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segunda-feira, 6 de junho de 2022

♫Canção da saudade♫

Mês de junho e com ele voltam as festas juninas. Embora tanta politicagem pelo meio, parece que vamos ter esse ano a maior das alegrias culturais dessa nação chamada Nordeste. E um dos artistas mais representativos do autêntico forró é Flávio José, com sua sanfona afinada e suas letras mais que apaixonadas. 

Uma de suas canções mais executadas é a Canção da saudade, em que Flávio interpreta o saudoso compositor Accioly Neto. Também já foi cantada por Santanna, o cantador. E a letra desse forrozinho é uma aclamação a alguém que está distante e que deixa apenas saudade junto à poeira da estrada. A festa ficaria mais linda, mais brilhante se esse alguém aparecesse e é essa a certeza que o personagem da canção deixa para nós.

Canção da saudade
Accioly Neto

Quando lembro de você
Sinto uma coisa
Que remexe lá por dentro
Como se fosse
Reviver cada momento
Das alegrias
Que marcaram nosso amor
Quando lembro de você
Dá uma vontade de chorar
Que não seguro
Sinceramente meu amor
É muito duro
Foi tão gostoso
Que é difícil de esquecer

Ai! Quando lembro de você
O peito aperta
A boca seca e o olho chora
Daria tudo pra te ver
De novo, agora
Pedir perdão
E nunca mais largar você

Pra que serve o espinho
Sem a flor
De que vale a vida sem amor
De que adianta eu
Sem ter você
Amor deixa disso
E vem me ver

Um forte abraço a todos!

quarta-feira, 27 de junho de 2018

CD Quinteto Violado canta Dominguinhos

Uma das justas homenagens que nosso mestre Dominguinhos recebeu foi este trabalho, onde seus amigos do grupo Quinteto violado, com alguns convidados, cantaram alguns de seus maiores sucessos neste CD. As versões solo do grupo para os clássicos de nosso sanfoneiro estão em Sete meninas, A fé do lavrador, Menino tocador, Lamento sertanejo, Tenho sede e Quando chega o verão, além de uma versão com a participação do homenageado na faixa Moda de sanfona.

Cezinha e Liv Moraes aparecem em dueto na faixa Sanfona sentida e Cezinha com o Quinteto também aparecem em Quem me levará sou eu e Abri a porta, Lucy Alves em Eu só quero um xodó, Lenine aparece em De volta pro aconchego, enquanto que Marina Elali em Gostoso demais. Mônica Salmaso participou na faixa Retrato da vida e Santanna e Maciel Melo entram no medley formado por Pedras que cantam e Isso aqui tá bom demais.

Dominguinhos, assim como Luiz Gonzaga e tantos outros mestres merecem estas e outras homenagens e é sempre bom ter outros artistas regravando seus sucessos, apresentando às novas gerações clássicos inesquecíveis, sucessos eternos que fazem nossa alegria.

Um forte abraço a todos!

quarta-feira, 13 de junho de 2018

CD Santanna, o cantador, 10 anos de carreira

Ao completar 10 anos de carreira, em 2003, Santanna o cantador lançou este trabalho que é mais uma boa pedida para quem aprecia o forró pé de serra e um dos melhores e mais modernos divulgadores desta cultura tão nordestina.

Basta dizer que neste CD estão verdadeiras pérolas de sua interpretação como Meu cenário, Lembrança de um beijo, Canção da saudade, Nos tempos de menino, Bateu saudade, além de Siá Filiça, D´estar, Estrela menina, Caminhos de sonho, Veneza Veneza, Bom que chega dói, Feito mel no melão, Jeito cativo, Santo fingido, Debaixo do chapéu de couro, Homem passarinho, Casa amarela, Um aparecer feliz e Xote universitário.

Com uma agenda apertada nesta época, frequentando os melhores espaços que proporcionam o autêntico forró nordestino, Santanna tem neste CD um dos melhores de sua carreira, que é capaz de garantir mais uma bela trilha sonora de nossa tão tradicional festa junina.

