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segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

♫Chega de saudade♫

Hoje é aniversário de São Paulo e também aniversário de nosso inesquecível maestro Tom Jobim. Também é comemorado o dia da Bossa nova, em homenagem ao maestro soberano. E, embora seja um ritmo que nos remete mais ao Rio de Janeiro, vamos comemorar o aniversário de Sampa com esse clássico, afinal, São Paulo já foi cantada em tema da série As cidades cantadas. E Tom é e sempre será lembrado por uma obra tão linda, reconhecida no mundo todo. O maestro também penou para encontrar o sucesso e penso que este só começou a ser devidamente reconhecido quando João Gilberto, outro inesquecível nome, gravou o disco Chega de saudade, com a canção homônima.

Daí pra diante, toda uma boa geração se influenciou pelo canto de João, pela obra de Tom e Vinícius e pelo clássico Chega de saudade, já gravada por nomes como Gal Costa, Caetano Veloso, Roberto Carlos, dentre tantos, que fala de um amor que se foi e saúda sua possível volta, como o remédio exato para a melancolia. Tudo dito de forma simples e sofisticada, com uma levada que seria um carinho ao samba, chamada de Bossa nova. Com uma riqueza harmônica e melódica, a maioria dos clássicos desse estilo são do maestro soberano que faz festa no céu. E chega de saudade... 

Chega de saudade 
Tom Jobim e Vinícius de Moraes

Vai minha tristeza e diz a ela 
Que sem ela não pode ser
Diz-lhe numa prece que ela regresse 
Porque eu não posso mais sofrer 

Chega de saudade, a realidade é que sem ela 
Não há paz, não há beleza, é só 
Tristeza e a melancolia 
Que não sai de mim, não sai de mim, não sai 

Mas se ela voltar, se ela voltar 
Que coisa linda, que coisa louca 
Pois há menos peixinhos a nadar no mar 
Do que os beijinhos que eu darei na sua boca 

Dentro dos meus braços os abraços 
Hão de ser milhões de abraços 
Apertado assim, colado assim, calado assim 
Abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim 

Que é pra acabar com esse negócio de viver longe de mim 
Não quero mais esse negócio de você viver assim 
Vamos deixar desse negócio de você viver sem mim

Um forte abraço a todos!

quarta-feira, 18 de setembro de 2019

CD Maria Bethânia Que falta você me faz

A grande intérprete desse país sempre lançou trabalhos memoráveis que certificam estas primeiras palavras dessa postagem. Em 2005, Maria Bethânia prestou uma linda homenagem a seu ídolo e amigo Vinícius de Moraes, lançando um projeto onde interpreta cantando e declamando alguns de seus clássicos.

Estão aí Modinha, Poética (declamada por ele)/O astronauta, Minha namorada, A felicidade, Tarde em Itapoã, Lamento no morro/Monólogo de Orfeu, Mulher sempre mulher, Gente humilde, O mais que perfeito, O que tinha de ser, Bom dia tristeza, Samba da bênção, Você e eu, Eu não existo sem você. O projeto também conta com a faixa Nature boy, versão de Caetano Veloso para homenagear o poetinha.

Vale dizer que se trata também de um trabalho em homenagem a Tom, a Baden, a Toquinho, a Lyra, a Garoto, a Chico, a Macalé, a Adoniran, compositores que dividiram neste e em tantos outros, alguma obra com Vinícius e também a Caetano e aos músicos e a todos que colaboraram com este inesquecível trabalho com o qual nossa abelha rainha presenteia a música brasileira, perpetuando sua voz na obra de nosso inesquecível poeta!

Um forte abraço a todos!

domingo, 30 de julho de 2017

♫Sei lá (a vida tem sempre razão)♫

Gol de placa da dupla Toquinho e Vinícius de Moraes, interpretado por grandes nomes da nossa música, entre eles seus autores, Tom Jobim, Chico Buarque, Miúcha, esta canção foi tema de abertura de novela global Viver a vida e engloba um dos grandes clássicos da dupla Toquinho/Vinícius.

A letra de Sei lá é uma reflexão sobre a vida, sobre as contrariedades e adversidades da vida, recheada de frases de efeito e de um senso de equilíbrio entre coisas positivas e negativas para seguirmos de forma serena, acreditando e curtindo o que de melhor temos dessa nossa vida!

