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quarta-feira, 9 de outubro de 2019

CD Joanna 25 anos

Em 2004 Joanna comemorou seus 25 anos de carreira mais que bem sucedida com esta compilação que reúne duetos realizados em sua discografia e também na de seus colegas. Claro que outros bons e inesquecíveis duetos ficaram de fora, pois aqui temos uma das cantoras mais generosas quando o assunto é dividir canções com colegas.

Temos duas canções inéditas e em momentos solos (Roberto poderia aparecer pra cantar ao menos uma delas): Do fundo do meu coração e Aceito seu coração, ambas do repertório de sua majestade. No mais, temos Codinome beija-flor (com Cazuza), Quando o amor acontece (com João Bosco), Maninha (com Maria Bethânia), Quarto de hotel (com Gonzaguinha), O pequeno burguês (com Martinho da Vila), Colher de pau (com Zeca Pagodinho).

E temos ainda Amor alheio (com Fagner), Nunca sofri por amor (com Emílio Santiago), Mel na boca (com Jorge Aragão), A banca do destino (com Tereza Cristina) e Aventura (com Eduardo Dussek). A canção Nós queremos paz também foi uma grata surpresa, com a participação de Vynicius Roseira e o Coral da escola de música da Rocinha. Joanna é sempre agradável à música brasileira e esse projeto só nos deixa com mais vontade de ouvir outros duetos e também novas canções dessa diva!

Um forte abraço a todos!

domingo, 8 de outubro de 2017

♫Olhar matreiro♫

Cazuza sempre foi um poeta surpreendente e, de repente, encontramos algumas coisas que nos faz crer que sua obra ainda renderá por muito tempo. É o caso dessa canção, dobradinha com o Fagner, ainda nos anos 80, que permaneceu inédita até 2001, quando o cearense a gravou brilhantemente no CD lançado naquele ano.

E, sem desmerecer uma nota musical à interpretação magistral do Fagner, queria ouvir o próprio Cazuza a cantando, por sentir que a letra parece tanto com ele, com seu jeito de contar as coisas e seu romantismo próprio. Uma canção que fala de uma possível volta, de um cara que está seguro que isto acontecerá, que mudou e que merece novas chances, reconquistando seu amor, com aquelas características que só eles reconhecem.

Olhar matreiro
Fagner e Cazuza

Quando eu voltar pra você
Eu vou voltar inteiro
Quando eu chegar
Com o meu olhar matreiro
Quando eu tocar a campainha
Me aninha
Estou certo que você é minha rainha

Eu tenho andado tão triste
Feito lixo ao sol
Pode dizer que não quer
Mas você vai ser de novo minha mulher

É que eu sou tão diferente
Daquele que te maltratou
Você vai ver, você vai gostar

Olha a lua lá no céu
Magrinha, turca
Olha o ar, olha o mar, olha as estrelas

Nada disso tem importância
A natureza é uma coisa
Tão sem importância
Contra a tua natureza

Um forte abraço a todos!

domingo, 9 de julho de 2017

♫O mundo é um moinho♫

A sabedoria dos artistas está além da forma como interpretam aquilo que cantam e/ou compõem. Um grande exemplo disso é esta pérola do Cartola, já interpretada por tantos outros grandes intérpretes como Cazuza, Joanna, Beth Carvalho, Ney Matogrosso, dentre outros. Uma canção bastante atual, embora hoje em dia são raras as coisas escritas assim, com a mesma carga de grandes sentimentos e inteligência na construção da letra.

O mundo é um moinho fala de uma precipitação, algo que está acontecendo sem pensar, muito cedo. Alguém que aparenta pouca idade e experiência e já quer ganhar o mundo em busca de novas aventuras ou desilusões. E este equilíbrio que a letra sugere como rumo ideal está não apenas nos quatro versos, mas também no violão, na calma de quem canta e convence quem ouve. Mágicas da música.

