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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

CD MTV ao vivo Ivete Sangalo

Este foi o primeiro CD ao vivo e o primeiro DVD da carreira de Ivete Sangalo. Lançado em 2004 fez parte desta série da saudosa MTV, que se confundia algumas vezes com os acústicos, outra maravilhosa série daquele canal. Comemorando 10 anos de carreira de Ivete, o projeto foi gravado na Fonte nova, em Salvador/BA. 

Entre os convidados, tivemos Davi Moraes (em Astral), Gilberto Gil (em Céu da boca), Sandy (em Se eu não te amasse tanto assim), Tatau (em Arerê), Daniela Mercury (em Panamericana) e Margareth Menezes (em Chão da praça). O público pode sentir aquela energia de seu show e curtir clássicos desde a época da Banda Eva, como Eva/Alô paixão/Beleza rara, Vem meu amor/Nossa gente (Avisa lá), Flor do reggae, Carro velho, Tô na rua, Empurra-empurra.

E ainda, Chica chica boom chic, Só pra me ver, Sorte grande, Festa, Faz tempo, A lua que eu te dei, De ladinho, Pererê e Canibal. Foi o disco que carimbou seu enorme sucesso de vendas e abriu caminhos para outros projetos e transformou Ivete Sangalo num dos grandes nomes desse país dos últimos 20 anos, além da principal figura do axé-music e também indispensável de qualquer carnaval.

Um forte abraço a todos!

segunda-feira, 29 de junho de 2020

♫Eu só quero um xodó♫

Sr. Domingo faz muita falta na música brasileira. E nesta época, suas canções também são muito entoadas país afora, sobretudo nas festas juninas. Essa canção é um clássico da música brasileira e já foi imortalizada pelo seu autor e também por Gilberto Gil, além de outras regravações que vão de Elba Ramalho a José Augusto, passando por Ivete Sangalo.

A letra de Eu só quero um xodó é daquelas canções tristes, que gritam a solidão de quem vive só. Mas, o ritmo e a alegria do forró disfarçam essa tristeza, como uma esperança de que logo aparecerá esse xodó, afinal é uma festa que se comemora melhor dançando a dois!

Eu só quero um xodó
Dominguinhos e Anastácia

Que Falta Eu Sinto De Um Bem
Que Falta Me Faz Um Xodó
Mas Como Eu Não Tenho Ninguém
Eu Levo A Vida Assim Tão Só

Eu Só Quero Um Amor
Que Acabe O Meu Sofrer
Um Xodó Pra Mim Do Meu Jeito Assim
Que Alegre O Meu Viver

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 28 de janeiro de 2020

CD Gilberto Gil Unplugged

Gilberto Gil foi um dos primeiros a gravar a saudosa série Acústico MTV. Em 1994, ele lançou o quarto álbum desta série, contendo grandes sucessos e algumas novidades em sua leitura. De sua autoria, temos clássicos como A novidade, Refazenda, Realce, Esotérico, Drão, A paz, Tempo rei, Expresso 2222, Aquele abraço, Palco, Toda menina baiana e Sítio do pica-pau amarelo.

Temos ainda Beira mar, Parabolicamará, Tenho sede, Sampa e, no DVD, outras canções como A linha e o tiro, The secret life of plants, Se eu quiser falar com Deus, Las três carabelas, Figura de retórica e Domingo no parque. Não houve convidados, nem músicos extras como edições posteriores desta série.

Considerado até hoje como um dos melhores trabalhos do Gil e também um dos melhores acústicos, pois configura uma obra muito interessante de se curtir e de se ter em qualquer coleção de um bom amante da música brasileira.

Um forte abraço a todos!

quarta-feira, 24 de julho de 2019

CD Gonzaguinha - presente - duetos

Lançado em 2015, ano em que Gonzaguinha completaria 70 anos, esta compilação une a voz de nosso eterno poeta com nomes da nossa música que, de alguma forma, bebem dessa fonte da qual sentimos tanta falta nos dias atuais. Grandes clássicos de seu repertório são revividos em duetos póstumos.

O que é o que é tem a contribuição do mineirinho Alexandre Pires. Ivete Sangalo empresta seu domínio de interpretação para o clássico Sangrando. A dupla Victor e Léo aparecem em Espere por mim morena, Ana Carolina vem em Explode coração e o Lindo lago do amor brilha com Gilberto Gil. E vamos à luta, com Zeca Pagodinho e temos uma belíssima interpretação de Maria Rita para Grito de alerta.

