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segunda-feira, 4 de março de 2024

♫Espere por mim, morena♫

Essa é uma das mais lindas composições do saudoso Gonzaguinha. Gravada pelo próprio compositor, e por outros grandes intérpretes como Maria Bethânia, Emílio Santiago, Leila Pinheiro e Simone, tem a meu ver, a intepretação definitiva com Fagner, embora todas as outras são brilhantes e marcantes. Acho que foi apenas pelo simples fato de ter ouvido primeiro com o cearense, em seu álbum Amigos e canções, de 1998.

A letra de Espere por mim, morena é uma bela toada onde o apaixonado está distante e cria um ambiente para sua volta, onde sua amada o espera, toda plena. Havendo a promessa de que sempre vai cuidar de seu amor e essas distâncias serão meras casualidades. Coisas lindas do mestre Gonzaguinha!

Espere por mim, morena
Gonzaga Jr.

Espere por mim morena
Espere que eu chego já
O amor por você morena
Faz a saudade me apressar

Tire um sono na rede
Deixa a porta encostada
Que o vento da madrugada
Já me leva pra você
E antes de acontecer o sol
A barra vir quebrar
Eu estarei nos seus braços
Para nunca mais voar

Espere por mim morena
Espere que eu chego já
O amor por você morena
Faz a saudade me apressar

E nas noites de frio
Serei teu cobertor
Quentarei o teu corpo
Com meu calor
Oh minha santa eu juro
Juro por Deus nosso senhor
Nunca mais minha morena
Vou fugir do seu amor

Espere por mim morena
Espere que eu chego já
O amor por você morena
Faz a saudade me apressar

Um forte abraço a todos!

segunda-feira, 26 de junho de 2023

CD Luiz Gonzaga Sanfoneiro macho

Um dos melhores trabalhos de Luiz Gonzaga saiu em 1985 em LP e depois em CD: Sanfoneiro macho. Foi um disco que trouxe o rei do baião de volta às paradas de sucesso com os clássicos Deixa a tanga voar e Forró número 1 (com a participação luxuosa de Gal Costa). Na contracapa do disco consta a participação do Dominguinhos, mas creio que seja apenas acompanhando com a sanfona, pois ele não canta em nenhuma faixa.

Gonzaguinha dividiu os vocais com o pai na faixa Eu e minha branca e Elba Ramalho participou mais uma vez em um dueto com Gonzaga, no clássico Qui nem jiló. Glorinha Gadelha e Sivuca participam da canção A mulher do sanfoneiro. Outra canção bastante conhecida é a faixa título. Lembro de muito palhoção tocando as canções desse disco nas festas mais populares da região.

Completam este trabalho as canções A puxada, Flor do lírio, Maria baiana, Morena bela, Forró do bom e Tá bom demais. Lamento não termos acesso à todos os trabalhos dele em CD. Ao menos da década de 80, todos poderiam ter sido convertidos para esta mídia, pois todo bom apreciador da música nacional sabe que Gonzaga é a melhor trilha sonora da época junina e, por que não dizer, de todas as épocas que se deseje ouvir um bom forró?

Um forte abraço a todos!

segunda-feira, 29 de maio de 2023

Olhando as estrelas - 73

A série Olhando as estrelas volta em 2023 com dois grandes nomes que contam com carreiras maravilhosas e que, ao se encontrarem, brilharam ainda mais a história da nossa canção: Gonzaga Jr. e Maria Bethânia. Talvez o maior sucesso popular dela é dele, o famoso Explode coração.

Mas, ela também deu voz a sucessos como Grito de alerta, Começaria tudo outra vez, Quando se chega, Da vida,  Sangrando, Gás néon, Festa, Mergulho e O que é o que é, entre outros, o que podemos dizer que ela se tornou a intérprete número um da obra dele, em meio a tantos que já o regravaram.

