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domingo, 28 de julho de 2019

♫O portão♫

As canções do Roberto são sempre marcantes em qualquer época do ano. Esta, por exemplo, é um clássico dos anos 70. Imortalizada pelo rei, regravada de forma inusitada pelo Titãs, pelo Erasmo em dueto com Kid Abelha e por Zezé di Camargo e Luciano, imagino que poucos ousam retocá-la por ter muito do Roberto ali. Eduardo deu uma belíssima versão instrumental a ela. Aliás, esta é talvez o melhor exemplo para ilustrar como a dupla Roberto e Erasmo compõem, imaginando voltar, encontrar o cachorro, o retrato, uma recepção, cenas que vão no ápice da emoção de quem já foi e voltou.

A letra de O portão é muito profunda: fala de alguém que resolve voltar, que reconhece seus possíveis erros, que sente saudades daquilo que julgava tão comum e talvez tão sem importância. Um retrato na parede amarelado pelo tempo quase reclama a ausência. Mas, o que mais marca mesmo e arranca um punhado de lágrimas são os dois braços abertos na recepção, algo muito raro de se acontecer na prática, mas na imaginação e no cineminha dos dois Carlos, esses nobres sentimentos sempre receberão tratamento vip, digno de um "Óscar".

O portão
Roberto Carlos e Erasmo Carlos

Eu cheguei em frente ao portão
Meu cachorro me sorriu latindo
Minhas malas coloquei no chão
Eu voltei

Tudo estava igual como era antes
Quase nada se modificou
Acho que só eu mesmo mudei
E voltei

Eu voltei agora pra ficar
Porque aqui, aqui é meu lugar
Eu voltei pras coisas que eu deixei
Eu voltei

Fui abrindo a porta devagar
Mas deixei a luz entrar primeiro
Todo o meu passado iluminei
E entrei

Meu retrato ainda na parede
Meio amarelado pelo tempo
Como a perguntar por onde andei
E eu falei

Onde andei não deu para ficar
Porque aqui, aqui é meu lugar
Eu voltei pras coisas que eu deixei
Eu voltei

Sem saber depois de tanto tempo
Se havia alguém à minha espera
Passos indecisos caminhei
E parei

Quando vi que dois braços abertos
Me abraçaram como antigamente
Tanto quis dizer e não falei
E chorei

Eu voltei agora pra ficar
Porque aqui, aqui é meu lugar
Eu voltei pras coisas que eu deixei
Eu voltei

Eu parei em frente ao portão
Meu cachorro me sorriu latindo

Um forte abraço a todos!

domingo, 19 de novembro de 2017

♫Sonífera ilha♫

Um dos primeiros e maiores sucessos da banda Titãs, regravada por outros nomes como Adriana Calcanhoto, Sonífera ilha tornou-se muito mais que clássico da banda, sendo um dos topos do rock nacional. Composta por cinco nomes, atuais e ex-integrantes, foi uma das mais tocadas no ano de seu lançamento, 1984 e até hoje é executada nos shows da banda.

Com uma letra curta, de apenas dois versos que se repetem, mas sem cansar o ouvinte, considero que o melhor desta canção está na sua levada, na sua melodia e no seu rock, sem desmerecer a letra romântica que expressa o desejo de qualquer um em estar num paraíso chamado ilha, com quem se ama e deseja se sintonizar pra sempre!

Sonífera ilha
Marcelo Fromer, Branco Mello, Toni Bellotto, 
Ciro Pessoa e Carlos Barmak

Não posso mais viver assim ao seu ladinho
Por isso colo o meu ouvido no radinho de pilha
Pra te sintonizar sozinha, numa ilha...

Sonífera Ilha!
Descansa meus olhos
Sossega minha boca
Me enche de luz

Um forte abraço a todos!

domingo, 24 de janeiro de 2016

♫Enquanto houver sol♫

Os Titãs são essa grande banda de rock nacional que grava coisas simplesmente sensacionais, a exemplo desta canção, uma das minhas preferidas do repertório deles. Uma canção com um refrão simples, uma letra de fácil compreensão e uma ideia perfeita de que é preciso acreditar no amanhã, na luta, no trabalho, na persistência.

É isso mesmo que a letra de Enquanto houver sol traz: elementos raros nos dias de hoje, pois o que parece é que as pessoas aprenderam a querer tudo muito fácil, sem suor ou esforço. Enquanto houver sol, enquanto houver amanhã, enquanto houver vontade, caminhamos para conquistar tudo aquilo que desejamos construir. É o que esta filosófica canção nos aponta!