Alcione não deixa nenhum Ponto de interrogação na sua sempre fina interpretação, bem como Lenine em Começaria tudo outra vez. O mesmo pode se dizer de Martinho da Vila em Com a perna no mundo, Fagner em Feliz, Luiza Possi em Recado, Zeca Baleiro em Guerreiro menino e Daniel Gonzaga, que se une às vozes do pai e do avô no clássico Vida de viajante. Um excelente trabalho para constar na coleção de todo amante da boa música e que deseja matar a saudade do eterno Gonzaga Jr.

Um forte abraço a todos!

quarta-feira, 18 de julho de 2018

CD Gil & Milton

Vez por outra nossas estrelas se encontram e nos emocionam com seus trabalhos juntos! Em 2000, Milton Nascimento e Gilberto Gil gravaram um CD, com várias composições a dois e alguns convidados, o que gerou também uma turnê que, infelizmente não promoveu um DVD. Neste trabalho, aproveitaram a oportunidade e também gravaram outros compositores, promovendo um dos melhores discos de suas respectivas carreiras.

Sebastian foi a faixa carro chefe, em homenagem ao Rio e seu padroeiro. Duas sanfonas trouxe outra dupla convidada: Sandy e Júnior. Ponta de areia e Palco, que poderiam ter sido executadas por completo, entraram apenas como trecho. Compostas pelos dois tivemos ainda Trovoada, Lar hospitalar e Dinamarca, além de Canção do sal, do Milton e Bom dia, do Gil.

Os Beatles foram interpretados pela dupla em Something, Ary Barroso em Maria, Fito Páez em Yo vengo a ofrecer mi corazón, Doryval Caymmi em Dora, Jorge Benjor em Xica da Silva e Luiz Gonzaga em Baião da garoa. Gil é bom, Milton nem se fala, os dois juntos dão um grandioso trabalho como este que a música brasileira oferece a seus admiradores.

Um forte abraço a todos!

domingo, 24 de junho de 2018

♫Asa branca♫

E no dia de São João não poderia faltar este que é o hino do Nordeste e um dos maiores clássicos deste país. Achei curioso que até hoje nunca havia comentado sobre esta canção, a mais conhecida de Luiz Gonzaga. Assim como Gilberto Gil, também tenho outras dele das quais gosto mais, mas não podemos negar que Asa branca tornou-se uma verdadeira aula sobre o Sertão brasileiro por se tratar de um retrato cantado sobre as dores da terra e a saudade.

E este clássico (que já tem mais de 70 anos), já foi regravada por vários nomes, como Fagner, Dominguinhos, Elba Ramalho, Zé Ramalho, Alcymar Monteiro, Gilberto Gil, até nomes não muito próximos deste ritmo como Maria Bethânia, Elis Regina, Caetano Veloso, Nelson Gonçalves, Lulu Santos, Raul Seixas, Chitãozinho e Xororó, Ney Matogrosso. Até os Beatles a regravariam, segundo boato da década de 60. A verdade é que sempre é cantada pelos cantores, não apenas nesta época, reforçando a ideia de que figura entre as 20 canções mais lembradas de nossa música, em qualquer lista criada sobre este tema.

Asa branca
Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira.

Quando oiei a terra ardendo
Qual fogueira de São João
Eu preguntei, a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação

Que braseiro, que fornaia
Nem um pé de prantação
Por farta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão

Inté mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
Entonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração

Hoje longe muitas légua
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Para mim vorta pro meu sertão

Quando o verde dos teus oios
Se espaiar na prantação
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu vortarei, viu
Meu coração

Um forte abraço a todos!

domingo, 28 de maio de 2017

♫Esotérico♫

Aprofundando o repertório do Gilberto Gil, encontramos pérolas como esta canção que eu jurava já ter sido tema de novela, mas não encontrei de qual em minhas pesquisas. E se não for, tá aqui uma grande pedida. Gravada originalmente em 1982 por seu autor, a conheci em suas versões acústicas de 1994 e no mais recente CD/DVD com Caetano Veloso.

