terça-feira, 17 de maio de 2011

Fique mais uma estação...

Natural de Belém/PA, ele é referência quando o tema é o estouro que foi a lambada, ritmo contagiante sobretudo no final dos anos 80 e começo dos anos 90. Considerado o rei da lambada, Raimundo Roberto Morhy Barbosa, sempre foi conhecido por Beto Barbosa. Campeão de vendas no final dos anos 80, sobretudo pelo sucesso da canção Adocica.

Seu sucesso conquistou todo o país, com canções como Baila neguinha, Preta, Fruto proibido, Dançando lambada, Chamego, Meu amor não vá embora, etc. E uma febre fez esse ritmo renascer, pois anos antes, Sidney Magal também estourava com canções que remetiam a esse ritmo. No Nordeste Brasileiro, a lambada superou por um tempo o forró, chegando a substituí-lo em festas juninas.

Mas, como muitos modismos, a lambada também teve seu tempo e também sofreu seus preconceitos. Mas, acima disso estão artistas como Beto Barbosa, que até hoje continua lotando shows, levando suas músicas e fazendo o povo dançar sob o ritmo que domina tão bem.

Um forte abraço a todos!

domingo, 15 de maio de 2011

CD e DVD Agnaldo Rayol - 50 anos depois

Quem também comemorou 50 anos de carreira foi Agnaldo Rayol, nosso rei da voz, e para celebrar essa data presenteou seus fãs com esse trabalho: Cd e Dvd de um show especial gravado em São Paulo, que contou com as presenças de Pe. Marcelo Rossi (que apresentou o show), Marina Elali (dueto em Eu sei que vou te amar), Érika Rodrigues (dueto na inédita Vai me proteger), Roberto Justus (dueto em I´ve got you under my skin), Fafá de Belém (dueto na Ave Maria, de Vicente Paiva) e Wanessa (dueto em Tocando em frente).

Com produção de Afonso Nigro, após a apresentação do Pe. Marcelo, a orquestra formada por 40 músicos dá início ao show com um medley instrumental envolvendo sucessos da carreira do Agnaldo, que ao encontrar seu público entoa clássicos da música brasileira como Se todos fossem iguais a você, Maria Maria, Fascinação, Rosa, Carinhoso, Começaria tudo outra vez, Romaria e Sangrando.

Um dos pontos altos do show: Agnaldo, Fafá e a Ave Maria.
Temos ainda os medleys E a vida continua/Acorrentados/A praia, El dia que me quieras/La Puerta/La barca e Em nome do amor/Tormento D´Amore/Mia Gioconda, além de Nessun dorma, O princípio e o fim e Ave Maria (Gounod), e por fim Creio em Ti que entrou no bônus que apresenta making of e entrevista, completando esse que é um grande presente para a música brasileira que reverencia sua grande voz!

Um forte abraço a todos!

sábado, 14 de maio de 2011

Ângela

Essa canção é lindíssima e foi imortalizada pelo Neguinho da Beija-Flor, regravada pelo Belo e por Agnaldo Timóteo, mais recentemente. Mas, acredito que seja o maior sucesso do Neguinho, requisitada em todos seus shows. Um samba romântico, daqueles que a música brasileira oferece com maestria para o mundo. Vale lembrar que Ângela é o título de outra canção romântica da nossa música, de Tom Jobim e, talvez por isso, muitos se referem à que estamos abordando como Negra Ângela.

Essa canção remete a uma paixão cinematográfica. Isso mesmo, coisa de cinema, que a gente presencia e se magnetiza como algo que não vale ser interrompido por um piscar de olhos. Acho muito legal também ressaltar a beleza da mulher negra, ainda vítima de tantos preconceitos, e que encontra nessa letra que, inclusive aponta seu nome próprio e juntamente com o samba, é ofertada como uma de nossas riquezas naturais.

Ângela
(Serginho Meriti e Alexandre)

Eu prefiro acreditar que é mentira
É brilho demais para um só olhar
É inspiração demais, é muita lira
Mas meus velhos olhos não queriam me enganar

Ela é negra, negritude que fascina
Senhora menina, menina senhora me descontrolou
A distância e o lindo visual nesta retina
Sua voz que o próprio canto encantou

Hoje eu vi um lindo negro anjo
Anjo negro, lindo anjo
Negra Ângela...

Aquele corpo inteiro me deixou cabreiro
E este instinto masculino vive a me cobrar
Ah, se eu fosse o primeiro
Nem segundos, nem terceiros ocupariam meu lugar

É que eu vi um lindo negro anjo
Anjo negro, lindo anjo
Negra Ângela...

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Há um alguém na multidão que vai te adorar com devoção...