Enquanto houver sol
Sérgio Britto

Quando não houver saída
Quando não houver mais solução
Ainda há de haver saída
Nenhuma ideia vale uma vida 

Quando não houver esperança
Quando não restar nem ilusão
Ainda há de haver esperança
Em cada um de nós, algo de uma criança

Enquanto houver sol, enquanto houver sol
Ainda haverá
Enquanto houver sol, enquanto houver sol

Quando não houver caminho
Mesmo sem amor, sem direção
A sós ninguém está sozinho
É caminhando que se faz o caminho

Quando não houver desejo
Quando não restar nem mesmo dor
Ainda há de haver desejo
Em cada um de nós, aonde Deus colocou

Enquanto houver sol, enquanto houver sol
Ainda haverá
Enquanto houver sol, enquanto houver sol

Um forte abraço a todos!

domingo, 2 de novembro de 2014

♫Epitáfio♫

Dia de finados e sempre temos alguém que já partiu para a eternidade, que lembramos neste dia. Alguns, ainda com muita dor, outros com uma serena saudade. A reflexão que cabe bem é esta mensagem da canção dos Titãs, gravada também por Gal Costa e Fábio Jr. A palavra epitáfio não é tão popular e refere-se àquelas frases escritas geralmente em placas de mármores colocadas sobre os túmulos.

A letra de Epitáfio traz exatamente esta reflexão: quantas coisas deixamos para depois, quando vivemos este mundo de pressa, estresse e muitas coisas sempre adiadas. Quando esquecemos de contemplar coisas simples, mas que mudam nosso ânimo, nosso estado emocional, não percebemos que nosso tempo por aqui também tem um prazo de validade! Pérola dos Titãs!!!

Epitáfio
Sérgio Brito
Devia ter amado mais
Ter chorado mais
Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais
E até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer

Queria ter aceitado
As pessoas como elas são
Cada um sabe a alegria
E a dor que traz no coração

O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar

Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr
Devia ter me importado menos
Com problemas pequenos
Ter morrido de amor

Queria ter aceitado
A vida como ela é
A cada um cabe alegrias
E a tristeza que vier

O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar

Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Roberto Carlos Especial 1997

Roberto Carlos Especial 1997
O especial de 1997 foi gravado no Teatro Fênix, com uma pequena plateia e baseado apenas no show exibido, sem cenas adicionais de estúdio, com pouquíssimos cortes para clipes em algumas canções novas. Exibido em 23 de dezembro e com o show Amor ainda na estrada, Roberto não quis começar com a canção que abria sua turnê, Como é grande o meu amor por você, colocando-a na segunda posição e abrindo o especial com Emoções.

Roberto Carlos e Gal Costa
Na sequência, duas canções do seu disco novo em espanhol: Abrázami Así, que fez parte da trilha da novela Por amor e, Adíos. Em seguida, a primeira convidada: Angélica que, dançou e cantou com o rei em Música suave. Gal Costa reapareceu no especial do rei  (já havia participado de 86 e 83) e cantaram juntos Jovens tardes de domingo e Sua estupidez, com direito ao rei ao violão num encontro memorável desses dois astros da nossa música que, pode também ser conferido no projeto Duetos de 2006 (CD e DVD de Roberto Carlos).

Titãs e Roberto Carlos
O grupo mineiro Só pra contrariar, sucesso do ano, participou do especial cantando em dueto com Roberto a canção Amigo e depois apresentaram seu sucesso Mineirinho, pós lágrimas de Alexandre Pires que afirmava ser aquele o momento máximo da banda. O tremendão também não faltou e entrou em cena para reviverem o dueto em Sentado à beira do caminho. Mais um encontro histórico reuniu Roberto e Titãs, com os duetos em É preciso saber viver e Pra dizer adeus. Roberto canta seu novo hit Coração de Jesus e chama ao palco os últimos convidados da noite, os padres Zezinho e Antônio Maria para entoarem a Oração pela família, hino da visita do Papa João Paulo II pra quem Roberto cantou naquele ano e encerra o show com Jesus Cristo e a tradicional distribuição de rosas.

Um especial que marcou o ecletismo musical, que ainda hoje é bastante criticado, mas sempre foi comum no programa e coração do rei, mas, a meu ver, a produção deixou a desejar promovendo um programa muito simples, embora com encontros memoráveis. Acho que as apresentações com grande público empolgavam mais, além de faltar cenas de estúdio, um pouco mais de emoção, a meu ver! Mas, um bom programa, que talvez não entre na lista dos melhores, numa opinião particular!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Roberto Carlos Especial 2001

Exibido em 22 de dezembro daquele ano, o Especial de 2001 foi uma tentativa da Globo em reproduzir o RC Acústico MTV, único daquela emissora até hoje inédito na televisão brasileira. E, a meu ver, foi uma tentativa vã, pois considero o original, superior a este! Alheio a essa polêmica entre as emissoras, o rei apresentou seu tradicional especial de fim de ano também sem convidados cantando, só os mesmos músicos que tocaram em seu acústico, lançado naquele ano em CD e no ano seguinte, em DVD.