Numa mistura que une amor e misticismo, a letra de Esotérico, a meu ver, explora esse laço do amor com algo divino, como ser supremo da civilização. Gil é daqueles que fazem algo simples e ao mesmo tempo com uma complexidade que dá até receio de comentar algo que sua obra expressa. Mas, a meu ver é isso, um grande amor que possui contornos divinos e garantem sua existência de forma consistente. O assobio é um charme a parte desta belíssima melodia.

Esotérico
Gilberto Gil

Não adianta nem me abandonar
Porque mistério sempre há de pintar por aí
Pessoas até muito mais vão lhe amar
Até muito mais difíceis que eu pra você
Que eu, que dois, que dez, que dez milhões, todos iguais

Até que nem tanto esotérico assim
Se eu sou algo incompreensível, meu Deus é mais
Mistério sempre há de pintar por aí

Não adianta nem me abandonar 
Nem ficar tão apaixonada, que nada
Que não sabe nadar
Que morre afogada por mim

Um forte abraço a todos!

quarta-feira, 15 de março de 2017

CD e DVD Caetano Veloso e Gilberto Gil - Dois amigos, um século de música

Este foi um dos melhores trabalhos realizados em 2015, o CD e DVD que reuniu um século de música, pois matematicamente temos 50 anos de cada lado destes dois gênios da nossa canção: Caetano Veloso e Gilberto Gil  fizeram um show baseado em grandes sucessos de ambos os repertórios, acompanhados apenas por seus também geniais violões.

Cantados geralmente em duetos ou alguns números solos, tendo o outro como admirador, o repertório passa por Back in Bahia, Coração vagabundo, Tropicália, Marginália II, É um luxo só, É de manhã, As camélias do Quilombo do Leblon (única inédita composta para este projeto), Sampa, Terra, Nine out of ten, Odeio, Tonada da luna llena, Eu vim da Bahia, Super homem (a canção), Come prima, Esotérico, Tres palabras, Drão, Não tenho medo da morte, Expresso 2222, Toda menina baiana, São João Xangô menino, Nossa gente (avisa lá), Andar com fé, Filhos de Gandhi, Desde que o samba é samba, Domingo no parque e A luz de Tieta.

Com a dupla cantando em português, espanhol, italiano, inglês e, sobretudo, revivendo seus grandes sucessos, alguns em momentos solos, outros em duetos inéditos, temos aqui um trabalho para guardarmos por mais uns cinquenta anos, sempre contemplando como se fosse a primeira vez e estivéssemos diante de dois ícones que tanto contribuíram para nossa canção com essas carreiras brilhantes.

Um forte abraço a todos!

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Roberto Carlos especial 2016

Roberto Carlos especial 2016
Roberto Carlos apresentou no último dia 23 um dos melhores especiais dos últimos dez anos. Cantou com grandes nomes da nossa música nacional e também com uma estrela internacional. Além de uma mexida no repertório apresentado repetidamente em alguns anos, promoveu encontros memoráveis com convidados de peso, embora nenhum que ainda não tivesse a experiência de se apresentar no programa que, há mais de 40 anos brinda o Natal da família brasileira.

Caetano, Gil e Roberto, encontro histórico.
Após começar com Emoções e Como vai você, algo que já não parecia tão novo e/ou inédito, chama ao palco a revelação do The Voice Kids deste ano, a cantora mirim Rafa Gomes, com quem cantou Ben, do Michael Jackson e Todos estão surdos. Houve também o dueto em A história de uma gata, de Chico Buarque para o musical Os saltimbancos, que foi exibido apenas na internet, pelo site do globo play. Também lá constam as interpretações de El dia que me quieras e Outra vez, além de todo o show que promoveu o clipe da canção Chegaste, gravado em dueto com Jennifer Lopez, para o próximo trabalho da diva internacional. Após uma interpretação magistral da canção Olha, com a participação mais que luxuosa de Milton Guedes na gaita, chama ao palco dois monstros da música brasileira, Caetano Veloso e Gilberto Gil com quem canta Coração vagabundo, número presente no atual show dos dois baianos. Em seguida, este encontro histórico promove mais um nome, Doryval Caymmi e a sua clássica Marina, cantada pelo trio. Só por aí, o especial já seria o máximo, mas da coroa real ainda temos outras surpresas. 

