quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Se eu tivesse o coração que dei...

Moacyr de Oliveira Franco, grande cantor, compositor, ator e humorista, grande astro da música brasileira! Mineiro de Ituiutaba, começou sua carreira nos anos 60 no programa A praça da Alegria, onde também participa atualmente do programa A praça é nossa, com Carlos Alberto da Nóbrega! Manoel da Nóbrega foi seu grande padrinho.

E foi lá na década de 60 que começou seu sucesso como cantor com a marchinha Me dá um dinheiro aí! A partir daí fez vários sucessos como A balada número sete, em homenagem a Mané Garrincha, ou Turbilhão que sempre é sucesso em vários carnavais ou canções românticas como Ainda ontem chorei de saudade, Balada do amor sublime, Contigo aprendi, Eu nunca mais vou te esquecer, Seu amor ainda é tudo, Felicidade começa com fé, Suave é a noite, Tudo vira bosta, entre outras.

Moacyr sempre está na mídia e seus shows são sempre concorridos por uma platéia fiel que o acompanha há anos! Em seus espetáculos, apresenta seus clássicos e também um pouco de tantos personagens que interpretou nesses anos todos em seus programas humorísticos. Durante a década de 70, Moacyr quase nos abandona, mas teve um renascer das chamas com as canções sertanejas Seu amor ainda é tudo e Ainda ontem chorei de saudade, com João Mineiro e Marciano. Recentemente fez Tudo vira bosta que entrou no repertório de Rita Lee. Moacyr é um showman que merece todo nosso respeito e nossa reverência pois está aí fazendo shows, divertindo seu público e encantando platéias que nunca mais vão o esquecer!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Levando um violão debaixo do braço...

Formada em 1992, a banda mineira Pato Fu leva seu rock alternativo aos quatro cantos do país e tem como atuais integrantes Fernanda Takai, John Ulhoa, Ricardo Koctus, Xande Tamietti e Dudu Tsuda. A banda navega do pop rock à música experimental e emplaca sucessos como Depois, Ando meio desligado, Sobre o tempo, Canção pra você viver mais, Made in Japan, etc.

Curioso é que Fernanda, que era de outra banda resolveu formar o Pato fu com outros dois amigos, John e Ricardo, onde conhecera de uma loja de instrumentos e que também eram de outra banda. O nome veio em alusão a uma tira do gato Garfield, que se chamava Gato Fu. Mudaram o primeiro nome e lançaram uma banda com um nome e um som meio estranho a tudo que acontecia. Seu primeiro disco saiu em 1993, Lotomusic de Liquidificapum. O disco não trouxe grande êxito, mas alavancou uma gravadora de maior porte a contratar os mineiros e gravarem outros trabalhos. A banda acumula 9 cds e três dvds, e muitas viagens pelo mundo afora. Em 2007 lançaram o disco independente Daqui pro futuro, disponibilizado antes na internet.

A vocalista e líder da banda, Fernanda Takai é conhecida por sempre pedir autógrafos e fotos com os artistas que considera ídolos. Em 2007 lança um dos melhores trabalhos do ano, o disco Onde brilhem os olhos seus, todo em homenagem ao repertório de Nara Leão. Estão lá clássicos da Nara como Diz que fui por aí, Com açucar com afeto, Debaixo dos caracóis dos seus cabelos, Insensatez e Estrada do sol em um trabalho que mostra não apenas o amadurecimento de Fernanda como intérprete, mas seu bom gosto e todo o profissionalismo do Pato fu que participam no disco com John e Lulu (ex-integrante). Por esse trabalho e pelo público fiel que a banda conquistou durante todo esse tempo, aqui está um simples registro de mais um grupo de jovens que fazem a música contemporânea.

Um forte abraço a todos!

domingo, 14 de setembro de 2008

O amor me escolheu

A letra apresentada essa semana foi feita por uma das melhores cantoras/compositoras dos últimos anos: Adriana Calcanhoto. Porém tornou-se conhecida por Paulo Ricardo através do disco de mesmo nome lançado em 1997. Um fato curioso até o presente momento é que quando comecei a fazer esse post, queria dizer que a canção me lembrava o Roberto e que embora o Paulo a tivesse gravado, acreditava que Adriana tinha feito para o rei cantar, embora compreender que jamais Roberto afirmaria que era um rei.