Existe vídeo antigo dos dois cantando. Mas, acredito que eles poderiam ter se encontrado ainda mais, talvez em disco ou shows dela, se nosso poeta não tivesse partido tão cedo. E, por que não dizer, ela ter participado também em disco dele? Entretanto, o que temos é suficiente para vibrarmos pela alegria deles terem se encontrado em suas carreiras.

Um forte abraço a todos!

segunda-feira, 12 de julho de 2021

♫Explode coração♫

Essa é clássica três vezes: do repertório da Maria Bethânia, das composições de Gonzaguinha, da música brasileira, enfim. Foi uma canção muito importante para Bethânia porque alavancou suas vendas e também sua popularidade, ao mesmo tempo em que consagrava Gonzaguinha como grande compositor, isso em 1978.

Temos aqui uma canção que descreve um autoconhecimento e uma paixão avassaladora, sem freios (nem na letra, nem nos sentimentos expostos de forma elegante e, ao mesmo tempo, escancarada). Imagino alguém que deseja sair de uma relação doentia e prevê sucesso, aquela felicidade merecida que se descobre em si e se completa com a pessoa certa.

Explode coração
Gonzaga Jr.

Chega de tentar dissimular e disfarçar e esconder
O que não dá mais pra ocultar
E eu não quero mais calar
Já que o brilho desse olhar foi traidor
E entregou o você tentou conter
O que você não quis desabafar e me cortou

Chega de temer, chorar, sofrer, sorrir, se dar
E se perder e se achar
E tudo aquilo que é viver
Eu quero mais é me abrir
E que essa vida entre assim
Como se fosse o sol desvirginando a madrugada
Quero sentir a dor dessa manhã

Nascendo, rompendo, tomando
Rasgando meu corpo e então
Eu chorando, sofrendo, sorrindo
Adorando, gritando
Feito louca alucinada e criança
Eu quero meu amor se derramando
Não dá mais pra segurar
Explode coração

Um forte abraço a todos!

quarta-feira, 9 de outubro de 2019

CD Joanna 25 anos

Em 2004 Joanna comemorou seus 25 anos de carreira mais que bem sucedida com esta compilação que reúne duetos realizados em sua discografia e também na de seus colegas. Claro que outros bons e inesquecíveis duetos ficaram de fora, pois aqui temos uma das cantoras mais generosas quando o assunto é dividir canções com colegas.

Temos duas canções inéditas e em momentos solos (Roberto poderia aparecer pra cantar ao menos uma delas): Do fundo do meu coração e Aceito seu coração, ambas do repertório de sua majestade. No mais, temos Codinome beija-flor (com Cazuza), Quando o amor acontece (com João Bosco), Maninha (com Maria Bethânia), Quarto de hotel (com Gonzaguinha), O pequeno burguês (com Martinho da Vila), Colher de pau (com Zeca Pagodinho).

E temos ainda Amor alheio (com Fagner), Nunca sofri por amor (com Emílio Santiago), Mel na boca (com Jorge Aragão), A banca do destino (com Tereza Cristina) e Aventura (com Eduardo Dussek). A canção Nós queremos paz também foi uma grata surpresa, com a participação de Vynicius Roseira e o Coral da escola de música da Rocinha. Joanna é sempre agradável à música brasileira e esse projeto só nos deixa com mais vontade de ouvir outros duetos e também novas canções dessa diva!

Um forte abraço a todos!

quarta-feira, 24 de julho de 2019

CD Gonzaguinha - presente - duetos

Lançado em 2015, ano em que Gonzaguinha completaria 70 anos, esta compilação une a voz de nosso eterno poeta com nomes da nossa música que, de alguma forma, bebem dessa fonte da qual sentimos tanta falta nos dias atuais. Grandes clássicos de seu repertório são revividos em duetos póstumos.

O que é o que é tem a contribuição do mineirinho Alexandre Pires. Ivete Sangalo empresta seu domínio de interpretação para o clássico Sangrando. A dupla Victor e Léo aparecem em Espere por mim morena, Ana Carolina vem em Explode coração e o Lindo lago do amor brilha com Gilberto Gil. E vamos à luta, com Zeca Pagodinho e temos uma belíssima interpretação de Maria Rita para Grito de alerta.

