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segunda-feira, 13 de março de 2023

♫A estrada (La carretera)♫

Meu pai completa hoje 70 anos e deve estar andando pelas estradas do céu em um caminhão. Sinto saudades dele! Posso dizer que herdei dele a música. Ele ouvia Julio Iglesias, José Augusto e, claro, Roberto Carlos em seu carro, em sua vitrola e eu ia junto nesse embalo musical que me contagiou por toda a vida. Imagino que ele quisesse que eu gostasse de futebol quando me levava para ver os jogos do pernambucano. Mal sabia que deixaria suas marcas pela música.

Aqui uma canção que retrata um de seus artistas favoritos e também sua profissão: Caminhoneiro. Essa canção é uma versão lançada pelo Julio Iglesias em seu CD de 1995 e que fala de um motorista dessa classe, de tudo que enfrenta: as cidades, o frio, as saudades, o barulho e o silêncio, a pressa, a solidão, o coração tão apaixonado de um herói das estradas do mundo todo, como foi meu pai por aqui!

A estrada (La carretera)
Roberto Livi, Rafael Ferro e Paulo Sérgio Valle

Cai a chuva e é noite, na longa estrada
Que longo é meu caminho, só eu e mais nada
Quilômetros passando, pensando nela
Que noite, que silêncio, soubesse ela
Que estou correndo, pensando nela

Os carros no caminho, sempre passando
Os ruídos dos caminhões, acelerando
Não há gente nessa rua, está chovendo
A noite é mais escura, estou sofrendo
Estou correndo, pensando nela

Sigo por essa estrada sem ter você
Sem saber se um dia te encontrarei
Acelerei

Os bares nessa hora, estão fechando
Os motéis dos amantes sempre esperando
Um trem cruza o caminho, é muito lento
Enquanto vão depressa meus pensamentos
Pensando nela, pensando nela

Sigo por essa estrada sem ter você
Sem saber se um dia te encontrarei
Acelerei

Pensando, imaginando, a dor aumenta
Derrapo em uma curva, o freio esquenta
A agulha marca cento e sessenta

Sigo por essa estrada sem ter você
Sem saber se um dia te encontrarei
Acelerei

Cai a chuva e a noite parece eterna
Ciúmes me deixam louco pensando nela
Perdido na incerteza e na neblina
Não vejo que estou quase sem gasolina

Cai a chuva e é noite, na longa estrada
Não sinto nem o silêncio, da madrugada
Cai a chuva e é noite, na longa estrada
Não sei se ela espera, não sei mais nada
Cai a chuva e é noite, na longa estrada
Que noite, só eu mais nada...

Um forte abraço a todos!

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

CD Julio Iglesias Momentos

Lançado em 1982, este foi um grande CD do Julio que fez muito sucesso em todo o mundo e também aqui no Brasil. Numa mescla de canções traduzidas para o português e algumas originalmente em espanhol, como foram gravadas, este trabalho vendeu muito e seu sucesso garantia Julio nas rádios e também nos palcos do Brasil.

Os sucessos deste, na época em LP (que não era capa dupla, mas vinha com encarte com letras e algumas informações técnicas) e K7, foram Abraça-me, Paloma, Quijote, Nathalie, Lembranças de Ypacarai e a faixa-título Momentos, além de Amor, No me vuelo a enamorar, Con la misma piedra. A canção Grande grande grande teve sua versão para o português realizada por Gonzaga Jr.

Um excelente trabalho da discografia do Julio e que muito influenciou artistas nacionais, seja em suas excelentes gravações que proporcionam uma sonoridade ímpar, seja com suas interpretações para clássicos de seu repertório e do mundo hispânico que o brasileiro aprendeu a apreciar, sobretudo com ele.

Um forte abraço a todos!

domingo, 19 de maio de 2019

♫Mal acostumado♫

Essa é daquelas canções que fazem muito sucesso por quem grava e, principalmente por quem regrava. Gravada inicialmente pelo grupo Ara ketu, Mal Acostumado obteve um grande sucesso, pela sua levada e também pela letra apaixonada. A ponto de Julio Iglesias ouvir e querer gravar em espanhol e português, posteriormente.

Aqui no Brasil, cantoras como Simone e Joanna, além de nomes como Elymar Santos também tiveram seus momentos e, recentemente, Ivete também a gravou. A letra fala de um amor que foi muito bom e que deveria voltar, pois deixou a outra parte com saudades de um bom tempo. E que ficou mal acostumado com todo esse amor que hoje é apenas saudade.

