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segunda-feira, 31 de agosto de 2020

♫Jade♫

João Bosco é mestre em composições. Suas canções tem uma linha melódica e harmônica toda particular, que garantem aquela sacada de, quando ouvirmos os primeiros acordes, já identificamos que vem João por aí. Eu diria o mesmo para seus ritmos e letras. Seus boleros são fantásticos e perfeitos.

É o caso dessa grande declaração de amor que faz a um personagem (que não sei se tratar de seu imaginário ou é alguém real). Foi tema da novela O salvador da Pátria em 1989, embora eu sempre achasse que deveria ser tema de O clone, da personagem principal que trazia esse nome. A verdade é que a canção faz parte desse conjunto que falo acima: temos aqui uma bela harmonia e melodia, associada a um grande bolero declaração de amor. Coisas de gênio!

Jade
João Bosco

Aqui, meu irmão, ela é coisa rara de ver
E joia do Xá, retina de um mar
De olhar verde jade derramante
Abriu-se Sézamo em mim

Ah! meu irmão aqualouca tara que tem ímã
Mergulha no ar, me arrasta, me atrai
Pro fundo do oceano que dá
Pra lá de Babá, pra cá de ali

Pedra que lasca seu brilho
E que queima no lábio um quilate de mel
E que deixa na boca melante
Um gosto de língua no céu

Luz talismã, misterioso Cubanacã
Delícia sensual de maçã
Saborosa manhã

Vou te eleger, vou me despejar de prazer
Essa noite o que mais quero é ser
1001 pra você
Jade, Jade, Jade

Um forte abraço a todos!

quarta-feira, 9 de outubro de 2019

CD Joanna 25 anos

Em 2004 Joanna comemorou seus 25 anos de carreira mais que bem sucedida com esta compilação que reúne duetos realizados em sua discografia e também na de seus colegas. Claro que outros bons e inesquecíveis duetos ficaram de fora, pois aqui temos uma das cantoras mais generosas quando o assunto é dividir canções com colegas.

Temos duas canções inéditas e em momentos solos (Roberto poderia aparecer pra cantar ao menos uma delas): Do fundo do meu coração e Aceito seu coração, ambas do repertório de sua majestade. No mais, temos Codinome beija-flor (com Cazuza), Quando o amor acontece (com João Bosco), Maninha (com Maria Bethânia), Quarto de hotel (com Gonzaguinha), O pequeno burguês (com Martinho da Vila), Colher de pau (com Zeca Pagodinho).

E temos ainda Amor alheio (com Fagner), Nunca sofri por amor (com Emílio Santiago), Mel na boca (com Jorge Aragão), A banca do destino (com Tereza Cristina) e Aventura (com Eduardo Dussek). A canção Nós queremos paz também foi uma grata surpresa, com a participação de Vynicius Roseira e o Coral da escola de música da Rocinha. Joanna é sempre agradável à música brasileira e esse projeto só nos deixa com mais vontade de ouvir outros duetos e também novas canções dessa diva!

Um forte abraço a todos!

domingo, 2 de julho de 2017

♫Caminhos cruzados♫

As canções de Tom Jobim são apaixonantes e aqui temos um clássico que conheci pela gravação da Gal Costa e que depois descobri que muitas outras pessoas já interpretaram: Caetano Veloso, Vanessa da Mata, Ivan Lins, Zizi Possi, João Bosco estão entre os nomes que já deram sua lapidação a esta perfeita pérola.

Pudera, uma letra completa que fala de dois personagens maduros, que conhecem o amor e o que ele pode lhes proporcionar de bom e de aprendizado, por isso incentiva a uma nova sensação, aventura ou ilusão, destacando que é importante sempre tentar, mesmo que o sofrimento que tanto dói, também contribua para o crescimento humano.

Caminhos cruzados
Tom Jobim

Quando um coração que está cansado de sofrer,
Encontra um coração também cansado de sofrer,
É tempo de se pensar,
Que o amor pode de repente chegar

Quando existe alguém que tem saudade de outro alguém
E esse outro alguém não entender,
Deixa esse novo amor chegar,
Mesmo que depois seja imprescindível chorar.