Alcione não deixa nenhum Ponto de interrogação na sua sempre fina interpretação, bem como Lenine em Começaria tudo outra vez. O mesmo pode se dizer de Martinho da Vila em Com a perna no mundo, Fagner em Feliz, Luiza Possi em Recado, Zeca Baleiro em Guerreiro menino e Daniel Gonzaga, que se une às vozes do pai e do avô no clássico Vida de viajante. Um excelente trabalho para constar na coleção de todo amante da boa música e que deseja matar a saudade do eterno Gonzaga Jr.

Um forte abraço a todos!

domingo, 27 de maio de 2018

♫Eu apenas queria que você soubesse...♫

Essa canção é um clássico do repertório do Gonzaguinha, que foi feito para Wanderlea gravar e ficou imortalizada posteriormente pela interpretação dos dois. E, passeando por trechos desta pérola, percebemos como faz falta um Gonzaguinha no momento atual de tanta crise que vive este país despedaçado por causa dos maus sentimentos de alguns.

A letra fala de uma pessoa que amadureceu, que aprendeu a se reconhecer, a juntar os cacos quando se sentir despedaçado. E isto tem cara também do Brasil atual, que precisa se reerguer, com a ajuda de seu povo unido. Sinto falta de um Gonzaga que repita isto aos quatro cantos, que lembre às pessoas que elas tem garra de olhar para si e lutarem por algo melhor para todos, sem tanto egoísmo!

Eu apenas queria que você soubesse
Gonzaga Jr.

Eu apenas queria que você soubesse
Que aquela alegria ainda está comigo
E que a minha ternura não ficou na estrada
Não ficou no tempo presa na poeira

Eu apenas queria que você soubesse
Que esta menina hoje é uma mulher
E que esta mulher é uma menina
Que colheu seu fruto flor do seu carinho

Eu apenas queria dizer a todo mundo que me gosta
Que hoje eu me gosto muito mais
Porque me entendo muito mais também

E que a atitude de recomeçar é todo dia toda hora
É se respeitar na sua força e fé
E se olhar bem fundo até o dedão do pé

Eu apenas queira que você soubesse
Que essa criança brinca nesta roda
E não teme o corte das novas feridas
Pois tem a saúde que aprendeu com a vida

Eu apenas queria que você soubesse
Que aquela alegria ainda está comigo
E que a minha ternura não ficou na estrada
Não ficou no tempo presa na poeira...

Um forte abraço a todos!

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

CD Luiz Gonzaga Baião de dois

E hoje faz 105 anos de nascimento de Luiz Gonzaga, o eterno rei do baião. Em 2012, comemorando seu centenário, a Sony lançou essa coletânea, em que aproveitava a voz de "Lua" em novos duetos memoráveis, alguns mais comuns como Fagner, Gonzaguinha, Elba Ramalho e Dominguinhos, outros mais inusitados como Zeca Pagodinho, Ivete Sangalo e Zélia Duncan.

É o que temos nas 15 faixas, todas com clássicos de Gonzagão: Asa branca (com Fagner), Siri jogando bola (com Zeca Pagodinho), Forró de cabo a rabo (com Dominguinhos), Nem se despediu de mim (com Ivete Sangalo), Estrada de Canindé (com Chico César), Danado de bom (com Zeca Baleiro), Qui nem jiló (com Zélia Duncan), A volta da asa branca (com Zé Ramalho).

E ainda, temos Deixa a tanga voar (com Jorge de Altinho), Baião de dois (com Alcione), Onde tu tá neném (com Geraldo Azevedo), Paraíba (com Elba Ramalho), Plano piloto (com Alceu Valença), Forró nº 1 (com Gal Costa) e A vida de viajante (com Gonzaguinha). Os dois últimos fonogramas, não foram feitos originalmente para este projeto, sendo aproveitados de gravações anteriores. Com produção de José Milton e do Fagner, temos aqui um grande CD para ouvirmos sempre, em todos os aniversários e festas juninas onde tocam Gonzagão!