Mal acostumado
Ray Araújo e Meg Evans

Amor de verdade eu só senti
Foi com você meu bem
E todas as loucuras
Desse nosso amor
Você me deu também

Você já faz parte da minha vida
E fica tão difícil dividir você de mim
E quando faz carinho, me abraça
Aí eu fico de graça te chamando pra me amar

Mal acostumado
Você me deixou
Mal acostumado
Com o seu amor
Então volta
Traz de volta meu sorriso
Sem você não posso ser feliz

Um forte abraço a todos!

quarta-feira, 10 de outubro de 2018

CD Julio Iglesias Dois corações

Este é o CD mais recente lançado pelo Julio a seu público fiel brasileiro. Com algumas versões inéditas em português e que contam com alguns brasileiros, o projeto também conta com alguns outros fonogramas presentes em outros trabalhos lançados ao longo dos últimos anos.

A faixa Ela, conta com a participação da dupla Bruno e Marrone. Amanheci em teus braços, conta com Paula Fernandes. Zezé di Camargo e Luciano aparecem na faixa já conhecida Dois amigos e Daniel também aparece na faixa Viver a vida. E, no mais, faixas já lançadas em outros fonogramas em inglês como Me va me va, Volver a empezar, My sweet Lord, I want to know what love is, Forever and ever, Careless whisper, How can you mend a broken heart, Everybody´s talking, When i need you, Crazy in love, When you tell me that you love me.

Em se tratando de Julio, por ser o artista grandioso que tanto fez pela nossa música, sempre queremos mais. E aqui temos uma coletânea com grandes canções e também a interação dele com artistas sertanejos, aos quais influenciou e também aprendeu a apreciá-los, como bom amante da nossa música brasileira!

Um forte abraço a todos!

quarta-feira, 7 de março de 2018

Os Intérpretes do Brasil - 56

Julio não é brasileiro, mas podemos considerá-lo um grande intérprete e porque não relacioná-lo à nossa música, já que durante toda sua carreira também rendeu grandes homenagens a compositores brasileiros, passeando pela obra de Tom Jobim, Jorge Benjor, Martinho da Vila, Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Gonzaga Jr., Carlos Lyra, Antônio Maria, Zezé di Camargo, entre outros.

O espanhol mais brasileiro de todos já gravou com artistas brasileiros e também sempre os reverencia em suas apresentações ao vivo e entrevistas, procurando estar sempre antenado ao que ocorre em nossas terras. E hoje, mesmo não desfrutando do sucesso de antes, possui um público fiel que sempre o acompanha em seus shows, quando passa por aqui.

Atualmente mais intérprete que compositor, difícil destacar apenas três canções de suas grandiosas interpretações. Coração apaixonado, por exemplo, é a canção dele mais nacional, a meu ver, pois foi feita especialmente para o Brasil e tornou-se uma das mais lindas tocadas aqui. Pelo amor de uma mulher também entra nesse contexto como bela canção lançada aqui no Brasil, com bastante êxito. Em 92, gravou a versão do clássico Uno em português, com Sonho triste e em 2001 lançou um disco todo em português em homenagem ao Brasil e também com participação de brasileiros. E poderíamos citar outras canções e/ou gravações, afinal, nós brasileiros também aprendemos a apreciar sua carreira em toda a parte do mundo!

Um forte abraço a todos!

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

CD Simone Loca

Ando com saudades da Simone, pois poucas são as intérpretes deste país que oferecem um profissionalismo ímpar na hora de apresentar novas gravações e/ou novos espetáculos. É o que verificamos neste trabalho, lançado em 1998 e ofuscado de sua discografia, embora tenha sido direcionado para o mercado latino, pois é todo revestido do repertório do Julio Iglesias, com todas as canções em espanhol.

Dirigido por Max Pierre e Moogie, o CD apresenta verdadeiros clássicos da obra do cantor espanhol, alguns em versões inéditas nesta língua, já que Julio também grava com bastante êxito em inglês. A faixa de abertura e que dá nome ao trabalho, Loca, é uma versão do clássico Crazy. O mesmo aconteceu com Mi amor, versão de My love, que Julio ganhou de presente de Stevie Wonder.

Outros clássicos deste álbum lançado em 1998 foram Hey, Júrame, Abrázame (com a participação de Rafael Basurto, do Trio Los Panchos), Grande grande grande, La nave del olvido, Lo mejor de tu vida, Por ella (em dueto com Willy Chirino), Amor e Y anque te haga calor. Um belo trabalho, com aquela qualidade ímpar de nossa intérprete, com canções inesquecíveis do grande Julio!