Bom, não sei se foi feito para o Roberto gravar ou apenas em sua homenagem, ou seja, o rei foi a inspiração, mas, ao visitar o site oficial da cantora em busca de algo mais, vi a seguinte frase acima da letra: "Para Roberto Carlos"! Então preciso dizer ou pensar mais alguma coisa? Confesso que fiquei ainda mais emocionado porque é uma linda homenagem: creditar ao Roberto Carlos o título de cantor oficial, definitivo do amor é um reconhecimento popular geral. Ele canta o amor puro, verdadeiro, sem limites, bem sucedido, eterno!

E, voltando à canção, sua letra remete a um personagem que ama, que anda por onde o amor o leva, contando seus detalhes, seu jeito estúpido de ser, voltas ao portão, o que encontramos além do horizonte, na paz de um sorriso, o que vemos da janela... É uma canção que faz refletir que existem pessoas que amam ao extremo e são felizes por isso, apesar de um mundo tão desamante, o amor faz suas próprias leis!

E o amor leva o personagem aonde ele for! Realmente não há dúvidas que a canção fala do Roberto como um rei da voz e do tema, mas fala também de todos que, de repente, também amam nessa linha, que transformam sua voz e suas ações em meros instrumentos do amor e da paz, para plantar aquela flor no quintal do vizinho! Claro que encontraremos sempre adversidades e nossas falhas humanas estarão em muitos momentos mais evidentes, mas todos nós estamos sempre estaremos aptos às escolhas do amor:

O amor me escolheu
(Adriana Calcanhoto)

Eu andei
por onde o amor me levou
Eu voltei
por onde o amor me chamou
Eu amei
como homem nenhum nunca amou

O amor me escolheu
logo eu, que de amor nada sei
Eu que onde quer que o amor me quiser, estarei

Eu, que se assim quer o amor sou um rei
Eu serei pelo tempo que for
quando o amor quiser ser minha voz
o seu cantor!

Um forte abraço a todos!

sábado, 13 de setembro de 2008

Roberto Carlos en vivo

Esse humilde espaço está em festa, afinal não é todo dia que se recebe sua majestade musical: o maior artista da música brasileira de todos os tempos! E hoje para anunciar seu mais recente trabalho, o cd/dvd gravado em Miami/USA em maio de 2007 e lançado essa semana. Afinal, qual parte do mundo não fica mais feliz com a sua visita?

O cd foi lançado em julho e o dvd chegou às lojas essa semana! O que um fã apaixonado pela obra do Roberto pode afirmar que vocês não vão achar meras palavras de fã? A voz do Roberto tá perfeita! Uma divisão de voz surpreendente: significa que ele consegue dizer as palavras nas notas melódicas, respirar no momento certo, etc. Os arranjos do Eduardo Lages, bom, sobre esse não posso nem falar porque sou suspeito! Grande fã dele, Eduardo simplesmente exagerou... Mas, exagerou no sentido de "que coisa tão perfeita", tão além do que se espera! Uma orquestra afinadíssima e emocionante!

As imagens começam com vistas parciais da belíssima cidade e uma limousine se dirigindo ao local do show! De repente a orquestra e o rei no palco aplaudidos de pé por fãs latinos emocionados! Incrível como o Roberto é tão respeitado em toda parte! E "las emociones se empezam", ops, as emoções se iniciam justamente com Emociones. Em seguida, Que será de ti, versão de Como vai você, com direito a solo de sax arrasador. Cama y mesa, que o rei já não canta desde o show Luz - 1993/1995, ganha aquele arranjo lindo com introdução de flautas! Detalhes aparece meio espanhol, meio português na mesma versão de um banquinho e um violão!

Desabafo que é também um clássico hispânico é lembrada logo em seguida e o rei explica o "atrevimento" que foi gravar Carlos Gardel. Pede licença à platéia e manda uma interpretação arrebatadora para o clássico latino El dia que me quieras. A jovem guarda é representada com O calhambeque, em português, com direito a carro inflável, em seguida, Mujer pequeña, sucesso mais contemporâneo del rey. Roberto senta-se ao piano e explica que teve o privilégio de conhecer "Un grand amor" ao se referir à Maria Rita e cantar Acróstico em português, sendo muito aplaudido após esse número!

Num momento de cancões mais sensuais temos Propuesta e Concavo y convexo. Para finalizar La distância, Amigo e Jesus Cristo, esta última em português. Chegou a tradicional distribuição de rosas e quem pensa que El show ya terminó, el rey vuelta ao palco para bis com Amada amante, Un gato en la oscuridad e finaliza com Yo solo quiero, com direito a côro de platéia com mãos dadas! Com produção de Guto Graça Melo e Mauro Mota, muito poderia ser dito sobre esse grandioso presente que o rei nos dá junto com as flores de setembro, sem dúvida "Son muchas emociones"...