Um forte abraço a todos!

domingo, 4 de junho de 2017

♫Não vendo nem troco♫

Mês de junho e mais uma vez vamos reverenciar este ritmo tão nordestino que é o autêntico forró e nada melhor que começar com esta canção emblemática, este dueto histórico composto e cantado por Gonzagão e Gonzaguinha e revivido posteriormente por Dominguinhos e Zé Ramalho.

A canção Não vendo nem troco relata algo de muito valor, cobiçado por muitos, como conta um dos personagens. O outro, proprietário do produto, até concorda com alguns adjetivos, mas já prevendo os excessos como algo duvidoso e classificando isto como grande "inchirimento", segue com suas advertências de que não tá pra vender, nem trocar. Em algum momento da letra parece uma mulher, mas ao final é revelado o verdadeiro objeto de cobiça, uma égua. Coisas de gênios, fazer algo assim com tão bom humor e riqueza cultural.

Não vendo nem troco
Luiz Gonzaga e Gonzaga Jr.

Olha que pedaço nacional
Que coisa mais bonita, que belo animal
Você está querendo se engraçar
Não é para vender nem é pra comprar

Olha que molejo que ela tem!
Beleza sem igual e graça tem também
Ela é formosa, sei muito bem
Por isso é que ela é minha
Não divido com ninguém

É meu xodó, é meus 'amor'
Ela me acompanha pelos canto 'adonde' eu vou
É companhia de qualidade
É de confiança, que tranqüilidade

Tenha mais vergonha, tenha mais respeito
Ela não se engraça com qualquer sujeito
Mas com esse molejo, com esse tempero
Você não compra nunca, guarde seu dinheiro

Mas é que ela é cobiçada em todo esse sertão
Essa 'véia' é minha vida, eu não troco, não
Essa 'véia' é minha vida, eu não troco, não
Essa 'véia' é minha vida, vendo não senhor
Essa égua eu não vendo, não troco nem dou

Um forte abraço a todos!

domingo, 25 de outubro de 2015

♫O que é, o que é?♫

Esta é mais uma daquelas canções que classificamos como clássico na música brasileira e que também se torna clássica na carreira de qualquer intérprete que deseja incorporá-la em seu repertório, como foi o caso de vários nomes da nossa música, alguns citados nos marcadores. E a forma como vem se tornando clássica com o passar dos anos mostra que se tivesse composto apenas ela, Gonzaguinha, seu autor, já teria mostrado porque veio ao mundo.

E apesar de ser considerado mais compositor que cantor, é em sua voz que considero a versão definitiva dessa canção que muitos desconhecem seu título, atribuindo a outros trechos de sua letra. Com um samba delicioso, a letra de O que é o que é tenta desvendar os segredos de se viver bem, abraçado ao otimismo, embora tantas adversidades cruzem nossos caminhos. E com uma letra extensa e repleta de filosofias, o autor levanta as questões e os pontos de vistas de tantos e converge no mesmo pensamento de que o importante é acreditar no bem.

O que é, o que é?
Gonzaga Jr.

Eu fico com a pureza da resposta das crianças
É a vida, é bonita e é bonita

Viver
E não ter a vergonha de ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser um eterno aprendiz

Ah meu Deus!
Eu sei, eu sei
Que a vida devia ser bem melhor e será
Mas isso não impede que eu repita
É bonita, é bonita e é bonita

E a vida
E a vida o que é?
Diga lá, meu irmão
Ela é a batida de um coração
Ela é uma doce ilusão

E a vida
Ela é maravilha ou é sofrimento?
Ela é alegria ou lamento?
O que é? O que é?
Meu irmão

Há quem fale
Que a vida da gente
É um nada no mundo
É uma gota, é um tempo
Que nem dá um segundo

Há quem fale
Que é um divino
Mistério profundo
É o sopro do criador
Numa atitude repleta de amor

Você diz que é luta e prazer
Ele diz que a vida é viver
Ela diz que melhor é morrer
Pois amada não é
E o verbo é sofrer

Eu só sei que confio na moça
E na moça eu ponho a força da fé
Somos nós que fazemos a vida
Como der, ou puder, ou quiser

Sempre desejada
Por mais que esteja errada
Ninguém quer a morte
Só saúde e sorte

E a pergunta roda
E a cabeça agita
Eu fico com a pureza
Da resposta das crianças
É a vida, é bonita e é bonita...