Um forte abraço a todos!

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

CD Julio Iglesias Libra

Um dos discos mais conhecidos do Julio Iglesias lançado aqui no Brasil foi este, de 1985. Lançado numa época em que Julio ampliava suas fronteiras mundo afora e também em nossas terras, esse trabalho, intitulado como Libra, trouxe cinco canções totalmente versionadas para o português, além de outras em espanhol e inglês.

Em português, temos a faixa de abertura Quando te sinto mulher, Tu e eu, Direi, Essa covardia e a mais famosa Coração apaixonado que, segundo me consta foi feita em nossa língua e só gravada neste idioma. Ainda em português, numa mescla com seu espanhol, temos a faixa Abril en Portugal. Totalmente em espanhol temos Ni tu gato gris ni tu perro fiel, Todo y nada e Felicidades (Dueto com Pedro Vargas). Em inglês, temos o clássico de Sinatra I´ve got you under my skin, numa brilhante releitura.

Julio é, sem sombra de dúvidas, o mais brasileiro dos cantores estrangeiros e Coração apaixonado é um de seus clássicos aqui em nossas terras. Com certeza, pra quem curte a música romântica dos anos 70/80 e 90, reconhecem nele uma contribuição imensurável, pois muitos casais se apaixonaram sob sua trilha sonora, representada aqui por este grande título.

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

CD Julio Iglesias México

Outro excelente presente para este Natal é o mais novo lançamento de Julio Iglesias, um álbum com interpretações de clássicos mexicanos. Julio afirma que passou cerca de oito meses gravando este projeto, o que o cansou bastante e o classificou como o derradeiro de sua carreira. Esperamos que não seja assim, pois sabemos que estamos diante de um gigante que apresenta aqui mais uma grande obra.

Admirado pelo povo brasileiro, regravou Jura-me e fez questão de cantar aqui em português. As demais faixas, todas em espanhol reverenciam um país que lhe deu muitas alegrias e nos presenteou com grandes clássicos, aqui interpretados por um dos artistas mais românticos do mundo. Canções como Se me olvido otra vez ou Echame a mi la culpa ganham novas versões, pois já as havia cantado antes.

Outras belíssimas faixas foram Usted, Ella, Fallaste corazon, Sway, Amaneci en tus brazos, Juan churrasqueado, Y nos dieron las diez, La media vuelta e Mexico lindo. Um belíssimo trabalho, pelo qual somos agradecidos e o incluímos nas listas de boas pedidas de amigo secreto, pois temos aqui mais um ótimo adereço para a árvore de Natal! Julio era talvez o artista que meu pai mais admirava e foi uma das excelentes heranças que ele me deixou!

Um forte abraço a todos!

domingo, 7 de setembro de 2014

♫Aquarela do Brasil♫

E em pleno domingo, temos o feriado pela Independência do Brasil, apesar de que poucos possuem aquele sentimento cívico que levava as escolas de todos os municípios a desfilarem como um gesto de amor à pátria. Musicalmente falando e em tempos de protestos, talvez essa canção não fosse a mais indicada para este momento. Entretanto, temos várias formas de protestar e uma delas é lembrando as belezas pelas quais lutamos e defendemos todos os dias.

Nesse contexto, Aquarela do Brasil vai além dos limites que possui em ser a canção brasileira mais conhecida em todo mundo. Clássico de Ary Barroso, de 1939, já foi interpretada por nomes internacionais como Os três tenores (Carreras, Domingos e Pavarotti), Julio Iglesias, Frank Sinatra, Ray Conniff e Dionne Warwick e, nacionais como Erasmo Carlos, Elis Regina, Tom Jobim, João Gilberto, Simone, Ney Matogrosso, Emílio Santiago, Martinho da Vila, Daniela Mercury e por Gal Costa, a quem credito a interpretação mais marcante. Sua letra apresenta o lado bonito de nosso país, com suas riquezas culturais que fazem desta terra um ambiente saudável, embora tantos problemas sociais. Um emblemático samba como nenhum outro, ecoado em toda parte do mundo com as cores verde e amarelo.