Marisa Monte e Roberto Carlos
Ele provou que está superando o TOC a cada dia e canta, após inúmeros pedidos o clássico Quero que vá tudo pro inferno, arrancando aplausos do país. Outra diva, outra vez penetra o palco do especial e dá seu show, Marisa Monte aparece cantando com o rei a canção De que vale tudo isso e, de seu repertório, Ainda bem, sendo uma das poucas em todas as edições dos especiais que também dançou com Roberto. 

Zeca Pagodinho e Roberto Carlos
E após interpretar Amada amante, Roberto chama seu último convidado da noite, o cara do samba, Zeca Pagodinho, com quem comemora os cem anos deste ritmo , cantando o medley Com que roupa/Se acaso você chegasse/O sol nascerá e, na sequência Caviar, do repertório do sambista, com quem faz um número muito alegre e divertido. Gostei do especial, pois neste ano não tivemos atrizes no palco (que me perdoem, mas acho que são melhores interpretando ou declamando poesias), nem imposição de convidados de atual sucesso (mas, que não empolgam muito nos duetos). Um repertório diferente embora sempre vai faltar esta ou aquela canção ou a hora que serão cantadas as novas canções que já não temos mais (Chegaste é linda, mas é pouco pra quem espera tanto por novas canções). Faltou um pouco mais de alusão ao Natal, um coral talvez, mas aí já reclamaríamos de mesmice, por isso, tão tradicional quanto o especial são as reclamações e, sendo assim, fico feliz pelo especial ter essa dimensão de alegria e emoção já há tanto tempo.

Um forte abraço a todos!

quarta-feira, 15 de junho de 2016

CD São João do Gilberto Gil

Em 2001 Gilberto Gil mostrou neste trabalho porque sempre bebeu da fonte Luiz Gonzaga. Depois do sucesso de Esperando na janela, no ano anterior, que fez parte do filme Eu tu eles, lançou este trabalho onde revive alguns sucessos de Gonzaga, sempre visitado durante sua carreira, aproveitando também para lançar algumas coisas novas em sua voz.

Resultado disso é este apropriado título para qualquer noite de São João ou qualquer momento em que se queira cantar e dançar sucessos como Olha pro céu, Oia eu aqui de novo, Asa branca, Baião da Penha, Qui nem jiló, Baião/De onde vem o baião, Lamento sertanejo, Cajuína/Refazenda, Pau de arara, Respeita Januário, O Xote das meninas, Eu só quero um xodó, Vem morena, Esperando na janela, Último pau de arara, Madalena, Toda menina baiana, Na casa dela, Esperando na janela (Bônus, com uma versão acústica).

Pra quem acompanha a carreira e tem todos os discos do Gil, talvez esse trabalho seja dispensável e desnecessário, por apresentar releituras repetidas. Mas, para muitos, se torna uma obra prima, sobretudo para novas gerações que não podem esquecer do legado de gênios como Luiz Gonzaga e Dominguinhos, aqui representado por outro gênio chamado Gilberto Gil.

Um forte abraço a todos!

quarta-feira, 2 de março de 2016

Os Intérpretes do Brasil - 51

Gilberto Gil entra nesta série, pois mesmo sendo o extraordinário compositor da música brasileira, encontramos em sua carreira espaço onde se destaca sua vertente de intérprete, o que o torna um dos melhores deste planeta já há muito tempo.

Regravado por tantos, Gil também gravou outros nomes, com muito êxito. Só de Luiz Gonzaga, de quem se considera fã e um de seus maiores discípulos, Gil já fez um disco inteiro e, neste universo, destaco Olha pro céu, que ficou muito linda em sua leitura, a ponto de carimbar sua marca em uma canção que, por si, já é um clássico na sua forma original e tradicional.

Exitoso em versões, alguém ainda diverge ao comentar sobre Não chores mais, versão de No woman no cry, de Bob Marley, que ficou tão Gil? Gosto também de Com que roupa, de Noel Rosa, que, a meu ver, ganhou versão definitiva na voz de nosso baiano. E o intérprete não para por aí, pois temos muitos outros exemplos, como o disco que fez todo em homenagem a João Gilberto, mais recentemente, o que explica um pouco o que é ser completo, musicalmente falando, como Gil é!