Um forte abraço a todos!

domingo, 4 de janeiro de 2015

DVD Gonzaga de pai para filho

Costumo indicar no mês de janeiro alguns filmes nacionais que curto e que podem trazer aos leitores as mesmas sensações que eles me causam! Não poderia faltar em minha coleção esse título que se refere ao filme, que depois tornou-se minissérie e foi lançado em DVD: Gonzaga de pai para filho, uma produção de 2012!

Muitos pensam se tratar de uma biografia completa do rei do baião, mas o foco do filme está na relação inicialmente conturbada, até o perfeito entendimento que se deu entre dois grandes ícones da nossa música: Luiz Gonzaga e Gonzaga Jr. Através de uma conversa, o relato do nascimento até a morte de ambos é tratado em passagens, acompanhadas de canções inesquecíveis.

Os "Gonzagas" foram gênios em nossa música e um filme apenas não conseguiria preencher a contribuição que deram à nossa arte. Entretanto, um título como esse não poderia ficar de fora da nossa coleção, nem das férias de janeiro, nem da vontade de visitar o Sertão e o Rio de Janeiro, ambiente que abrigaram esses dois gigantes, inesquecíveis da nossa música!

Um forte abraço a todos!

domingo, 28 de setembro de 2014

♫De volta ao começo♫

Gonzaguinha é sempre uma boa pedida para qualquer intérprete. Essa canção, por exempo, já passou por vozes como Gal, Nana e pela banda Roupa Nova, além do próprio Gonzaga Jr. De volta ao começo talvez seja uma tentativa de sempre recomeçar, no amor, na fé, na auto-estima, na capacidade que todo ser humano tem de se renovar e que Gonzaguinha sabia tão bem.

Não sei exatamente o que a letra quer dizer, mas imagino elementos que ela desperta, como a busca de seus sonhos sem limites. Uma vontade enorme de se autoconhecer e também de aceitação do que se é, sempre elevando sua estima e acreditando em suas capacidades e possibilidades na busca da felicidade, com a ingenuidade de um menino que sempre acredita.

De volta ao começo
Gonzaga Jr.

E o menino com o brilho do sol
Na menina dos olhos
Sorri e estende a mão
Entregando o seu coração
E eu entrego o meu coração

E eu entro na roda
E canto as antigas cantigas
De amigo irmão
As canções de amanhecer
Lumiar e escuridão

E é como se eu despertasse de um sonho
Que não me deixou viver
E a vida explodisse em meu peito
Com as cores que eu não sonhei

E é como se eu descobrisse que a força
Esteve o tempo todo em mim
E é como se então de repente eu chegasse
Ao fundo do fim
De volta ao começo
Ao fundo do fim
De volta ao começo

Um forte abraço a todos!

domingo, 23 de fevereiro de 2014

♫Caminhos do coração♫

Essa é uma daquelas belas canções compostas pelo Gonzaguinha e interpretado por ele mesmo e também por outros nomes como Joanna. Pra quem pensa que Gonzaga Jr. só oferecia canções de protestos, frutos de um sentimento de revolta e indignação, encontramos aqui uma das canções mais sensíveis e otimistas que a música brasileira pode proporcionar.

Sua letra traz a vida comum de muitas lutas, desafios, obstáculos que todos nós enfrentamos, cada qual com seu caminho e história. E muitos valores, que devem ser resgatados atualmente, estão presentes nela como o agradecimento sincero, a amizade, o reconhecimento de que somos aquilo que aprendemos com tanta gente boa que encontramos em nosso caminho sempre otimista e até com gente ruim que nos ensinam por onde não seguirmos!

