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domingo, 21 de junho de 2020

♫O rei nas estrelas♫

Em épocas de festas juninas, o Nordeste brasileiro é destaque na música, com uma trilha sonora em que grandes nomes locais e nacionais, garantem a festa e as tradições cantadas e exaltadas nas letras. O poeta Petrúcio Amorim reverenciou nosso rei Luiz Gonzaga com essa belíssima canção, interpretada também por outro grande forrozeiro, Flávio José.

O rei nas estrelas traz uma letra que reverencia a partida de Gonzaga, mas que, como o próprio autor destaca, ele apenas se mudou para a terra das estrelas onde precisamente deve morar. E Petrúcio, como grande aprendiz da arte gonzaguiana consegue passar um pouco da importância que a natureza de nosso eterno astro ofereceu ao seu povo, sempre reverenciado, sobretudo nessa época.

O rei nas estrelas
Petrúcio Amorim

Quem viu a terra tremer
Quem viu o sol se esconder
Por entre nuvens, quem viu

Quem viu o tempo parar
Sabe também lamentar
Que o rei menino partiu

Mas quem chorou, não se iluda
Que um rei não morre, se muda
Pro reino da ilusão

Lá onde os astros se ouvem
Lá onde mora Beethoven
Mora o rei do baião

Luiz, luiz, luiz
Agora és estrela lá no céu
Luiz, luiz, luiz
O povo agradece o teu papel

Luiz, luiz, luiz
A asa branca diz pro sabiá
Enquanto houver sanfona
Um xote e um baião
Seu nome lembrará uma canção

Lá onde os astros se ouvem
Lá onde mora Beethoven
Mora o rei do baião

Um forte abraço a todos!

domingo, 23 de junho de 2019

♫Confidências♫

Esta canção é um clássico nordestino de dois grandes nomes da nossa música, tanto na composição, quanto na divulgação do forró autêntico: Jorge de Altinho e Petrúcio Amorim. Lançada em 1980, no primeiro trabalho do Jorge, tornou-se uma das canções mais executadas em festas juninas, Nordeste afora.

Sua letra fala da chegada de um grande amor, de tudo de mais belo que é vivido e dos segredos, sem medos, que são compartilhados com este sentimento. Algo que agrega e, possivelmente a tornou este clássico todo é o famoso laia laia que é entoado no início, meio e fim da canção, dispensando qualquer solo a mais.

Confidências
Jorge de Altinho e Petrúcio Amorim

Eu tenho um segredo menina cá dentro do peito
Que a noite passada quase que sem jeito
Vendo a madrugada eu ia revelar

Mas quando um amor diferente tava nos meus braços
Olhei pro espaço e vi lá no céu
Uma estrela cadente se mudar

Eu lembrei das palavras doces que um dia eu falei pra alguém
Que tanto, tanto me amou me beijou como ninguém
Que flutuou nos meus braços entrou nos meus planos
E os nosso segredos confidenciamos sem hesitar

Um forte abraço a todos!

quarta-feira, 14 de junho de 2017

CD Maciel Melo Isso vale um abraço

E como indicação de trilha sonora para este e qualquer momento junino temos esse grande trabalho do nosso Maciel Melo. Um show gravado em 2007 no Teatro Guararapes, em Recife/PE que reúne seus grandes sucessos e alguns parceiros inesquecíveis. 

Também disponível em DVD, o repertório conta com O velho arvoredo, Pra ninar meu coração, Terra prometida, Tampa de pedra, Porteira do Cambão e o Medley Coco peneruê/Mulher de Mané Amaro/Coco do M/Meu pião (ambas com Silvério Pessoa). E ainda Jeito Maroto, Meu Cenário (com Petrúcio Amorim e trecho de Paisagem do interior, de Jessier Quirino).

Temos ainda De mala e cuia, João e Duvê (com Xangai), Um vêio d´água (com Irah Caldeira), Bandoleiro dos sonhos (com Marcone Melo), Medley Caboclo sonhador/Que nem vem-vem (com Flávio José), Facilita, Se tu quiser, Isso vale um abraço e o medley Noites brasileiras/Aproveita gente. Um ótimo trabalho pra quem deseja curtir aquele forró da melhor qualidade com este grande artista nordestino e seus convidados.

Um forte abraço a todos!

domingo, 26 de junho de 2016

♫Ela nem olhou pra mim♫

Clássico do repertório de Petrúcio Amorim, sucesso na voz de Jorge de Altinho e depois com Alcymar Monteiro, encerra o mês de junho, quando dedicamos às canções locais que, juntamente com as bandeiras, as comidas de milho, as tradições nordestinas embelezam essa terra onde o forró é o pai da alegria.