Um forte abraço a todos!

domingo, 5 de julho de 2015

♫Palco♫

Essa é uma canção muito executada pelos cantores da noite, dos barezinhos. Um clássico da música brasileira e do repertório do Gilberto Gil, tão particular de seus shows, pois diz muito da personalidade artística e pessoal do Gil. Daquelas que quando a introdução começa, com seu luxuoso "pa pa pa pa ra...", já lembramos do Gil.

A letra de Palco remete ao prazer imensurável de subir neste espaço e abrir sua alma para que as pessoas percebam o grau máximo de arte e sensibilidade que quem canta apresenta. E essa transparência pode ser vista com a vibração e felicidade que a letra descreve, especialmente a que esse gênio chamado Gilberto Gil nos oferece!

Palco
Gilberto Gil

Subo nesse palco, minha alma cheira a talco
Como bumbum de bebê, de bebê
Minha aura clara, só quem é clarividente pode ver
Pode ver

Trago a minha banda, só quem sabe onde é Luanda
Saberá lhe dar valor, dar valor
Vale quanto pesa prá quem preza o louco bumbum do tambor
Do tambor

Fogo eterno pra afugentar
O inferno pra outro lugar
Fogo eterno pra consumir
O inferno, fora daqui, fora daqui

Venho para a festa, sei que muitos têm na testa
O deus-sol como um sinal, um sinal
Eu como devoto trago um cesto de alegrias de quintal
De quintal

Há também um cântaro, quem manda é Deus a música
Pedindo pra deixar, pra deixar
Derramar o bálsamo, fazer o canto, cantar o cantar

Um forte abraço a todos!

domingo, 8 de março de 2015

♫Super-homem (A canção)♫

Dia internacional da mulher e juntamos dois grandes nomes da nossa música para reverencia-las: Gilberto Gil e Caetano Veloso. Um, o criador e intérprete e, o outro, grande intérprete que também imortalizou esta canção, além de ser o ponto de partida para sua criação, já que Gil a compôs após o relato de Caetano que havia visto o filme do Super-homem. Penso que é necessário muita coragem para escrever um texto tão lindo quanto esta letra e Gilberto Gil foi muito homem pra isso!
 
Em um país onde ainda impera o preconceito e existem pessoas que pensam que a alma feminina se trata de algo menor, a letra desta canção mostra que, por mais que o personagem tenha muita felicidade em ser do sexo masculino, existem coisas que se admiram e que só a alma feminina dispõe delas. Coisas de gênio reconhecer que se possui um lado feminino, onde residem as coisas que mais se admiram em um ser!

Super-homem (A canção)
Gilberto Gil

Um dia vivi a ilusão de que ser homem bastaria
Que o mundo masculino tudo me daria
Do que eu quisesse ter

Que nada, minha porção mulher que até então se resguardara
É a porção melhor que trago em mim agora
É o que me faz viver

Quem dera pudesse todo homem compreender, ó mãe, quem dera
Ser o verão no apogeu da primavera
E só por ela ser

Quem sabe o super-homem venha nos restituir a glória
Mudando como um Deus o curso da história
Por causa da mulher

Um forte abraço a todos!

domingo, 24 de novembro de 2013

♫Copacabana♫

Não são apenas as cidades que são cantadas por nossos intérpretes, mas também ruas, bairros, avenidas, lugares desse nosso belíssimo país. Um verdadeiro clássico da nossa música, já interpretado por grandes nomes que vão de Gal Costa a Emílio Santiago, Nana Caymmi a Tom Jobim, Dick Farney a Gilberto Gil, enfim, todos os nomes que desejam destacar essa praia do Rio de Janeiro.

Braguinha, nosso João de Barro, com certeza tornou-se inesquecível, por entre outras coisas, conseguir descrever em poucas palavras uma das paisagens mais bonitas e que dificilmente algum turista que visita o Rio deixa de conhecer e, claro, com aquela poesia típica de canções compostas em sua época!

Copacabana
(João de Barro e Alberto Ribeiro)

Existem praias tão lindas cheias de luz
Nenhuma tem o encanto que tu possuis
Tuas areias, teu céu tão lindo
Tuas sereias sempre sorrindo

Copacabana princezinha do mar
Pelas manhãs tu és a vida a cantar
E á tardinha o sol poente
Deixa sempre uma saudade na gente

Copacabana o mar eterno cantor
Ao te beijar ficou perdido de amor
E hoje vive a murmurar só a ti
Copacabana eu hei-de amar

Um forte abraço a todos!

domingo, 8 de setembro de 2013

CD Gilberto Gil Realce

Lançado em 1979, Realce é tido como um dos melhores ou o melhor álbum de estúdio de Gilberto Gil, pois além de grandes composições, verdeiros clássicos na obra deste artista, este projeto ainda oferecia uma sonoridade diferente e moderna, não apenas na discografia do Gil, mas também na música brasileira que se fazia no final da década de 70 aqui no Brasil.