Caminhos do coração
Gonzaga Jr.

Há muito tempo que eu saí de casa
Há muito tempo que eu caí na estrada
Há muito tempo que eu estou na vida
Foi assim que eu quis, e assim eu sou feliz

Principalmente por poder voltar
A todos os lugares onde já cheguei
Pois lá deixei um prato de comida
Um abraço amigo, um canto pra dormir e sonhar

E aprendi que se depende sempre
De tanta, muita, diferente gente
Toda pessoa sempre é as marcas
Das lições diárias de outras tantas pessoas

E é tão bonito quando a gente entende
Que a gente é tanta gente onde quer que a gente vá
E é tão bonito quando a gente sente
Que nunca está sozinho por mais que pense estar

É tão bonito quando a gente pisa firme
Nessas linhas que estão nas palmas de nossas mãos
É tão bonito quando a gente vai à vida
Nos caminhos onde bate, bem mais forte o coração

Um forte abraço a todos!

sábado, 26 de janeiro de 2013

Sangrando


Essa canção é clássica em nosso repertório e a considero assim por ter sido interpretada por grandes vozes desse país, anônimos cantores da noite e famosos como Emílio Santiago e Elymar Santos, por exemplo. Considero também uma das mais lindas, se não, a mais linda composta por Gonzaguinha e talvez a carga dramática que ela apresenta seja seu segredo.

Sua letra vai crescendo com o arranjo e com a emoção de alguém que está realmente com o coração sangrando de amor, de dor, de paixão e todas essas sensações que acabam sendo representadas pela voz e pela canção entoada como um escape de toda essa emoção que transborda no peito e, em forma de notas musicais, alcança e se identifica com o coração de quem a escuta.

Sangrando
(Gonzaga Jr.)

Quando eu soltar a minha voz
Por favor entenda
Que palavra por palavra
Eis aqui uma pessoa se entregando

Coração na boca
Peito aberto
Vou sangrando
São as lutas dessa nossa vida
Que eu estou cantando

Quando eu abrir minha garganta
Essa força tanta
Tudo que você ouvir
Esteja certa
Que estarei vivendo

Veja o brilho dos meus olhos
E o tremor nas minhas mãos
E o meu corpo tão suado
Transbordando toda a raça e emoção

E se eu chorar
E o sal molhar o meu sorriso
Não se espante, cante
Que o teu canto é a minha força
Pra cantar

Quando eu soltar a minha voz
Por favor, entenda
É apenas o meu jeito de viver
O que é amar

Um forte abraço a todos!

domingo, 12 de agosto de 2012

Olhando as estrelas - 27

Aproveitando a data de hoje, resolvi abordar na série Olhando as estrelas, dois grandes astros da nossa música que são pai e filho: Gonzagão e Gonzaguinha. Curiosamente, no dia dos pais do ano passado, falamos de Gonzaga e de Seu Januário, que pode ser conferido nesse link. É de pai pra filho que essa família escreve na música brasileira, pois como foi dito, Sr. Januário passou o oficio para Gonzaga e este teve em Gonzaguinha sua continuação.

É fato que houve um tempo em que esses dois não se entenderam por completo, mas foi no momento em que se uniram que escreveram grandes momentos de suas vidas, de suas carreiras e da música brasileira que podemos conferir em vários vídeos onde os dois cantam algum sucesso de Gonzaga ou algo que Gonzaguinha fez e Gonzagão gravou como as canções Festa, Mariana e Não vendo nem troco.

Já cintamos por exemplo uma coletânea da dupla, CD Gonzagão & Gonzaguinha juntos, com alguns dos duetos da dupla e entre esses, destaco Não vendo nem troco, A vida de viajante e Pense n´eu. Destaco também a belíssima versão de Noites brasileiras que ambos gravaram com Fagner. E hoje, por ser Dia dos Pais, presenciamos nessa série que pai e filho foram protagonistas de lindas páginas na música brasileira, das quais nos orgulhamos sempre, com muita saudade, mas também admiração!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 29 de maio de 2012

Céu de céu de nuvem...