Mas, a letra de Ela nem olhou pra mim contradiz um pouco dessa alegria, embora cantada em um ritmo alegre. Trata-se de um grito de decepção por alguém que caprichou no visual, alugou o espelho e nem se quer chamou a atenção daquela paquera tão desejada. Com quantos isso não aconteceu?

Ela nem olhou pra mim
Petrúcio Amorim

Ela nem olhou pra mim, ela nem ohou pra mim
passei horas no espelho me arrumando o dia inteiro
e ela nem olhou pra mim

Como quem guarda lembrança abracei a esperança
confiei num grande amor
Esperei o dia inteiro tomei até banho de cheiro
parecendo um sonhador

Quando a vi na euforia coração de alegria
vibrou mais que bandolim
chegou feito uma princesa coroada de beleza
nem se quer olhou pra mim

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 4 de junho de 2015

CD Petrúcio Amorim canta Gonzagão

Um dos presentes mais lindos ofertados pela comemoração dos 100 anos de vida de Gonzagão foi este aqui: um CD em que um de seus grandes alunos mostra aquilo que aprendeu com seu maior professor -  Petrúcio Amorim canta Gonzagão.

Mas, engana-se quem pensar que se trata de um projeto com grandes clássicos do mestre "Lua" como Asa Branca ou Qui nem jiló, por exemplo. Contrariando o óbvio, Petrúcio grava canções menos "batidas" de Sr. Luiz e também algumas composições próprias que se aproximam do repertório do rei, sobretudo O rei nas estrelas, sua homenagem póstuma a Gonzaga.

Sendo assim, temos entre o repertório Onde tu tá nenem/Vou te matar de cheiro/Tei tei no arraiá/São João na roça, Cigarro de paia, Imbalança, Ranchinho de paia (com a participação de Santanna), Xote dos cabeludos, Cidadão de Caruaru, Amanhã eu vou, além das inéditas Sonho sertanejo, Cavaleiros do meu sonho, Anjo malandrinho, Fim de tarde, Tudo demais é veneno e Nem pedra nem madeira que compõe uma ótima pedida para a trilha sonora das festas juninas!

Um forte abraço a todos!

domingo, 29 de junho de 2014

Olhando as estrelas - 46

Aqui temos dois grandes artistas pernambucanos, discípulos de Luiz Gonzaga, que garantem a animação às festas juninas já há bastante tempo. Um de Caruaru, outro de Altinho, cidade vizinha à capital do agreste; um grande compositor e, o outro, dos seus primeiros e principais intérpretes: Petrúcio Amorim e Jorge de Altinho.

Desde o primeiro disco de Jorge que, vez por outra, Petrúcio aparece em algum grande sucesso. É o caso das canções Confidências, Devagar, Lembranças, Foi bom te amar, Meu ex-amor, Menino de rua, Anjo querubim, entre outras.

E cada um sempre foi convidado a participar dos DVDs que ambos já lançaram e vez por outra se reencontram para reviver estes e outros sucessos que ainda virão, pois talento pra isso, essa dupla tem de sobra!

Um forte abraço a todos!

sábado, 15 de junho de 2013

Tareco e mariola

Esse é um clássico do forró, do Petrúcio Amorim, seu compositor e também do Flávio José, seu intérprete. Entoado por vários cantores nessa época, Tareco e mariola é daquelas canções que conhecemos já pela introdução e retrata um amor despedaçado, com toques nordestinos presentes não apenas no ritmo, mas também na forma de descrever os acontecimentos cotidianos.

A letra de Tareco e mariola reforça o nordestino como um forte, sobretudo por revidar todas as suas mágoas com a força presente em seu orgulho em dar a volta por cima e sempre se mostrar recuperado. Tareco é um tipo de biscoito doce e mariola, um doce embalado em um plástico, ambos presentes nos lanches de famílias mais humildes. Alguns detalhes são peculiares do Petrúcio, como o citado bairro "Vassoural", da sua cidade natal Caruaru, que tem o maior e melhor São João do país; e o mestre Osvaldo, que sempre apreciou sua arte com a madeira.