Sei lá
Toquinho e Vinícius de Moraes

Tem dias que eu fico pensando na vida
E sinceramente não vejo saída
Como é, por exemplo que dá pra entender
A gente mal nasce, começa a morrer

Depois da chegada vem sempre a partida
Porque não há nada sem separação

Sei lá, sei lá
A vida é uma grande ilusão
Sei lá, sei lá
Só sei que ela está com a razão

Ninguém nunca sabe que males se apronta
Fazendo de conta, fingindo esquecer
Que nada renasce antes que se acabe
E o sol que desponta tem que anoitecer

De nada adianta ficar-se de fora
A hora do sim é um descuido do não

Sei lá, sei lá
Só sei que é preciso paixão
Sei lá, sei lá
A vida tem sempre razão

Um forte abraço a todos!

domingo, 27 de setembro de 2015

♫Minha namorada♫

Antigamente, e isso não faz tanto tempo assim, as pessoas apresentavam mais classe na hora de namorar ou de expor sua vontade em namorar alguém. Cartas, versos e canções, tudo era escolhido com muito cuidado para que este pedido alcançasse o êxito desejado. E como poeta maior, Vinícius de Moraes deu vários exemplos com suas canções ou obras poéticas.

Este clássico da música brasileira, com uma letra extensa, em parceria com Carlos Lyra foi gravado por grandes nomes da nossa música como Fábio Jr., Fagner e Emílio Santiago, só pra citar grandes vozes que contribuíram para imortalizar esta belíssima canção. Uma proposta ao namoro ou até mais que isso, caso o namoro evolua para um casamento feito de dedicação mútua. Algo romântico sim, mas que pode ser empregado no cotidiano, como uma planta que requer cultivo contínuo!

Minha namorada
Carlos Lyra e Vinícius de Moraes

Se você quer ser minha namorada
Ah, que linda namorada
Você poderia ser
Se quiser ser somente minha
Exatamente essa coisinha
Essa coisa toda minha
Que ninguém mais pode ser

Você tem que me fazer um juramento
De só ter um pensamento
Ser só minha até morrer
E também de não perder esse jeitinho
De falar devagarinho
Essas histórias de você
E de repente me fazer muito carinho
E chorar bem de mansinho
Sem ninguém saber por quê

Mas, se mais do que minha namorada
Você quer ser minha amada
Minha amada, mais amada pra valer
Aquela amada, pelo amor predestinada
Sem a qual a vida é nada
Sem a qual se quer morrer

Você tem que vir comigo em meu caminho
E talvez o meu caminho seja triste pra você
Os seus olhos têm que ser só dos meus olhos
Os seus braços o meu ninho
No silêncio de depois
E você tem que ser a estrela derradeira
Minha amiga e companheira
No infinito de nós dois

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Roberto Carlos especial 1981

Roberto Carlos especial 1981
O especial de 1981 foi exibido na noite do dia 24 de dezembro e começou com a orquestra regida pelo maestro Eduardo Lages, para logo na sequência o rei relembrar a Jovem Guarda e o prêmio de San Remo, cantando inicialmente Canzone per te. Nesse clima de vitória, Roberto entrevista um de seus ídolos, Nelson Piquet. Em seguida, com a participação de Paulette e Rosemary, os três vivem uma aventura no mundo dos gatos, revivendo trechos das canções Negro gato, Não quero ver você triste, Lobo mau, Mexericos da Candinha, finalizando com o rei cantando Noite feliz e sua nova mensagem Ele está pra chegar, esta última mesclando cenas de estúdio com um belíssimo clipe.

Roberto Carlos e Cauby Peixoto
Um programa de muitas Emoções, pois foi o especial em que esta canção foi lançada. E nesse clima, o rei reviveu o cantor mascarado do programa do Chacrinha, com a participação do velho guerreiro. Em um estúdio, conversa com Erasmo e falam de emoções vividas, além de visitarem Wanderléa e seu filho recém nascido. Depois, a ternurinha canta Facho de luz, seu então sucesso. Na sequência, Roberto canta seu então sucesso Cama e mesa, Erasmo canta Pega na mentira e depois, cenas do rei no Maracanã cantando A guerra dos meninos! É apresentado o clipe de As baleias e depois exibido cenas de um show realizado no Arco da Lapa, no Rio de Janeiro, com Roberto e Cauby cantando Conceição, Amante à moda antiga só com o rei e A deusa da minha rua, com os dois em dueto. 