Ele lembra muito o pai no jeito de cantar e de ser. Imagine um filho de Gonzaga Jr. e neto de Gonzagão, o rei do baião. E a curiosidade maior é que ele tem influência do pai nas letras e do avô nos ritmos. Ele é Daniel Porto Carreiro Gonzaga do Nascimento, ou simplesmente Daniel Gonzaga, natural do Rio de Janeiro/RJ.

Com essa família influente, Daniel lançou seu primeiro trabalho em 1996, acumulando sucessos compostos por ele mesmo, ou por seu pai ou avô, como Janela, Recado, Rapaz de bem, Feliz, Pense n´eu, Começaria tudo outra vez, Areia, Festa, Bianca, Calma paciência e fé, Mês de chuva, Eu não acredito em nada, Comportamento geral, Namorar, Diga lá coração, Da vida, Beijo, etc.

Muitos amam Luiz Gonzaga e outros Gonzaguinha e ainda há os que amam os dois. Daniel Gonzaga representa a melhor herança desses dois nomes que escreveram belíssimas páginas na música brasileira e que, com certeza, continuarão a serem escritas por essa grande descendência!

Um forte abraço a todos!

sábado, 28 de abril de 2012

A Vida do viajante

Esta é das mais lindas do repertório de Gonzaga. Diria até que se contarmos as dez mais, ela vai figurar em 90% das listas que seus fãs se arriscariam a fazer. Interpretada por outros nomes, cada um a sua maneira, como Fagner, José Augusto, Chico Buarque, Dominguinhos, Lenine entre outros, podemos dizer que estamos diante de um clássico do sertão do Brasil.

E parece que Luiz Gonzaga queria mesmo uma canção que pudesse deixar para a posteridade, que sua história, ao se confundir com a de tantos que se identificam com a canção, pudesse ser contada, sobretudo na melhor forma possível, destacando a alegria e a dificuldade de ser artista, mesmo com a chuva ou com o sol escaldante, com a saudade de casa e a felicidade de fazer amigos, a simplicidade da vida que Gonzaga tanto cantou pelo país! O personagem que é o artista, diferente de quem o interpreta, que apresenta sentimentos humanos como a saudade e o cansaço da caminhada, mas se vê orgulhoso disso tudo.

A vida do viajante
(Luiz Gonzaga e Hervê Cordovil)

Minha vida é andar por esse país
Pra ver se um dia descanso feliz

Guardando as recordações
Das terras por onde passei
Andando pelos sertões
E dos amigos que lá deixei.

Chuva e sol, poeira e carvão
Longe de casa sigo o roteiro
Mais uma estação...
E a saudade no coração

Mar e terra, inverno e verão
Mostro um sorriso, mostro alegria
Mas, eu mesmo não...
E a alegria no coração

Um forte abraço a todos!

sábado, 14 de janeiro de 2012

Lindo lago do amor

Nesse ano dedicado ao centenário de Luiz Gonzaga, nada mais gratificante que falar em algo que nos remeta a essa família musical, que escreveu belíssimas páginas na música brasileira. Só mesmo Gonzaguinha, com sua sensibilidade e conhecimento da natureza para escrever uma canção tão linda como essa: Lindo lago do amor. E por que não dizer tão atual, afinal é tão raro pararmos para apreciarmos os animais, os pássaros, a natureza e as belezas dessas criações divinas, que se torna muito interessante passearmos nessa fantasia de imaginarmos que existe um lago do amor onde essas criaturas possam viver em paz, sem se sentirem ameaçadas por predadores!

Nessa letra simples e ao mesmo tempo profunda, o autor consegue descrever o amor que existe na natureza, a perpetuação das espécies, a felicidade que fenômenos naturais como a chuva trazem para o bem do verde e dos animais e que nem percebemos isso. Uma fantasia que remete a desenho animado onde os bichos comemoram a felicidade em um lago, o lago do amor. E o ritmo funk cai como uma perfeição incrível, demonstrando que o autor não estava apenas atrelado a protestos ou a canções com letras mais agressivas.