O mundo é um moinho
Cartola

Ainda é cedo, amor
Mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora de partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar

Preste atenção, querida
Embora eu saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco a tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és

Ouça-me bem, amor
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos, tão mesquinhos
Vai reduzir as ilusões a pó

Preste atenção, querida
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás à beira do abismo
Abismo que cavaste com os teus pés

Um forte abraço a todos!

domingo, 10 de janeiro de 2016

♫Faz parte do meu show♫

Esta é a canção mais marcante da obra do Cazuza, a meu ver, daquelas que onde se toca ou alguém canta, nos lembramos dele. Regravada posteriormente por Nelson Gonçalves, não sei se há muito do Cazuza nela, ou apenas um personagem criado por ele, embora pense que seja autobiográfica. Lançada em 1988, foi tema da novela global Vale tudo.

Sua letra fala daquele rapaz apaixonado dos anos 80/90 que ia buscar a menina na porta da escola e que era mais natural que romântico, embora apresente esta atitude. Um cara que prometia algo que não cumpria plenamente, traía, fazia filho, bebia ou provava algo que lhe fazia mal, abrigava momentos de tristeza e confusão. De um modo geral, justificava sua forma de ser como algo natural, que fazia parte de sua personalidade, ou como o autor definiu, fazia parte do seu show!

Faz parte do meu show
Cazuza e Renato Ladeira

Te pego na escola e encho a tua bola
Com todo o meu amor
Te levo pra festa e testo o teu sexo
Com ar de professor

Faço promessas malucas
Tão curtas quanto um sonho bom
Se eu te escondo a verdade, baby
É pra te proteger da solidão

Faz parte do meu show
Faz parte do meu show, meu amor

Confundo as tuas coxas com as de outras moças
Te mostro toda a dor
Te faço um filho
Te dou outra vida pra te mostrar quem sou

Vago na lua deserta das pedras do Arpoador
Digo 'alô' ao inimigo
Encontro um abrigo no peito do meu traidor

Faz parte do meu show
Faz parte do meu show, meu amor

Invento desculpas, provoco uma briga, digo que não estou
Vivo num clipe sem nexo
Um Pierrot retrocesso
Meio bossa nova e rock'n roll

Faz parte do meu show
Faz parte do meu show, meu amor

Um forte abraço a todos!

domingo, 27 de julho de 2014

♫Todo amor que houver nessa vida♫

Dá saudade de um tempo não muito distante em que haviam grandes letras inspiradas e com frases marcantes como esta do Cazuza, já gravada pelo próprio e por outros nomes como Maria Bethânia, Caetano Veloso, Frejat, Cássia Eller, entre outros. Todo amor que houver nessa vida foi a canção que despertou a atenção de todos para o poeta e para o conteúdo de sua poesia.

A letra traz um romantismo real, não aquele idealizado e difundido por tantos outros poetas. Um amor que traz consigo necessidades sexuais, financeiras e psicológicas para sobreviver ao tempo e às adversidades do cotidiano comum que Cazuza parecia entender bem quando cria esta que é também um clássico do rock nacional!

Todo amor que houver nessa vida
Cazuza

Eu quero a sorte de um amor tranquilo
Com sabor de fruta mordida
Nós na batida, no embalo da rede
Matando a sede na saliva

Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum trocado pra dar garantia

E ser artista no nosso convívio
Pelo inferno e céu de todo dia
Pra poesia que a gente não vive
Transformar o tédio em melodia

Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum veneno antimonotonia

E se eu achar a tua fonte escondida
Te alcanço em cheio, o mel e a ferida
E o corpo inteiro como um furacão
Boca, nuca, mão e a tua mente não

Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum remédio que me dê alegria

Um forte abraço a todos!

sábado, 7 de setembro de 2013

♫Brasil♫

E hoje se comemora mais um dia da Independência do Brasil e aqui temos um clássico de Cazuza, da década de 80, gravado pelo próprio e por cantoras como Gal Costa e Simone. Uma canção com uma letra atemporal e de forte impacto num Brasil pós ditadura e que também foi tema de novela das 8, o sucesso Vale tudo.

E digo que é atemporal, sobretudo porque em tempos de protestos, nada mais atual que perguntar qual o verdadeiro negócio que é este país, com suas crises, seus superfaturamentos, corrupções e enrolações a um povo trabalhador que paga as altas faturas de quem não teve aulas de honestidade e patriotismo e vive à margem deste amado país, como os compositores denunciaram nesta letra.

