuns como Fagner, Gonzaguinha, Elba Ramalho e Dominguinhos, outros mais inusitados como Zeca Pagodinho, Ivete Sangalo e Zélia Duncan.

É o que temos nas 15 faixas, todas com clássicos de Gonzagão: Asa branca (com Fagner), Siri jogando bola (com Zeca Pagodinho), Forró de cabo a rabo (com Dominguinhos), Nem se despediu de mim (com Ivete Sangalo), Estrada de Canindé (com Chico César), Danado de bom (com Zeca Baleiro), Qui nem jiló (com Zélia Duncan), A volta da asa branca (com Zé Ramalho).

E ainda, temos Deixa a tanga voar (com Jorge de Altinho), Baião de dois (com Alcione), Onde tu tá neném (com Geraldo Azevedo), Paraíba (com Elba Ramalho), Plano piloto (com Alceu Valença), Forró nº 1 (com Gal Costa) e A vida de viajante (com Gonzaguinha). Os dois últimos fonogramas, não foram feitos originalmente para este projeto, sendo aproveitados de gravações anteriores. Com produção de José Milton e do Fagner, temos aqui um grande CD para ouvirmos sempre, em todos os aniversários e festas juninas onde tocam Gonzagão!

Um forte abraço a todos!

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

CD O melhor de Alceu Valença

Alceu Valença é uma boa pedida, sobretudo nesta época carnavalesca. Um bom álbum a se curtir é esta coletânea, que reúne alguns de seus valiosos sucessos. Estão aqui alguns que não podem faltar em seus shows como é o caso de Anunciação, Tropicana, Coração bobo, Como dois animais, Pelas ruas que andei e Solidão.

Coletânea lançada em 1999, trouxe também algumas outras canções menos conhecidas de seu repertório como Na primeira manhã, Cavalo de pau, Cambalhotas, Rouge Carmin, Guerreiro, Dia branco e Cabelo no pente, além de Vem morena, do repertório de Gonzaga. Senti falta de outros sucessos dele como La belle de jour ou Girassol, mas isso é típico de coletâneas.

Também poderiam ter explorado algum dos tantos sucessos de Alceu tocados por esta época como Diabo louro, Me segura se não eu caio, Bicho maluco beleza, Roda e avisa, dentre tantas, mas pra quem curte um bom som deste grande pernambucano, tá aqui uma boa pedida.

Um forte abraço a todos!

quarta-feira, 1 de junho de 2016

CD Alceu Valença - Forró de todos os tempos

Um dos grandes nomes do forró autêntico nordestino é este "cabra da peste" chamado Alceu Valença que em 1998 voltou às suas raízes com este valioso trabalho onde apresentou grandes sucessos, alguns inéditos em sua voz e outros constando como uma valiosa homenagem a seus ídolos musicais como é o caso de Luiz Gonzaga que, segundo Alceu, juntamente com Elvis Presley, está em sua gênese musical.

Resultado disso é este trabalho que consta também com releituras de sucessos de outros compositores nordestinos como Alcymar Monteiro, Jackson do Pandeiro, João do Vale e Jorge de Altinho, além de composições do próprio Alceu. Um repertório valioso que tocaria em qualquer forró de alguma festa junina do interior do Nordeste ou em qualquer grandioso palco desta mesma festa.

Nisso, temos as canções Eu quero ver você dizer que sou ruim, O tempo e o vento, Forró de Olinda, Forró calangueado, Vou pra Campinas, Pout-pourri Luiz Gonzaga (Vem morena, O canto da Ema), O Xote das meninas, Essa menina, Arrepiando, Rima com rima, Petrolina Juazeiro, Cantiga do sapo, Coco do rala coco, que juntas podem garantir qualquer festa junina nos arredores do interior deste país!

Um forte abraço a todos!

domingo, 22 de junho de 2014

♫Numa sala de reboco♫

Sabe aquela casinha bem simples, rara nos dias de hoje, substituída pela alvenaria, a casa de reboco existiu durante muitos anos, sobretudo habitando e fazendo habitar as famílias humildes do Nordeste brasileiro. E Gonzagão cantou isso tão bem nesta canção que tornou-se um clássico, também gravada por nomes como Fagner, Alceu Valença, Quinteto violado, Dominguinhos, Maciel Melo, Trio Nordestino, Santanna e tantos outros.

