Olhando as estrelas - 28

Duas das estrelas de maior brilho da música brasileira em todos os tempos: Chico Buarque e Tom Jobim. E foi graças a outra estrela, Vinícius de Moraes, que os dois se conheceram e escreveram páginas belíssimas em nossa música. Desde Retrato em branco e preto, em 1968, até Piano na Mangueira, em 1993, surgiram alguns outros clássicos e uma amizade rara na música brasileira.

Foram duras batalhas vivenciadas juntos, como no Festival em que apresentaram a canção Sabiá e foram vaiados, sem qualquer explicação, apenas pelo desejo de protestar! A valsa Imagina, que Tom criou em 1947 só ganhou letra com Chico, anos depois. E outras canções se sucederam da dupla como Anos dourados, Eu te amo, Carta do Tom, Olha Maria, Pois é, etc. Chico também gravou canções do maestro em sua carreira, como Lígia e Sem você.

Na canção Paratodos, Tom é o primeiro a ser citado por Chico que também dedicou o DVD Anos dourados à essa amizade musical que existia entre eles. No programa Chico & Caetano, apresentado na Globo nos anos 80, Tom participou tocando e cantando Sabiá com Chico. E no especial de 1993 exibido pela Band, do Chico, tivemos uma das últimas aparições do maestro soberano que teve no compositor de olhos verdes, um de seus maiores pupilos e parceiro ao mesmo tempo!

Um forte abraço a todos!

Cada volta é um recomeço

Eu gosto de Zezé di Camargo e Luciano, sobretudo de suas canções mais românticas, como é o caso dessa, lançada em 1997. Curioso é que ela é uma das mais lindas daquele CD e só recentemente descobri a história dela, quando seu compositor, Nenéo contou no programa do Jô: ele a fez e tentou entregar à dupla e pediu para um segurança de um hotel onde a dupla se encontrava hospedada no Rio de Janeiro para colocar por baixo da porta. Dias depois, Zezé di Camargo ligou para ele e disse que o disco daquele ano já estava pronto, mas retiraria uma música e incluiria essa. Ganhamos esse presente, não apenas o Nenéo.

Cada volta é um recomeço aborda aquele tema de recomeçar, de tentar de novo, com uma letra cheia de frases emocionantes como "Eu chegando sempre como um louco pra dizer que amo você..." Como um verdadeiro homem que erra e reconhece seus erros e busca uma nova chance mesmo sabendo que pode sofrer novamente, coisas que a vida pode proporcionar e mesmo parecendo algo difícil, "um sonho pelo avesso", ali está o personagem acreditando e tentando mais uma vez recomeçar!

Cada volta é um recomeço
(Nenéo e Paulo Sérgio Valle)

Mais uma vez
Meu coração esquece tudo o que você me fez
E eu volto pra esse amor insano, sem pensar em mim
Pra recomeçar, já sabendo o fim

Mas, é paixão
E essas coisas de paixão não tem explicação
É simplesmente se entregar, deixar acontecer
E eu sempre acabo me envolvendo com você

Nesses desencontros eu insisto em te encontrar
Como se eu partisse já pensando em voltar
Como se no fundo eu não pudesse existir sem ter você

Toda vez que eu volto eu te vejo sempre igual
Como se a saudade fosse a coisa mais banal
E eu chegando sempre como um louco
Pra dizer que amo você

Que me leve pela vida o coração
Como versos pra canção
Volto pra você, volto pelo amor
Não importa se é um sonho pelo avesso
Cada volta é um recomeço...

Um forte abraço a todos!

Os compositores do Brasil - 53

Ele é o poeta e compositor José Carlos Capinam, que todos se referem apenas por seu último nome. Natural de Esplanada/BA, mudou-se para Salvador para estudar e lá foi conhecendo outros artistas e também começou a participar dos movimentos culturais dos anos 60, tornando-se posteriormente um dos principais letristas desse país.

