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segunda-feira, 13 de junho de 2022

♫Pagode russo♫

Luiz Gonzaga é um gênio e isso fica evidente, mesmo depois de tanto tempo de sua partida. E esse clássico demonstra bem essa verdade, pois só mesmo um cara genial para pensar num tema assim que une Brasil e Rússia, que une forró e frevo. Com todos esses trocadilhos, com uma sonoridade ímpar, não poderíamos esperar nada mais que um belo clássico.

Lenine, Elba Ramalho, Zeca Baleiro e Frejat foram alguns que já cantaram ou gravaram essa canção. Mas, penso que poderia ser mais explorada por quem deseja visitar essas deliciosas canções. Animação garantida de qualquer arraial nos melhores forrós deste país chamado Nordeste. É daquelas que você visualiza a festa, seus adereços, suas tradições como uma magia, ao simplesmente ouvir uma canção como esta.

Pagode russo
Luiz Gonzaga e João Silva

Ontem eu sonhei que estava em Moscou
Dançando pagode russo na boate Cossacou
Ontem eu sonhei que tava em Moscou
Dançando pagode russo na boate Cossacou

Parecia até um frevo, naquele cai e não cai
Parecia até um frevo, naquele vai e não vai
Parecia até um frevo, naquele cai e não cai
Parecia até um frevo, naquele vai e não vai

Entra cossaco, cossaco dança agora
Na dança do cossaco, não fica cossaco fora
Entra cossaco, cossaco dança agora
Na dança do cossaco, não fica cossaco fora

Um forte abraço a todos!

quarta-feira, 24 de julho de 2019

CD Gonzaguinha - presente - duetos

Lançado em 2015, ano em que Gonzaguinha completaria 70 anos, esta compilação une a voz de nosso eterno poeta com nomes da nossa música que, de alguma forma, bebem dessa fonte da qual sentimos tanta falta nos dias atuais. Grandes clássicos de seu repertório são revividos em duetos póstumos.

O que é o que é tem a contribuição do mineirinho Alexandre Pires. Ivete Sangalo empresta seu domínio de interpretação para o clássico Sangrando. A dupla Victor e Léo aparecem em Espere por mim morena, Ana Carolina vem em Explode coração e o Lindo lago do amor brilha com Gilberto Gil. E vamos à luta, com Zeca Pagodinho e temos uma belíssima interpretação de Maria Rita para Grito de alerta.

Alcione não deixa nenhum Ponto de interrogação na sua sempre fina interpretação, bem como Lenine em Começaria tudo outra vez. O mesmo pode se dizer de Martinho da Vila em Com a perna no mundo, Fagner em Feliz, Luiza Possi em Recado, Zeca Baleiro em Guerreiro menino e Daniel Gonzaga, que se une às vozes do pai e do avô no clássico Vida de viajante. Um excelente trabalho para constar na coleção de todo amante da boa música e que deseja matar a saudade do eterno Gonzaga Jr.

Um forte abraço a todos!

quarta-feira, 6 de junho de 2018

Os Intérpretes do Brasil - 57

Zeca Baleiro, além de ser um grande compositor, dos melhores dos últimos 20 anos, é também um excelente intérprete. Haja vista que, vez por outra, somos surpreendidos com muitas dessas maravilhosas lapidações que ele produz. Recentemente, lançou um trabalho com algumas dessas interpretações. Só pra citar algumas, gosto muito da leitura que ele deu à canção Maresia, de Adriana Calcanhoto. Parece até (imagino que não) que ela fez essa música já há muito tempo pensando numa voz como a dele a gravando.

Tenho ouvido muito nos rádios a canção clássica do Jota Quest Só hoje que, na interpretação dele, ficou ainda mais viva, com mais sabor de vontade de cantar. Gosto muito também da leitura que ele deu a Ai que saudade d´ocê, que já foi sucesso nas vozes de Elba Ramalho e Fagner. Inclusive, a amizade com Fagner é tanta, pois já gravaram e compuseram juntos, que penso que ele poderia fazer um disco totalmente com sucessos deste cearense, assim como fez com Zé Ramalho.

Também seria um ótimo nome para regravar sucessos do Gonzaguinha ou do pai Gonzagão, o que dariam bons trabalhos, coisas que só são possíveis com intérpretes como ele que, parecem que trazem ouro na garganta, pronto para lapidar toda boa pérola da nossa música!

Um forte abraço a todos!