E simplicidade é um dos elementos, um ingrediente na receita de uma perfeita festa junina, pois a satisfação desse evento está justamente em unir a alegria, o ritmo e o amor também presente nesta letra romântica ao extremo, onde seus autores imploram por um amor igual a sanguessuga que luta apenas contra o tempo que teima em passar nessa hora tão mágica!

Numa sala de reboco
Luiz Gonzaga e José Marcolino

Todo tempo quanto houver pra mim é pouco
Pra dançar com meu benzinho numa sala de reboco
Todo tempo quanto houver pra mim é pouco
Pra dançar com meu benzinho numa sala de reboco

Enquanto o fole tá fungando, tá gemendo
Vou dançando e vou dizendo meu sofrer pra ela só
E ninguém nota que eu estou lhe conversando
E nosso amor vai aumentando
Pra que coisa mais melhor?

Todo tempo quanto houver pra mim é pouco
Pra dançar com meu benzinho numa sala de reboco
Todo tempo quanto houver pra mim é pouco
Pra dançar com meu benzinho numa sala de reboco

Só fico triste quando o dia amanhece
Ai, meu Deus, se eu pudesse acabar a separação
Pra nós viver igualado a sanguessuga
E nosso amor pede mais fuga do que essa que nos dão

Todo tempo quanto houver pra mim é pouco
Pra dançar com meu benzinho numa sala de reboco
Todo tempo quanto houver pra mim é pouco
Pra dançar com meu benzinho numa sala de reboco

quinta-feira, 6 de março de 2014

Os Intérpretes do Brasil - 34

Alceu Valença é sempre uma boa pedida no carnaval de quem aprecia um bom frevo. Além de suas grandes composições, consegue interpretar pérolas de outros compositores a ponto de todos acharem que se trata de um sucesso de sua autoria. E um grande exemplo disso é o Hino do Galo da madrugada, entoado durante todo o sábado de Zé Pereira aqui na capital pernambucana, onde essa canção ganhou o tom imortal por esse intérprete.

As canções de J. Michilles também ganharam voz imortal sob sua voz, como é o caso de Bom demais e Me segura se não caio, entre outras. Ele também transita pelos clássicos de Capiba, como Oh Bela ou outros clássicos do frevo como O elefante, de forma natural e toda particular.

Alceu é sem sombra de dúvidas, o grande intérprete desse estilo atualmente em nosso país. Mas, não é apenas de frevo que sobrevivem suas interpretações, pois nas festas juninas também dá show em outras canções como Sabiá, Petrolina Juazeiro, além de ser o melhor intérprete de si mesmo!

Um forte abraço a todos!

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Anunciação

Uma das canções mais lindas do Alceu, também interpretada por Simone e tantos outros músicos, Anunciação é, como o próprio nome diz, uma declamação de que algo muito bom está para chegar e a sua letra desperta exatamente isso, esse leque de interpretações do que seria esse "algo tão bom"?

Para os mais românticos, claro, que seria um grande amor que vem chegando. Para os mais festivos, isso seria o carnaval, anunciado com seus sinais. Acredito que até caiba um lado religioso, de que poderia ser algum santo, anunciado pelos sinos das catedrais. Segundo seu próprio autor, em entrevista, aqui estamos saudando a democracia, que estava por vir em um período pós-ditadura pelo qual o Brasil passou. Enfim, algo bom está para chegar e Alceu soube anunciar bem, com suas metáforas e com seu ritmo contagiante, presente nesse clássico!

Anunciação
(Alceu Valença)

Na bruma leve das paixões
Que vêm de dentro
Tu vens chegando
Pra brincar no meu quintal

No teu cavalo
Peito nu, cabelo ao vento
E o sol quarando
Nossas roupas no varal

Tu vens, tu vens
Eu já escuto os teus sinais...

A voz do anjo
Sussurrou no meu ouvido
Eu não duvido
Já escuto os teus sinais

Que tu virias
Numa manhã de domingo
Eu te anuncio
Nos sinos das catedrais

Tu vens, tu vens
Eu já escuto os teus sinais...

Um forte abraço a todos!

sábado, 9 de junho de 2012

O Xote das meninas


O Xote das meninas é um clássico da música brasileira, pois além de ser imortalizada na voz de seu criador, Luiz Gonzaga, também já foi regravada por grandes nomes, alguns presentes nos marcadores. E acredito que deve passar em todas as listas de canções feitas por algum grande intérprete que deseja gravar Gonzaga.