Clássicos que constaram no disco como Todos estão surdos, Parei na contramão, Emoções, É proibido fumar, Eu te amo te amo te amo, É preciso saber viver, Por isso corro demais, O grude, Detalhes, Eu te amo tanto, Além do horizonte e Jesus Cristo foram apresentadas juntamente com outras canções como Amor sem limite e Quando digo que te amo.

Os convidados Milton Guedes, Samuel Rosa e Tony Belloto participaram em números gravados em estúdio, que se alternavam a outro show em estúdio, mas com plateia de vips e também com outra imagem de estúdio em que Roberto dava depoimentos enquanto cantava alguma ou outra coisa acompanhado de poucos músicos. A meu ver, um especial não muito interessante, sem convidados cantando com o rei e ganharíamos todos se o Acústico MTV fosse exibido na íntegra.

Um forte abraço a todos!

sábado, 17 de novembro de 2012

Pra dizer adeus

Gosto do Titãs e essa canção está entre as cinco melhores da banda, a meu ver, principalmente na gravação do acústico Mtv, realizada em 1997. Conheci pela apresentação da banda no especial de Roberto daquele ano, quando fizeram o dueto dessa canção com o rei.

Pra dizer adeus é um rock romântico, com uma letra que traz um amor à primeira vista que mexeu demais com o personagem a ponto de deixa-lo na dúvida quanto ao tempo e, ao mesmo tempo, garantindo a certeza de que adeus, jamais! "É cedo ou tarde demais pra dizer adeus", essa frase é genial quando se quer dizer que depois da união, adeus, jamais, nem agora, nem nunca!

Pra dizer adeus
(Tony Bellotto e Nando Reis)

Você apareceu do nada
E você mexeu demais comigo
Não quero ser só mais um amigo
Você nunca me viu sozinho
E você nunca me ouviu chorar
Não dá prá imaginar quando

É cedo ou tarde demais
Pra dizer adeus
Pra dizer jamais

Às vezes fico assim pensando
Essa distância é tão ruim
Por que você não vem pra mim?

Eu já fiquei tão mal sozinho
Eu já tentei, eu quis chamar
Não dá prá imaginar quando

É cedo ou tarde demais
Pra dizer adeus
Pra dizer jamais

Eu já fiquei tão mal sozinho
Eu já tentei, eu quis...
Não dá prá imaginar quando

É cedo ou tarde demais
Pra dizer adeus
Pra dizer jamais

É cedo ou tarde demais...

domingo, 20 de novembro de 2011

CD e DVD Titãs Acústico MTV

Um dos melhores acústicos de todos os tempos foi apresentado em 1997 pela banda Titãs, em um trabalho que influenciaria outros acústicos que viriam depois deste. O projeto contou com a participação de convidados como Arnaldo Antunes (em O pulso), Fito Paez (em Go back), Jimmy Cliff (em Querem meu sangue), Marisa Monte (em Flores), Marina Lima (em Cabeça de dinossauro) e Rita Lee (em Televisão, com Roberto de Carvalho ao piano).

Vale lembrar que nesse mesmo ano, tivemos também os acústicos da Gal e da Rita (ambos já comentados aqui) e os Titãs devolveram a gentileza da Rita, participando também do acústico da cantora na faixa Papai me empresta o carro. Mas, voltando ao acústico Titãs, além dos convidados, tivemos alguns clássicos e algumas canções novas da banda que também viriam a se tornar imprescindíveis em seus shows como Comida, Pra dizer adeus, Família, Os cegos do castelo, Marvin, Nem 5 minutos guardados, Palavras, Hereditário, A melhor forma, 32 dentes, Não vou lutar, Homem primata e Diversão.

Esse projeto foi tão bem recebido pelos amantes da boa música que deu uma nova guinada na carreira da banda que, embora reformulada (atualmente , sem alguns dos integrantes que participaram desse disco, cada um por um motivo peculiar) continua fazendo shows e hits país afora. Com a produção de Liminha, esse é o melhor ou um dos melhores trabalhos dos Titãs, que dedicou o projeto à banda Mamonas Assassinas.