Brasil
(Cazuza, George Israel e Nilo Romero)

Não me convidaram pra esta festa pobre
Que os homens armaram pra me convencer
A pagar sem ver toda essa droga
Que já vem malhada antes de eu nascer

Não me ofereceram nem um cigarro
Fiquei na porta estacionando os carros
Não me elegeram chefe de nada
O meu cartão de crédito é uma navalha

Brasil!
Mostra tua cara
Quero ver quem paga
Pra gente ficar assim

Brasil!
Qual é o teu negócio?
O nome do teu sócio?
Confia em mim

Não me convidaram pra essa festa pobre
Que os homens armaram pra me convencer
A pagar sem ver toda essa droga
Que já vem malhada antes de eu nascer

Não me sortearam a garota do Fantástico
Não me subornaram, será que é o meu fim?
Ver TV a cores na taba de um índio
Programada pra só dizer "sim, sim"

Brasil!
Mostra a tua cara
Quero ver quem paga
Pra gente ficar assim

Brasil!
Qual é o teu negócio?
O nome do teu sócio?
Confia em mim

Grande pátria desimportante
Em nenhum instante eu vou te trair
Não, não vou te trair

Brasil!
Mostra a tua cara
Quero ver quem paga
Pra gente ficar assim

Brasil!
Qual é o teu negócio?
O nome do teu sócio?
Confia em mim...

Um forte abraço a todos!

sábado, 27 de julho de 2013

Preciso dizer que te amo

Uma belíssima canção do Cazuza, interpretada por ele mesmo em dueto com Bebel Gilberto, por Marina Lima e aquela que, pra mim, ficou a interpretação definitiva: Emílio Santiago. Pudera, sem desmerecer os demais, mas algo já bastante ressaltado aqui é o fato de que ficava difícil alguém se arriscar a gravar uma canção depois que Emílio a gravasse. Isso é típico dos excelentes intérpretes que temos que, quando acertam, não tem pra ninguém e Emílio dificilmente não acertava.

Mas, voltando a Preciso dizer que te amo, sua letra fala de um cara meio tímido que está apaixonado e não se contenta apenas com a amizade, pois essa condição o está afetando, o colocando em status de confidente a ponto de o deixar numa encruzilhada, pois sabe que pode ganhar esse amor ou perder a amizade após ter seus sentimentos expostos e isso é curioso porque muitas vezes uma amizade se desestrutura quando algo assim acontece, o que poderia ser visto de forma natural e sem mágoas!

Preciso dizer que te amo
(Dé, Cazuza e Bebel Gilberto)

Quando a gente conversa
Contando casos, besteiras
Tanta coisa em comum
Deixando escapar segredos

E eu não sei a que horas dizer
Me dá um medo, que medo
É que eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano
É, eu preciso dizer que eu te amo tanto

E até o tempo passa arrastado
Só pra eu ficar do teu lado
Você me chora dores de outro amor
Se abre e acaba comigo

E nessa novela eu não quero ser teu amigo, que amigo?
É que eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano
É, eu preciso dizer que eu te amo tanto

Um forte abraço a todos!

sábado, 12 de novembro de 2011

Codinome Beija-flor

Essa é mais um clássico da música brasileira, imortalizada pelo autor, Cazuza, e por outras vozes femininas como Simone e Joanna, além do Barão Vermelho, Luiz Melodia e outros intérpretes país afora. Fala de um amor partido, mas com elementos bastante particulares do personagem central da canção que, com certeza, plantou essa identificação com o povo brasileiro que tanto amou essa música.

As coisas particulares estão presentes na forma como o personagem se refere à pessoa amada, à qual se refere apenas como Beija-flor, fala ao seu ouvido segredos de liquidificador (que, embora existam tantas teorias para essa expressão, o próprio autor afirma que são apenas os movimentos circulares com a língua) e expõe todos os esforços para que o sentimento oculto entre eles finalizassem em sucesso, lamentando pelo fracasso e pelas rusgas deixadas com essa dor que parece anular todo o esforço e a dedicação ofertada.