Sua letra traz a menina caipira apaixonada, que compromete todo seu tempo em pensar no amor, ignorando estudo, trabalho e tudo mais. Na verdade, é uma mudança radical na moça que transforma seu visual, lançando mão da maquiagem e outros adereços que levam seu pai até a pensar em doença, mas que nem o médico resolve, pois é mal de amor. Mais uma genialidade "gonzagueana"

O Xote das meninas
(Luiz Gonzaga e Zé Dantas)

Mandacaru quando fulora na seca
É o siná que a chuva chega no sertão
Toda menina que enjôa da boneca
É siná de que o amor já chegou no coração
Meia comprida, não quer mais sapato baixo
Vestido bem cintado, não quer mais vestir timão

Ela só quer, só pensa em namorar
Ela só quer, só pensa em namorar

De manhã cedo já tá pintada
Só vive suspirando, sonhando acordada
O pai leva ao dotô a filha adoentada
Não come, nem estuda
Não dorme, não quer nada

Ela só quer, só pensa em namorar
Ela só quer, só pensa em namorar

Mas o dotô nem examina
Chamando o pai do lado, lhe diz logo em surdina
Que o mal é da idade, que prá tal menina
Não tem um só remédio em toda medicina

Ela só quer, só pensa em namorar
Ela só quer, só pensa em namorar

Um forte abraço a todos!

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Bom demais

Nessa época de carnaval, Pernambuco ferve, ou melhor freva ao som de grandes canções que são verdadeiros clássicos entoados nesses dias nas ruas de Recife, Olinda e em alguns focos do interior do Estado. Hoje em locais como o Galo da madrugada em Recife, onde é vivenciado o "sábado de Zé Pereira" com o maior bloco carnavalesco ao ar livre do mundo, canções como esta serão entoadas várias vezes ao dia, junto a outros clássicos relembrados aqui em outros anos.

Bom demais foi o primeiro sucesso que Alceu Valença gravou deste compositor e que o revelou nacionalmente. E realmente não pode faltar em qualquer festa onde o frevo impere, sobretudo por ser um culto a este estilo musical genuínamente pernambucano. A letra descreve com perfeição o que se passa quando esse ritmo contagiante reina junto a Momo.

Bom demais
(J. Michiles)

Eu tenho mais que tá nessa
Fazendo mesura na ponta do pé
Quando o frevo começa
Ninguém me segura, vem ver como é

O frevo madruga lá em São José
Depois em Olinda, na Praça do Jacaré

Bom demais, bom demais
Bom demais, bom demais
Menina vem depressa
Que esse frevo é bom demais

Bom demais, bom demais
Bom demais, bom demais
Menina vamos nessa
Que esse frevo é bom demais

Um forte abraço a todos!

sábado, 12 de março de 2011

Oh, Bela!

Apesar de já termos passado o Carnaval e a capital pernambucana, juntamente com todo o Estado ferveram no frevo, ritmo que domina essa região e seus foliões, apresentamos uma canção que não poderia faltar nesses eventos, um clássico dessa época, entoado pelas orquestras de frevos nos bailes, nas ruas e na boca dos foliões que frequentam principalmente Olinda e Recife, as duas aniversariantes do dia. Uma homenagem a esse ritmo chamado frevo que, apesar de não apresentar renovações, nos proporciona clássicos inesquecíveis como este!

Talvez o maior sucesso do mestre Capiba, compositor pernambucano que deixou tantas criações maravilhosas, Oh, Bela! foi composta em 1969 e imortalizada por Claudionor Germano e por tantos outros intérpretes como Elba Ramalho e Alceu Valença, ressaltando em sua letra simples e em um autêntico frevo, o amor em sua forma mais sublime!