Tareco e mariola
(Petrúcio Amorim)

Eu não preciso de você
O mundo é grande e o destino me espera
Não é você quem vai me dar na primavera
As flores lindas que eu sonhei no meu verão

Eu não preciso de você
Já fiz de tudo pra mudar meu endereço
Já revirei a minha vida pelo avesso
Juro por Deus não encontrei você mais não

Cartas na mesa
O jogador conhece o jogo pela regra
Não sabes tu, eu já tirei leite de pedra
Só pra te ver sorrir pra mim não chorar

Você foi longe
Me machucando provocou a minha ira
Só que eu nasci entre o velame e a macambira
Quem é você pra derramar meu mungunzá

Eu me criei
Ouvindo o toque do martelo na poeira
Ninguem melhor que mestre Osvaldo na madeira
Com sua arte criou muito mais de dez

Eu me criei
Matando a fome com tareco e mariola
fazendo versos dedilhados na viola
Por entre os becos do meu velho Vassoural

Um forte abraço a todos!

domingo, 17 de junho de 2012

CD e DVD Petrúcio Amorim

Que Petrúcio Amorim é um dos melhores compositores desse país, não há dúvidas. E que esse é um dos melhores trabalhos de sua carreira também não temos dúvidas. Depois da abertura instrumental, Petrúcio entra no palco do Teatro Santa Isabel, em Recife/PE para reviver grandes clássicos e reencontrar grandes amigos, alguns que deixaram esses clássicos ainda mais vivos na memória de quem aprecia suas composições.

Gravado em 2006, o CD/DVD conta com a participação de Jorge de Altinho (em Confidências e Devagar), Santanna (em Anjo malandrinho), Geraldinho Lins (em Chorar pra quê?), Cristina Amaral (em Dois rubis) e Maciel Melo e Nádia Maia (em Meninos do sertão). Outros momentos solos são com as canções Anjo querubim, Cidade grande, Meu cenário, Deus do barro, Filho do dono, Meu velho Ipojuca, Tire o pé do chão, Vida de vaqueiro, Feito maluco, Quando o coração quer, Tareco e mariola e Eu sou o forró.

Outros números presentes apenas no DVD são Ela nem olhou pra mim, Estrela cadente, O rei nas estrelas, Foi bom te amar, Lembranças e Quem afia a faca sabe pra que serve o fio. Confesso que ainda não vi o DVD, mas a tirar pelo CD e por todo esse repertório de clássicos, temos aqui uma boa pedida para os amantes da boa música nacional e regional!

Um forte abraço a todos! 

sábado, 18 de junho de 2011

Anjo querubim

Muitos forrozeiros da nova e antiga geração interpretaram essa pérola do Petrúcio Amorim. Não posso afirmar que é seu maior sucesso, mas com certeza está entre os dez maiores, nas primeiras colocações dessa lista. E não só os forrozeiros e bandas, mas muitos casais apaixonados já cantaram e dançaram ao som desse clássico dessa época aqui no Nordeste.

Com uma letra que apresenta um grande apaixonado que lamenta perder seu grande amor, embora tantos esforços e demonstrações de seus sentimentos estejam tão evidentes. E, mesmo lamentando um amor partido, é característica típica do forró mostrar até um sentimento de dor como este de uma forma alegre, dançante, como é o caso dessa canção, confirmando que esse ritmo é o pai da alegria aqui no Nordeste.

Anjo querubim
(Petrúcio Amorim)

Fiz você pra mim, meu brinquedo, meu anjo querubim
Meu segredo guardado só pra mim, meu amor mais louco
Até de tanto amar, fiz também algo pra gente ninar
Uma criança pra gente adorar, tudo num sufoco

E você não gosta mais de mim
Vem dizer que eu não soube dar amor
E achar que a vida é mesmo assim
Cada um leva um barco sofredor

Meu baião, coração,
Arranca essa dor do meu peito pra eu não chorar
Meu baião, coração,
Arranca essa dor do meu peito, pra eu não chorar

Comprei surruru, camarão, fiz batida de cajú
Dancei rumba e até maracatu, pra te fazer feliz
Fui até Natal, Salvador, Paraíba, Bacabau
Em Belém você quase passou mal
E eu te fiz feliz

E você não gosta mais de mim
Vem dizer que eu não soube dar amor
E achar que a vida é mesmo assim
Cada um leva um barco sofredor

Meu baião, coração,
Arranca essa dor do meu peito pra eu não chorar
Meu baião, coração,
Arranca essa dor do meu peito, pra eu não chorar

Um forte abraço a todos!

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Dominguinhos Especial - 70 anos de estrada

A Rede Globo Nordeste exibiu ontem, 12/02, um especial em homenagem aos 70 anos de vida do Dominguinhos, cantor, compositor, instrumentista, amigo, nordestino e com tantas outras qualidades que não lhe cabem em uma simples postagem ou em um único programa televisivo. Com quase uma hora de duração, a história é contada pelo próprio Sr. Domingo, com direito a depoimentos e participação de amigos e familiares.