Codinome beija-flor
(Cazuza, Reinaldo Arias e Ezequiel Neves)

Pra que mentir
Fingir que perdoou
Tentar ficar amigos sem rancor
A emoção acabou
Que coincidência é o amor
A nossa música nunca mais tocou

Pra que usar de tanta educação
Pra destilar terceiras intenções
Desperdiçando o meu mel
Devagarzinho, flor em flor
Entre os meus inimigos, beija-flor

Eu protegi o teu nome por amor
Em um codinome, Beija-flor
Não responda nunca, meu amor
Pra qualquer um na rua, Beija-flor

Que só eu que podia
Dentro da tua orelha fria
Dizer segredos de liquidificador

Você sonhava acordada
Um jeito de não sentir dor
Prendia o choro e aguava o bom do amor

Um forte abraço a todos!

sábado, 8 de janeiro de 2011

Mulher sem razão

O Brasil tem grandes vozes femininas e Adriana Calcanhoto é uma delas, além de grande compositora, temos nela uma extraordinária intérprete. Dá um tom todo original e próprio às canções que interpreta de outros artistas. É o caso dessa canção do repertório do Cazuza e da Bebel Gilberto, também interpretada pelo Ney Matogrosso.

Mulher sem razão reforça o amor próprio que o sexo feminino precisa despertar diante dos maus tratos e da falta de reconhecimento e carinho do companheiro. É como se uma nova voz falasse à ela como promessa de que proporcionaria tudo aquilo que ainda não foi capaz de desfrutar por possuir más companhias! Genialidades da nossa música:

Mulher sem razão
(Cazuza, Dé e Bebel Gilberto)

Saia desta vida de migalhas
Desses homens que te tratam
Como um vento que passou

Caia na realidade, fada
Olha bem na minha cara
Me confessa que gostou

Do meu papo bom
Do meu jeito são
Do meu sarro, do meu som

Dos meus toques pra você mudar
Mulher sem razão
Ouve o teu homem

Ouve o teu coração
No final da tarde
Ouve aquela canção
Que não toca no rádio

Pára de fingir que não repara
Nas verdades que eu te falo
Dá um pouco de atenção

Parta, pegue um avião, reparta
Sonhar só não tá com nada
É uma festa na prisão

Nosso tempo é bom
Temos de montão
Deixa eu te levar então

Pra onde eu sei que a gente vai brilhar
Mulher sem razão
Ouve o teu homem

Ouve o teu coração
Batendo travado
Por ninguém e por nada
Na escuridão do quarto...

Um forte abraço a todos!

domingo, 14 de novembro de 2010

CD Cazuza - Preciso dizer que te amo

Esta não é uma coletânea com os melhores trabalhos do Cazuza, mas um apanhado das canções mais românticas que ele fez e interpretou ao longo de sua carreira solo e quando ainda era do grupo Barão Vermelho. É o que se percebe logo no início no dueto voz e violão com Bebel Gilberto na histórica Preciso dizer que te amo.  Na sequência, temos Bilhetinho azul e Um trem para as estrelas que provam que na veia do roqueiro pulsava um coração muito romântico.

E é nesse tom de romantismo pop que seguem as canções Minha flor meu bebê, Você se parece com todo mundo, Ritual, Blues do iniciante, Quarta-feira, Perto do fogo e Largado do mundo. As clássicas também não ficam de fora como Codinome beija-flor e Faz parte do meu show, em versões ao vivo.

O lado intérprete do eterno Barão, fica por conta de Luz negra, de Nelson Cavaquinho e O mundo é um moinho do Cartola, que completam o repertório e oferecem ao apreciador da boa música o coração romântico do roqueiro mais amado dos anos 80, sempre com sua irreverência e com seu tom pop e único na música brasileira.

Um forte abraço a todos!

domingo, 25 de julho de 2010

Olhando as estrelas - 6 - Chico e Caetano - Melhores momentos

Dentro da Série Olhando as estrelas, finalizamos a semana dedicada ao programa Chico & Caetano, onde contamos com a valiosa colaboração do texto enviado por nosso amigo Vinícius Faustini, comentaremos sobre o único legado fonográfico desse projeto: o Lp, depois cd Chico e Caetano - Melhores momentos:

Foi lançado um LP com 11 números dos vários programas. Mas o disco ficou com uma qualidade bem abaixo do esperado, tanto no áudio quanto na escolha do repertório. A tentativa de ser eclético demais deixou números fantásticos de fora. Eis a lista de músicas de "Melhores momentos de Chico & Caetano":