Tom, Bethânia e Roberto
Um bloco é dedicado a Vinícius de Moraes, com textos declamados por Raul Cortez, Maria Bethânia, pelo próprio Vinícius e Paulo Gracindo e números musicais do Roberto que cantou Apelo, da Bethânia que cantou Se todos fossem iguais a você, de Tom que cantou Luiza e dos três que fizeram um número memorável: Roberto Carlos, Maria Bethânia e Tom Jobim em Eu sei que vou te amar. O programa também prestou uma homenagem aos Beatles com músicos convidados: Radamés Gnattalli (tocou Yesterday), Márcio Mallard (tocou And i love her), Rosana (cantou Let it be), Paulo Moura (tocou Michelle), Ed Maciel (tocou Yesterday) e o rei tocou ao piano e cantou Imagine. Por fim, diretamente do Municipal de São Paulo, Roberto cantou Eu preciso de você, Desabafo, Detalhes e finaliza com Emoções, esse inesquecível especial!

Um forte abraço a todos!

sábado, 19 de outubro de 2013

Vinícius de Moraes - 100 anos!!!

E hoje comemoramos 100 anos de vida de um dos maiores nomes da nossa literatura e música nacional: Vinícius de Moraes. Poderíamos ter uma única postagem só pra dizer que nomes como Roberto Carlos, Chico Buarque, Toquinho, Tom Jobim, Milton Nascimento, Caetano Veloso, Fagner, Maria Bethânia, Gal Costa, Adriana Calcanhoto, Nana Caymmi, Agnaldo Rayol, Simone, Ivete Sangalo, Nelson Gonçalves, João Gilberto, Fábio Jr., Ângela Maria, Julio Iglesias, Frank Sinatra e tantos outros já gravaram suas canções.

Outra postagem citaria verdadeiros clássicos como Eu sei que vou te amar, Garota de Ipanema, Aquarela, Samba da bênção, Onde anda você, Se todos fossem iguais a você, Rosa de Hiroshima, A felicidade, Pela luz dos olhos teus, Eu não existo sem você, Tarde em Itapoã, O amor em paz, Ela é carioca, Gente humilde, Samba de Orly, entre tantas e ainda assim, esqueceria essa ou aquela belíssima canção que fez parte de todos os brasileiros ou estrangeiros que apreciam a música brasileira de qualidade.

Onde ele estiver, deve saber que nós brasileiros somos agradecidos por tanta contribuição musical, uma poesia ímpar! Há cem anos atrás, no Brasil, nasceu um homem que foi responsável por algumas das páginas mais lindas da nossa música, um homem que também nos ensinou a saber amar, a prestarmos atenção a detalhes poéticos, românticos que só quem ama consegue captar, por isso, hoje é um dia de festa para o Brasil! Um brinde à música brasileira, um brinde a Vinícius!

Um forte abraço a todos!

domingo, 29 de setembro de 2013

Olhando as estrelas - 38

Vinícius, Nara e Chico
Mais uma postagem em homenagem a nosso poetinha, Vinícius de Moraes, que comemora neste ano seu centenário. Já abordamos anteriormente seus encontros com Tom Jobim e Toquinho e hoje, mais um parceiro constante e inesquecível: Chico Buarque de Holanda.

Não foram muitas as parcerias. Entre os dois, mais especificamente foram apenas duas: Valsinha e Desalento, ambas clássicos sempre lembrados pelo Chico em seus shows. Outras, que também contaram com outro parceiro a mais foram Gente humilde, Olha Maria, Estamos aí e Samba de Orly. Com Toquinho, Chico também fez Samba pra Vinícius, em homenagem ao eterno poeta que muito o ajudou em seu início de carreira.

Vinícius era amigo dos pais de Chico e assim frequentava sua casa, quando iniciou essa amizade que originou todas estas parcerias e anos de amizade e muita bebida, relatada também no filme Vinícius. Duas estrelas da maior grandeza que a música brasileira tem a nos oferecer!

Um forte abraço a todos!

sábado, 13 de julho de 2013

Onde anda você

Esse ano comemoramos o centenário dele. Nosso poeta e compositor Vinícius de Moraes completaria, se vivo, cem anos. E diante de tantos clássicos, alguns já apresentados aqui, hoje escolhi um dos boleros mais lindos que conheço. Uma canção que parece cantar a solidão e a falta daquele amor de uma forma quase alegre, coisas que artistas como Vinícius sabiam fazer muito bem.

Essa canção tem gravação do próprio autor, de Simone, Ângela Maria e, para mim, uma marca imortal de Nelson Gonçalves. Composta em 1972, a meu ver, ela teve interpretação definitiva com Nelson, já no fim da década de 80. Sua letra aborda uma mescla de solidão e de busca pela pessoa amada que, já não se encontra nos mesmos lugares comuns àquele casal apaixonado de outrora.