Aquarela do Brasil
Ary Barroso

Brasil, meu Brasil brasileiro
Meu mulato inzoneiro
Vou cantar-te nos meus versos

O Brasil, samba que dá
Bamboleio que faz gingar
O Brasil do meu amor
Terra de Nosso Senhor

Brasil pra mim
Pra mim, pra mim

Ah! abre a cortina do passado
Tira a mãe preta do cerrado
Bota o rei congo no congado
Brasil, pra mim

Deixa cantar de novo o trovador
A merencória luz da lua
Toda canção do meu amor

Quero ver essa dona caminhando
Pelos salões arrastando
O seu vestido rendado

Brasil pra mim
Pra mim, pra mim!

Brasil, terra boa e gostosa
Da morena sestrosa
De olhar indiscreto

O Brasil samba que dá
Bamboleio que faz gingar
O Brasil do meu amor
Terra de Nosso Senhor

Brasil pra mim
Pra mim, pra mim!

Oh, esse coqueiro que dá coco
Onde eu amarro a minha rede
Nas noites claras de luar
Brasil pra mim

Ah! ouve estas fontes murmurantes
Aonde eu mato a minha sede
E onde a lua vem brincar
Ah! esse Brasil lindo e trigueiro
É o meu Brasil brasileiro
Terra de samba e pandeiro

Brasil pra mim, pra mim, Brasil!
Brasil pra mim, pra mim, Brasil, Brasil!

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 10 de abril de 2014

CD Julio Iglesias Perfil

Esse é um dos poucos CD´s do Julio que não gosto tanto quanto os outros e não por ser uma coletânea, já que costumo enaltecer essa série lançada pela Som Livre, que nos apresentou este título em 2003. Mas, por pecar no repertório! Se haviam muitas versões de tais canções em português, por que lançá-las em espanhol, em nosso país? É esta a pergunta que faço!

Puxada pela versão em espanhol do clássico Stranger´s in the night, do repertório do Sinatra, Extraños nada más é a grande surpresa desse disco. Aí insisto em dizer: por que não colocar os fonogramas em português que existiam das canções Esa mujer, Derroche, Mal acostumbrado, Por el amor de una mujer, La carretera, Un canto a Galicia, Manuela, como fizeram com a faixa Paloma?

Não sei se o objetivo era lançá-lo apenas lá fora ou aqui com os fonogramas lá de fora, teoricamente inéditos para nós, mas creio que pecaram até no repertório escolhido, mesmo se levando em conta que em termos de Julio, quase todas são boas! Em suas gravações originais (e que nunca apresentaram versões em português, com exceção de El dia que me quieras), tivemos Crazy, Caballo viejo/Bamboleo e À média luz. Apesar de tudo, um bom CD pra ouvir essa eterna voz. Apenas acho que poderiam ter caprichado mais na escolha, sobretudo em se tratando de Julio Iglesias!

Um forte abraço a todos!

domingo, 25 de agosto de 2013

Olhando as estrelas - 37

Não são apenas as estrelas nacionais que se encontram. Muitas vezes as internacionais reconhecem e reverenciam nossos astros. Julio Iglesias já demonstrou ser um apaixonado pela música brasileira, onde construiu carreira marcante, já interagindo com nomes como Roberto Carlos, Jorge Benjor, Carlos Lyra, Gonzaguinha e Tom Jobim, de quem já gravou canções.

E mais recentemente, pediu a Zezé di Camargo uma canção para que pudesse cantar com a dupla. Nosso Zezé fez a canção Dois amigos, sucesso imediato num dueto (ou poderíamos chamar "trieto") inesquecível. Gravaram clipe na Suécia e fizeram alguns programas nacionais, sempre com elogio de Don Julio aos nossos cantores, uma carimbada certeira na carreira da dupla.

Julio também gravou, em espanhol, posteriormente uma versão de Dois corações e uma história, sucesso do repertório da dupla. E é muito gratificante perceber que nossos artistas possuem talentos que vão além das fronteiras geográficas do nosso país e provocam reconhecimentos e encontros como esses, dessas estrelas da nossa música!

Um forte abraço a todos!

domingo, 9 de setembro de 2012

CD Julio Iglesias Crazy

Lançado em 1994, Crazy penetrou no coração dos brasileiros, sobretudo pela faixa de abertura, que também foi tema da novela global A viagem. Uma canção realmente muito romântica, um fox, com direito a notas altas e delicadas de piano, que mereceu ser o carro-chefe. E com esse CD, com esse título, creio que Julio mostrou porque é um ser louco pelo amor e porque seu público também é louco por ele.