Um forte abraço a todos!

domingo, 18 de junho de 2017

♫Lembrança de um beijo♫

Gosto muito quando algum artista que possui alcance nacional grava algo aqui do Nordeste para o Brasil inteiro ouvir. Fagner faz isso muito bem e acho que outros artistas poderiam prestar mais atenção a grandes pérolas que possuímos. E talvez pelas raízes, nosso cearense seja mestre nessa modalidade.

Lembrança de um beijo foi gravada naquele grande disco de 1994 em que ele canta vários sucessos deste ritmo. Antes, já havia sido cantada por Santanna, o cantador. Está entre as minhas preferidas do grande e saudoso Accioly Neto e também do Fagner em ritmo de forró. Sua letra fala do cabra forte, valente, bem sucedido, que se desmancha em lágrimas pela saudade que percorre suas veias, pela lembrança de um beijo inesquecível.

Lembrança de um beijo
Accioly Neto

Quando a saudade invade o coração da gente
Pega a veia onde corria um grande amor
Não tem conversa nem cachaça que de jeito
Nem um amigo do peito que segure o chororô

Que segure o chororô
Que segure o chororô...

Saudade já tem nome de mulher
Só pra fazer do homem o que bem quer
Saudade já tem nome de mulher
Só pra fazer do homem o que bem quer

O cabra pode ser valente e chorar
Ter meio mundo de dinheiro e chorar
Ser forte que nem sertanejo e chorar
Só na lembrança de um beijo, chorar...

Um forte abraço a todos!

domingo, 11 de junho de 2017

♫Bote tempo♫

Santanna, o cantador é uma boa pedida, principalmente nesta época junina, com seus maravilhosos xotes. Este é um deles, que não pode faltar em suas apresentações neste mês onde sua agenda é disputadíssima. Suas canções se unem ao colorido e brilho dessa festa que representa tão bem a cultura nordestina do Brasil.

A letra de Bote tempo fala de um amor partido, de uma saudade insaciável, uma solidão escancarada e doída. E quem discordar, quem não acreditar nesse sentimento é porque nunca passou por ele ou por algo parecido, como diz a letra, com pitadas de festa junina que tem uma em uma de suas principais características a alegria, mesmo diante de um amor partido, ele é contado com serenidade e ritmo.

Bote tempo
Eliezer Setton

E bote tempo que eu não sei dormir
E bote tempo que eu não sei sonhar
E bote tempo que eu não sei sorrir
E bote tempo que eu só sei chorar

E bote tempo que eu não tenho aonde ir
E bote tempo que eu não sei pra onde voltar
E bote tempo que eu só sei o que é sofrer
E bote tempo nisso que ninguém me quer

Quem achar que exagero
Nunca viu o desespero
De quem esteve o tempo inteiro
Mergulhado na paixão

Quem disser que é brincadeira
Desconhece o que é o amor
Nunca entrou numa fogueira
E a flecha do cupido nunca lhe acertou

Um forte abraço a todos!

domingo, 5 de junho de 2016

♫Tamborete de forró♫

Essa canção me surpreendeu porque a conheci na voz de Santanna, o cantador. E ela tornou-se um dos maiores clássicos de seu repertório. E a minha surpresa se deu pelo fato de saber que essa canção também foi gravada por Luiz Gonzaga. Portanto, foi um atrevimento musical e bem sucedido do Santanna, ter revivido um sucesso de Gonzaga com tanto êxito, a ponto das novas gerações associarem o famoso "tamborete de forró" ao cantador.

A letra desse clássico brinca com o tamanho físico da mulher, com o contraste  da sua beleza e de sua "brabeza", com a paquera pura que ainda existe nessas festas. Um cara que está tocando sua sanfona e paquerando a pequena que pode tornar-se a mãe de seus "tamboretinhos."