Onde anda você
(Vinícius de Moraes e Hemano Silva)

E por falar em saudade onde anda você
Onde andam seus olhos que a gente não vê
Onde anda esse corpo
Que me deixou morto de tanto prazer

E por falar em beleza onde anda a canção
Que se ouvia na noite dos bares de então
Onde a gente ficava,onde a gente se amava
Em total solidão

Hoje eu saio na noite vazia
Numa boemia sem razão de ser
Na rotina dos bares,que apesar dos pesares,
Me trazem você

E por falar em paixão, em razão de viver,
Você bem que podia me aparecer
Nesses mesmos lugares, na noite, nos bares
Onde anda você?

Um forte abraço a todos!

sábado, 5 de maio de 2012

Samba da bênção

Um leitor me pediu para fazer uma análise crítica dessa canção. De prontidão, afirmei que não costumo fazer críticas, mas sim apontar a importância da canção para a música brasileira, sobretudo as sensações e emoções que a mesma me causou. E mais, fazer uma crítica a um clássico como este, de nosso eterno poeta Vinícius e do grande músico Baden é uma tarefa que afirmo humildemente que não tenho bagagem pra tanto.

Mas, Samba da bênção é essa belíssima poesia que podemos constatar com sua letra que eu só vim conhecer na interpretação da Bebel Gilberto, recentemente e adorei. É uma exaltação ao samba, à sua construção. É como se o autor desse a receita exata de como se fazer um samba que, mesmo com tristeza, traz consigo uma esperança de se tornar alegria, já que este ritmo é considerado o pai da alegria.

Gosto também das primeiras frases, um antídoto contra a ansiedade e que nos induz a sempre sermos alegres, positivos, como o samba é e proporciona ao coração! E finalmente, quando diz que o samba é branco na poesia e negro no coração, creio que quiseram apontar para as origens do ritmo,  que brota do coração afro-descendente, proporcionando um povo e uma cultura miscigenada. E tudo isso só ressalta o que foi dito acima: uma receita para quem quer começar a criar sambas, sobretudo as novas gerações, buscando sempre seriedade e profissionalismo nesse ofício.

Samba da bênção
(Baden Powell e Vinícius de Moraes)

É melhor ser alegre que ser triste
Alegria é melhor coisa que existe
É assim como a luz do coração

Mas pra fazer um samba com beleza
É preciso um bocado de tristeza
É preciso um bocado de tristeza
Senão, não se faz um samba, não

Fazer samba não é contar piada
Quem faz samba assim não é de nada
O bom samba é uma forma de oração

Porque o samba é a tristeza que balança
A tristeza tem sempre uma esperança
De um dia não ser mais triste, não

Ponha um pouco de amor numa cadência
E vai ver que ninguém no mundo vence
A beleza que tem um samba, não

Porque o samba nasceu lá na Bahia
E se hoje ele é branco na poesia
E se hoje ele é grande na poesia
Ele é negro demais no coração

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Programa Som Livre Exportação - parte 1

Elis concede entrevista ao programa.
Eu não vi esse programa, nem vivi esse tempo, mas fico pensando como era interessante presenciar algo desse tipo, sobretudo por hoje serem tão raros os programas com essa qualidade e com esse cast. O programa Som Livre Exportação foi exibido entre 1970 e 1971 pela TV Globo, semanalmente, e tendo por objetivo oferecer uma visão panorâmica da música brasileira naquele momento.

Simonal no show do Anhembi.
Apresentado por Ivan Lins e Elis Regina (que trocara a Record pela Globo), o programa contou com a participação de grandes nomes da nossa música como Chico Buarque, Gonzaga Jr., Tim Maia, Toquinho, Vinícius de Moraes, Os Mutantes, Milton Nascimento, Maria Bethânia, Gal Costa, Mário Lago, Wilson Simonal, Roberto Carlos, entre outros. Foram lançados dois disco, em que o primeiro obteve mais êxito, destacando-se as faixas Madalena (com Ivan Lins) e Coração vagabundo (com Caetano e Gal).

Bethânia e Caetano se apresentam.
A ideia inicial era exportar o programa para promover a música brasileira no exterior, mas isso não aconteceu. Entretanto, tivemos edições históricas desse programa até hoje inesquecível, como em 1971 quando Caetano Veloso fez duas apresentações antes de retornar a seu exílio em Londres. Outro momento marcante foi Elis Regina estourar com a canção Madalena, de Ivan Lins, que se tornaria um clássico da nossa música!

Um forte abraço a todos!

sábado, 26 de novembro de 2011

Se todos fossem iguais a você

Essa canção é mais um clássico da nossa música e mais um clássico de Tom e Vinícius. Quase todos os grandes intérpretes desse país já cantaram essa canção que pode ser vista por uma vertente romântica, mas que consegue ir além desse sentimento e exaltar a admiração extrema entre dois seres, ou quem sabe até uma admiração religiosa, uma paisagem florida como essa, etc.