Com aquela altíssima qualidade que só artistas do seu porte podem apresentar, Julio contou com vários ilustres convidados como Sting, Dolly Parton e Lucio Dalla. E apesar do sucesso arrebatador de Crazy, tivemos outras canções marcantes como Let it be me, Mammy blue, Fragile, Guajira/Oye como va, When you tell me that you love me e I keep telling myself.

Julio enveredou pelo clássico, com direito à Orquestra Sinfônica de Londres, numa versão moderna de Beethoven, na canção Song of joy. E por que não dizer que sua versão para a clássica Caruso ficou diferente, suave e linda? Com produção de Albert Hammond, David Foster, Ramón Arcusa e Jay Landers, temos aqui um dos discos mais lindos em termos de sonoridade que este planeta já ouviu.

Um forte abraço a todos!

sábado, 5 de novembro de 2011

Manhã de carnaval

Imagina uma canção gravada por Sinatra e Pavarotti, Julio Iglesias e Luis Miguel, Gal e Bethânia, Emílio e Fagner, Caetano e João Gilberto, Maysa e Nara. Tal canção existe e é um clássico nacional e que ultrapassou as fronteiras desse país, tornando-se uma das mais conhecidas internacionalmente: Manhã de Carnaval.

Uma das poucas canções do filme Orfeu Negro que não era de Tom e Vinícius, Manhã de carnaval se popularizou como a canção do filme, interpretada por Agostinho dos Santos. E é nessa hora que a gente entende como surge um clássico, pois com mais de 50 anos, essa canção continua sendo atual e cultuada como uma das mais belas canções da música brasileira.

Curioso é que ela tem três versões de letras diferentes. Dizem que a esposa de Luiz Bonfá, Maria Helena Toledo, alterou a primeira versão para o filme. Percebi também nos encontros de Pavarotti com Caetano e depois com Gal e Bethânia, que era apresentado uma versão diferente, mais extensa. Segue as versões, todas românticas, desde a mais tradicional até as outras versões com seus primeiros registros:

Manhã de carnaval
(Antônio Maria e Luiz Bonfá)

(Versão tradicional)

Manhã, tão bonita manhã
Na vida uma nova canção
Cantando só teus olhos
Teu riso e tuas mãos
Pois há de haver um dia
Em que verás

Das cordas do meu violão
Que só teu amor procurou
Vem uma voz
Falar dos beijos perdidos
Nos lábio teus

Canta o meu coração,
Alegria voltou
Tão feliz a manhã desse amor

Versão gravada pela Maysa

Manhã, tão bonita manhã
De um dia feliz que chegou
O sol no céu no surgiu
E em cada cor brilhou
Voltou o sonho então
Ao coração

Depois desse dia feliz
Não sei se outro dia haverá
É nossa manhã
Tão bela afinal
Manhã de carnaval

Canta o meu coração,
Alegria voltou
Tão feliz a manhã desse amor

Versão gravada por Pery Ribeiro

Manhã, tão bonita manhã
Na vida uma nova canção
Em cada flor, o amor
Em cada amor, o bem
O bem do amor faz bem
Ao coração

Então vamos juntos cantar
O azul da manhã que nasceu
O dia já vem
E o seu lindo olhar
Também amanheceu

Canta o meu coração,
Alegria voltou
Tão feliz a manhã desse amor

Um forte abraço a todos!

domingo, 23 de outubro de 2011

CD Julio Iglesias – Calor

Li em uma entrevista recente que Julio Iglesias pretende lançar novo trabalho no Brasil e isso para nós, fãs de seu sucesso, é um alento, pois estamos saudosos de suas gravações, sua voz. Enquanto isso, mais um ótimo trabalho dele, lançado em 1992, sob o título de Calor e com aquela qualidade Julio que conhecemos.

Como canções radiofônicas tivemos Milonga e a belíssima A quero como é, que só pelos solos de sax associados à voz do Julio são de arrepiar. Como os lançamentos no Brasil geralmente são frutos de versões de gravações originais em espanhol, temos ainda Na cana e no café e Sonho triste, que se trata de uma versão do clássico Uno, inclusive sendo lançada em português em outros países. A grande surpresa em nossa língua aparece na faixa Me ama mô, composta por Martinho da Vila.

Completam o trabalho as canções em espanhol Lia, De domingo a domingo, Y aunque te haga calor, Esos amores e Somos (que já conhecemos em português em disco lançado anteriormente). Um trabalho que não pode faltar na coleção de todo romântico que aprecia a obra do Julio e que também sonha com novos lançamentos.