Só pra termos uma ideia, são composições suas com alguns parceiros, verdadeiros clássicos como Papel marchê, Canção para Maria, Ponteio, Viramundo, Soy loco por ti América, Coração imprudente, Gemedeira, Moça bonita, Xote dos poetas, e tantas outras que, com certeza você já ouviu na voz de algum grande intérprete desse país que passeou por sua obra.

E com essas e outras, já foi interpretado por nomes como João Bosco, Jair Rodrigues, Edu Lobo, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Geraldo Azevedo, Ivete Sangalo, Elis Regina, Gal Costa, Fagner, Paulinho da Viola, Zizi Possi, Amelinha, Elizeth Cardoso, Selma Reis, Alceu Valença, Zeca Baleiro, Tereza Cristina, Maria Bethânia, Zé Ramalho, entre outros que garante um currículo que atesta a frase: um dos melhores desse país!

Um forte abraço a todos!

Eu encontrei esse amor dentro de mim mesmo...

Recentemente partiu para a eternidade uma das vozes mais lindas e emocionantes que esse planeta já conheceu: Whitney Elizabeth Houston. Suas canções e sua obra alcançavam a emoção de muitos e não precisava entender inglês para sentir a emoção que sua arte representava. Prima de Dionne Warwick e afilhada de Aretha Franklin, canta desde os 11 anos, quando integrou grupos de igreja cantando gospel.

Lançou poucos, mas marcantes trabalhos. Em 1985, seu álbum de estreia foi um dos mais vendidos entre as mulheres cantoras. Colecionou prêmios e sucessos pelo mundo, como Saving all my love for you, I wanna dance with somebody, Love will save the day, How will I know, I have nothing, I’m every woman, I will always love you (Tema do filme O guarda-costas), A song for you, etc.

A canção Greatest love of all é lindíssima e emociona demais. Tem um arranjo fascinante e a interpretação dela é, pra mim, perfeita! Uma lástima que uma artista como esta tenha partido para a eternidade, mas temos a certeza que é apenas uma estrela que muda de local e volta ao seu habitat natural, nos deixando canções belíssimas que influenciam muitos outros artistas brasileiros!

Um forte abraço a todos!

CD Fagner Fortaleza

Raimundo Fagner é dos melhores desse país e sua discografia apresenta trabalhos fascinantes. Um de seus trabalhos mais recentes foi este lançado em 2007, intitulado Fortaleza. Com o intuito de homenagear a capital de seu Estado, Fagner compôs com Fausto Nilo a canção título e reuniu outras canções inéditas neste trabalho que não tocou tanto nas rádios, nem apresentou clássicos a seu repertório, mas nem por isso é menor em sua obra.

Começamos com Rancho das flores, uma letra de Vinícius de Moraes, sobre o clássico de Bach. Com o intuito de retratar a capital cearense, musicalmente falando, Fagner segue com suas composições como Amor e utopia, Difícil acreditar e Maria Luiza, parcerias divididas respectivamente com Fausto Nilo, Clodô e Câmara Cascudo.

O Fagner totalmente intérprete aparece em Preciso de alguém, No tempo dos quintais, Esquina do Brasil, Maria do futuro e Toque sanfoneiro toque. Dois duetos presentes neste trabalho são Colando a boca no teu rosto (com Zeca Baleiro) e Fácil de entender (com Jorge Vercilo). Se a mídia não prestou muita atenção a este trabalho ou as rádios não tocaram, perdem os ouvintes, pois podem ter certeza que Raimundão Fagner continua "em forma" com aquela voz e interpretação ímpares e com uma elegância fora de série ao homenagear uma das cidades mais lindas desse país!

Um forte abraço a todos!

Tenha calma

Maria Bethânia já gravou algumas canções marcantes do Djavan, inclusive, um de seus discos mais conhecidos tem título de uma canção dele, Álibi. Mas, a meu ver, a canção mais linda que interpretou foi Tenha calma, tema da novela global Tieta em 1989 e que também foi gravada pelo próprio Djavan em 1996.