Que tolo fui eu que em vão tentei raciocinar
Nas coisas do amor que ninguém pode explicar!
Vem, nós dois vamos tentar...
Só um novo amor pode a saudade apagar.

Um forte abraço a todos!

domingo, 21 de agosto de 2016

♫Corsário♫

Esta é mais uma daquelas belas canções que a gente tem que parar pra ouvir, refletir e buscar entender o que ela tem para nos dizer e deixar em nós contínuas reflexões. Gravada por Elis, Ney e principalmente por seu criador, João Bosco, não vou entrar no mérito de interpretar aquilo que imagino que a letra vem nos dizer, verso a verso, mas apenas o que ela deixou em mim.

Há quem diga que a letra fala dos tempos difíceis, na época da ditadura e que nas entrelinhas há muito mais a se dizer, sobretudo pelo título, corsário, que remete a comandantes autorizados a atacar outros navios. Mas, observo um lado avassalador e também romântico ao citar as garrafas que vão por entre os mares, como antigamente, que levam as mensagens de um coração preso, coberto por neve, mas que ferve na vontade de atingir o caminho desejado que leva a algo ou, a meu ver, a alguém.

Corsário
João Bosco e Aldir Blanc

Meu coração tropical está coberto de neve, mas
Ferve em seu cofre gelado
E à voz vibra e a mão escreve mar
Bendita lâmina grave que fere a parede e traz
As febres loucas e breves
Que mancham o silêncio e o cais

Roserais, Nova Granada de Espanha
Por você, eu, teu corsário preso
Vou partir a geleira azul da solidão
E buscar a mão do mar
Me arrastar até o mar, procurar o mar

Mesmo que eu mande em garrafas
Mensagens por todo o mar
Meu coração tropical partirá esse gelo e irá
Com as garrafas de náufragos
E as rosas partindo o ar
Nova Granada de Espanha
E as rosas partindo o ar

Um forte abraço a todos!

domingo, 16 de agosto de 2015

♫Passos de amador♫

João Bosco deixou sua marca nesta composição que se parece tanto com as suas que até pensei ser de sua autoria. Passos de amador é uma das minhas preferidas de seu repertório, não apenas pela riqueza harmônica, constante em seus arranjos, mas também pela beleza que une melodia e letra numa canção que considero clássica em seu repertório!

Sua letra enfatiza o coração de quem ama, muitas vezes tolo e reprovável pelos sábios, ditos mais realistas, mas nunca escondido por aqueles que sentem o amor em sua forma mais intensa, mesmo que isso signifique perigo ou até pedir para sofrer. Quem não arrisca, não sabe o que é amar e conhecer o verdadeiro sentimento!

Passos de amador
Johnny Mercer e Rube Bloom

Tolos vão
Onde anjos temem ir
Por isso estou aqui, amor
De coração na mão

Sim, eu sei
Posso sofrer
Mas já não tenho, amor
Nada a perder

Tolos vão
Em passos de amador
Os sábios têm os pés no chão
Não sabem do amor

Foi te ver
Não pude mais voltar
Pois deixe no teu coração
Um tolo entrar

Um forte abraço a todos!

domingo, 25 de maio de 2014

♫O bêbado e a equilibrista♫

Esta é uma das canções mais emblemáticas de nosso país! Uma letra que nos remete ao período da ditadura, onde tudo era vigiado, cada palavra, ideia ou vírgula pensada, pois a tesoura da censura andava afiada para o lado de quem ousasse descrever momentos escuros pelos quais passava essa terra de sol! João Bosco fez e cantou, Elis imortalizou e outros também ousaram cantar este clássico nacional!

Encontramos na letra de O bêbado e a equilibrista a descrição, embora de forma meio discreta, de um país afogado em mágoas, mas que ainda nutria esperanças de tempos melhores! Uma letra inteligente e rara nos dias atuais e que, com muitas metáforas, alusão a Chaplin (que muito ensinou sem mencionar uma palavra), e com a ajuda luxuosa do nosso ritmo genuíno, o samba, soube driblar a tal tesoura citada acima e tomou seu lugar na voz de uma das melhores cantoras de todos os tempos!