Um forte abraço a todos!

domingo, 24 de abril de 2011

Olhando as estrelas - 14

Nos 80 anos da Hebe, em 2009.
E encerramos essa semana, onde homenageamos o rei Roberto Carlos por seus 70 anos de idade, com postagens que remetem a seu aniversário, seu amigo padre-cantor, uma de suas canções religiosas e hoje, um de seus encontros mais nobres: Roberto Carlos e Julio Iglesias. Embora sejam amigos pessoais de longa data, eles nunca gravaram uma faixa juntos e o cantor espanhol nunca participou de um especial de fim de ano do rei. Mas, ambos já gravaram clássicos latinos individualmente como Volver, El dia que me quieras, Adios e El manicero. Também já fizeram versões distinas para Dizem que um homem não deve chorar e Aquarela do Brasil, que Roberto cantou em shows. Ambos gravaram And i love her, dos Beatles, Roberto, em português e espanhol.

Solamente una vez, en Siempre en Domingo, México 1989.
Na década de 70, Julio gravou Sentado à beira do caminho, de Roberto e Erasmo, em português e alemão. Em 75, Julio assistia a uma apresentação do Roberto nos Estados Unidos, quando subiu ao palco e cantaram juntos La distância, do rei.  Nos anos 80, participaram do projeto beneficente Hermanos,  na faixa Cantaré cantarás. Ao final dessa década, pretendiam lançar um disco juntos, fato que não ocorreu por problemas contratuais do Roberto com a então CBS. O Julio fez o projeto sozinho, que resultou no cd Romances (Raízes). Em 89, cantaram juntos pela segunda vez, a canção Solamente una vez, no programa mexicano Siempre en domingo.

Projeto Hermanos 1985, onde gravaram Cantaré cantarás
Na década de 90, participam novamente de um projeto coletivo, o Voces Unidas, na faixa Puedes llegar, pelas Olimpíadas de Atlanta. Ao final da década passada e início desta, Julio não parava de afirmar em várias entrevistas que seu sonho seria gravar algo com Roberto. Em 2004, ao Amaury Jr., Roberto revela que se anima com a ideia, embora ache pouco provável, pelo perfeccionismo de ambos. Em 2009, os dois astros se encontraram na festa dos 80 anos da Hebe. E, com certeza, todos nós fãs desses dois artistas, torcemos que mais encontros como estes se realizem e quem sabe aconteça a tão sonhada gravação desses dois astros mundiais que sempre cantaram o amor pelo mundo afora!

Feliz Páscoa a todos!

domingo, 22 de agosto de 2010

CD Julio Iglesias - Romances

Em 1989, Roberto Carlos e Julio Iglesias planejavam gravar um disco juntos, idéia vinda do Julio, que sempre admirou nosso cantor, inclusive regravando 20 anos antes a canção Sentado à beira do caminho. Mas, por motivos contratuais entre o rei do Brasil e gravadora, o projeto foi adiado. Julio então gravou o projeto Raízes, que aqui no Brasil foi lançado pelo título de Romances.

São seis faixas, seis medleys voltados para seis estilos parecidos e unidos por um de seus maiores intérpretes. É o caso do primeiro medley intitulado Latino e que traz os clássicos em espanhol: Tres palabras, Perfídia, Amapola, Noche de ronda, Quizas quizas quizas, Adios e El manicero. Ainda nesse idioma, temos Caballo viejo e Bamboleo, na segunda faixa e, exclusivamente em homenagem ao México, temos: Media vuelta, Se me olvido otra vez, Y, Mexico lindo, Al jalico no te rajes e La bamba, na terceira faixa.

A quarta faixa traz um medley brasileiro com Desafinado, Mas que nada, Manhã de carnaval, Aquarela do Brasil, Tristeza, Maria ninguém e Samba do orfeu. A quinta faixa homenageia a Itália com Torna a surriento, Quando m´innamoro, T´ho voluto bene, O sole mio e Quando quando quando. Por fim, a sexta faixa apresenta a cultura francesa com Ne me quitte pas, Que c´est triste Venise, Et maintenant e La vie en rose.

Trata-se de um cd lindo, gostoso de ouvir, cheio de clássicos e com aquela sonoridade ímpar de um cantor que não é clássico apenas nesses países aos quais prestou homenagem, mas no mundo todo que ama o trabalho do Julio e sonha realmente em um dia presenciar esse acontecimento em cd entre ele e o rei Roberto Carlos, digo em cd, porque cantar, eles já cantaram juntos, mas isso é assunto para um futuro capítulo da série Olhando as estrelas. E que estrelas, hein?