Mas, me atendo à gravação da Bethânia, além de sua voz, que dispensa comentários em termos de emoção e perfeição, Tenha calma traz um arranjo belíssimo que parece em alguns momentos fazer sua voz duelar ora com o trumpete, ora com as cordas, ora com os dois. Sua letra é cortante, um pedido de paciência que o personagem clama para que um dia possa, depois dos esforços, enfim ser como seu amor deseja.

Tenha calma
(Djavan)

Quer me deixar
Não sei porque
Deixa eu pensar
Pra sei lá, ver
O que fazer
Pra você ficar

Sem seu amor
A vida passa em vão
Se você for
O que é de vidro quebra no meu coração

Seu olhar é lindo
Ver você sorrindo é demais
Por favor não faz
Me dizer adeus, vai me botar a perder

Tenha calma, não se vá, meu popstar, tenha fé
Te prometo vir a ser do jeito que você quer
Um amor de mulher

Um forte abraço a todos!

Os Músicos do Brasil - 35

Este é Luiz Cláudio Ramos dos Santos, o maestro que trabalha atualmente com Chico Buarque, tocando violão e fazendo a maior parte dos arranjos de seus discos e em participações que Chico, vez por outra, faz em projetos de colegas. Violonista, compositor, guitarrista e arranjador, Luiz Cláudio toca desde os 14 anos e é natural do Rio de Janeiro/RJ.

A parceria com Chico começou ainda na década de 70 e passou a ter mais ênfase no final dos anos 80. Mas, seu currículo de shows e discos, constam nomes como Johnny Alf, Elis Regina, Nara Leão, Miúcha, Gal Costa, Tom Jobim, Edu Lobo, Francis Hime, Dori Caymmi, Raul Seixas, Odair José, Fagner, Erasmo Carlos, Ed Motta, MPB-4, Leny Andrade, Caetano Veloso, João Donato, entre outros.

Atuou ao lado de nomes como Mick Jagger, também no programa Chico & Caetano da Globo e da trilha dos filmes O sonho de Rose e Vinícius. É parceria com ele uma das canções que mais aprecio da obra do Chico Buarque, a obra-prima Cecília de 1998. E por um músico deste, o país tem muito o que se orgulhar!

Um forte abraço a todos!

Lapidar minha procura toda...

Seu nome é José Renato Botelho Moschkovich, mas todos o conhecem apenas por Zé Renato. Ainda nos anos 70 e parte dos anos 80 fez parte de vários grupos e um dos mais conhecidos foi o Boca Livre. Desde adolescente compõe e toca violão e é natural de Vitória/ES. Firmou carreira solo desde os anos 80, paralelo ao trabalho que exercia nas bandas das quais fazia parte.

Lançou seu primeiro disco solo em 1982. E de lá pra cá, vários sucessos como Pelo sim pelo não, A hora e a vez, Chão de estrelas, Mulher, Peixe vivo, Tristeza do Jeca, Rosa morena, Toada, Ponto de encontro, Diz que fui por aí, O tempo vai apagar, É tempo de amar, Papo de passarim, Anima, etc.

Navegando por projetos como os que relembra clássicos de Silvio Caldas, ou Jovem Guarda, ou Zé Ketti, ou Noel Rosa e Chico Buarque, ou lançando suas próprias composições, algumas divididas com nomes como Milton Nascimento e Lenine, Zé Renato segue fazendo seus shows, lançando seus trabalhos e abraçando um público conquistado a cada degrau de sua carreira!

Um forte abraço a todos!

CD Marisa Monte O que você quer saber de verdade

Que Marisa Monte é um dos melhores nomes da música brasileira contemporânea (pra mim, a melhor), isso não questionamos, pois é só observarmos o mais recente trabalho lançado pela cantora que entendemos porque essa frase é também "o que sabemos de verdade". Muito bem trabalhado, com grandes músicos e compositores (aí incluímos integrantes da Nação Zumbi, Jorge Benjor, Waldonys, Dadi, Marcelo Jeneci, além dos já tradicionais parceiros Carlinhos Brown e Arnaldo Antunes), esse é um dos melhores CD´s que ela já lançou.