Oh, Bela!
(Capiba)

Você diz que ela é bela
Ela é bela sim senhor
Também poderia ser mais bela
Se ela tivesse meu amor, meu amor

Bela é toda natureza, ô bela
Bela é tudo que é belo, ô bela
O sorriso da criança
O perfume de uma rosa
O que fica na lembrança

Bela é ver um passarinho, ô bela
Indo em busca do seu ninho, ô bela
Todo mundo se amando
Com amor e com carinho
Um sorrindo, outro chorando
De amor, de amor

Um forte abraço a todos!

sábado, 5 de março de 2011

Hino do Galo da Madrugada

Esse é o maior bloco carnavalesco do mundo. Acontece hoje, sábado de Zé Pereira, pelas ruas centrais do Recife e atrai uma multidão incansável que se diverte nesse chamado início oficial de carnaval em terras pernambucanas. Fundado em 1978 por Enéas Freire, esse bloco consta no Guinness como o maior do mundo.

Apesar de não acontecer mais de madrugada como seu nome sugere, o bloco começa pela manhã e dura o dia inteiro com suas freviocas, seus carros alegóricos e seus trios elétricos que divulgam nossa cultura, sobretudo através de frevos inesquecíveis. Composto em 1979, o Hino dedicado a esse bloco tornou-se um verdadeiro clássico, pois cumpriu seu papel exato de atrair e contagiar os foliões, atravessando o tempo e estando sempre presente. Já foi interpretado por Alceu Valença e tantos outros artistas locais:

Hino do Galo da Madrugada
(José Mário Chaves)

Ei pessoal, vem moçada
Carnaval começa no Galo da Madrugada

A manhã já vem surgindo,
O sol clareia a cidade com seus raios de cristal
E o Galo da madrugada,
Já está na rua, saudando o Carnaval

Ei pessoal, vem moçada
Carnaval começa no Galo da Madrugada

As donzelas estão dormindo
As cores recebendo o orvalho matinal
E o Galo da Madrugada
Já está na rua, saudando o Carnaval

Ei pessoal, vem moçada
Carnaval começa no Galo da Madrugada

O Galo também é de briga,
As esporas afiadas e a crista é coral
E o Galo da Madrugada
Já está na rua saudando o Carnaval

Ei pessoal, vem moçada
Carnaval começa no Galo da Madrugada

Um forte abraço a todos!

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Me segura se não eu caio...

Com a proximidade do carnaval, aqui em Recife, Olinda, toda Região Metropolitana e por que não dizer, todo Estado de Pernambuco se voltam para essa festa que tem no frevo seu ápice musical. E entre os intérpretes desse evento popular, destaca-se, como ressaltado em outros anos, Alceu Valença e seus clássicos que não param de tocar, sobretudo nas ladeiras de Olinda.

E o mais curioso é que em apenas duas estrofes, essa canção descreve bem o que acontece com a maioria dos foliões que escolhem Olinda para frevar até a quarta-feira, algo evidente já no início da letra, quando cita os Quatro cantos, bairro dessa cidade que abraça o frevo e os foliões que por aqui passam e plantam suas saudades nas danças, comidas, bonecos e em todas as manifestações culturais desse espaço!

Me segura se não eu caio
J. Michilles

Nos quatro cantos cheguei
E todo mundo chegou
Descendo ladeira, fazendo poeira
Atiçando o calor

E na mistura colorida da massa
Fui bater na praça a todo vapor
Descambei passando pelos bares
Cheirei a menina e voei pelos ares
No pique do frevo caí como um raio

Me segura que senão eu caio
Me segura que senão eu caio...

Um forte abraço a todos!

sábado, 13 de fevereiro de 2010

De janeiro a janeiro

Alceu Valença é presença constante em tempos de carnaval. Seus frevos, seu som embala milhões de foliões. É certeza garantida que em meio à festa, temos muita música de qualidade. Essa canção é das mais recentes de seu repertório, lançada em 2005.

Com uma letra que remete ao carnaval e a seus ritmos e acessórios, De janeiro a janeiro embala um amor contínuo, que não pode parar e, ao mesmo tempo assegurar a folia como um combustível a esse imenso sentimento.

De janeiro a janeiro
(Alceu Valença)

Pra começar
Eu vou te amar o ano inteiro
De janeiro a janeiro
Meu amor, sem atropelo

E seguiremos
Caminhando sobre os dias
Carnaval vem chegando
E vamos cair na folia

Apronte a sua fantasia
Que eu afino o meu pandeiro
Vamos brincar todo dia
Em Olinda, no Bloco do Beijo

No Recife na beira do cais
Nos entregar ao desejo
De Janeiro a Janeiro, sem atropelo

Um forte abraço a todos!

sábado, 24 de outubro de 2009

As cidades cantadas - 8

Vamos homenagear duas cidades co-irmãs: Petrolina/PE e Juazeiro/BA. Separadas apenas pelo Rio São Francisco, formam o maior aglomerado urbano do sertão nordestino. Petrolina faz aniversário em 21 de setembro e destaca-se pela grande produção vinícola, a segunda do país. Juazeiro aniversaria em 15 de julho e é uma cidade mais industrial, destacando-se por ser a terra de Ivete Sangalo e João Gilberto.