Um forte abraço a todos!

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Julio Iglesias - 1995

Esse cd é também conhecido como Julio Iglesias - A estrada, por conta da faixa de abertura que traz velocidade, paixão e saudade na voz de um dos maiores artistas do mundo. Lançado em 1995, esse cd possui aquela sonoridade típica e única dos trabalhos do Julio. A canção seguinte é Cosas de la vida, belíssima canção de amor.

Na sequência, Baila morena, com direito a acordeão. As três iniciais são composições de Roberto Livi que, produz o cd e também é o autor de El último verano e Mal de amores. As outras canções são História de amor, Água doce água do mar, Sin excusas ni rodeos, Medley de rumbas e Vuela alto.

Embora tenha o título da capa Julio, não tem haver com aquele famoso cd de 1984 com o título Julio lançado mundialmente. Um cd mais recente e belíssimo da discografia do Julio que não pode faltar na coleção de quem aprecia o repertório desse artista internacional mais que brasileiro, que construiu no incosciente desse povo belas páginas de amor através de suas canções e sua carreira mais que bem sucedida.

Um forte abraço a todos!

sábado, 10 de janeiro de 2009

Divórcio de Julio Iglesias

Não precisa de espanto! Não é nenhuma notícia sensacionalista sobre a vida particular do grande cantor romântico Julio Iglesias e sim, uma abordagem sobre um de seus mais recentes trabalhos! Lançado em 2003, Divórcio comprova porque Julio é tido como um dos melhores do mundo, mesmo "Pasando los años..."

Gravado em Nova York e com direito à orquestra sinfônica, Divórcio edita uma contínua e perfeita sonoridade dos trabalhos do Julio, sob a produção de Roberto Livi, que também assinala a composição de algumas das mais lindas canções desse cd como Que ganáste e Como hán pasado los años, que foi destaque da novela Celebridade da Rede Globo em 2003.

Além da faixa título que abre o cd, Criollo soy e Corazón de papel, que apresentam uma levada dançante, e das citadas acima, Divórcio traz algumas outras novidades como uma nova versão para o tema amor e estrada em La carretera II, que apenas na abordagem do tema lembra La Carretera, gravada em 1995, pois apresenta outra letra e outra levada. Na sequência, La ciudad de madrugada, El bacalao, Echame a mi la culpa, Esa mujer ( que também em nada tem haver com outra canção homônima do Julio da década de 80), Crazy in love e uma versão em espanhol do clássico do Frank Sinatra, Strangers in the night, aqui como Extraños nada más.

Esse é um dos trabalhos mais recentes do Julio, quase todo em espanhol e que mostra que ele continua sendo o grande artista romântico que penetrou no Brasil de forma ímpar e que a cada lançamento se perpetua a continuidade da perfeição de sua obra, mostrando que está distante de se divorciar do talento, do romantismo e do sucesso!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 1 de julho de 2008

Julio Iglesias é tango!!!

Todos sabem da minha admiração extrema por esse cantor internacional, talvez o mais brasileiro dos espanhóis. A discografia do Julio é marcante em terras tupiniquins. Já abordei o Romantic Classics - 2006 e o Ao meu Brasil de 2001. Hoje, falarei de quando Dón Julio bebeu na fonte dos clássicos à Carlos Gardel: Tango, disco lançado em 1996. Por ter um pai fã do tango, Julio sempre se propôs a um dia fazer um projeto só com canções desse gênero. No passado chegou a navegar nessa praia quando gravou Camiñito, sucesso em vários países, inclusive no Brasil, em português, no disco Minhas Canções Preferidas. E esse projeto finalmente se concretizou em 96.

Com produção de Roberto Livi, o disco começa com o clássico La cumparsita, talvez o tango mais famoso do mundo. Aqui os arranjos cuidadosos com aqueles teclados que só ouvimos no repertório do Julio, mas nada de dispensar o acordeão, clássico instrumento dos tangos. Em seguida, El dia que me quieras da melhor fonte do Gardel, que chegou a ser tema de novela da globo. A versão dada a "A media luz", outro clássico mostra que foi um dos maiores acertos esse projeto de mesclar canções desse ritmo com a voz marcante de um dos maiores cantores do mundo. Outras fontes de Gardel aparecem em Volver, Mi Buenos Aires Querido e Mano a mano. Outros clássicos como Yira yira, Cambalache, El choclo, Adios pampa mia e Camiñito também aparecem no repertório. O que dizer da sua interpretação para o clássico Uno, uma adaptação e um grandioso arranjo que, junto com a voz inconfundível do Julio deram a canção uma interpretação definitiva, diria!