Puxado pelas faixas temas de novelas (parece que o caminho é este pra todos) Ainda bem e Depois, o projeto traz outras belíssimas faixas que, muito lamentaria se passassem desapercebidas do grande público, como é o caso de O que se quer (duo com Rodrigo Amarante), Verdade uma ilusão, Era óbvio e Aquela velha canção (que muito me lembra a levada Raul Seixas). As outras faixas são Descalço no parque, Amar alguém, Nada tudo, Lencinho querido, Hoje eu não saio não, Seja feliz e Bem aqui.

O encarte é um luxo a parte e a faixa de abertura mostra exatamente o que queremos: em tempos de crise na música brasileira com tão poucas boas produções, esse CD se torna mais um ótimo presente para qualquer data, daqueles que escutamos bastante e cada vez mais nos apaixonamos pelas canções, pela forma como foram gravadas e, claro, pela voz da Marisa, ímpar na nossa música e isso também é algo que "sabemos de verdade".

Um forte abraço a todos!

Bye, bye tristeza

Essa é mais uma belíssima canção da Sandra de Sá, tema da novela global Que rei sou eu e feito à quatro mãos mágicas, verdadeiras fábricas de hits da nossa música: Carlos Colla e Marcos Valle. Já disse em outros momentos que sinto saudade dessa década, onde as canções falavam do amor, sob todas as formas e com todo esse romantismo que tomava conta das rádios e das nossas telas, algo bastante raro hoje em dia, infelizmente.

Bye bye tristeza traz uma letra belíssima que detalha erros humanos em paixões mal resolvidas, mas que não são maiores que o "grude" que há entre aqueles que se amam e que compreendem que tais erros fazem parte do amadurecimento que toda experiência adquirida com o tempo, pede. E que a tristeza vá embora, quando esbarrar com o brilho desse reencontro. A voz e a interpretação da Sandra dispensam comentários, o que ressalta meu sonho em ouvir, quem sabe, um acústico ou uma boa coletânea com todos seus grandes clássicos reunidos!

Bye, bye tristeza
(Marcos Valle e Carlos Colla)

Ninguém aqui é puro, anjo ou demônio
Nem sabe a receita de viver feliz
Não dá pra separar o que é real do sonho
E nem eu de você, e nem você de mim
E nem eu de você, e nem você de mim

Eu não tô aqui pra sofrer
Vou sentir saudade pra quê?
Quero ser feliz, bye bye tristeza
Não precisa voltar

Já sei errar sozinha sem pedir conselhos
Se eu sofrer quem é que vai chorar por mim?
Já sei olhar pra mim sem precisar de espelhos
Não me diga que não e nem me diga sim
Não me diga que não e nem me diga sim

Eu não tô aqui pra sofrer
Vou sentir saudade pra quê?
Quero ser feliz, bye bye tristeza
Não precisa voltar

Um forte abraço a todos!

Os compositores do Brasil - 52

Muitos cantores da noite já interpretaram canções desse cara, um dos grandes compositores deste país. Seu nome: Antônio Cícero Correia Lima. Ele sempre foi escritor e poeta e suas poesias se tornaram conhecidas quando sua irmã, Marina Lima, passou a musicá-las. E, além da Marina, dividiu parcerias com outros nomes como Cláudio Zoli, Adriana Calcanhoto, Lulu Santos, João Bosco, Caetano Veloso, etc.

Entre seus sucessos, temos Alma caiada, Fullgás, Pra começar, À francesa, Zona de fronteira, Inverno, Três, Saída de emergência, Misteriosamente, O último romântico, Maresia, Quase, Logrador, Eu vi o rei, entre tantas, gravadas por nomes como Caetano Veloso, Zizi Possi, Maria Bethânia, Lulu Santos, Adriana Calcanhoto, João Bosco, Fábio Jr. e, claro, sua maior divulgadora, Marina Lima.