Mas, quem prestou homenagem a essas cidades foi Jorge de Altinho com sua Petrolina Juazeiro, gravada posteriormente por Elba Ramalho, Alceu Valença e Trio Nordestino, entre outros e que serve como destaque em nossa viagem musical e geográfica de hoje:

Petrolina/Juazeiro
(Jorge de Altinho)

Na margem do São Francisco, nasceu a beleza
E a natureza ela conservou
Jesus abençoou com sua mão divina
Pra não morrer de saudade, vou voltar pra Petrolina

Do outro lado do rio tem uma cidade
Que em minha mocidade eu visitava todo dia
Atravessava a ponte ai que alegria
Chegava em Juazeiro, Juazeiro da Bahia

Hoje eu me lembro que nos tempos de criança
Esquisito era a carranca e o apito do trem
Mas achava lindo quando a ponte levantava
E o vapor passava num gostoso vai e vem

Petrolina , Juazeiro, Juazeiro, Petrolina
Todas duas eu acho uma coisa linda
Eu gosto de Juazeiro e adoro Petrolina

Um forte abraço a todos!

domingo, 4 de outubro de 2009

Projeto "O grande encontro"

A música brasileira tem hoje mais um sessentão, a voz inconfundível de Zé Ramalho! Aproveitando seu aniversário, sob dica do grande Vinícius Faustini, abordaremos um projeto grandioso do qual Zé e seus amigos participaram, os cds O grande encontro.

Em um projeto que unia dois cumpadres pernambucanos e dois primos paraibanos, Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Elba Ramalho e Zé Ramalho sempre possuíram muita afinidade musical, mas apenas em 1996, se uniram a seus violões no palco do Canecão para lançar esse projeto que reunia parte do show que fizeram com destaque para interpretações como Sabiá, Dia branco, O amanhã é distante, Admirável gado novo, O trem das sete, Chão de giz, Veja, Chorando e cantando, Banho de cheiro e Frevo Mulher.

Acredito que o sucesso surpreendeu a todos, inclusive aos artistas que se revezavam no palco, sendo que no início e no final do show, estavam todos lá unidos e interpretando seus clássicos e canções que admiravam em comum. O volume dois foi gravado em estúdio e saiu em 1997. Pena que Alceu, que se desentendeu dos demais já não estava nessa empreitada, que se destaca por interpretações como Disparada, O princípio do prazer, Eternas ondas, Bicho de sete cabeças, Canta coração, Canção da despedida e Ai que saudade d´oce.

O terceiro e último projeto dessa série sai em 2000, volta a ser ao vivo e apresenta, além do cd e do dvd, convidados que deixam esse encontro ainda maior: Belchior, Lenine e Moraes Moreira dividiram o palco respectivamente com Zé, Elba e Geraldo. Destaque para as faixas Táxi lunar, Dona da minha cabeça, Frisson, Você se lembra, Garoto de aluguel, Petrolina-Juazeiro, A terceira lâmina. Em 2006, para matar um pouco a saudade, saiu a coletânea O melhor do grande encontro, com alguns dos clássicos já citados, desse projeto histórico da nossa música!

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 12 de março de 2009

As cidades cantadas - 3

Hoje é aniversário de duas das mais importantes cidades do Brasil, de Pernambuco: Recife e Olinda! Recife é a capital pernambucana! Terra de sol, belas praias e paisagens que a tornam uma das capitais mais lindas do país! Numa geografia cortada pelo Rio Capibaribe, é conhecida como Veneza brasileira!