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

CD Luiz Gonzaga Baião de dois

E hoje faz 105 anos de nascimento de Luiz Gonzaga, o eterno rei do baião. Em 2012, comemorando seu centenário, a Sony lançou essa coletânea, em que aproveitava a voz de "Lua" em novos duetos memoráveis, alguns mais comuns como Fagner, Gonzaguinha, Elba Ramalho e Dominguinhos, outros mais inusitados como Zeca Pagodinho, Ivete Sangalo e Zélia Duncan.

É o que temos nas 15 faixas, todas com clássicos de Gonzagão: Asa branca (com Fagner), Siri jogando bola (com Zeca Pagodinho), Forró de cabo a rabo (com Dominguinhos), Nem se despediu de mim (com Ivete Sangalo), Estrada de Canindé (com Chico César), Danado de bom (com Zeca Baleiro), Qui nem jiló (com Zélia Duncan), A volta da asa branca (com Zé Ramalho).

E ainda, temos Deixa a tanga voar (com Jorge de Altinho), Baião de dois (com Alcione), Onde tu tá neném (com Geraldo Azevedo), Paraíba (com Elba Ramalho), Plano piloto (com Alceu Valença), Forró nº 1 (com Gal Costa) e A vida de viajante (com Gonzaguinha). Os dois últimos fonogramas, não foram feitos originalmente para este projeto, sendo aproveitados de gravações anteriores. Com produção de José Milton e do Fagner, temos aqui um grande CD para ouvirmos sempre, em todos os aniversários e festas juninas onde tocam Gonzagão!

Um forte abraço a todos!

domingo, 5 de novembro de 2017

♫Maresia♫

Essa é uma clássica canção do repertório da Adriana Calcanhotto, que me fez crer que se tratava de sua autoria até pesquisar e perceber que se trata de um poema de Antônio Cícero, musicado por Paulo Machado e imortalizado pela Adriana já nos anos 2000, embora já tivesse sido gravada anteriormente por Marina Lima, irmã do poeta-autor da canção. Zeca Baleiro obteve bastante êxito com uma regravação recente, numa levada mais "havaí", vamos dizer assim.

A letra de Maresia fala de alguém que sofreu abandono e que vê no cotidiano do marinheiro um desejo de fuga. Deseja a vida nômade do marinheiro como solução do abandono e solidão na qual se sente inserido. Uma vida sem muita dedicação para evitar novas decepções, formas diferentes de encarar a vida e suas contrariedades.

Maresia
Paulo Machado e Antônio Cícero

O meu amor me deixou
levou minha identidade
não sei mais bem onde estou
nem onde há realidade

Ah, se eu fosse marinheiro
era eu quem tinha partido
mas meu coração ligeiro
não se teria partido

ou se partisse colava
com cola de maresia
eu amava e desamava
sem peso e com poesia

Ah, se eu fosse marinheiro
seria doce meu lar
não só o Rio de Janeiro
a imensidão e o mar

leste oeste norte sul
onde um homem se situa
quando o sol sobre o azul
ou quando no mar a lua

não buscaria conforto
nem juntaria dinheiro
um amor em cada porto
Ah, se eu fosse marinheiro...

Um ótimo domingo a todos!

domingo, 9 de novembro de 2014

♫Ai que saudade d´ocê♫

Grande canção nas vozes de Fábio Jr., Fagner, Geraldo Azevedo e Elba Ramalho e, resgatada pelo Zeca Baleiro e sucesso na trilha da novela Império. Cada um à sua maneira transforma esta num verdadeiro clássico nordestino, com aquela pegada e letra que remete ao regional, sobretudo com o "ocê" e o clima que ela imprime ao ambiente, algo não comum a todas as canções!

A letra de Ai que saudade d´ocê fala, claro, de saudade, mas não daquela saudade acompanhada de dor e sim, daquela saudade que "tem solução". O pássaro leva o recado certo, cartas também são sugeridas, que justificam uma saudade momentânea de quem trabalha por um tempo maior, mas que logo estará de volta para resolver tudo isso!

Ai que saudade d´ocê
Vital Farias

Não se admire se um dia
Um beija-flor invadir
A porta da tua casa
Te der um beijo e partir
Fui eu que mandei o beijo
Que é pra matar meu desejo
Faz tempo que eu não te vejo
Ai que saudade d'ocê

Se um dia ocê se lembrar
Escreva uma carta pra mim
Bote logo no correio
Com a frase dizendo assim
Faz tempo que eu não te vejo
Quero matar meu desejo
Te mando um monte de beijo
Ai que saudade sem fim

E se quiser recordar
Aquele nosso namoro
Quando eu ia viajar
Você caía no choro
Eu chorando pela estrada
Mas o que que eu posso fazer
Trabalhar é minha sina
Eu gosto mesmo é d'ocê

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

CD Fagner Pássaros urbanos

Feliz por ver, depois de cinco anos, um novo produto inédito do Fagner, um dos meus artistas nacionais favoritos, nas lojas. Pássaros urbanos tem produção de Michael Sullivan que também assina algumas das canções do novo álbum que também traz outros grandes compositores como Zeca Baleiro e Fausto Nilo, além de Belchior, Jaime Alem e Clodo Ferreira.