Acredito que por possuir letra, harmonia e melodia belíssimos, Se todos fossem iguais a você já estava destinada a ser inesquecível e pelo fato de poder servir em tantas ocasiões, quando simplesmente seu título já é o bastante, podemos dizer que se trata de uma perfeita canção.

Se todos fossem iguais a você
(Tom Jobim e Vinícius de Moraes)

Vai tua vida,
Teu caminho é de paz e amor
A tua vida
É uma linda canção de amor

Abre os teus braços e canta
A última esperança
A esperança divina
De amar em paz

Se todos fossem iguais a você
Que maravilha viver
Uma canção pelo ar
Uma mulher a cantar
Uma cidade a cantar,
a sorrir, a cantar, a pedir

A beleza de amar
Como o sol, como a flor, como a luz
Amar sem mentir, nem sofrer

Existiria a verdade
Verdade que ninguém vê
Se todos fossem no mundo iguais a você

Um forte abraço a todos!

domingo, 29 de maio de 2011

Olhando as estrelas - 15

Mais dois mestres da nossa música habitam essa série hoje: Toquinho e Vinícius de Moraes. Eles trabalharam juntos por cerca de 11 anos, compuseram mais de 100 canções, lançaram quase 30 discos e fizeram mais de 1000 shows em várias turnês pelo Brasil e pelo exterior, divulgando o rico trabalho de ambos para a música brasileira.

Só pra citar algumas das canções compostas a quatro mãos ou até com outros grandes parceiros, temos Regra três, Como dizia o poeta, Gilda, Samba de Orly, Sei lá a vida tem sempre razão, Tarde em Itapoã, Carta ao Tom 74, Cotidiano nº 2, Pela luz dos olhos teus, entre tantas, além de Aquarela, uma das mais famosas da dupla e do repertório do Toquinho, que, embora tendo sido lançada depois da partida do amigo, foi creditada a ele como um dos parceiros.

Sem falar dos projetos para crianças, dos shows da dupla e da dupla com outros convidados, eternizados em discos e dvds, do sucesso que é e sempre foi essas e tantas canções desses mais que consagrados artistas da música brasileira que fizeram história separados e também juntos em trabalhos como os citados aqui e tantos outros, tudo isso mostra apenas que o encontro dessas duas estrelas foi e sempre será brilhante para nossa música.

Um forte abraço a todos!

sábado, 27 de novembro de 2010

Eu sei que vou te amar

Essa não é apenas uma das mais lindas de Tom e Vinícius, mas é uma das mais lindas e românticas do mundo. Todos os apaixonados sonham em cantar ou ter essa canção como trilha sonora de suas vidas. Muitos artistas já gravaram essa canção e entre eles temos Roberto Carlos, Caetano Veloso, Milton Nascimento, Fagner, João Gilberto, Cauby Peixoto, Emílio Santiago, Eduardo Lages e quase todos os grandes intérpretes desse país.

Desde que foi composta em 1958, só comprova que boas canções, bons clássicos não se perdem com o passar do tempo e, ao contrário, alcançam a façanha da imortalidade no pensamento, na lembrança e na voz das pessoas. Há quem afirme que não se trata de uma canção de um amor imortal, embora alguns como eu prefere a versão da interpretação desse amor eterno que pressupõe frases como "Por toda minha vida".

Eu sei que vou te amar
(Tom Jobim e Vinícius de Moraes)

Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida eu vou te amar
Em cada despedida eu vou te amar
Desesperadamente, eu sei que vou te amar

E cada verso meu será
Pra te dizer que eu sei que vou te amar
Por toda minha vida

Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que esta ausência tua me causou

Eu sei que vou sofrer
A eterna desventura de viver
A espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida

Um forte abraço a todos!

domingo, 5 de setembro de 2010

Dvd Tom Jobim, Toquinho, Miúcha e Vinícius de Moraes

São poucos os registros em vídeo do eterno poeta Vinícius de Moraes. Entre eles, esse dvd que ainda traz grandes parceiros juntos em cerca de 54 minutos de um trabalho fruto de um show realizado em outubro de 1978, na Itália e relançado recentemente, com um preço bastante acessível para quem ama a boa música e o trabalho desses grandes músicos brasileiros.

No repertório, temos Samba de Orly, Tributo a Caymmi, Tarde em Itapoã, Desafinado, Wave, Samba de uma nota só, Águas de março, Samba do avião, O que será (à flor da pele), Samba pra Vinícius, Vai levando, A felicidade, Água de beber, Garota de Ipanema/Sei lá, Chega de saudade/Berimbau/Canto de ossanha.