Já foi cantada por diversos artistas sobretudo pernambucanos que amam essa terra como Reginaldo Rossi que afirma em Recife, minha cidade que "Recife tem encantos mils... é um paraíso tropical..." Cauby ama o Recife, o mesmo podemos dizer do rei Roberto e de todos os artistas que aqui cantaram, especialmente alguns que participam dos eventos culturais que a cidade oferece, como o Festival da Seresta, o carnaval ou em novos lançamentos! Chico Science definiu bem essa cidade nas canções A cidade e Da lama ao caos, mesmo sem citar o nome Recife. O mesmo pode ser dito com Pelas ruas que andei de Alceu Valença. Gonzaguinha disse tudo ao afirmar "Belo é o Recife pegando fogo na pisada do maracatu", na canção Festa! E é no frevo que a cidade é mais cantada, sobretudo nos clássicos Evocação nº 1 de Nelson Ferreira e Voltei Recife de Luis Bandeira, a escolhida para homenagear essa grande cidade:

Voltei Recife
(Luis Bandeira)

Voltei, Recife
Foi a saudade que me trouxe pelo braço
Quero ver novamente "Vassoura" na rua abafando
Tomar umas e outras e cair no passo

Cadê "Toureiros"? Cadê "Bola de Ouro"?
As "pás", os "lenhadores"O "Bloco Batutas de São José"?
Quero sentir a embriaguez do frevo que entra na cabeça
Depois toma o corpo e acaba no pé



Olinda foi a primeira capital de Pernambuco e depois cedeu lugar ao Recife. Mas, nem por isso deixou de ser a cidade histórica e o berço do carnaval pernambucano: Suas ladeiras são famosas no mundo todo! Os bonecos de Olinda contam uma história muito peculiar de um povo que ama essa festa e cultiva no frevo suas comemorações! Lenine, outro grande divulgador de nossa cultura pernambucana definiu esse momento festivo da cidade na canção Leão do Norte, no trecho "...Sou a folia que desce lá de Olinda, o homem da meia-noite puxando esse cordão..." (O homem da meia-noite é um dos bonecos mais famosos juntamente com a Mulher do dia). O frevo Elefante é o mais marcante e diz tudo que se poderia dizer dessa terra tão amada por seu povo e por turistas do mundo inteiro:

Elefante
(Clídio Nigro e Clóvis Vieira)

Ao som dos clarins de Momo
O povo aclama com todo ardor
O Elefante exaltando a suas tradições
E também seu esplendor

Olinda esse meu canto
Foi inspirado em teu louvor
Entre confetes e serpentinas
Venho te oferecer com alegria o meu amor

Olinda! Quero cantar a ti esta canção
Teus coqueirais, o teu sol, o teu mar
Faz vibrar meu coração, de amor a sonhar
Em Olinda sem igual, salve o teu carnaval!

Parabéns Recife e Olinda e um forte abraço a todos!

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Encontro musicais em discos...

Nossos artistas sempre nos presentearam com ótimos trabalhos, alguns dos quais destaco semanalmente para todos vocês! Imaginem quando eles se juntam para realizarem um trabalho em comum, tipo compor alguma canção, tocarem juntos, gravarem juntos uma faixa. E o que dizer : gravarem um disco inteirinho juntos?

Foi o que aconteceu por exemplo em 2008, com o cd/dvd Amigo é casa que reuniu duas grandes vozes femininas da melhor qualidade: Simone e Zélia Duncan juntas em um projeto que reuniu grandes hits de sua carreira e traçou um paralelo de como suas obras se encontram, sobretudo pela influência que uma exerceu sob a outra. Destaque para canções como Grávida, Meu ego, Idade do céu, Encontros e despedidas, Jura secreta, Alma e Tô voltando.

Pois é, 2008 foi um ano em que tivemos ao menos três grandes lançamentos nesse formato. Um deles já foi comentado aqui nesse blog no dia 14/12/2008 (é só procurar nos arquivos de dezembro ou no campo "Quero saber sobre"), que é o projeto que reuniu Roberto Carlos e Caetano Veloso e a música de Tom Jobim, numa comemoração aos 50 anos de Bossa nova. Destaque para Wave, Inútil paisagem, Por causa de você, Corcovado/Samba do avião e Tereza da praia.

E ainda em 2008, tivemos outro encontro musical em outra praia. O rock brasileiro recebeu de presente a união pra lá de especial das bandas Paralamas do Sucesso e Titãs, juntos e ao vivo, em cd e dvd. Destaque para Marvin, Uma brasileira, A novidade, Comida e Meu erro.