Tamborete de forró
Artúlio Reis

Ela era miudinha
Botei seu nome  tamborete de forró
Mas quando ela me deu uma olhada
Senti logo uma flechada
Meu coração foi logo dando um nó

Ela dançando e balançando os cachos
Que meus cento e vinte baixos
Quase viram um pé-de-bode
Do lado dela um sujeito sem jeito
E eu aqui com dor no peito
Mas como é que pode

Tava tocando um baião cheio de dedo
Quando dei fé tava tocando Chopin
Menina você vai me dando asa
Que eu levo você pra casa
E a gente faz um monte de tamboretim

E ela dançando ali me deu ciúme
Por que dizem que perfume
Que é pequeno cheira mais
E ela brilhando no forró inteiro
Apagaram o candeeiro
E derramaram o gás

Ai que vontade que chegasse um sanfoneiro
Para tomar este fole aqui de mim
Menina você vai me dando asa
Que eu levo você pra casa
E a gente faz um monte de tamboretim

Um forte abraço a todos!

domingo, 21 de junho de 2015

♫Tampa de pedra♫

Tampa de pedra também é uma das mais belas dessa época, composta por Maciel Melo e interpretada pelo mesmo e também por Santanna, além de outros cantores locais. Mais uma da série que fala do amor, com sotaque todo próprio que só a cultura nordestina apresenta!

Sua letra apresenta um amor definitivo, de alguém que chegou, preencheu um coração por inteiro e ainda o fechou totalmente para que ninguém mais ouse se aproximar, a ponto de despertar uma imensa saudade, quando ausente, deixando seu parceiro imensamente carente desse amor e de sua presença imprescindível!

Tampa de pedra
Maciel Melo

Você bagunçou meu coração
Tirou ele do peito e sacudiu pela calçada
Pisou em cima e esmagou minha razão
Eu já não era muito e agora não sou mais nada.

Você fez de mim o que queria
Tirou minha alegria, desmanchou o meu viver
Fez um buraco dentro da minha saudade
Fez uma tampa de pedra pra eu nunca mais te esquecer

Ô de casa! Ô de fora!
Uma esmolinha pra esse pobre bem-querer
Pode ser um beijo, pode ser aquela rosa
Eu quero o cheiro do teu corpo no meu ser
Não se negue, não seja tão melindrosa
Tenha piedade, o meu amor é só você

domingo, 7 de junho de 2015

♫Mensageiro Beija-flor♫

A trilha sonora da festa junina depende do gosto de cada um e atualmente muitos tem buscado canções de ritmos mais acelerados e contagiantes. Amante do forró pé de serra e suas variâncias como o xote, xaxado, baião..., destaco essa canção, clássica no repertório de dois dos maiores cantores destes ritmos, a meu ver: Santanna e Flávio José.

Mensageiro beija-flor traz uma letra que remete a um amor partido, onde o personagem recorre à natureza, ao beija-flor, como uma via que solucionará a distância e a solidão que o acomete. Tudo isso cantado num ritmo que contradiz a tristeza da letra e leva apenas alegria a seus amantes!

Mensageiro beija-flor
Nanado Alves

Queria lha mandar um beijo
Mas não achava um portador
Pra lhe falar do meu desejo
Pra lhe dizer como eu estou 

Me comportei como criança
Que no brinquedo tropeçou
Por isso estou aqui pedindo
pra você que esta partindo passarinho voador

Nem que seja de passagem
entregue a minha mensagem
faz pra mim esse favor

Leva no bico uma canção
que tenha a mesma cor e cheiro dela
Aproveitando pergunta pra ela, meu Deus,
como é que fica o nosso amor

Do fundo do meu coração
não vivo sem a luz dos olhos dela
Explica tudo direitinho a ela, por Deus, 
meu mensageiro beija-flor. 

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 4 de junho de 2015

CD Petrúcio Amorim canta Gonzagão

Um dos presentes mais lindos ofertados pela comemoração dos 100 anos de vida de Gonzagão foi este aqui: um CD em que um de seus grandes alunos mostra aquilo que aprendeu com seu maior professor -  Petrúcio Amorim canta Gonzagão.

Mas, engana-se quem pensar que se trata de um projeto com grandes clássicos do mestre "Lua" como Asa Branca ou Qui nem jiló, por exemplo. Contrariando o óbvio, Petrúcio grava canções menos "batidas" de Sr. Luiz e também algumas composições próprias que se aproximam do repertório do rei, sobretudo O rei nas estrelas, sua homenagem póstuma a Gonzaga.