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Em plena praia no céu azul brilhava o sol...

Uma das maiores vozes do país - Agnaldo Coniglio Rayol, natural de Niterói. Já aos oito anos, Agnaldo cantava na Rádio Nacional e curiosamente aos doze anos estréia no cinema. Nos anos 50, com a voz potente que conhecemos, firmou-se com o estilo operístico de cantores anteriores à sua geração como Vicente Celestino e Francisco Alves, este último, considera a melhor voz do Brasil de todos os tempos.

Sua voz é sem dúvida reverenciada por todos que já tiveram o privilégio de escutá-la, sobretudo noivas de todas as gerações que nunca hesitaram em pagar um cachê um pouco mais caro que o dos cantores comuns de celebrações só pra tê-lo em suas cerimônias, interpretando, dentre outras a Ave Maria.

Na década de 60 viveu uma grande fase em sua vida artística com a apresentação do programa de auditório Agnaldo Rayol Show. Outra curiosidade é que ele foi um dos convidados de estréia do programa Jovem Guarda na Record. Também atuou em vários filmes nessa mesma década e nos anos 70, em novelas. Em 1981 venceu o Festival da Canção no Uruguai e expandiu sua carreira para outros países como Argentina, Estados Unidos, Itália, México e Portugal.

Foi na década de 90 que Agnaldo fez sucesso interpretando canções em italiano, com forte influência de sua mãe que era italiana. Entre elas, as mais famosas foram temas de novelas: Mia Gioconda em dueto com Christian e Ralf, da novela O rei do Gado e Tormento D´Amore em dueto com a soprano Charlotte Church. Outros sucessos do seu repertório são A praia, Amigos para sempre, Dio come ti amo, Fascinação, Eu sonhei que tu estavas tão linda, Sangrando, Se todos fossem iguais a você, Eu sei que vou te amar, Somos iguais, entre outras.

É sem sombra de dúvidas um artista para ser reverenciado e respeitado, pois além de emocionar tantas pessoas com sua voz, também vivencia momentos emocionantes como as missas que sempre participa ao lado do Padre Marcelo ou, em especial quando cantou para o Papa Bento XI durante a Canonização do Frei Galvão, sendo merecedor desses e de outros momentos felizes de sua vida por ser uma pessoa tão carismática entre os cantores da música brasileira.

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Preste atenção, essa é a nossa canção...

Vanessa Sigiane da Mata Ferreira é mais um grande nome da música contemporânea. Natural de Alto Garças, interior de Mato Grosso, Vanessa cresceu ouvindo ídolos como Luiz Gonzaga, Tom Jobim, Milton Nascimento e Orlando Silva, criando um gosto eclético que caracterizaria sua carreira. Morou sozinha em Uberlândia (MG), onde prestaria o vestibular para Medicina e paralelamente cantava nos barezinhos da cidade.

Já em São Paulo, nos anos 90, fez parte de várias bandas, enquanto trabalhava como modelo e jogadora de basquete. Conhece Chico César, com quem compôs A força que nunca seca, gravada por Maria Bethânia e que foi título de seu disco de 1999. Bethânia também gravou O canto de Dona Sinhá. Daniela Mercury gravou Viagem de sua autoria e com Ana Carolina compôs Me sento na rua, gravado por Ana.
Alcançado o sucesso como compositora, surge a cantora no primeiro cd em 2002 com os sucessos Nossa canção, Não me deixe só e Onde ir. Já no seu segundo disco alcançou o topo das paradas com o hit Ai, ai, ai. Outros sucessos de Vanessa são Ainda bem, Eu sou neguinha, Esqueça, História de uma gata, Amado, Senhor do tempo, entre outras dessa artista que já trabalhou com músicos como João Donato, Jacques Morelembaum, Davi Moraes, entre outros e que é sem sombra de dúvida uma grande promessa no atual cenário musical.
Um forte abraço a todos!

domingo, 7 de setembro de 2008

Independência musical do Brasil

Amigos, em virtude do feriado de Independência do Brasil, que esse ano já caiu em um feriado, domingo, vamos comentar sobre canções que trazem como tema central o Brasil, sejam carregadas de protestos, sejam com algumas conotações mais ufanistas.