Como já foi dito, trata-se de um trabalho raro, saudosista e peça indispensável na prateleira de quem ama música e não vive sem assobiar alguns desses clássicos citados acima e presentes nesse trabalho que consegue reunir quatro vozes que encantam a história da música brasileira, com suas belíssimas contribuições.

Um forte abraço a todos!

domingo, 21 de março de 2010

Olhando as estrelas - 2

A Série tem continuidade apresentando um dos mais importantes encontros entre estrelas que a música brasileira apresenta. Sem sombra de dúvidas, ao se falar de grandes encontros, de grandes duplas de compositores, eles estarão entre os dez mais marcantes, na parte do topo de toda lista: Antônio Carlos Jobim e Vinícius de Moraes.

Tom e Vinícius se encontraram diversas vezes em shows, gravações, especiais, na Bossa Nova, na história musical desse país. E foi em suas composições que esses encontros apresentaram brilho máximo. Só pra citar alguns, o que dizer de Eu sei que vou te amar, Eu não existo sem você, Garota de Ipanema, Chega de saudade, Se todos fossem iguais a você, Caminho de pedra, Canção do amor demais, A felicidade, Brigas nunca mais, Insensatez, Sem você, Ela é carioca e tantas outras feitas a quatro punhos? Só clássicos, hein?

Dizer que Tom e Vinícius são a história musical desse país é ser retundante, mas alegar que essa parceria trouxe um brilho histórico visto a anos luz de nossa pátria é algo necessário de sempre ser mencionado em um país que, às vezes, parece não ter memória cultural, mas que isso é resolvido com a boa música que fica presente em nossa vida  e isso é constatado toda vez que apreciamos também encontros como esses!

Um forte abraço a todos!

sábado, 18 de outubro de 2008

Vinícius

Quem pagará o enterro e as flores se eu morrer de amores? Com Camila Morgado e Ricardo Blat, o cinema nacional nos presenteou em 2006 com o documentário Vinícius, um filme de Miguel Faria Jr.

Com depoimentos de artistas como Antônio Cândido, Carlos Lyra, Caetano Veloso, Chico Buarque, Ferreira Gullar, Edu Lobo, Francis Hime, Gilberto Gil, Miúcha, Maria Bethânia, Tônia Carrero e Toquinho, o filme mostra toda a trajetória do grande poeta, compositor e cantor que marcou definitivamente nossa literatura e música.

Camila e Ricardo intercalavam interpretações para obras literárias clássicas da obra do poetinha como Soneto da separação, da fidelidade, etc. Intérpretes convidados como Adriana Calcanhoto, Yamandú Costa, Zeca Pagodinho, Mart´nália, entre outros também cantaram obras inesquecíveis .

Imagens do Rio de Janeiro, de todas as décadas em que Vinícius viveu até os dias atuais, são o fundo visual de vários clipes na passagem da vida do mais importante poeta brasileiro do Modernismo, com mais de 400 poesias, e da nossa música, com cerca de 400 letras de canções, quase todas, clássicos!

O projeto traz dois dvds, um com o filme e o outro, com os extras de cenas inéditas, entrevistas e galeria de fotos! É impossível contemplar o filme e não cantar trechos de canções como "Vai tua vida, teu caminho é de paz e de amor..." ou "Tristeza não tem fim, felicidade sim..." ou "É melhor ser alegre que ser triste, alegria é a melhor coisa que existe..." ou "Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça..." ou "Eu sei que vou te amar, por toda minha vida..." ou ...

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Dia do compositor

Hoje é dia do compositor e o Blog Música do Brasil presta sua homenagem a grandes nomes de nossa música brasileira que colaboram com sua arte para um mundo melhor! Seria uma vasta lista, a de grandes nomes em nossa música que atuaram ou atuam de forma fascinante nesse universo!

Compor é uma arte, um privilégio de poucos, dentro do universo da música. Construir partituras, unindo harmonia, melodia e letra e ainda alcançar o público certo não é tarefa fácil. Com acordes simples ou dissonantes, nos mais variados ritmos, levadas, com os assuntos mais diversos, os compositores trabalham sua arte em benefício de uma sociedade mais culta, mais consciente de sua realidade e cultura!