Sendo assim, temos entre o repertório Onde tu tá nenem/Vou te matar de cheiro/Tei tei no arraiá/São João na roça, Cigarro de paia, Imbalança, Ranchinho de paia (com a participação de Santanna), Xote dos cabeludos, Cidadão de Caruaru, Amanhã eu vou, além das inéditas Sonho sertanejo, Cavaleiros do meu sonho, Anjo malandrinho, Fim de tarde, Tudo demais é veneno e Nem pedra nem madeira que compõe uma ótima pedida para a trilha sonora das festas juninas!

Um forte abraço a todos!

domingo, 22 de junho de 2014

♫Numa sala de reboco♫

Sabe aquela casinha bem simples, rara nos dias de hoje, substituída pela alvenaria, a casa de reboco existiu durante muitos anos, sobretudo habitando e fazendo habitar as famílias humildes do Nordeste brasileiro. E Gonzagão cantou isso tão bem nesta canção que tornou-se um clássico, também gravada por nomes como Fagner, Alceu Valença, Quinteto violado, Dominguinhos, Maciel Melo, Trio Nordestino, Santanna e tantos outros.

E simplicidade é um dos elementos, um ingrediente na receita de uma perfeita festa junina, pois a satisfação desse evento está justamente em unir a alegria, o ritmo e o amor também presente nesta letra romântica ao extremo, onde seus autores imploram por um amor igual a sanguessuga que luta apenas contra o tempo que teima em passar nessa hora tão mágica!

Numa sala de reboco
Luiz Gonzaga e José Marcolino

Todo tempo quanto houver pra mim é pouco
Pra dançar com meu benzinho numa sala de reboco
Todo tempo quanto houver pra mim é pouco
Pra dançar com meu benzinho numa sala de reboco

Enquanto o fole tá fungando, tá gemendo
Vou dançando e vou dizendo meu sofrer pra ela só
E ninguém nota que eu estou lhe conversando
E nosso amor vai aumentando
Pra que coisa mais melhor?

Todo tempo quanto houver pra mim é pouco
Pra dançar com meu benzinho numa sala de reboco
Todo tempo quanto houver pra mim é pouco
Pra dançar com meu benzinho numa sala de reboco

Só fico triste quando o dia amanhece
Ai, meu Deus, se eu pudesse acabar a separação
Pra nós viver igualado a sanguessuga
E nosso amor pede mais fuga do que essa que nos dão

Todo tempo quanto houver pra mim é pouco
Pra dançar com meu benzinho numa sala de reboco
Todo tempo quanto houver pra mim é pouco
Pra dançar com meu benzinho numa sala de reboco

terça-feira, 3 de junho de 2014

Os Intérpretes do Brasil - 37

Santanna, o cantador é nome certo nas festas juninas de todo o Nordeste e, por que não dizer, todo país? Com interpretações que deixam seu carimbo de qualidade, não pode faltar no som de um bom apreciador de música nordestina! Sendo autêntico intérprete, já que compõe pouco, muitas de suas canções são associadas à sua autoria, embora na maioria das vezes tem outro dono!

É o caso de Ana Maria, de Janduhy Finizola, que todos conhecem como a canção do Santanna, a música número um que, a partir dela, decolou seu merecido sucesso. Gosto muito de Mensageiro beija-flor, que também ganhou uma interpretação definitiva em sua voz! 

Petrúcio Amorim tem vários intérpretes, mas uma de suas canções, chamada Meu cenário, é mesmo a cara do Santanna que garante essas e outras nos shows que ofertará nessa agenda apertada do mês de junho, garantindo um bom arraial a todos e não apenas nesta época, mas no decorrer de todo ano!

Um forte abraço a todos!

sábado, 1 de junho de 2013

Ana Maria

Mês de junho começa como em todos os anos mergulhando nesse ritmo tão nordestino, o forró pé-de-serra. E aqui temos um clássico, uma canção que colocou Santanna, o cantador no hall dos grandes nomes desse ritmo. Composta pelo grande compositor Janduhy Finizola, já retratado na série Os compositores do Brasil, Ana Maria é presença constante nos melhores forrós da região, no repertório de todo bom forrozeiro.

Sua letra aponta para um rapaz que beija uma moça com esse nome e só depois descobre que "toda mulher bonita tem dono", como declama Santanna em sua versão imortal dessa canção. Mas, o beijo foi apenas o estopim para uma paixão avassaladora que faz o personagem desejar não apenas outro beijo, mas ter em Ana Maria sua única dona.