A primeira que me vem à mente é sem dúvida a mais linda, mais famosa, mais lembrada em toda a parte do mundo. Composta por Ary Barroso em meados dos anos 39-41 ( ninguém sabe ao certo a data exata), é o samba exaltação mais famoso do mundo. Já foi intepretada por quase todos os grandes nomes da nossa canção e por alguns artistas estrangeiros quando desejam reverenciar nosso país verde e amarelo. Gal Costa a imortalizou, cantou também com o rei Roberto Carlos, que também a cantou com Martinho da Vila em outro especial. Julio Iglesias já a interpretou, bem como os tenores Pavarotti, Carreras e Domingo, e por aí vai em um côro só, todo mundo repetindo: "Brasil, meu Brasil brasileiro..."

Na época da ditadura e pós-ditadura, anos 60 e 70, a música brasileira flertou com o conflito entre as canções de protesto e as canções de exaltação à pátria. Mesmo sem poder citar certas palavras, filtradas pela censura, tivemos coisas como "Eu te amo meu Brasil, eu te amo..." ou "Pra frente Brasil, Brasil, Salve a seleção..." em confronto com coisas como " Caminhando contra o vento, sem lenço, sem documento, no sol de quase dezembro, eu vou..." ou " Quem sabe faz a hora não espera acontecer..." Um pouco depois, os Novos Baianos já cantavam "Brasil, esquentai vossos pandeiros, iluminai os terreiros que nós queremos sambar" em samba de Assis Valente.

Nos anos 80 tivemos um irreverente Cazuza disparando um desafio: "Brasil, mostra a tua cara, quero ver quem paga pra gente ficar assim, ... Qual o teu negócio, o nome do teu sócio?, confia em mim..." E a mesma Gal, que também imortalizou esses versos veio com "No céu, no mar, na terra! Canta Brasil!". Ivan Lins também já mostrava os novos ares que aterrissavam no país com "No novo tempo, apesar dos castigos, estamos em cena, estamos nas ruas, quebrando as algemas pra nos socorrer..." Mas, achou pouco e anos mais tardes, mandou " Aqui é o meu país, nos seios da minha amada... Vitórias, ponteios e desafios no peito do Brasil". E o rei Roberto também mandou ver em "Só quem leva no peito, esse amor, esse jeito, sabe bem o que é ser brasileiro..."

Nos anos 90, tivemos um país cantado também pelo gênero sertanejo com Zezé di Camargo em "Tem alguém levando lucro, tem alguém colhendo fruto sem saber o que é plantar, tá faltando consciência, tá sobrando paciência, tá faltando alguém gritar..." E você, lembra de alguma canção ufanista que podemos citar como comemoração da data de hoje? Afinal, não importa se a canção é de protesto ou de exaltação, e sim que sabemos cantar esse país e todos os seus problemas e riquezas que nos oferece!

Um forte abraço a todos e Viva ao Brasil!

sábado, 6 de setembro de 2008

Eternas ondas

Amigos, a partir de hoje e semanalmente destacarei alguma letra da música brasileira, dessa melhor música do mundo que traz tanta poesia e cor em suas melodias e, também em suas letras que enriquecem nosso aprendizado. Espero contar com os comentários que, sem dúvida, contriuirão de forma positiva com cada simples mensagem em relação à tão rica poesia de qual dispomos. Hoje comentaremos um pouco sobre Eternas ondas, canção clássica do repertório do Zé Ramalho e da música brasileira.

Gravada por artistas como Fagner, Fábio Jr. e pelo próprio Zé Ramalho, Eternas ondas foi feita para o rei Roberto Carlos interpretar, fato esse contado no encarte do cd Antologia Acústica do Zé Ramalho, lançado em 1997. Zé nos relata que teve a honra de passear com o rei em seu iate particular e enviou uma canção para Roberto gravar. Mesclou seu misticismo com a religiosidade de sua majestade musical. Resultado: Uma canção carregada de metáforas que nos conta uma das passagens bíblicas mais antológicas - O Dilúvio.

A canção traz trechos que, ora mostram a natureza em fúria como em "Devastando a sêde desses matagais...", "Derrubando árvores, pensamentos, seguindo a linha...", ora as confronta com momentos de calmaria como em " E se teu amigo vento não te procurar..."! Uma das poesias mais lindas da mpb, segue letra abaixo da canção que o rei infelizmente não gravou, mas Fagner a interpretou muito bem, sobretudo na releitura feita em dueto com Fábio Jr. no cd Amigos e canções de 1998.