Dominguinhos falou da sua infância, família, carreira e também de como conheceu Luiz Gonzaga, que foi seu maior influenciador musical e artístico. Depoimentos de Fausto Nilo, com quem já compôs diversas canções, e Fagner, com quem já gravou e se apresentou em diversos momentos. Também visitou a casa de Waldonis, um de seus principais afilhados musicais, em Fortaleza/CE.

Aqui em Aldeia, bairro de Camaragibe/PE, gravou uma "roda de sanfona" com a presença de Nádia Maia, Genival Lacerda, Petrúcio Amorim, Maciel Melo, Ivan Ferraz, além da eterna parceira de composições Anastácia e de sua filha Liv Moraes. Várias canções foram entoadas como Eu só quero um xodó, Forró no escuro, Tenho sede, Lamento sertanejo, Xote das meninas, Amizade sincera, entre outras, tudo para justificar que por mais que pareça pouco é sempre necessário reverenciar estrelas como Dominguinhos, a quem o público brasileiro aplaude e contempla em seu aniversário e sempre!

Um forte abraço a todos!

sábado, 26 de junho de 2010

Meu cenário

Há algum tempo atrás, quando falamos sobre Petrúcio Amorim na série Os compositores do Brasil, citamos essa canção como uma de suas pérolas. Hoje, ela ganha um post só pra ela por sua importância para os nordestinos como uma das canções mais lindas executadas nos últimos anos, sobretudo nessa época festiva onde a fogueira aquece os corações e dita a marcha.

Meu cenário já foi interpretada por Santanna, o cantador e é cantada durante todas as noites do mês de junho onde um artista deseja mostrar o autêntico pé-de-serra que ainda se faz no Nordeste Brasileiro, sempre sob a influência de Gonzaga. Petrúcio, seu criador, dispensa comentários, pois essa é só mais uma pérola que ele extrai de seu valioso e inseparável chapéu. A riqueza de detalhes é algo a parte nessa letra que muito reforça a influência de Chico Buarque, que o compositor já afirmou sofrer. Diante de tanta coisa que é citada, ousei apresentar na imagem apenas a testemunha ocular de todo esse momento de prazer!

Meu cenário
(Petrúcio Amorim)

Nos braços de uma morena
Quase morro um belo dia
Ainda me lembro o meu cenário de amor
Um lampião aceso, um guarda-roupa escancarado
Um vestidinho amassado embaixo de um batom
Um copo de cerveja, uma viola na parede
E uma rede convidando a balançar
No cantinho da cama um rádio a meio volume
Cheiro de amor e de perfume pelo ar

Numa esteira o meu sapato pisa no sapato dela
Em cima da cadeira aquela minha bela cela
Ao lado do meu velho alforge de caçador

Que tentação, minha morena me beijando feito abelha
E a Lua malandrinha pela brechinha da telha
Fotografando o meu cenário de amor

Um forte abraço a todos!

domingo, 22 de março de 2009

Filho do dono

Gosto de alguns compositores nordestinos como o Petrúcio Amorim, já abordado em 24/06/2008 (é só procurar nos arquivos), que conseguem descrever, numa linguagem raiz, todo desejo contido em suas reflexões e apresentados em filosofias como essa letra da canção abaixo. A música escolhida é um forró gravado e imortalizado por Flávio José e que chama nossa atenção para o equilibrio que deve existir entre o complexo de culpa e, a negligência e acomodação diante de problemas pelos quais todos nós somos responsáveis!

Com filosofias tipicamente nordestinas, Filho do dono pode ser cantada por qualquer pessoa que deseje gritar sua vontade em melhorar algo que o inquiete e o deixe infeliz com a realidade. Com um certo tom religioso e, ao mesmo tempo, realista, nega a grandeza humana, mas garante que a pequenez também tem passos importantes nesse processo de mudança proposto:

Filho do dono
(Petrúcio Amorim)

Não sou profeta, nem tão pouco visionário
Mas o diário desse mundo tá na cara
Um viajante na boléia do destino
Sou mais um fio da tesoura e da navalha

Levando a vida, tiro verso da cartola
Chora viola nesse mundo sem amor
Desigualdade rima com hipocrisia
Não tem verso nem poesia que console um cantador
A natureza na fumaça se mistura
Morre a criatura e o planeta sente a dor

O desespero no olhar de uma criança
A humanidade fecha os olhos pra não ver
Televisão de fantasia e violência,
Aumenta o crime, cresce a fome e o poder

Boi com sede bebe lama
Barriga seca não dá sono
Eu não sou dono do mundo
Mas, tenho culpa, porque sou Filho do dono

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Dia do compositor

Hoje é dia do compositor e o Blog Música do Brasil presta sua homenagem a grandes nomes de nossa música brasileira que colaboram com sua arte para um mundo melhor! Seria uma vasta lista, a de grandes nomes em nossa música que atuaram ou atuam de forma fascinante nesse universo!