O que mais falar? Apenas ressaltar que estamos diante de mais um grandioso trabalho que a música brasileira teve o privilégio de conhecer, que nos foi proporcionado pelo artista internacional mais brasileiro que conhecemos. Um sabor especial para arranjos carregados de cordas e um disco histórico sobre um gênero musical argentino que, na verdade, começou no Uruguai e ficou imortalizado por Carlos Gardel, na argentina e no mundo todo. E nada mais justo que Julio Iglesias, uma das maiores estrelas do mundo para nos proporcionar esse trabalho magnífico.

Um forte abraço a todos!

sábado, 15 de março de 2008

Ao meu Brasil...

Julio Iglesias está no Brasil, mais precisamente aqui em Recife, hoje! Julio é um cantor que se popularizou no Brasil nas décadas de 70 e 80 e intensificou sua dedicação profissional e pessoal com esse povo que tanto ama. Há um bom tempo fora dos palcos brasileiros, decidiu fazer uma turnê sul americana, incluindo o Brasil e passando em capitais como Porto Alegre, São Paulo, Recife e Brasília para divulgar o álbum Romantic Classics, lançado em 2006 e comentado aqui no blog em dezembro de 2007 (É só procurar nos arquivos).

Seu amor pelo país é tão intenso que em 2001 fez um disco com o título Ao meu Brasil. Com todas as canções gravadas em português, sendo algumas versões de canções originalmente gravadas em espanhol, e outras feitas exatamente para esse projeto. Vale lembrar que o último disco totalmente em português lançado no Brasil aconteceu há mais ou menos 20 anos atrás. Foi o disco Minhas canções preferidas, onde o Julio fez versões de seus sucessos em espanhol até então, penetrando de vez no mercado brasileiro, forte para o cantor hispânico. Depois desse, sempre lançava um disco com mesclas em português, espanhol e mais raramente em inglês. Vale reforçar que Julio é dos poucos cantores internacionais a fazerem esse tipo de projeto aqui no Brasil, uma visão mercadológica que lhe rende êxitos, o que explica em parte, suas expressivas vendagens.

O disco inicia com Dizem que os homens não devem chorar, versão de Fernando Adour para Los hombres no deben llorar, canção que o rei Roberto já apresentara em 1992 ao Brasil, só que com uma adaptação de letra diferente da que o Julio ofereceu. Em seguida, canta Mal acostumado, canção do grupo baiano Araketu que o Julio gravara no ano anterior em espanhol e que também já foi regravada por Simone e Joanna. História de amor, Água doce água do mar e A estrada, originalmente do cd 1995 voltam a figurar nesse projeto, exatamente como no original.

Algumas ousadias do Iglesias podem ser conferidas com Se um dia fores minha, versão inédita em português do famoso tango de Garldel, El dia que me quieras que Julio já havia gravado em espanhol no álbum Tango de 1996, e na adaptação do fado Canção do mar (Meu Brasil, Meu Portugal), provavelmente com o propósito de levar o projeto a Portugal e a países hispânicos. Constam ainda no disco as canções Jogue para mim a culpa, Vida, Voa amigo voa alto e Pelo amor de uma mulher, esta última já um clássico do Julio no Brasil, originalmente gravada em 1984 no álbum Julio, e reformulada em 1994 no álbum Crazy.

Julio sempre plantou amigos no Brasil e recentemente, demonstou isso em seus lançamentos, visitando o gênero sertanejo e realizando duetos com Daniel, na canção Viver a vida de 2000, e Zezé di Camargo e Luciano, na canção Dois amigos de 1998, ambas presentes nesse projeto. Alheio as possíveis críticas em relação a esses duetos por conta de preconceitos existentes, visitou os principais programas de televisão do país para promover esses duetos. Gravou na Suécia o clipe da composição que encomendou pessoalmente a Zezé di Camargo.

Mas, seu grande sonho é gravar com Roberto Carlos, seu ídolo no Brasil. Talvez a forte amizade e admiração de ambos possa um dia fazer com que estejamos falando sobre isso ou até uma grande turnê desses dois grandes artistas que fizeram a história da música mundial divulgando o amor onde estiveram. Por isso é motivo de alegria saber que o Julio está aqui em minha cidade porque com certeza os ares estão mais repletos de romantismo que esse artista tanto proporciona!

Um forte abraço a todos!