Formação atual.
Um dos grupos vocais mais conhecidos e em maior tempo de atividade no Brasil, sucesso da Jovem Guarda: os Golden Boys. A formação original contava com os irmãos Roberto Corrêa, Ronaldo Corrêa, Renato Corrêa e o primo Valdir Anunciação. O grupo começou ainda no final dos anos 50, fazendo versões de suscessos americanos. Foi dessa época o primeiro êxito: Meu romance com Laura.

O grupo alcançou o sucesso nacional depois de fazer parte da Jovem Guarda. Além disso, os irmãos Corrêa se destacaram na composição de sucessos desse tempo como É papo firme, Anjo, Eu amo demais, Foi assim, Não precisa chorar, etc. Também participaram do Terceiro Festival da Canção, acompanhando Beth Carvalho na canção Andança.

Formação original dos anos 60.
Alguns dos sucessos do Golden Boys são Alguém na multidão, Se eu fosse você, Michelle, Mágoa, Pensando nela, Cabeção, etc. Além disso, o grupo participa de projetos de outros colegas como Jorge Benjor, Trio Esperança, Wanderléa, Erasmo Carlos, entre outros, além dos projetos comemorativos de aniversário da Jovem Guarda. Atualmente, a formação conta apenas com os três irmãos, que seguem levando os shows do grupo, país afora.

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 10 de maio de 2011

Fazer canções como as que fez meu pai...

Ele é João Batista Nogueira Júnior, ou simplesmente João Nogueira. Natural do Rio de Janeiro, é referência entre os grandes sambistas e por ser filho de músico, esteve desde cedo em contato com grandes nomes como Pixinguinha, Donga e Jacob do Bandolim. Seu pai chegou a tocar com Noel Rosa e foi sua grande influência, pois foi acompanhando seu pai que aprendeu violão.

Nos anos 60, João já era compositor e gravou seu primeiro disco e seus primeiros sucessos. E de lá parte sua carreira que cumpriu até 2000, quando partiu para o andar de cima, mas continua na obra de seu filho, Diogo Nogueira, de quem falaremos adiante.

Entre os artistas que já o gravaram estão Elizeth Cardoso, Clara Nunes, Eliana Pittman, Zeca Pagodinho, Dona Yvonne Lara, Emílio Santiago, Beth Carvalho, entre outros. Entre os sucessos de seu repertório, estão Espelho, Poder da criação, Nó na madeira, Súplica, Clube do samba, E lá vou eu, O passado da Portela, Amor de malandro, etc.

Um forte abraço a todos!

domingo, 8 de maio de 2011

Mãezinha querida

Mais um clássico da música brasileira em homenagem ao dia das mães. Mãezinha querida sempre foi entoada por grandes vozes, no passado por Carlos Galhardo e mais recentemente, por Agnaldo Timóteo e Ângela Maria. Com uma letra e melodia que remetem à doçura maternal, essa canção atravessa o tempo e se faz presente a cada dia das mães.

E o mais notório é que em poucas palavras e com uma simplicidade admirável, os autores conseguem transimitir essa mensagem terna e amorosa de um filho à sua mãe. Outro ponto favorável é que as vozes que até hoje entoaram essa canção souberam dar o tom certo de emoção e carisma, transformando essa em um clássico e por que não dizer, um hino a esse dia, sempre!

Mãezinha querida
(Getúlio Macedo e Lourival Faissal)

Minha mãezinha querida
Mãezinha do coração
Te adorarei toda vida
Com grande devoção

É tua esta valsinha,
Foste a inspiração
Canto, querida Mãezinha
A tua canção

Alegria... um prazer.
Uma grande emoção.
Neste dia te dizer
com muito amor e afeição.

Oh, minha Mãe,
Minha santa, querida
És o tesouro que eu tenho na vida
Eu te ofereço esta linda canção
Mãezinha do coração...

Um forte abraço a todos!

sábado, 7 de maio de 2011

CD Fábio Jr. Íntimo

Esse está saindo do forno, tido como um grande presente para o dia das mães é o Cd Íntimo, lançado por Fábio Jr, que conta com 13 regravações, produção de César Lemos e com a participação de dois de seus filhos. Nas entrevistas que tem dado, Fábio afirma que são canções que o tocam muito e que gostaria de ter ele mesmo composto tais obras primas.

Com seu filho Fiuk, divide as faixas 20 e poucos anos, do próprio Fábio e Carango, que foi sucesso na época da Jovem Guarda, gravada por Wilson Simonal e Erasmo Carlos. Mas, Fábio também passeia pelo rock moderno com As dores do mundo e Dias melhores, do repertório do Jota Quest, passando por Marina Lima em Fullgás, com quem divide o vocal com sua filha Tainá, e também Noite do prazer, de Cláudio Zoli. E essa levada pop rock se evidencia também nas versões de Casinha branca, do Gilson, Muito estranho, do Dalto e Paciência, do Lenine.