Um forte abraço a todos!

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Encontro musicais em discos...

Nossos artistas sempre nos presentearam com ótimos trabalhos, alguns dos quais destaco semanalmente para todos vocês! Imaginem quando eles se juntam para realizarem um trabalho em comum, tipo compor alguma canção, tocarem juntos, gravarem juntos uma faixa. E o que dizer : gravarem um disco inteirinho juntos?

Foi o que aconteceu por exemplo em 2008, com o cd/dvd Amigo é casa que reuniu duas grandes vozes femininas da melhor qualidade: Simone e Zélia Duncan juntas em um projeto que reuniu grandes hits de sua carreira e traçou um paralelo de como suas obras se encontram, sobretudo pela influência que uma exerceu sob a outra. Destaque para canções como Grávida, Meu ego, Idade do céu, Encontros e despedidas, Jura secreta, Alma e Tô voltando.

Pois é, 2008 foi um ano em que tivemos ao menos três grandes lançamentos nesse formato. Um deles já foi comentado aqui nesse blog no dia 14/12/2008 (é só procurar nos arquivos de dezembro ou no campo "Quero saber sobre"), que é o projeto que reuniu Roberto Carlos e Caetano Veloso e a música de Tom Jobim, numa comemoração aos 50 anos de Bossa nova. Destaque para Wave, Inútil paisagem, Por causa de você, Corcovado/Samba do avião e Tereza da praia.

E ainda em 2008, tivemos outro encontro musical em outra praia. O rock brasileiro recebeu de presente a união pra lá de especial das bandas Paralamas do Sucesso e Titãs, juntos e ao vivo, em cd e dvd. Destaque para Marvin, Uma brasileira, A novidade, Comida e Meu erro.

Mas, não é de hoje ou de ontem que nossos artistas se juntam. E isso ocorre nos mais variados estilos: Nos anos 90, por exemplo, as três maiores duplas sertanejas do país gravavam anualmente discos que os uniam em torno de seu especial de final de ano e de seus convidados. Pois é, Chitãozinho e Xororó, Zezé di Camargo e Luciano, Leandro e Leonardo e, tantos outros ilustres participaram de várias edições do projeto Amigos.

Agora, me responda: o que dizer desses dois medalhões ao lado juntos? Pois é, Milton Nascimento e Gilberto Gil já fizeram um disco inteiro juntos em 2000, depois de tanto tempo fazendo música de qualidade, separados. Destaque para Sebastian, Duas sanfonas, Ponta de areia, Palco e Baião da garoa.

Mas, é claro que não podemos parar por aqui. O que falar do Fagner? Fez isso de forma brilhante em dois momentos de sua carreira, um com os dois discos que gravou com Luiz Gonzaga (destacados no post do dia 21/06/2008) e, mais recentemente, no disco que gravou em parceria com Zeca Baleiro. O que dizer dos discos gravados por Ângela Maria e Agnaldo Timóteo? Mas, não podemos esquecer de Chico Buarque e Maria Bethânia ainda na década de 70, ou de Chico e Caetano nos anos 80! Poderíamos também falar do projeto Grande encontro, gravado pelos nordestinos Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Elba Ramalho e Zé Ramalho. Bom, mas isso pode ser temas de posts futuros. E claro, poderíamos citar muitos outros discos em duplas, por artistas que não são duplas convencionalmente, porém, enxergam em sua união um novo formato de trabalho onde os premiados somos todos nós!

Um forte abraço a todos!

sábado, 19 de julho de 2008

Rita Lee Acústico MTV

Hoje vamos falar sobre mais um primoroso trabalho que a música brasileira tem o privilégio de desfrutar - Acústico MTV de Rita Lee. A rainha do rock nacional gravou seu desplugado em 1998, num show inesquecível sob a produção do seu maestro e esposo Roberto de Carvalho e com a participação de músicos convidados como Oswaldinho do Acordeom e Armandinho, maestros Rogério Duprat e Eduardo Souto Neto, e cantores como Cássia Eller, Titãs, Paula Toller e Milton Nascimento.

O show é um desfile de clássicos da Rita que abre o espetáculo com Agora só falta você, seguida de Flagra, Doce vampiro e Jardins da Babilônia. A primeira convidada é chamada ao palco, Cássia Eller que brinca com a Rita antes de começarem o dueto em Luz del Fuego. O show prossegue com uma interpretação arrasadora para Balada do louco, com Armandinho no Bandolim (também em Ovelha negra) e, na sequência, uma homenagem a Raul Seixas com Gitã, um de seus grandes clássicos. Alô! Alô! Marciano traz arranjo e interpretação que dispensam comentários e, até aquele brinquedinho de imitar pássaros é utilizado em solo pela própria Rita!