Ana Maria
(Janduhy Finizola)

Eu dei um beijo
Eu dei um beijo
Eu beijei Ana Maria
Por causa disso
Eu quase entrava numa fria
Ana Maria
Tinha dono e eu não sabia
Mas quem diria

Pra bem dizer
Foi sem querer
Mas terminou em confusão
A solução
Foi confundir o coração
Daí então
Troquei a vida de ilusão

Agora adeus, Ana Maria
Deus te guarde para o amor
No céu Santa Maria
Aqui na terra o seu amor

Ana Maria
Como eu queria
Dar outro beijo
Matar o meu desejo
Ai como eu queria

Ana Maria
Quanta alegria
Por seu querer
Beijar a sua boca
E ser de você

Um forte abraço a todos!

domingo, 17 de junho de 2012

CD e DVD Petrúcio Amorim

Que Petrúcio Amorim é um dos melhores compositores desse país, não há dúvidas. E que esse é um dos melhores trabalhos de sua carreira também não temos dúvidas. Depois da abertura instrumental, Petrúcio entra no palco do Teatro Santa Isabel, em Recife/PE para reviver grandes clássicos e reencontrar grandes amigos, alguns que deixaram esses clássicos ainda mais vivos na memória de quem aprecia suas composições.

Gravado em 2006, o CD/DVD conta com a participação de Jorge de Altinho (em Confidências e Devagar), Santanna (em Anjo malandrinho), Geraldinho Lins (em Chorar pra quê?), Cristina Amaral (em Dois rubis) e Maciel Melo e Nádia Maia (em Meninos do sertão). Outros momentos solos são com as canções Anjo querubim, Cidade grande, Meu cenário, Deus do barro, Filho do dono, Meu velho Ipojuca, Tire o pé do chão, Vida de vaqueiro, Feito maluco, Quando o coração quer, Tareco e mariola e Eu sou o forró.

Outros números presentes apenas no DVD são Ela nem olhou pra mim, Estrela cadente, O rei nas estrelas, Foi bom te amar, Lembranças e Quem afia a faca sabe pra que serve o fio. Confesso que ainda não vi o DVD, mas a tirar pelo CD e por todo esse repertório de clássicos, temos aqui uma boa pedida para os amantes da boa música nacional e regional!

Um forte abraço a todos! 

domingo, 19 de junho de 2011

CD Santanna, o cantador - Xote pé de serra

Sob a produção de Robertinho do Recife, em 2001 Santanna fez um de seus melhores cds e também um dos melhores trabalhos de xote dos últimos anos. Apesar de ter lançado outros trabalhos depois desse, considero esse além de seu melhor projeto, o cd que o revelou como grande nome do gênero, não apenas no Nordeste, mas no Brasil.

Todas as músicas foram sucesso, tocaram em vários forrós e nas casas de quem aprecia o gênero e, trouxe de volta o forró pé de serra, devolvendo sua importância, ofuscada na época pelo forró eletrônico. Destaque para Camego proibido, Ana Maria, Tamborete de forró, Doidim por você, Mensageiro beija-flor, Bote tempo e A natureza das coisas.

Outras canções que completam o cd são Tampa de pedra, Vontade, Pra nunca mais tu me deixar, Cheiro de nós, A cura e Nunca chore por mim. A partir desse trabalho, tivemos mais um grande nome da cultura raiz nordestina e mais um grande intéprete para os sucessos de Petrúcio Amorim, Maciel Melo, Accioly Neto, Janduhy Finizola, Jorge de Altinho, entre tantos e todos sob a escola Gonzaga!

Um forte abraço a todos!

sábado, 26 de junho de 2010

Meu cenário

Há algum tempo atrás, quando falamos sobre Petrúcio Amorim na série Os compositores do Brasil, citamos essa canção como uma de suas pérolas. Hoje, ela ganha um post só pra ela por sua importância para os nordestinos como uma das canções mais lindas executadas nos últimos anos, sobretudo nessa época festiva onde a fogueira aquece os corações e dita a marcha.