As baladas aparecem em Você é linda, do Caetano Veloso, Esquinas, do Djavan, Paixão, do Kleiton e Kledir e Do fundo do meu coração, de Roberto e Erasmo. Sem lançar canções inéditas há alguns anos, Fábio continua presenteando seus fãs com trabalhos onde seu lado intérprete aflora, para o delírio das mulheres e dos fãs da boa música. E, embora apareça dormindo na capa, prova com esse trabalho que não dorme em serviço, apresentando mais um trabalho excelente, onde impõe a marca Fábio Jr. e a empresta a grandes clássicos.

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Eu sou cachoeira presa...

Natural de São Gonçalo/RJ, eis aqui uma cantora que merecia mais destaque da mídia: Selma Reis. Desde 1987, quando gravou seu primeiro Lp, Selma conquista a cada dia um público cada vez mais fiel, embora a mídia ainda pareça não a ter descoberto. Sua formação veio das rodas de seresta que sua família proporcionava.

Mesmo assim, Selma é dona de discos refinados lançados no mercado por toda década de 90 e 2000, e alguns sucessos como O que é o amor, Estrelas de outubro, Sombra em nosso olhar, Deságua, O preço de uma vida, Se bastasse uma canção, Emoções suburbanas, Nossa paixão, Feliz, Ave Maria, Todo sentimento, O preço de uma vida, entre outras.

Com um gosto refinado, Selma já fez shows com Cauby Peixoto, fez discos temáticos com a obra de Gonzaguinha, Sueli Costa e Paulo César Pinheiro, e vem se firmando como uma das vozes mais bonitas da música brasileira e como uma intérprete perfeita que muito tem a oferecer a essa nossa música!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 3 de maio de 2011

E parecia que eu te conhecia há muito tempo...

Ao falamos de filho de peixe, peixinho é, na música brasileira temos vários exemplos que comprovam esse ditado. E um deles é Wilson Simonal Pugliesi de Castro, conhecido como Simoninha. Natural do Rio de Janeiro/RJ, Simoninha é cantor, compositor e instrumentista. Ainda criança já cantava e atuava em discos infantis.

Foi produtor de seu pai e também de Jorge Benjor. E aprendendo com essas escolas, integra a safra de grandes nomes para a nova música brasileira. Sempre ao lado de seu irmão Max de Castro e continuando o trabalho de seu pai, já lançou alguns cds, ambos bem aceito pelo público, destacando também o dvd feito com repertório do Jorge Benjor, gravado pela MTV.

Outro cd que merece destaque é o Baile do Simonal, comandado por ele e por seu irmão, que contou com vários artistas como Caetano Veloso, Maria Rita, Samuel Rosa, Ed Motta, entre outros, em torno da obra de seu pai. Alguns sucessos de seu repertório são Essa moça tá diferente, Ela é brasileira, Eu sei que você vai me entender, Sossega, Flor do futuro, Santa Clara, Música romântica, Agosto, É bom andar a pé, Ter você, etc.

Um forte abraço a todos!

domingo, 1 de maio de 2011

Os Intérpretes do Brasil - 6

E hoje, dia do trabalhador, vamos homenagear mais um trabalhador da arte da interpretação musical: Gal Costa. Sim, seu nome é Gal e ela mostra em sua carreira, com seu repertório, que é uma das intérpretes preferidas dos compositores nacionais, desde a década de 60, quando emplacou seus primeiros sucessos Baby, Meu nome é Gal e Que pena.

Gal é intérprete por natureza e é difícil destacar duas ou três canções de seu repertório. Acredito que ela tenha gravado mais Caetano Veloso que a irmã dele, Maria Bethânia. Li que seu próximo projeto vem com canções inéditas dele e das que já gravou do Caetano destaco Baby que, embora apresente várias versões,  sempre nos remete à marca Gal Costa. E o que dizer de Meu bem meu mal, do mesmo artista? Do Doryval Caymmi, Gal imortalizou Só louco, entre outras.

De Chico Buarque, quem não lembra de Folhetim em sua voz? A Aquarela do Brasil é outra se não for interpretada pela Gal. Sua estupidez de Roberto e Erasmo tem um toque de Gal. Mas, a baiana também é craque em Dia de domingo de Sullivan e Massadas, Chuva de prata de Ed Wilson e Ronaldo Bastos, Alguém me disse de Jair e Evaldo. O que dizer de Nuvem negra do Djavan em sua voz? E Caminhos cruzados de Tom Jobim, ao qual gravou um disco impecável? Dá pra negar que essas e outras mostram que Gal Costa é mesmo preferida entre os compositores e uma das maiores intérpretes dessa nação?

Um forte abraço a todos!