Compor é uma arte, um privilégio de poucos, dentro do universo da música. Construir partituras, unindo harmonia, melodia e letra e ainda alcançar o público certo não é tarefa fácil. Com acordes simples ou dissonantes, nos mais variados ritmos, levadas, com os assuntos mais diversos, os compositores trabalham sua arte em benefício de uma sociedade mais culta, mais consciente de sua realidade e cultura!

A nossa música se orgulha de apresentar criações fantásticas sobretudo no século passado, em todas as décadas! Como já foi dito, vários nomes podem ser citados como os mais famosos Noel Rosa, Ary Barroso, Pixinguinha, Cartola, Chico Buarque, Caetano Veloso, Roberto Carlos, Luiz Gonzaga, Erasmo Carlos, Eduardo Lages, Gilberto Gil, Tom Jobim, Vinícius de Moraes, João Bosco, Ivan Lins, Djavan, Fagner, Dorival Caymmi, Milton Nascimento, Jorge Aragão, Zé Ramalho, Nando Cordel, etc. até aqueles que só conhecemos nos créditos dos discos como Michael Sullivan, Altay Veloso, Paulo Sérgio Valle, Paulo Debétio, Vital Farias, Petrúcio Amorim, Fernando Brandt, Vítor Martins, Aldir Blanc, Carlos Colla, Isolda, Chico Roque, Peninha, Abel Silva, Fausto Nilo, entre tantos outros, que esquecerei de um grande nome, mas serão relembrados aqui na série Os compositores do Brasil que apresentamos periodicamente e, mais que isso, esses anônimos seres culturais estarão presentes em cada nota das canções que encantam nosso cotidiano!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 24 de junho de 2008

Os compositores do Brasil - 4

A série "Os compositores do Brasil" aproveita o dia de São João para homenagear um dos maiores compositores nordestinos de todos os tempos: Petrúcio Antônio de Amorim. Caruaruense, já aos 9 anos de idade juntava sons e palavras e fazia suas primeiras canções. E o que dizer do primeiro festival estudantil do qual participou ainda em sua cidade natal em 1979, concorrendo com três canções, com as quais vence o festival e recebe a premiação das mãos de sua maior influência: Luiz Gonzaga.

Ao conhecer Jorge de Altinho, outro cantor que despontava no interior de Pernambuco, se firmou como grande compositor nas canções Confidências e Disfarce, interpretadas pelo Jorge em seu primeiro disco. Petrúcio gravou seu primeiro disco em 1985 e segue a carreira como cantor e compositor, criando canções inesquecíveis como Devagar, Nem olhou pra mim, Menino de rua, Cidade grande, Eu sou o forró, Foi bom te amar, Meu ex-amor, Tareco e mariola, Anjo querubim, Filho do dono, Meu cenário, entre outras sempre requisitadas pelos maiores intérpretes nordestinos e nacionais. Em 2007, lançou seu primeiro dvd "Na boléia do destino" com seus maiores sucessos.

Petrúcio já teve suas canções nas vozes de Dominguinhos, Jorge de Altinho, Marinês, Trio Nordestino, Alcymar Monteiro, Santanna, Flávio José, Leci Brandão, Fafá de Belém, José Augusto, Elba Ramalho e Zé Ramalho, entre tantos. Afirma que tem três grandes influências: Luiz Gonzaga, Roberto Carlos e Chico Buarque. E, essas influências são encontradas em suas composições, sejam as raízes de Gonzagão, o romantismo do Roberto ou a riqueza de detalhes das composições do Chico, como podemos observar na canção Meu Cenário, onde encontramos essas três influências:

Meu cenário
(Petrúcio Amorim)

Nos braços de uma morena quase morro um belo dia
Ainda me lembro meu cenário de amor
Um lampião asceso, um guarda-roupa escancarado
Um vestidinho amassado de baixo de um batom

Um copo de cerveja e uma viola na parede
E uma rede convidando a balançar
No cantinho da cama um rádio á meio volume
Um cheiro de amor e de perfume pelo ar

Numa esteira o meu sapato pisando no sapato dela
Em cima da cadeira aquela minha velha cela
Ao lado do meu velho alfoge de caçador

Que tentação minha morena me beijando feito abelha
E a lua malandrinha pela brechinha da telha
Fotografandoo meu cenário de amor.

Um forte abraço a todos!