Eternas ondas
(Zé Ramalho)

Quanto tempo temos antes de voltarem aquelas ondas
Que vieram feito gotas em silêncio tão furioso
Derrubando homens entre outros animais
Devastando a sede desses matagais

Devorando árvores, pensamentos, seguindo a linha
do que foi escrito pelo mesmo lábio tão furioso.

E se teu amigo vento não te procurar
É porque multidões ele foi arrastar. (bis)

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Hoje que a noite está calma...

Eurípedes Valdick Soriano é mais um ícone da música brasileira. Nascido na Bahia, Valdick é taxado de brega por suas canções bastante populares, mas que sempre exibiram sua classe ao interpretá-las, com um conteúdo gratificante para os mais apaixonados, detalhando amores malsucedidos, mas sem apelação e, às vezes com bom humor!
Antes de ingressar na carreira artística, trabalhou como lavrador, engraxate e garimpeiro. Apesar das dificuldades, conseguiu se tornar conhecido nos anos 50 com a música Quem és tu?. A partir daí começou a se destacar por suas canções dor-de-cotovelo e seu visual revolucionário para a época: sempre usava roupas negras e óculos escuros.Seu maior sucesso popular é Eu não sou cachorro não, que foi regravada em um inglês meio enrolado pelo humorista Falcão. Também se tornaram conhecidas outras músicas suas, tais como Paixão de um Homem, A Carta, A Dama de Vermelho, Perfume de Gardênia e Se Eu Morresse Amanhã.


Uma das canções mais lindas do Waldick é Tortura de Amor, que segundo contam foi feita em 1962 e, censurada em 1974, quando foi por ele reeditada, pois o regime não tolerava que se falasse a palavra tortura. Graças a Deus, tempos mais tarde essa canção se imortalizaria como um dos melhores boleros nacionais.
Waldick também marcou nas telinhas. Na televisão, com Silvio Santos, protagonizou uma das mais inusitadas cenas da televisão brasileira: no abraço que deram, foram perdendo o equilíbrio até ambos caírem, abraçados, no chão. No cinema, com a direção de Patrícia Pilar, Fausto Nilo e Quito Ribeiro, foi lançado o documentário Waldick - Sempre no meu coração.
Quando comecei a fazer esse post, Waldick ainda estava entre nós! E estará sempre pois suas canções se tornaram inesquecíveis e para nós será lembrado por sua contribuição e presença artística na música brasileira. Sempre haverá uma noite calma para ouvirmos seus sucessos...
Um forte abraço a todos!

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Jair Alves de Souza

Um dos maiores nomes da Jovem Guarda e posteriormente, divulgador do rock nacional: Jair Alves de Souza ou simplesmente, Jerry Adriani. Paulista do Brás, Jerry começou sua carreira como vocalista do grupo Os Rebeldes. Depois lançou seu primeiro disco em 1964, Italianíssimo. Em 1965, estoura com o Lp Um grande amor, seu primeiro disco em português.

Apresentou programas na antiga Excelsior e na Tv Tupi, onde apresentava nomes da Jovem Guarda e da Mpb. Por seu estilo onde mesclava rocks e baladas, é considerado até hoje como um dos grandes nomes da Jovem Guarda. Ao mesmo tempo é reconhecido por sua elegância ao interpretar canções em italiano. Seu timbre de voz, hora é associado ao Elvis, ora ao Renato Russo, que também gravou canções em italiano.

Jerry também atuou no cinema em três filmes onde era ator/cantor: Essa gatinha é minha, Jerry a grande parada e Jerry em busca do tesouro. Foi o responsável pela ida de Raul Seixas ao Rio de Janeiro que o acompanhou em alguns shows com a banda Raulzito e os Panteras. Raul ainda foi seu produtor, até iniciar sua carreira solo. Sua ligação com Elvis também rendeu um disco Tributo ao rei do rock já nos anos 90.

Algumas de suas inesquecíveis interpetações são: Caruso, C´era um Ragazzo che come me amava i Beatles i Rollings Stones, Cose della vida, Datemi un martello, Doce doce amor, Hit parade do coração, Monte castelo, Ouro de tolo, Querida, Roberta/Champagne, Tutti Frutti, entre tantas. Atualmente, segue divulgando seu mais recente dvd, onde resgata toda sua brilhante e bem sucedida carreira com a mesma voz de sempre, admirada por todos!

Um forte abraço a todos!