O bêbado e a equilibrista
(João Bosco e Aldir Blanc)

Caía a tarde feito um viaduto
E um bêbado trajando luto
Me lembrou Carlitos

A lua tal qual a dona do bordel
Pedia a cada estrela fria
Um brilho de aluguel

E nuvens lá no mata-borrão do céu
Chupavam manchas torturadas
Que sufoco!

Louco!
O bêbado com chapéu-coco
Fazia irreverências mil
Pra noite do Brasil

Meu Brasil!
Que sonha com a volta do irmão do Henfil
Com tanta gente que partiu
Num rabo de foguete

Chora
A nossa Pátria mãe gentil
Choram Marias e Clarices
No solo do Brasil

Mas sei que uma dor assim pungente
Não há de ser inutilmente
A esperança

Dança na corda bamba de sombrinha
E em cada passo dessa linha
Pode se machucar

Azar!
A esperança equilibrista
Sabe que o show de todo artista
Tem que continuar

Um forte abraço a todos!

sábado, 9 de junho de 2012

O Xote das meninas


O Xote das meninas é um clássico da música brasileira, pois além de ser imortalizada na voz de seu criador, Luiz Gonzaga, também já foi regravada por grandes nomes, alguns presentes nos marcadores. E acredito que deve passar em todas as listas de canções feitas por algum grande intérprete que deseja gravar Gonzaga.

Sua letra traz a menina caipira apaixonada, que compromete todo seu tempo em pensar no amor, ignorando estudo, trabalho e tudo mais. Na verdade, é uma mudança radical na moça que transforma seu visual, lançando mão da maquiagem e outros adereços que levam seu pai até a pensar em doença, mas que nem o médico resolve, pois é mal de amor. Mais uma genialidade "gonzagueana"

O Xote das meninas
(Luiz Gonzaga e Zé Dantas)

Mandacaru quando fulora na seca
É o siná que a chuva chega no sertão
Toda menina que enjôa da boneca
É siná de que o amor já chegou no coração
Meia comprida, não quer mais sapato baixo
Vestido bem cintado, não quer mais vestir timão

Ela só quer, só pensa em namorar
Ela só quer, só pensa em namorar

De manhã cedo já tá pintada
Só vive suspirando, sonhando acordada
O pai leva ao dotô a filha adoentada
Não come, nem estuda
Não dorme, não quer nada

Ela só quer, só pensa em namorar
Ela só quer, só pensa em namorar

Mas o dotô nem examina
Chamando o pai do lado, lhe diz logo em surdina
Que o mal é da idade, que prá tal menina
Não tem um só remédio em toda medicina

Ela só quer, só pensa em namorar
Ela só quer, só pensa em namorar

Um forte abraço a todos!

domingo, 25 de março de 2012

Olhando as estrelas - 23

João e Zizi no Som Brasil, em 2009
Aqui é o encontro de dois nomes da nossa música, sendo ela, uma das intérpretes mais constantes da obra dele: Zizi Possi e João Bosco. Zizi é uma das que mais regrava João e, se não for algo já pensado, creio que daria pra montar uma coletânea do tipo Zizi interpreta João só com as canções que já gravou no decorrer de sua carreira.

Desde o primeiro trabalho até o mais atual da cantora tem João. Claro que não em todos os discos gravados, mas sempre ela visita seu repertório com clássicos ou algumas canções menos conhecidas que fazem parte dessa lista como: Vida noturna, Papel marché, Corsário, Quando o amor acontece, Incompatibilidade de gênios, O bêbado e a equilibrista, entre outros.

No recente DVD da cantora Cantos e contos, os dois se encontram nas faixas Incompatibilidade de gênios, Bala com bala e Milagre, de Dorival Caymmi. E no Som Brasil em homenagem ao cantor em 2009, ambos cantaram O bêbado e a equilibrista e Dois pra lá dois pra cá. E muitos outros encontros como estes esperamos acontecer, muitas outras regravações e shows para que continuemos a contemplar essas estrelas!