Lindo lago do amor
(Gonzaga Jr.)

E bem que viu o bem-te-vi
A sabiá sabia já
A lua só olhou pro sol
A chuva abençoou

O vento diz "ele é feliz"
A águia quis saber
Por que, por que, pourquoi será
O sapo entregou

Ele tomou um banho d'água fresca
No lindo lago do amor
Maravilhosamente clara água
No lindo lago do amor

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Programa Som Livre Exportação - parte 2

Roberto concede entrevista ao programa.
O tema de abertura do programa ficava por conta da Orquestra da TV Globo, na época sob o comando do maestro Chiquinho de Moraes. O segundo LP continha faixas ao vivo de Elis e Ivan e outras faixas de estúdio de outros artistas que participaram do programa que também teve uma edição histórica ao vivo em março de 1971. Inclusive há informações de que várias passagens desse programa foram registradas em um filme chamado O som alucinante, esquecido pela indústria de cinema de nosso país!

Gonzaguinha  se apresenta.

No Parque Anhembi, em São Paulo, mais de cem mil pessoas aplaudiram entre outros Wilson Simonal e Roberto Carlos. Em abril do mesmo ano, o programa foi apresentado direto de Brasília, como parte das comemorações da inauguração da TV Globo naquela cidade. O diferencial desse programa estava justamente por romper com as fórmulas dos atuais programas de auditórios de sua época, pois intercalava os depoimentos dos artistas e do público local e alternava entre mostrar o artista no palco e a reação de seu público na plateia. Outros programas especiais foram apresentados direto de cidades como Belo horizonte, Niterói, São Paulo e Ouro preto.

Milton canta no programa.
O último programa contou com uma homenagem à Mangueira, com Mário Lago e Cartola e coube a Elis Regina encerrar o programa. Foram vários momentos marcantes que não daríamos conta em apenas duas postagens, como em uma edição, Milton Nascimento demonstrou toda sua timidez ao não saber o que responder ao repórter sobre o evento. Gonzaguinha também despontava com suas canções tidas como difíceis na época. Só pelos nomes citados e por todas as edições apresentadas de uma geração fértil em fazer música com qualidade, tá aí um programa realmente inesquecível e de qualidade imensurável!

Um forte abraço a todos! 

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Programa Som Livre Exportação - parte 1

Elis concede entrevista ao programa.
Eu não vi esse programa, nem vivi esse tempo, mas fico pensando como era interessante presenciar algo desse tipo, sobretudo por hoje serem tão raros os programas com essa qualidade e com esse cast. O programa Som Livre Exportação foi exibido entre 1970 e 1971 pela TV Globo, semanalmente, e tendo por objetivo oferecer uma visão panorâmica da música brasileira naquele momento.

Simonal no show do Anhembi.
Apresentado por Ivan Lins e Elis Regina (que trocara a Record pela Globo), o programa contou com a participação de grandes nomes da nossa música como Chico Buarque, Gonzaga Jr., Tim Maia, Toquinho, Vinícius de Moraes, Os Mutantes, Milton Nascimento, Maria Bethânia, Gal Costa, Mário Lago, Wilson Simonal, Roberto Carlos, entre outros. Foram lançados dois disco, em que o primeiro obteve mais êxito, destacando-se as faixas Madalena (com Ivan Lins) e Coração vagabundo (com Caetano e Gal).

Bethânia e Caetano se apresentam.
A ideia inicial era exportar o programa para promover a música brasileira no exterior, mas isso não aconteceu. Entretanto, tivemos edições históricas desse programa até hoje inesquecível, como em 1971 quando Caetano Veloso fez duas apresentações antes de retornar a seu exílio em Londres. Outro momento marcante foi Elis Regina estourar com a canção Madalena, de Ivan Lins, que se tornaria um clássico da nossa música!

Um forte abraço a todos!