É certo que não temos um produto com canções totalmente inéditas, pois constam Paralelas e No Ceará é assim (que Fagner faz nova leitura, pois já tinha gravado antes). Mas, as demais são totalmente inéditas, o que abastece esse mercado tão carente de canções assim atualmente. Não é inédito trabalhar com Baleiro, mas é sempre prazeroso termos mais um dueto entre eles, na faixa Samba nordestino, além de terem composto juntos a faixa Toda luz.

Michael Sullivan assina as faixas Arranha-céu e Tanto faz (as mais lindas do CD, na minha opinião). Fausto Nilo assina quatro composições: a faixa-título Pássaros urbanos, Arranha céu, Versos ardentes e Balada fingida. Fagner também assina parceria com Clodo na faixa de abertura Se o amor vier e Jaime assina Doce viola. Um trabalho simples, com uma capa simples, encartes simples, e ao mesmo tempo, sofisticado na ousadia de lançar trabalho inédito de uma voz que tanto já emocionou esse país!

Um forte abraço a todos! 

domingo, 23 de setembro de 2012

CD Fagner Fortaleza

Raimundo Fagner é dos melhores desse país e sua discografia apresenta trabalhos fascinantes. Um de seus trabalhos mais recentes foi este lançado em 2007, intitulado Fortaleza. Com o intuito de homenagear a capital de seu Estado, Fagner compôs com Fausto Nilo a canção título e reuniu outras canções inéditas neste trabalho que não tocou tanto nas rádios, nem apresentou clássicos a seu repertório, mas nem por isso é menor em sua obra.

Começamos com Rancho das flores, uma letra de Vinícius de Moraes, sobre o clássico de Bach. Com o intuito de retratar a capital cearense, musicalmente falando, Fagner segue com suas composições como Amor e utopia, Difícil acreditar e Maria Luiza, parcerias divididas respectivamente com Fausto Nilo, Clodô e Câmara Cascudo.

O Fagner totalmente intérprete aparece em Preciso de alguém, No tempo dos quintais, Esquina do Brasil, Maria do futuro e Toque sanfoneiro toque. Dois duetos presentes neste trabalho são Colando a boca no teu rosto (com Zeca Baleiro) e Fácil de entender (com Jorge Vercilo). Se a mídia não prestou muita atenção a este trabalho ou as rádios não tocaram, perdem os ouvintes, pois podem ter certeza que Raimundão Fagner continua "em forma" com aquela voz e interpretação ímpares e com uma elegância fora de série ao homenagear uma das cidades mais lindas desse país!

Um forte abraço a todos!

domingo, 27 de maio de 2012

Olhando as estrelas - 25

Tudo começou quando um foi ver o show do outro e se encantou. Depois disso, compuseram, gravaram canções, participaram de shows, lançaram CD e DVD e continuam a parceria, tudo isso fizeram e fazem juntos, por isso abrilhantam hoje a série. Claro que cada um tem sua carreira solo brilhante, mas não podemos negar que quando Fagner e Zeca Baleiro se encontram, podemos aguardar coisas boas!

A parceria entre eles começou tão firme que no CD Fagner de 2001 compuseram três canções que foram Tempestade, Outra era e A tua boca, esta última conta com a participação do Zeca dividindo a gravação da faixa com Fagner. No CD/DVD Raimundo Fagner me leve ao vivo temos a participação do Zeca nas faixas Você só pensa em grana e A tua boca. Em 2003 apontam para o ápice dessa parceria com o CD e DVD Fagner e Zeca Baleiro, em que compuseram e gravaram juntos as faixas, compostas também com outros compositores.

No CD Donos do Brasil 2004 do Fagner, temos mais uma parceria na composição e gravação de Dezembros. Em Fortaleza, CD do cearense de 2007, temos Colando a boca no teu rosto, também com dueto na composição e na gravação. E no mais recente CD do Fagner, Uma canção no rádio, ambos dividem mais uma parceria e a gravação da faixa-título. E imagino, que mais virão por aí, pois Fagner com sua generosidade de tantas parcerias também aprende com Zeca e todos nós só temos a ganhar com essas estrelas juntas!