A nossa música se orgulha de apresentar criações fantásticas sobretudo no século passado, em todas as décadas! Como já foi dito, vários nomes podem ser citados como os mais famosos Noel Rosa, Ary Barroso, Pixinguinha, Cartola, Chico Buarque, Caetano Veloso, Roberto Carlos, Luiz Gonzaga, Erasmo Carlos, Eduardo Lages, Gilberto Gil, Tom Jobim, Vinícius de Moraes, João Bosco, Ivan Lins, Djavan, Fagner, Dorival Caymmi, Milton Nascimento, Jorge Aragão, Zé Ramalho, Nando Cordel, etc. até aqueles que só conhecemos nos créditos dos discos como Michael Sullivan, Altay Veloso, Paulo Sérgio Valle, Paulo Debétio, Vital Farias, Petrúcio Amorim, Fernando Brandt, Vítor Martins, Aldir Blanc, Carlos Colla, Isolda, Chico Roque, Peninha, Abel Silva, Fausto Nilo, entre tantos outros, que esquecerei de um grande nome, mas serão relembrados aqui na série Os compositores do Brasil que apresentamos periodicamente e, mais que isso, esses anônimos seres culturais estarão presentes em cada nota das canções que encantam nosso cotidiano!

Um forte abraço a todos!

domingo, 28 de setembro de 2008

A felicidade

A letra que abordaremos hoje traz um questionamento muito comum a todos os seres humanos: A felicidade! São muitas as definições, muitos artistas da música brasileira já tentaram definir o que é felicidade!

Tom e Vinícius fizeram isso com bastante perfeição e criaram esse clássico da música brasileira! Composta para o filme Orfeu do Carnaval e gravada por Agostinho dos Santos em 1959, A felicidade já teve diversas releituras em nossa música. É considerada clássico dos compositores, clássico brasileiro e clássico da Bossa Nova!

Mas, voltando ao seu tema central, A felicidade aborda o cotidiano comum do pobre que vê no carnaval sua felicidade contínua em três dias e que se finaliza na quarta-feira de cinzas. Além disso, a letra apresenta várias definições para esse tema, sempre finalizando em cada estrofe como um reforço de que é apenas algo passageiro e de tempo menor ao de sua ausência. É como podemos verificar em "Voa tão leve, mas tem a vida breve, precisa que haja vento sem parar..."

Felicidade é um daqueles conceitos simples e ao mesmo tempo, complexo. É subjetivo e é consenso de que é momentâneo como reforça a canção de Tom e Vinícius. Felicidade para nós, amantes da boa música é contemplar uma canção como essa, interpretada por dois grandes nomes de nossa música: Hoje a noite Roberto Carlos e Caetano Veloso cantando Tom Jobim em comemoração aos 50 anos da Bossa Nova! Tá aí um grande exemplo de felicidade, afinal de contas, o show também vai terminar e outros virão! E a grande lição que absorvemos é aproveitarmos ao extremo os momentos que definimos como felizes e nos esforçarmos para estarmos aptos a passar por aqueles momentos em que julgamos ausentes de felicidade, preparando caminho para outros momentos felizes!

A felicidade
(Tom Jobim e Vinícius de Moraes)

Tristeza não tem fim
Felicidade sim

A felicidade é como a gota
De orvalho numa pétala de flor
Brilha tranquila, depois de leve oscila
E cai como uma lágrima de amor

A felicidade do pobre parece
A grande ilusão do carnaval
A gente trabalha o ano inteiro
Por um momento de sonho
Pra fazer a fantasia
De rei ou de pirata ou jardineira
E tudo se acabar na quarta-feira

Tristeza não tem fim
Felicidade sim

A felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve, mas tem a vida breve
Precisa que haja vento sem parar

A minha felicidade está sonhando
Nos olhos da minha namorada
É como esta noite passando, passando
Em busca da madrugada
Falem baixo, por favor
Prá que ela acorde alegre como o dia
Oferecendo beijos de amor

Tristeza não tem fim
Felicidade sim

Um forte abraço a todos!

domingo, 27 de abril de 2008

Se todos fossem iguais a você, que maravilha viver...

O poeta modernista, o compositor, um dos criadores da Bossa nova, jornalista, diplomata Marcus Vinicius da Cruz de Melo Moraes. O "poetinha" se notabilizou por seus sonetos. Quem resiste ao Soneto da fidelidade? "De tudo, meu amor serei atento...Que não seja imortal, posto que é chama Mas que seja infinito enquanto dure".

Vinícius escreveu talvez a peça teatral mais famosa do Brasil: Orfeu da Conceição, com cenário de Oscar Niemeyer e o piano de um jovem que se tornaria seu mais famoso parceiro, Tom Jobim, em 1956. Desta parceria, nasceram alguns dos clássicos mais lindos da música brasileira: Garota de Ipanema, Eu sei que vou te amar, Se todos fossem iguais a você, A felicidade, Água de beber, Eu não existo sem você, Chega de saudade, Insensatez, Ela é carioca, Pela luz dos olhos teus, entre outras. Sem falar que foi dessa parceria e da batida de violão de outro grande nome, João Gilberto, que encontramos a gênesis da Bossa nova.