Mas, não é de hoje ou de ontem que nossos artistas se juntam. E isso ocorre nos mais variados estilos: Nos anos 90, por exemplo, as três maiores duplas sertanejas do país gravavam anualmente discos que os uniam em torno de seu especial de final de ano e de seus convidados. Pois é, Chitãozinho e Xororó, Zezé di Camargo e Luciano, Leandro e Leonardo e, tantos outros ilustres participaram de várias edições do projeto Amigos.

Agora, me responda: o que dizer desses dois medalhões ao lado juntos? Pois é, Milton Nascimento e Gilberto Gil já fizeram um disco inteiro juntos em 2000, depois de tanto tempo fazendo música de qualidade, separados. Destaque para Sebastian, Duas sanfonas, Ponta de areia, Palco e Baião da garoa.

Mas, é claro que não podemos parar por aqui. O que falar do Fagner? Fez isso de forma brilhante em dois momentos de sua carreira, um com os dois discos que gravou com Luiz Gonzaga (destacados no post do dia 21/06/2008) e, mais recentemente, no disco que gravou em parceria com Zeca Baleiro. O que dizer dos discos gravados por Ângela Maria e Agnaldo Timóteo? Mas, não podemos esquecer de Chico Buarque e Maria Bethânia ainda na década de 70, ou de Chico e Caetano nos anos 80! Poderíamos também falar do projeto Grande encontro, gravado pelos nordestinos Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Elba Ramalho e Zé Ramalho. Bom, mas isso pode ser temas de posts futuros. E claro, poderíamos citar muitos outros discos em duplas, por artistas que não são duplas convencionalmente, porém, enxergam em sua união um novo formato de trabalho onde os premiados somos todos nós!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 8 de abril de 2008

Tu vens, tu vens, eu já escuto teus sinais...

Mais um conterrâneo meu, Alceu Valença, nascido também no interior, São Bento do Una, divisa entre Agreste e Sertão. Possui influências de Luiz Gonzaga e Elvis Plesley, surgindo um artista que engloba forró, repente, coco e principalmente frevo, o mais constante em sua obra, sempre com uma levada que inclui baixo e guitarra. Sua música e seu universo temático são universais, mas, sua base estética está fincada na nordestinidade.

Quando mudou-se para o Recife, onde concluiu o curso de direito, conheceu a música urbana de Orlando Silva e Nelson Gonçalves e decidiu abandonar a carreira de advogado e se dedicou à sensibilidade artística. Como já citado em outro tópico sobre o Geraldo Azevedo, gravou seu primeiro disco em parceria com este no início dos anos 70. Depois desse lançamento, ficou praticamente impossível acontecer um frevo em Pernambuco, sem a participação sonora do Alceu.

Seus discos sempre trazem muito sucesso que geralmente acontecem mais na época do carnaval ou durante as festas juninas, se seguir a linha forró, baião, coco, entre outros. Entre seus hits, estão Beijando Flora, La belle de Jour, Bicho Maluco Beleza, Anunciação, Bom demais, Como dois animais, Coração bobo, De janeiro a janeiro, Morena tropicana, Hino do Galo da madrugada, Me segura se não eu caio, Numa sala de Reboco, Pelas ruas que andei, Ciranda da Rosa Vermelha, Petrolina Juazeiro, Voltei Recife, Diabo louro, Roda e avisa, entre tantas que sempre nos remetem às festas de ruas de Pernambuco, que Alceu tanto divulga nas canções que interpreta.

Algumas gravações são antológicas na interpretação do Alceu, como a gravação do Hino de Pernambuco em frevo, que popularizou e difundiu o Hino entre a sociedade. Outro Hino muito executado no "sábado de Zé Pereira" é o Hino do Galo da madrugada. Outra canção que se notabilizou foi Roda e avisa, um saudosismo dedicado ao Velho Guerreiro e apresentador Chacrinha, também nosso conterrâneo e que Alceu sempre participava de seu programa televisivo.

Alceu participou do primeiro projeto Grande encontro, na década de 90 com Geraldo, Elba e Zé Ramalho. Atualmente se dedica a divulgar seu dvd Ao vivo no Marco Zero, gravado no Recife e com a participação do público fiel que sempre canta seus sucessos nos carnavais e em todos os tempos do ano, quando sempre é legal ouvir sua musicalidade!

Um forte abraço a todos!