1 - Festa imodesta - Chico Buarque e Caetano Veloso
2 - Nêga maluca / Billie Jean - Caetano Veloso
3 - Roberto, corta essa - Jorge Ben
4 - Adiós, nonino - Astor Piazolla
5 - Tiro de misericórdia - Elza Soares
6 - Não quero saber mais dela - Chico Buarque, Caetano Veloso, Beth Carvalho e Fundo de Quintal
7 - London, London - Caetano Veloso e Paulo Ricardo
8 - Águas de março - Tom Jobim, Chico Buarque e Caetano Veloso
9 - Sentimental - Chico Buarque
10 - Luz negra - Cazuza
11 - Merda - Caetano Veloso, Chico Buarque, Rita Lee e Luiz Caldas

Curiosamente, a última música não foi exibida na TV Globo. A censura vetou a música que Caetano Veloso fez para homenagear o teatro, tanto por seu título quanto por seus versos falarem sobre substâncias ilícitas: "Nem na loucura do amor, da maconha, do pó, do tabaco e do álcool, vale a loucura do ator quando abre-se em flor sobre as luzes do palco".

Infelizmente, Chico & Caetano não foi lançado em DVD. Tantas imagens históricas, tantos momentos maravilhosos de boa música que foram reprisados apenas durante o verão de 1987. No You Tube há vídeos memoráveis, como Caetano Veloso cantando Gente humilde, Baden Powell e Elizeth Cardoso cantando Além do amor e Deixa ou Chico, Caetano e Paulinho da Viola interpretando Preconceito. A cada lembrança de Chico & Caetano, fica o lamento de a TV Globo ter reduzido tão drasticamente os shows musicais de sua programação. Um programa como este faz todos os amantes da boa Música Popular Brasileira se emocionar e repetir com Caetano Veloso o grito de "Salve o compositor popular!".

Obrigado, Everaldo, por tão generosamente ceder este espaço para mim. É sempre bom podermos achar na Internet um espaço que divulga a música brasileira em todas as suas vertentes. E foi melhor ainda por participar daqui trazendo uma memória da minha infância. Espero que todos tenham gostado.

Abraços a todos, Vinícius Faustini!

Vinícius, nós é que agradecemos por você ter nos proporcionado uma semana tão valiosa para nossa saudade e para a lembrança de bons programas como esses que fizeram a história da música brasileira!

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Puro êxtase...

Recentemente falamos do Cazuza, um dos grandes fundadores dessa banda, da qual agora falaremos após sua saída em 1985. O Barão Vermelho passou a ter um novo vocalista, o Roberto Frejat, mas a história da banda continua a plantar e colher sucessos no rock nacional e no público cativo conquistado desde a passagem do Cazuza. Após momentos de turbulências, o Barão se eecontra com o sucesso a partir de 1988 com vários prêmios conquistados.

Além de trocar de vocalista, mais tarde, em 1990 troca de baixista, Dé foi substituído por Dadi, ex-novos baianos e a cor do som, que mais tarde também deixaria o barão para a entrada de Rodrigo Santos que permanece até hoje. Ainda em 90, ganha os prêmios Sharp e Hollywood Rock como melhor banda de rock e gravam a faixa O poeta está vivo em homenagem a Cazuza.

São mais de 23 anos de carreira e 15 cds que mostram porque o Barão se mantém na grife das grandes bandas de rock nacional. Hits inesquecíveis como Declare guerra, Por que a gente é assim, Quem me olha só, Pense e dance, Torre de babel, Billy Negão, Por você, O Poeta está vivo, Supermercados da vida, Malandragem dá um tempo, Quando, Um índio, Tente outra vez e Puro Êxtase. Sem falar so sucessos da época do Cazuza como Bete Balanço, Menor abandonado e Todo amor que houver nessa vida.

Frejat também se destaca em projetos paralelos ao grupo como em 1994, reuniu os grandes nomes do rock para gravar o disco Rei, em homenagem ao repertório de Roberto e Erasmo. Também participou dos acústicos de Gal Costa e Zé Ramalho, ambos em 1997.