Um forte abraço a todos!

domingo, 21 de agosto de 2011

CD e DVD Raimundo Fagner Me leve ao vivo

Em 2002, sob a co-produção de José Milton, Fagner lançou o CD/DVD Me leve ao vivo, resultado de um show gravado no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro. A apresentação reune grandes sucessos do cearense, além de alguns outros menos explorados ao logo de sua carreira, provando que Fagner tem noção do repertório de sucesso que sempre dispôs para os fãs apaixonados pelo seu trabalho.

Encontramos clássicos não só do Fagner, mas da música brasileira como é o caso de Mucuripe, Guerreiro menino, Espumas ao vento, Fanatismo, Jura secreta, As rosas não falam, Canteiros, Revelação, Deslizes, Noturno, Borbulhas de amor e Súplica cearense. Outras menos conhecidas de seu repertório que aparecem no show são Festa da natureza, Muito amor, Me leve, Quem me levará sou eu e Ave Maria de Gounod, que Fagner dedica a uma freira que estava na plateia.

O show conta com a participação especial de Zeca Baleiro, que divide os vocais em Você só pensa em grana e A tua boca, que abre o bloco dedicado ao forró, inclusive no cenário, em que Fagner canta Vem viver essa paixão, Lembrança de um beijo, Numa sala de reboco, Pedras que cantam e a deliciosa Quando chega o verão, de Dominguinhos, em que Raimundo Fagner prova que aprendeu direitinho com o eterno mestre Lua, nosso Gonzagão!

Um forte abraço a todos!

sábado, 9 de abril de 2011

Telegrama

Gosto do Zeca Baleiro, de sua voz grave, de suas geniais composições. Já comentamos um pouco sobre sua carreira antes. Futuramente, pretendo falar sobre seus encontros dentro da música brasileira com artistas como Gal Costa e Fagner, na Série Olhando as estrelas.

Por enquanto, ficamos com Telegrama, uma de suas canções mais românticas e ao mesmo tempo mais engraçadas. Unir amor com humor não parece tarefa fácil, pois não temos tantas canções assim, mas Zeca pareceu tirar de letra essa canção onde revela que um simples gesto pode enlouquecer quem ama! E quem duvida?

Telegrama
(Zeca Baleiro)

Eu tava triste, tristinho
Mais sem graça que a top-model magrela na passarela
Eu tava só, sozinho
Mais solitário que um paulistano,
Que um canastrão na hora que cai o pano

Tava mais bôbo
Que banda de rock
Que um palhaço
Do circo Vostok

Mas ontem eu recebi um Telegrama
Era você de Aracaju, ou do Alabama
Dizendo: Nêgo sinta-se feliz
Porque no mundo tem alguém que diz:

Que muito te ama!
Que tanto te ama!
Que muito muito te ama,
Que tanto te ama!

Por isso hoje eu acordei
Com uma vontade danada
De mandar flores ao delegado
De bater na porta do vizinho
E desejar bom dia
De beijar o português da padaria

Mama! Oh Mama! Oh Mama!
Quero ser seu!
Quero ser seu!
Quero ser seu!
Quero ser seu papa!

Um forte abraço a todos!

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Raimundo Fagner - Uma canção no rádio

Um dos poucos artistas que ousaram a lançar trabalhos inéditos ano passado foi meu ídolo Fagner em Uma canção no rádio, onde comemora seus sessenta anos de vida. Com direito a edição comemorativa pela Som Livre, o cd apresenta um merecido requinte em seu encarte que traz produção do próprio Fagner. A canção Muito amor, que Fagner já tinha gravado em 2001, ganha nova roupagem como um tango eletrônico e abre o cd.

Na sequência, um novo cantor e compositor conterrâneo do Fagner, descoberto por ele e de quem gravou só nesse cd três canções: Regra de amor, Amor infinito e Martelo, ambas de Oliveira do Ceará. A canção Martelo traz um dueto inédito com Gabriel, o pensador que também divide a composição, colaborando com sua parte declamada. A faixa Uma canção no rádio, que dá título ao cd, é mais uma parceria sólida entre Fagner e Zeca Baleiro, com quem divide o dueto e a composição.

Outra composição que revela uma parceria inédita é Farinha comer, de Fagner e Chico César. Temos ainda Sonetos e A voz do silêncio, além do passeio de Fagner pela música nordestina ao regravar Me dá meu coração, de Accioly Neto em um forró reggae, se é que podemos chamar assim e, Flor do mamulengo, sucesso da banda Mastruz com leite, com uma leitura própria do Fagner.