A segunda convidada da noite é a Kid Abelha Paula Toller em Desculpe o auê, tendo um solo de acordeom com Oswaldinho (Também em Nem luxo, nem lixo). Na sequência Eu e meu gato e O gosto do azedo, uma canção que fala do vírus HIV, com um arranjo de Rogério Duprat, eterno maestro da Tropicália. Papai me empresta o carro traz a banda Titãs nos vocais em mais um dueto desse trabalho. Em homenagem ao ano de 1998, que teríamos a Copa do mundo e eleições presidenciáveis, Rita apresenta M Te Vê, num deboche à Rita Lee. Um trecho de Caso sério, que infelizmente não constou na lista de clássicos, assim como Baila comigo, que poderíamos considerar uma grande ausência. Coisas da vida e Nem luxo, nem lixo preenchem a sequência.

Por fim, o último convidado da noite vem para um dueto de arrepiar e marcar de vez a música brasileira: Rita Lee e Milton Nascimento em Mania de você, sob o piano de Roberto de Carvalho e arranjo de Eduardo Souto Neto. Pra finalizar a noite Lança perfume e Ovelha negra, encerrando com clássicos, como começou. Ainda temos Obrigado não, que juntamente com o trecho de Caso sério, consta apenas no dvd.

Nas fotos, capas do dvd e cd, respectivamente. Rita sempre apresenta bons trabalhos, suas canções se firmam como sucessos e seria demais cobrar canções ausentes nesse projeto, porque quase todas de seu repertório se tornaram clássicos, provando que ela levou nosso sorriso e no sorriso dela, nosso assunto! E viva a Rainha do rock nacional!

Um forte abraço a todos!

sábado, 22 de março de 2008

Devia ter me importado menos com problemas pequenos...

Banda de rock formada em São Paulo no início dos anos 80, Os Titãs se destacam pela altíssima qualidade no rock, com letras e melodias marcantes. O que dizer de Sonífera ilha, Marvin, Enquanto houver sol, Comida, Epitáfio, Pra dizer adeus, Homem primata, Go back, É preciso saber viver, Família, só pra citar algumas? A formação inicial dos Titãs do iê-iê era de nove integrantes: Arnaldo Antunes , Branco Mello, Marcelo Fromer, Nando Reis, Paulo Miklos, Sérgio Britto, Tony Belloto, Ciro Pessoa e André Jung. Além da quantidade exagerada de vocalistas no palco, chamava a atenção o visual extravagante dos cabelos, ternos de bolinhas e gravatas.

O primeiro álbum, "Titãs", foi lançado em agosto de 1984 e trazia "Sonífera Ilha", um verdadeiro fenômeno radiofônico. Uma das músicas mais executadas naquele ano, a faixa levou os Titãs a fazerem sucesso em outros Estados do Brasil, além de ter ajudado a banda a realizar um sonho antigo: aparecer na TV, em programas consagrados apresentados por Chacrinha, Bolinha e Raul Gil.

O ápice da banda em disco ocorreu em dois momentos: em 1986 com "Cabeça Dinossauro", álbum que trouxe um novo Titãs e é considerado o melhor da Banda, e segundo muitos, o melhor do rock brasileiro de todos os tempos; e em 1997 com o Acústico mtv, que vendeu 1,7 milhões de cópias, seguido de Volume Dois, no mesmo formato do Acústico, 800 mil cópias vendidas... embora esse volume dois não seja uma continuação do acústico pois traz canções inéditas.

E depois de uma série de acontecimentos, prisões, gravações e fracassos, afastamentos e reaproximações, mas sobretudo muita persistência, os Titãs seguem não mais com nove, mas cinco integrantes: Paulo, Tonny, Branco, Sérgio e Charles fazendo shows e lançando hits maravilhosos como esse abaixo que traduz uma filosofia pura, típico da banda, durante toda sua carreira!

Epitáfio
Sérgio Britto

Devia ter amado mais
Ter chorado mais
Ter visto o sol nascer

Devia ter arriscado mais
E até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer...

Queria ter aceitado
As pessoas como elas são
Cada um sabe alegria
E a dor que traz no coração...

O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger,
Enquanto eu andar...

Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr

Devia ter me importado menos
Com problemas pequenos
Ter morrido de amor...

Queria ter aceitado
A vida como ela é
A cada um cabe alegrias
E a tristeza que vier...

O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar...

Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr...

Um forte abraço a todos e Feliz Páscoa!