Um forte abraço a todos!

sábado, 17 de setembro de 2011

Desenho de giz

Essa é mais um clássico do repertório do João Bosco. Mais uma daquelas canções que arrebentam coração, também interpretada por outros artistas como Simone e Emílio Santiago, inclusive tendo a participação do João na gravação da Simone.

Desenho de giz remete a uma reflexão, uma conversa entre o artista e seu público, por exemplo, a respeito dos sentimentos mais profundos, do amor enfim, chegando a antiga e óbvia conclusão de que não dá pra ser feliz sem amor. É claro que os mais românticos pensam no amor entre duas pessoas, mas indo além, isso se verifica no termo amor em seu mais profundo e extremo significado e creio que foi essa a lição que o João e o Abel quiseram passar pra nós através dessa belíssima canção:

Desenho de giz
(João Bosco e Abel Silva)

Quem quer viver um amor
Mas não quer suas marcas,
qualquer cicatriz

A ilusão do amor
Não é risco na areia,
é desenho de giz

Eu sei que vocês vão dizer
A questão é querer desejar, decidir
Aí diz o meu coração
Que prazer tem bater se ela não vai ouvir

Aí minha boca me diz
Que prazer tem sorrir
Se ela não me sorri também
Quem pode querer ser feliz
Se não for por um grande amor

Eu sei que vocês vão dizer
A questão é querer desejar, decidir
Aí diz o meu coração
Que prazer tem bater se ela não vai ouvir
Cantar mas me diga prá que ai ai ai
E o que vou sonhar
Só querendo escapar à dor
Quem pode querer ser feliz
Se não for por amor

Um forte abraço a todos!

sábado, 22 de maio de 2010

Papel machê

Um dos boleros mais lindos, uma das canções mais lindas do João Bosco, também gravada por Zizi Possi, Papel machê é também uma das canções mais executadas pelos cantores da noite. A interpretação do João especificamente deixa a canção imortalizada, sobretudo pelas alternâncias nos tons que ela apresenta, além dos jogos vocais, típicos desse extraordinário mineiro.

A letra é outro show a parte: romantismo à flor da pele, incomum em atuais sucessos. "Dormir no teu colo é tornar a nascer..." escutar uma canção como essa é mesmo ser feliz, é compreender que graças a Deus, temos o prazer de contemplar essa arte que tanto amamos no melhor estilo: ouvindo um compositor e um intérprete como João em um de seus maiores clássicos.

Papel machê
(João Bosco e Capinam)

Cores do mar, festa do sol
Vida é fazer todo o sonho brilhar
Ser feliz, no teu colo dormir
E depois acordar
Sendo o seu colorido
Brinquedo de papel machê

Dormir no teu colo é tornar a nascer
Violeta e azul, outro ser, luz do querer...

Não vai desbotar, lilás cor do mar
Seda cor de batom, arco-íris crepom
Nada vai desbotar
Brinquedo de papel machê...

Um forte abraço a todos!

sábado, 28 de novembro de 2009

Quando o amor acontece

Eis uma das canções mais lindas do João Bosco, esse grande músico, grande compositor e cantor da nossa música, em parceria com Abel Silva. Um bolero romântico que reflete o que acontece com todo ser humano quando chega o amor. Ilusão, solidão, sofrimento, tudo vai embora quando nos sentimos rodeados por esse sentimento sublime.

Imagino quantos casais já sorriram ou choraram com essa canção. E mesmo quando parece que o amor nos faz sofrer é que ele pode nos fazer feliz, virando uma mescla de sentimentos totalmente representados nessa belíssima letra:

Quando o amor acontece
(João Bosco e Abel Silva)

Coração
Sem perdão,
Diga fale por mim
Quem roubou toda a minha alegria

O amor me pegou,
Me pegou pra valer
Aí que a dor do querer,
Muda o tempo e a maré
Vendaval sobre o mar azul

Tantas vezes chorei,
Quase desesperei
E jurei nunca mais seus carinhos

Ninguém tira do amor,
Ninguém tira, pois é
Nem doutor, nem pajé,
O que queima e seduz, enlouquece
O veneno da mulher

O amor quando acontece
A gente esquece logo
Que sofreu um dia,
Ilusão

O meu coração marcado
Tinha um nome tatuado
Que ainda doía,
Pulsava só a solidão

O amor quando acontece
A gente esquece logo
Que sofreu um dia,
Esquece sim

Quem mandou chegar tão perto
Se era certo um outro engano
Coração cigano
Agora eu choro assim

Um forte abraço a todos!

sábado, 21 de março de 2009

Chico Buarque 1984

Para quem falou que só destaquei os discos ao vivo do Chico ( e que belos espetáculos!) tá aqui um dos melhores discos de carreira, lançado em 1984 com canções lindíssimas que se tornaram clássicos na obra do Chico e na música brasileira!