Da mesma forma como se casava, Vinícius alternava com vários compositores, obtendo parcerias com Chico Buarque, Adoniran Barbosa, Francis Hime, Edu Lobo, Carlos Lyra, Ary Barroso, Pixinguinha, Baden Powell e Toquinho, entre compositores famosos e anônimos, todos tinham chance de dividir composições com ele. Desses encontros surgiram outros clássicos da música brasileira como Apelo, Minha namorada, Onde anda você, Samba de orly, Gente humilde, Arrastão, Tarde em Itapoã, Aquarela, grande parte delas em parceria com Toquinho com quem realizou sua mais longa parceria, lhe rendendo muitos discos e shows, no Brasil e exterior.

Em 2005 foi lançado o documentário Vinícius, abrangendo toda biografia do poeta, vida pessoal, parceiros e participações de amigos como Caetano Veloso , Chico Buarque, Carlinhos Lyra, Edu Lobo, Francis Hime, Gilberto Gil, Maria Bethânia, Toquinho, entre outros sob a direção de Miguel Faria Jr. e com Cristinha Morgado e Ricardo Blat recitando algumas obras poéticas. "Quem pagará o enterro e as flores se eu morrer de amores?" Tudo isso para mostrar que Vinícius continua entre nós, sempre ensinando com sua poesia e sua beleza melódica que sempre apreciaremos por toda nossa vida...

Se todos fossem iguais a você
Tom Jobim e Vinícius de Moraes

Vai tua vida
Teu caminho é de paz e amor
A tua vida
É uma linda canção de amor

Abre os teus braços e canta
A última esperança
A esperança divina
De amar em paz

Se todos fossem iguais a você
Que maravilha viver

Uma canção pelo ar
Uma mulher a cantar
Uma cidade a cantar, a sorrir, a cantar, a pedir
A beleza de amar

Como o sol, como a flor, como a luz
Amar sem mentir, nem sofrer

Existiria a verdade
Verdade que ninguém vê
Se todos fossem no mundo iguais a você

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 22 de abril de 2008

Fagner é Demais...

Fagner é demais, que intérprete, que voz! Em 1993, deixou sua veia artística à flor da pele ao interpretar canções que ainda não havia gravado, num projeto que já acalentava há anos. Canções que já há muitos anos mereciam uma releitura para o conhecimento das novas gerações. Foram vinte meses de preparo até que o disco Demais fosse lançado em maio de 1993.

Com produção de Roberto Menescal, o disco revive alguns boleros, temas de bossa nova e clássicos da música brasileira. Eu sei que vou te amar de Tom e Vinícius ficou divina na voz do cearense mais amado do país. Em seguida, temos Minha namorada, clássico de Carlinhos Lyra e novamente Vinícius, a quem Fagner dedica o trabalho. Uma interpretação sublime é dada a Manhã de Carnaval, uma mescla de suavidade e a voz grave do Fagner para nosso deleite. Nunca e Alguém como tu vem na sequência, assim como Ronda para representar os boleros e o lado seresteiro do intérprete. O mesmo pode ser dito para Da cor do pecado, Gente humilde e Brigas, tema que o fez relembrar o grande seresteiro Altemar Dutra, com quem Fagner já gravou no passado. João Valentão leva o cearense a navegar nas praias baianas de Caymmi. Novamente com Tom na faixa Dindi, é de arrepiar a interpretação. O disco ainda traz Folha morta, apenas no cd, Vingança e se encerra com Demais, faixa título do projeto.

No ano em que a Bossa nova completa 50 anos, nada mais legal que comentarmos esse projeto mais recente, também homengem a esse movimento e dos melhores discos do Fagner. O que falar de canções tão bem produzidas e agradáveis aos nossos ouvidos em sua interpretação? E um repertório de arrepiar qualquer amante da boa música brasileira, mostra o bom gosto desse cearense que sempre cativou seu público com seus maravilhosos lançamentos! Sem falar que tais sucessos acabam nos remetendo a outros intérpretes do passado para determinadas músicas como o caso de Brigas, já comentado ou Gente humilde (Ângela Maria), ou qualquer um desses boleros, já interpretados por tantos seresteiros Brasil afora. Infelizmente, nos dias de hoje, a Seresta é algo muito raro. Aqui no Recife ainda temos um momento saudoso desses que conto em breve!

Um forte abraço a todos!