Meu cenário já foi interpretada por Santanna, o cantador e é cantada durante todas as noites do mês de junho onde um artista deseja mostrar o autêntico pé-de-serra que ainda se faz no Nordeste Brasileiro, sempre sob a influência de Gonzaga. Petrúcio, seu criador, dispensa comentários, pois essa é só mais uma pérola que ele extrai de seu valioso e inseparável chapéu. A riqueza de detalhes é algo a parte nessa letra que muito reforça a influência de Chico Buarque, que o compositor já afirmou sofrer. Diante de tanta coisa que é citada, ousei apresentar na imagem apenas a testemunha ocular de todo esse momento de prazer!

Meu cenário
(Petrúcio Amorim)

Nos braços de uma morena
Quase morro um belo dia
Ainda me lembro o meu cenário de amor
Um lampião aceso, um guarda-roupa escancarado
Um vestidinho amassado embaixo de um batom
Um copo de cerveja, uma viola na parede
E uma rede convidando a balançar
No cantinho da cama um rádio a meio volume
Cheiro de amor e de perfume pelo ar

Numa esteira o meu sapato pisa no sapato dela
Em cima da cadeira aquela minha bela cela
Ao lado do meu velho alforge de caçador

Que tentação, minha morena me beijando feito abelha
E a Lua malandrinha pela brechinha da telha
Fotografando o meu cenário de amor

Um forte abraço a todos!

sábado, 19 de junho de 2010

Me dá meu coração

Accioly Neto é outro grande compositor já retratado aqui pela série Os compositores. Um dos meus favoritos e dos mais executados nessa época em clássicos como Espumas ao vento e A natureza das coisas, por tantos grandes nomes já interpretados. Eis aqui uma canção também muito cantada nesses dias de festas em que algumas cidades apresentam 30 dias festivos como é o caso de Caruaru/PE e Campina Grande/PB, entre outras nordestinas.

Conheci essa canção no mais recente cd do Fagner em um arranjo arrasador, coisas típicas do Raimundão. Elba, Trio Nordestino, Santanna e outros cantores locais também já a interpretaram e todos são unânimes em render elogios ao seu autor que tantas pérolas nos deixou e que durante essa época, podemos desfrutar com mais ênfase. Uma canção que  destaca o amor, a ilusão, a saudade: 

Me dá meu coração
(Accioly Neto)

Você dizia que me amava e me queria
Que jamais em sua vida gostou de alguém assim
Que eu era tudo pra você
A luz do bem querer
Que nunca ia poderia viver sem mim

Tanto cuidado, tanto mimo, tanto dengo,
Cada dia mais crescendo, dava gosto de se ver
Como se fosse transmissão de pensamento
Você ligava pra mim eu tava pensando em você

Diga o que foi que eu errei
Aonde vacilei, fiquei de fora
Se foi tudo uma ilusão
Me dá meu coração
Que eu vou embora

Um forte abraço a todos!

domingo, 28 de dezembro de 2008

A natureza das coisas

Essa canção é a cara do Nordeste. Como gosto desse tipo de música que consegue trazer consigo uma mensagem pura e direta! Uma filosofia nordestina compreendida nos quatro cantos do mundo sem dificuldades e com uma linguagem típica de um povo trabalhador e otimista!

Imortalizada por Santana, o cantador e mais adiante por Flávio José e Elba Ramalho, foi composta por esse grande nome da composição nordestina Accioly Neto (que em breve homenagearei na série os compositores do Brasil).

Retrata o otimismo em tons nordestinos com passagens do cotidiano e das paisagens dessa terra amada do Brasil! Prova que as tempestades são passageiras em nossa vida e o que devemos sempre é manter o equilíbrio emocional das coisas, consciente de que os períodos difíceis também passarão, assim como os bons. E, mesmo que adiante tenhamos mais uma ladeira para subir, podemos nos apoiarmos em boas coisas que temos ao nosso redor e que nos darão ânimo na subida. Para mim, uma das coisas mais lindas que ouvi nos últimos anos em termos de filosofias musicais:

A natureza das coisas
(Accioly Neto)

Oh! chá lá lá lá lá lá lá
Oh! chá lá lá lá lá lá lá
Oh! chá lá lá lá lá lá lá
Oh! coisa boa é namorar...