"Ando com minha cabeça já pelas tabelas..." É com essa frase e com esse delicioso samba que Chico abre o disco que apresenta na sequência Brejo da Cruz, uma canção que define bem o êxodo nordestino e que em breve abordaremos nas letras de domingo. Tantas palavras vem em seguida, essa canção lindíssima feita em parceria com Dominguinhos, que também o acompanha com suaves frases de sanfona.

Mano a mano traz uma parceria e um dueto com João Bosco, que também toca violão nessa faixa. Samba do grande amor também figura nesse disco, entrando em definitivo para a lista de clássicos do Chico. Como se fosse a primavera é a versão (do espanhol para o português) do disco que traz o autor da canção, Pablo Milanés, também nos vocais. Suburbano coração é outra canção que vai aparecer nas letras de domingo por tratar de sexo de forma tão elegante e fascinante.

Lindo mesmo é se deliciar ouvindo Mil perdões, clássico de uma época em que as grandes letras figuravam em grandes canções. O disco encerra com As cartas e Vai passar, essa última, em parceria com Francis Hime para mais um clássico que praticamente encerra o período "Chico Político", no ano das Diretas.

Produzido por Homero Ferreira e tendo o envolvimento, além dos músicos já citados, de Cristóvão Bastos, Wilson das Neves, Miúcha, Luiz Cláudio Ramos, Dori Caymmi, Chiquinho de Moraes, entre outros, é mais um dos grandes discos desse compositor que tem um repertório fascinante e uma discografia que dispensa predicados, pois soam como retundantes. Discografia essa que recebeu uma remasterização à altura em 2006!

Um forte abraço a todos!

sábado, 27 de dezembro de 2008

Na esquina ao vivo com João Bosco

Um dos discos mais bonitos que ouvi, lançado em 2001, resultado de um show feito em Juiz de Fora em dezembro de 2000. Produzido pelo próprio João Bosco, João Mário e Amaury Linhares, Na esquina ao vivo traz para aquela estante que ainda não possui um disco do João, o que de melhor foi feito em sua riquíssima carreira.

Um detalhe interessante: inicialmente esse disco teve seu lançamento duplo e depois foi compilado para um disco único, omitindo três faixas: Ditodos, Coisa feita e Holofotes. O que falar de clássicos da obra do João Bosco que se tornaram clássicos da música brasileira, presentes nesse disco como Desenho de giz, Memória da pele, Jade, Quando o amor acontece, O bêbado e a equilibrista e Papel machê?

Outras canções menos populares, porém indispesáveis do João também constam nesse trabalho como O ronco da cuíca, Odilê odilá, Nação, Incompatibilidade de gênios, Corsário e Linha de passe. Além das composições em parceria com seu filho Francisco Bosco, a faixa-título Na esquina, Enquanto espero, Mama palavra e Passos de amador.

O disco conta com a participação de Ana Carolina na faixa Mama palavra. João mostra através de trabalhos como esses porque é sempre cotado como dos melhores músicos do país. Interpretações de canções que embalaram gerações e fizeram o país pensar melhor sobre música através desse grande nome que possuímos!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Dia do compositor

Hoje é dia do compositor e o Blog Música do Brasil presta sua homenagem a grandes nomes de nossa música brasileira que colaboram com sua arte para um mundo melhor! Seria uma vasta lista, a de grandes nomes em nossa música que atuaram ou atuam de forma fascinante nesse universo!