Com 9 faixas, temos aqui, além da faixa título, os clássicos Superhomem (a canção), Toda menina baiana, Rebento, Marina (de Dorival Caymmi) e Não chore mais (versão de No woman, no cry de Bob Marley). Completam o trabalho as faixas Logunedé, Sarará miolo e Tradição.

A capa destaca ainda mais esta ideia do título, realçar a beleza da música e de nosso povo. A sonoridade é altamente influenciada pela disco music que imperava naquele final de década e que Gil soube absorver bem, convertendo nesta pérola da música brasileira, indispensável na coleção de qualquer apreciador da música brasileira feita por artistas do patamar de nosso baiano!

Um forte abraço a todos!

domingo, 18 de agosto de 2013

CD Toquinho 30 anos

Com toda sua arte, Toquinho lançou em 1994 esse CD comemorando seus então 30 anos de carreira, junto a convidados ilustres, com os quais divide duetos e/ou composições. Já na faixa de abertura, temos Gilberto Gil passando a voz no clássico Tarde em Itapoã. Em seguida, Chico Buarque e o medley Lua cheia/Samba de Orly/Samba pra Vinícius.

O Quarteto em Cy vem em seguida em outro medley formado pelas canções Como dizia o poeta/Morena flor/Samba da volta/Regra três. Eles também dividem outra faixa medley em O velho e a flor/Mais um adeus. O clássico Que maravilha, vem com a voz, em dueto, do outro autor dela, Jorge Benjor. Outros medleys, mas que agora em versões solo traz as canções Escravo da alegria/Ao que vai chegar/O caderno e Maria vai com as outras/Meu pai oxalá.

E outros clássicos também se fizeram presentes como Aquarela, O bem amado, Carta ao Tom 74 e Cotidiano nº 2, que completam este trabalho onde esse grande músico comemorava seus 30 anos até então, com seus amigos convidados, neste trabalho indispensável na coleção de todo bom apreciados da nossa música!

Um forte abraço a todos!

domingo, 9 de junho de 2013

CD Dominguinhos - Quem me levará sou eu

Ê Sr. Domingos, seus fãs, nos quais me incluo estão rezando todos os dias, na expectativa de que o Senhor levante dessa cama de hospital, agarre a sanfona mais afinada desse país e nos faça feliz como sempre nos fez, como no caso desse trabalho, lançado em 1980, que contou com a participação de Gilberto Gil e Luiz Gonzaga.

Esse trabalho é histórico porque tornou-se um dos melhores de Dominguinhos, sobretudo pelos clássicos presentes nele: Abri a porta (em que Gil divide a composição e os vocais), Sete meninas, Quando chega o verão (em que Gonzaga divide os vocais com seu afilhado número 1) e Quem me levará sou eu.

Além dessas, completam o álbum Fulô de araçá, Tudo é São João, O cortador de cana e as versões apenas instrumentais de Forró em Rolândia, Te cuida jacaré, Chorinho pra Guadalupe e Homenagem ao mestre Chicão. Essa postagem é pra apresentar um excelente trabalho de Sr. Domingos e pra desejar sua plena recuperação, pois, sobretudo nessa época, sabemos que as festas juninas e a trilha sonora dessas sempre estiveram sob a sanfona mais afinada desse país, tocadas por seus dedos!

Um forte abraço a todos!

sábado, 9 de junho de 2012

O Xote das meninas


O Xote das meninas é um clássico da música brasileira, pois além de ser imortalizada na voz de seu criador, Luiz Gonzaga, também já foi regravada por grandes nomes, alguns presentes nos marcadores. E acredito que deve passar em todas as listas de canções feitas por algum grande intérprete que deseja gravar Gonzaga.