Em agosto de 2005, o Barão Vermelho subiu ao palco do reformulado Circo Voador para gravar o seu primeiro DVD, dentro do projeto MTV ao Vivo. No repertório do CD e DVD estão clássicos do grupo e um elemento surpresa do Barão MTV ao Vivo que ficou por conta da dobradinha virtual, entre Cazuza e Frejat – este interpretando pela primeira vez - na canção “Codinome Beija-Flor”, de Cazuza e Ezequiel Neves, escolhida como música de trabalho deste novo CD. E segue país afora mostrando porque seus shows e sucessos são sempre puro êxtase...

Um forte abraço a todos!

sábado, 17 de maio de 2008

Eu vejo um museu de grandes novidades...

Cazuza é sem sombra de dúvida um dos grandes nomes do rock brasileiro de todos os tempos. Do início dos anos 80, com o Barão Vermelho até o final da década com sua carreira solo, conseguiu deixar na música brasileira sua marca de irreverente, romântico e polêmico. Tentou desmascarar o país, numa época pós-ditadura.

No início dos anos 80, junto com Frejat, Dé, Maurício e Guto, fundaram a banda Barão Vermelho. Gravaram um disco simples em 1982, com o pai de Cazuza - João Araújo, diretor da Som livre que, relutante não pensou muito numa carreira assim para seu filho. Entretanto o primeiro reconhecimento veio rápido e por parte de Caetano Veloso que incluiu o sucesso Todo amor que houver nessa vida em show e criticou as rádios por não tocarem aquela banda. Começava aí a carreira curta e marcante de Agenor de Miranda Araújo Neto, que só aceitou seu primeiro nome quando soube que Cartola, um de seus ídolos, também tinha esse nome.

O segundo disco da banda foi mais marcante, mas ainda não vendeu tanto, embora viesse com o clássico Pro dia nascer feliz, regravado por Ney Matogrosso. Em 1984 com o filme Bete Balanço e a música feita por encomenda, o Barão chegou ao grande público, com sucessos como Maior abandonado. Em 1985, Cazuza segue carreira solo e deixa a banda após a primeira edição do Rock in Rio.

E a carreira solo apresenta o Cazuza de corpo e alma com canções arrasadoras como Exagerado, Codinome Beija-flor, O nosso amor a gente inventa, Ideologia, Brasil, Faz parte do meu show, O tempo não pára, Preciso dizer que te amo, e interpretações fantásticas como O mundo é um moinho do Cartola.

Cazuza está no andar de cima, mas sua canção é sempre atual, marcante, tanto é que outros roqueiros seguiram sua linha como Cassia Eller, que interpretou como ninguém a canção Malandragem. E até outros intérpretes como Nelson Gonçalves que interpretou Faz parte do meu show ou Simone, que imortalizou Codinome Beija-flor e tantos outros se renderam ao seu trabalho memorável. Em 2004 foi lançado o filme Cazuza (o tempo não pára) relatando a carreira desse grande astro da música brasileira.

E muitas são as frases reflexivas deixadas como "Tuas idéias não correspondem aos fatos, o tempo não pára..." ou "Nessa novela não quero ser seu amigo, eu preciso dizer que te amo, te ganhar ou perder sem enganos..." ou "Meu cartão de crédito é uma navalha, Brasil mostra tua cara..." ou "Pra quê usar de tanta educação pra destilar terceiras intensões...?" enfim, letras inesquecíveis relembradas sempre por outros intérpretes como Gal Costa, Maria Bethânia, Luiz Melodia, Fábio Jr., entre outros. Ficamos com a letra de Preciso dizer que te amo, uma das minhas favoritas dele, interpretadas por ele mesmo, Marina Lima e Emílio Santiago:

Preciso Dizer Que Te Amo
(Dé/Bebel Gilberto/Cazuza)

Q
uando a gente conversa
Contando casos, besteiras
Tanta coisa em comum
Deixando escapar segredos

E eu não sei que hora dizer
Me dá um medo, que medo!
É que eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano
É, eu preciso dizer que eu te amo ,tanto...

E até o tempo passa arrastado
Só pra eu ficar do teu lado
Você me chora dores de outro amor
Se abre e acaba comigo

E nessa novela eu não quero ser teu amigo, que amigo!?
É que eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano
É, eu preciso dizer que eu te amo, tanto...

Um forte abraço a todos!