Compor é uma arte, um privilégio de poucos, dentro do universo da música. Construir partituras, unindo harmonia, melodia e letra e ainda alcançar o público certo não é tarefa fácil. Com acordes simples ou dissonantes, nos mais variados ritmos, levadas, com os assuntos mais diversos, os compositores trabalham sua arte em benefício de uma sociedade mais culta, mais consciente de sua realidade e cultura!

A nossa música se orgulha de apresentar criações fantásticas sobretudo no século passado, em todas as décadas! Como já foi dito, vários nomes podem ser citados como os mais famosos Noel Rosa, Ary Barroso, Pixinguinha, Cartola, Chico Buarque, Caetano Veloso, Roberto Carlos, Luiz Gonzaga, Erasmo Carlos, Eduardo Lages, Gilberto Gil, Tom Jobim, Vinícius de Moraes, João Bosco, Ivan Lins, Djavan, Fagner, Dorival Caymmi, Milton Nascimento, Jorge Aragão, Zé Ramalho, Nando Cordel, etc. até aqueles que só conhecemos nos créditos dos discos como Michael Sullivan, Altay Veloso, Paulo Sérgio Valle, Paulo Debétio, Vital Farias, Petrúcio Amorim, Fernando Brandt, Vítor Martins, Aldir Blanc, Carlos Colla, Isolda, Chico Roque, Peninha, Abel Silva, Fausto Nilo, entre tantos outros, que esquecerei de um grande nome, mas serão relembrados aqui na série Os compositores do Brasil que apresentamos periodicamente e, mais que isso, esses anônimos seres culturais estarão presentes em cada nota das canções que encantam nosso cotidiano!

Um forte abraço a todos!

sábado, 9 de agosto de 2008

Fica comigo essa noite...

Um dos melhores discos da Simone foi lançado em 2000, sob o título de Fica comigo essa noite, faixa de abertura e sucesso composto e eternizado por Nelson Gonçalves. Com produção de Max Pierre e Antônio "Moogie" Canázio, arranjos de Julinho Teixeira e a participação de músicos como João Bosco e César Camargo Mariano, o disco mescla boleros, frevos e músicas pop, caracterizando mais um grandioso trabalho de uma das cantoras mais ecléticas do país!

A segunda faixa traz uma interpretação fantástica para Desenho de giz, que traz seu autor, João Bosco, em discretos arranjos vocais. Sentimental demais e Que queres tu de mim nos remetem aos melhores boleros de Altemar Dutra, de quem Simone já visitou o repertório no passado regravando Brigas, em dueto com Julio Iglesias.

O repertório do Chico Buarque foi revisitado em Cadê você, uma parceria com João Donato e arranjo e interpretação suaves da eterna cigarra; também encontramos outro dueto de composição do Chico, agora com o Vinícius Cantuária em Ludo real, também presente nesse disco. Simone viaja mais distante no tempo e resgata a obra de Lupicínio Rodrigues no clássico Nervos de Aço.

Composições mais contemporâneas podem ser ouvidas a partir da faixa 8, com Anunciação, clássico da obra do Alceu Valença, numa versão à Simone, mas sem perder o ritmo do frevo pernambucano. Na mesma cadência, segue a canção Boi de Haxixe de outro nordestino, Zeca Baleiro, que também compôs para Simone a canção carro-chefe do disco e que tocou durante vários meses nas rádios: Lenha. Outro grande compositor e ilustre pernambucano encerra o projeto: Lenine empresta seu clássico Paciência para a cigarra encerrar seu cd com chave de ouro.

Os projetos da Simone conseguem reunir grandes músicos, compositores e convidados, além é claro do talento inquestionável de uma das melhores intérpretes do país! Recentemente, afirmou que, em épocas de pirataria, o que guia o artista é mesmo o show! Torcemos para que em breve, possamos ser presenteados com outros projetos como esse que nos levam a ter vontade de ficar ouvindo Simone não apenas essa noite, mas sempre que desejarmos ouvir uma boa música com uma produção que beira a perfeição!

Um forte abraço a todos!

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Quem pode querer ser feliz se não for por amor?...