É um trabalho primoroso, um presente a quem tanto admira o Fagner e acompanha sua obra ano a ano, apreciando sua voz e suas gravações e suas ousadias musicais que nos proporcionam sempre agradáveis trabalhos como este!

Um forte abraço a todos!

sábado, 14 de março de 2009

Gal Costa Acústico MTV

Hoje abordaremos mais um grande sucesso da série Acústicos da Mtv: Gal Costa. Lançado em 1997, esse acústico teve a produção de Mazzola e arranjos do grande maestro Wagner Tiso que, com sua genialidade, ajudou a criar grandes clássicos do repertório da Gal, além de nos proporcionar duetos memoráveis.

O show começa com um leve baixo e Gal interpretando Baby, do mano Caetano. Em seguida, ainda em clima de Tropicália, agora com Gil, interpreta Barato total. Nessa mesma praia baiana ainda cabe Caymmi em Só louco, onde Gal é uma das intérpretes (se não for a maior) que imortalizou esse clássico da música brasileira. O mano Caetano aparece na maioria das composições como Coração vagabundo, Não identificado, London London (com Wagner Tiso ao piano) e Força estranha, que Gal regravou depois do rei Roberto. Tem Chico Buarque também com Folhetim. As duas últimas presentes apenas no dvd.

O primeiro convidado da noite é Hebert Viana, na época pré-acidente que tirou seus movimentos das pernas, mas não seu talento presente nesse dueto de arrepiar em Lanterna dos afogados, clássico do repertório do Paralamas. Gal ainda revive Teco-teco e O amor (também presente apenas no dvd), para em seguida receber o segundo convidado, Luiz Melodia, autor da canção escolhida, também clássico no repertório da Gal: Pérola Negra. Na sequência, Vaca profana, para em seguida, o próximo convidado: Roberto Frejat e um clássico do repertório do Milton Nascimento composta com Caetano Veloso, a canção Paula e Bebeto.

Gal apresenta as canções Falsa baiana e Camisa amarela, para então chamar o último convidado da noite, o então estreante Zeca Baleiro, que havia composto uma canção inspirado em um clássico da Gal que foi entoado naquele momento : Vapor barato e À flor da pele. O show se encerra com três "cacetadas" do repertório da Gal: Sua estupidez, de Roberto e Erasmo; Você não entende nada, de Caetano e Aquarela do Brasil, de Ary Barroso.

É um trabalho histórico e repetir isso é ecoar o pensamento de todo amante da música brasileira. Entretanto vale ressaltar que é em trabalhos como esses que artistas como Gal Costa mostram todo seu talento e, especificamente, Gal mostra porque seu nome é Gal...

Um forte abraço a todos!

domingo, 18 de maio de 2008

Se eu digo pare, você não repare...

Zeca Baleiro é um dos nomes da música contemporânea. José Ribamar Coelho dos Santos é natural de São Luís, mas foi em São Paulo que obteve seu reconhecimento nacional. O apelido surgiu porque desde criança sempre gostou de balas, daí surgiu o termo "baleiro".

Compositor de sucessos como Flor da pele, Lenha, Proibida pra mim e Palavras e silêncio, respectivamente gravadas por Gal Costa, Simone, Charles Brown Jr. e Fagner, Zeca também interpreta outros artistas como Roberto Carlos, Zé Ramalho e Fagner, com quem já gravou um disco recentemente.

Ele já participou de discos de diversos artistas, tidos como ídolos seus como Gal Costa, em acústico mtv, com a canção Flor da pele, que fez inspirado em Vapor barato, sucesso da baiana; Alceu Valença, no recente dvd do pernambucano, divide a faixa Vassourinha aquatica e com Elba Ramalho, no cd Cirandeira, em que também toca violão na faixa Alma nua.

Mas, a parceria mais marcante, no quesito trabalhos realizados é com Fagner. O cearense que é veterano em discos com outros artistas e duetos, como os dois discos que fez com Luiz Gonzaga, foi generoso e, após regravar algumas composições e duetos com Zeca, partiu para um projeto mais ambicioso, um disco com composições da dupla e gravado pelos dois, em 2003, onde mesclamos a genialidade e experiencia do cearense com a modernidade do maranhense e dois artistas do Nordeste do Brasil para o mundo.
Zeca, com seu violão afinado e seu jeito calmo de interpretar as canções só vem mostrar que se ele disser pare, não reparemos o que possa parecer, porque com certeza, do Zeca, sempre virá uma musicalidade respeitável.



Um forte abraço a todos!