Sua letra traz a menina caipira apaixonada, que compromete todo seu tempo em pensar no amor, ignorando estudo, trabalho e tudo mais. Na verdade, é uma mudança radical na moça que transforma seu visual, lançando mão da maquiagem e outros adereços que levam seu pai até a pensar em doença, mas que nem o médico resolve, pois é mal de amor. Mais uma genialidade "gonzagueana"

O Xote das meninas
(Luiz Gonzaga e Zé Dantas)

Mandacaru quando fulora na seca
É o siná que a chuva chega no sertão
Toda menina que enjôa da boneca
É siná de que o amor já chegou no coração
Meia comprida, não quer mais sapato baixo
Vestido bem cintado, não quer mais vestir timão

Ela só quer, só pensa em namorar
Ela só quer, só pensa em namorar

De manhã cedo já tá pintada
Só vive suspirando, sonhando acordada
O pai leva ao dotô a filha adoentada
Não come, nem estuda
Não dorme, não quer nada

Ela só quer, só pensa em namorar
Ela só quer, só pensa em namorar

Mas o dotô nem examina
Chamando o pai do lado, lhe diz logo em surdina
Que o mal é da idade, que prá tal menina
Não tem um só remédio em toda medicina

Ela só quer, só pensa em namorar
Ela só quer, só pensa em namorar

Um forte abraço a todos!

sábado, 2 de junho de 2012

Qui nem jiló

Mês de junho começando e sempre dedicamos postagens para artistas locais que divulgam a música raiz nordestina para o país e que encantam com seus lançamentos e shows pelo interior, se espalhando e brilhando como fogueiras, sobretudo nas datas dos três principais santos. E este ano é ainda mais especial, pois estamos no clima do centenário de Luiz Gonzaga, nosso rei do baião. Esse mês visitaremos, a cada sábado, algum clássico de tantos de seu belíssimo repertório.

Qui nem jiló está entre as cinco que mais amo de um repertório difícil de escolher como é o de Gonzaga. Já foi gravada por tantos outros intérpretes como Gilberto Gil, Dominguinhos, Elba Ramalho, Gal Costa, etc. Uma letra que une amor e saudade (destacando o lado bom e ruim desse sentimento) de uma forma diferenciada, pois não aponta pra esse sentimento nostálgico com tristeza, mas o soluciona com o canto, com a música, com o laiá, laiá de um povo feliz, mesmo em um momento que sugere tristeza. Pontos para a genialidade "gonzagueana" e para a música brasileira que tem um clássico como este!

Qui nem jiló
(Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira)

Se a gente lembra só por lembrar
O amor que a gente um dia perdeu
Saudade inté que assim é bom
Pro cabra se convencer
Que é feliz sem saber
Pois não sofreu

Porém se a gente vive a sonhar
Com alguém que se deseja rever
Saudade, entonce, aí é ruim
Eu tiro isso por mim,
Que vivo doido a sofrer

Ai quem me dera voltar
Pros braços do meu xodó
Saudade assim faz roer
E amarga qui nem jiló
Mas ninguém pode dizer
Que me viu triste a chorar
Saudade, o meu remédio é cantar

Um forte abraço a todos!

domingo, 29 de abril de 2012

Olhando as estrelas - 24

Eles são os senhores da Tropicália e mais que isso, fazem parte do grupo chamado gênios da música brasileira, afinal, nossa música deve muito ao talento e a história de Caetano Veloso e Gilberto Gil. Muitas dessas histórias foram produzidas juntos em shows, canções, discos, viagens, no início e no decorrer de suas carreiras, no exílio que ambos sofreram, como Os Doces Bárbaros e nas carreiras solos que vez por outra, os trazem de volta a encontros memoráveis.

Só pra citar algumas canções compostas sob suas quatro mãos geniais, temos Batmacumba, Cinema novo, Divino maravilhoso, Lindonéia, No dia em que eu vim-me embora, Panis et circensis, Xangô menino, Eles, Haiti, Iansã, etc. Caetano também tem interpretações belíssimas para canções de Gil como Super-homem (a canção) e Drão.

As carreiras de Caetano e de Gil se encontram desde o início e sempre torcemos para que novos trabalhos, novas parcerias surjam, como foi o show de fim de anos que fizeram com a Ivete Sangalo. Eles dispensam qualquer outro comentário, compondo estrelas brasileiras da maior grandezas e quando se juntam, esse brilho se torna ainda mais evidente.

Um forte abraço a todos!