Cantor, compositor e violonista (desde os 12 anos) de Minas Gerais, João Bosco é tido como mais um ícone da música brasileira. O iníco de sua carreira começou com uma brilhante parceria com nada mais nada menos que Vinícius de Moraes, em 1967. Em 1970, conhece o poeta Aldir Blanc e estréia uma dupla de compositores das mais famosas e requisitadas do país!

Também teve o privilégio de ser um dos compositores a entrar na obra de Elis Regina, que imortalizou um dos seus maiores sucessos: O bêbado e o equilibrista. Além desse, Elis também emprestou seu talento para Dois pra lá, dois pra cá, bolero que fez a carreira do João deslanchar, e também caiu na graça de Ângela Maria. E o que dizer de Memória da pele, gravada por Maria Bethânia? Simone deu um toque definitivo em Desenho de giz, em 2000, com a participação do próprio João, nos vocais!

Mas, não são apenas os intérpretes que se desfrutam das composições recheadas de dissonantes que esse mineiro faz. Todos são unânimes em afirmar que ninguém interpreta melhor Papel Machê que o próprio, sobretudo na hora dos vocais. Papel machê é também campeã de regravação, seja de cantores consagrados como Zizi Possi, seja de artistas da noite que a definem como imprescindível numa apresentação! São inúmeros os sucessos deste compositor entre seu público que delira ao ouvir Quando o amor acontece, Jade e Corsário, além das já citadas e de tantas outras.

João também se destaca por ter feito o primeiro acústicos mtv em 1992, quando nem era sucesso esse empreendimento musical. Atualmente divulga o cd/dvd Obrigado, gente!, onde faz um apanhado de toda sua carreira com seus grandes sucessos, sua batida de violão e seu eterno carisma seja no samba, seja nas baladas, no sucesso merecido...


Um forte abraço a todos!

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Dominguinhos & Convidados cantam Luiz Gonzaga!

Ele é tido como o maior discípulo de Luiz Gonzaga, o rei do baião, do xote, do forró, da sanfona... Mesmo diante de tantos sucessos de sua carreira como Eu só quero um xodó, Abri a porta, De volta pro aconchego, Gostoso demais e tantos outros, sempre há espaço na vida desse artista para relembrar seu mestre, com quem começou tocando e aprendendo! E em 1997, Dominguinhos enfatizou isso em dois discos, volumes 1 e 2, com convidados onde canta a obra de Gonzagão!

Numa homenagem mais que merecida, Dominguinhos passeia pelos clássicos do mestre como Asa branca, A vida de viajante (com Chico Buarque), Paraíba (com Daniela Mercury), Pense n´eu (com Daniel Gonzaga), O xote das meninas (com João Bosco), Olha pro céu (com Nando Cordel), Qui nem jiló (com Tânia Alves), Numa sala de reboco (com Quinteto Violado), No meu pé de serra (com Flávio José), Nem se despediu de mim (com Jorge de Altinho), Súplica cearense (com Guadalupe). Mas, também se remove a canções muito legais do “véio Lula”, porém nem tão relembradas como De Terezina a São Luiz (com Fagner), Estrada de Canindé (com Djavan), Não vendo nem troco (com Zé Ramalho), A volta da asa branca (com Maciel Melo), Assum preto (com Ivan Lins), Forró de Mané Vito (com Gilberto Gil), Cintura fina (com Marinês), Juazeiro (com Jane Duboc), Lorota boa (com Waldonys) e Canta Luiz (com Geraldo Azevedo).

A única faxia solo é Asa Branca que o próprio Dominguinhos quis dividi-la com outro rei, segundo entrevista concedida a jornal na época: “Eu convidei pessoalmente o Roberto que ficou empolgado, porém o pessoal que o circula parece meio difícil, daí não deu pra acontecer o encontro”. Em todas as outras faixas, o disco traz convidados renomados e outros conhecidos apenas na região como o caso do sanfoneiro Waldonys. Algumas surpresas da família do próprio Luiz Gonzaga são Daniel Gonzaga, filho de Gonzaguinha e Joquinha Gonzaga (na faixa Tacacá), irmão de Luiz!

Sei que as festas juninas ainda estão distantes, mas esse é daqueles discos de se ouvir sempre e com muita alegria no coração!

Um forte abraço a todos!