Se avexe não
Amanhã pode acontecer tudo, inclusive nada
Se avexe não
A lagarta rasteja até o dia em que cria asas

Se avexe não
Que a burrinha da felicidade nunca se atrasa
Se avexe não
Amanhã ela pára na porta da sua casa

Se avexe não
Toda caminhada começa no primeiro passo
A natureza não tem pressa, segue seu compasso
Inexoravelmente chega lá...

Se avexe não
Observe quem vai subindo a ladeira
Seja princesa ou seja lavandeira
Pra ir mais alto vai ter que suar

Oh! chá lá lá lá lá lá lá
Oh! chá lá lá lá lá lá lá
Oh! chá lá lá lá lá lá lá
Oh! coisa boa é namorar...

Um forte abraço a todos!

sábado, 14 de junho de 2008

Santanna, o cantador

Um dos maiores forrozeiros da atualidade chama-se Santanna, o cantador. Cearense, de Juazeiro do Norte, este cantador nordestino está na estrada levando seu forró pé-de-serra às comunidades das pequenas cidades do interior do Nordeste há alguns anos.

O sucesso demorou mas não faltou e hoje, Santanna é um dos nomes mais lembrados quando se fala em autêntico forró pé-de-serra, sob sua maior influência, Luiz Gonzaga. E segue os passos do mestre, com estilo muito semelhante, cantando o amor e sua ligação com o Nordeste Brasileiro.

Os forrozeiros nordestinos, em grande parte, tocam sanfona. Santanna sabe violão e é na voz e na interpretação que conseguiu firmar seu merecido sucesso que buscava desde 1984. Muitos comentavam que sua voz era muito parecida com a de Gonzagão, embora nunca tivesse o intuito de imitar o rei do baião. E foi essa fortíssima ligação com Gonzaga que o fez lançar seu primeiro disco em 1992 "Gonzagão, meu professor" com canções do mestre em parceria com João Silva. Veio o segundo disco, que continha a canção Lembrança de um beijo de Accioly Neto e que chamou a atenção de Fagner que a gravou em seu disco de 1994, Caboclo sonhador, o que abriu fronteiras para Santanna que conheceu Robertinho do Recife, grande guitarrista que passou a produzir seus discos anos mais tarde.

O primeiro estouro do Santana veio com a canção Ana Maria, de Janduhy Finizola, em 2001. De repente, as rádios, as festas juninas, o nordeste e o Brasil só tocava Santanna. E todos os seus trabalhos passaram a ser valorizados e tocados, alguns relançados. Em seus discos sempre figuraram compositores da melhor estirpe da música nordestina, como Acioly Neto, Maciel Melo, Petrucio Amorim, Gonzaguinha, Jorge de Altinho, Onildo Almeida, entre outros e sucessos como A natureza das coisas, Bateu saudade, Bote tempo, D´estar, Doidim por você, Lembrança de um beijo, Meu cenário, Tamborete de forró, etc.

E continua fazendo seus shows nas mais variadas cidades nordestinas, sobretudo onde desejam dançar o melhor e autêntico forró pé-de-serra. Quem vier curtir o São João em alguma cidade do Nordeste, pode crer que é possível encontrar algum show seu na programação. Além das canções e de um pouco da história desse nordestino lutador, deixo pra vocês a letra de uma das suas interpretações mais lindas:

A natureza das coisas
(Accioly Neto)

Ô chá, lá, lá, lá, lá
Ô chá, lá, lá, lá, lá, coisa boa é namorar...

Se avexe não...
Amanhã pode acontecer tudo, inclusive nada.
Se avexe não...
A lagarta rasteja até o dia em que cria asa.

Se avexe não...
Que a burrinha da felicidade nunca se atrasa.
Se avexe não...
Amanhã ela pára na porta da tua casa

Se avexe não...
Toda caminhada começa no primeiro passo
A natureza não tem pressa, segue seu compasso
Inexoravelmente chega lá...

Se avexe não...
Observe quem vai subindo a ladeira
Seja princesa, seja lavadeira...
Pra ir mais alto vai ter que suar.

Ô chá, lá, lá, lá, lá
Ô chá, lá, lá, lá, lá, coisa boa é namorar...

Um forte abraço a todos!