Antônio é mais um grande compositor e, como foi dito no início dessa postagem, muitos artistas conhecidos e anônimos cantam seus sucessos, pois Fullgás e À francesa são duas das preferidas do "repertório da noite" e, por esses e outros sucessos ele é uma referência em nossa música!

Um forte abraço a todos!

As andorinhas voltaram e eu também voltei...

Apesar de não ser muito comum, no Brasil temos também trios, alguns representando a autência música sertaneja, como é o caso do Trio Parada Dura, formado por Mangabinha (que participou de todas as formações), Leone e Leonito. Também já passaram pelo Trio: Delmir, Delmon, Barrerito, Benzito, Creone e Parrerito.

Formado desde a década de 70, quando já lançavam seus discos, o Trio obteve seu reconhecimento nacional já nos anos 80, com canções populares como Fuscão preto, Arapuca, Bobeou a gente pimba, As andorinhas, Panela velha, Soca pilão, Uma vez por mês, Telefone mudo, entre tantas que se tornaram referência para outros artistas posteriores.

 

Como todos os grupos, este também se desfez e se refez e é assim que estão até hoje e aguardamos que continuem, pois conquistaram um público que aprecia seus trabalhos e os reencontram a cada apresentação em meio a esse país! É importante ressaltar que em 2008, Creone, Parrerito e o Sanfoneiro Carlos Rezende formaram o trio Os Parada Dura, que é outro grupo diferente do Trio Parada Dura, embora também divulguem os clássicos do Trio que também ajudaram a construir.

 

Um forte abraço a todos!

CD Julio Iglesias Crazy

Lançado em 1994, Crazy penetrou no coração dos brasileiros, sobretudo pela faixa de abertura, que também foi tema da novela global A viagem. Uma canção realmente muito romântica, um fox, com direito a notas altas e delicadas de piano, que mereceu ser o carro-chefe. E com esse CD, com esse título, creio que Julio mostrou porque é um ser louco pelo amor e porque seu público também é louco por ele.

Com aquela altíssima qualidade que só artistas do seu porte podem apresentar, Julio contou com vários ilustres convidados como Sting, Dolly Parton e Lucio Dalla. E apesar do sucesso arrebatador de Crazy, tivemos outras canções marcantes como Let it be me, Mammy blue, Fragile, Guajira/Oye como va, When you tell me that you love me e I keep telling myself.

Julio enveredou pelo clássico, com direito à Orquestra Sinfônica de Londres, numa versão moderna de Beethoven, na canção Song of joy. E por que não dizer que sua versão para a clássica Caruso ficou diferente, suave e linda? Com produção de Albert Hammond, David Foster, Ramón Arcusa e Jay Landers, temos aqui um dos discos mais lindos em termos de sonoridade que este planeta já ouviu.

Um forte abraço a todos!

Que maravilha

Pense num clássico escrito a quatro mãos mágicas da nossa música. Graças a Deus, temos alguns assim e um deles é este: Que maravilha não é só o título dessa canção, mas a frase de admiração que qualquer amante da música brasileira expira ao ouvir essa canção de Toquinho e de Benjor, já interpretada por seus autores e por outros grandes nomes da nossa música.

Sua letra exalta a chegada de um amor, que vem de branco, molhada, despenteada, em meio a toda essa confusão que é a vida de uma cidade grande com trânsito, buzina e tantas imperfeições. E em meio a todo esse aparente caos, sua chegada se destaca como um brilho que atrai seu amor a brindarem esse momento girando na chuva, preocupados apenas com esse sentimento nobre que é o amor!

Que maravilha

(Jorge Benjor e Toquinho)

Lá fora está chovendo
Mas assim mesmo eu vou correndo
Só prá ver o meu amor

Ela vem toda de branco
Toda molhada e despenteada, que maravilha
Que coisa linda que é o meu amor

Por entre bancários, automóveis, ruas e avenidas
Milhões de buzinas tocando minha harmonia sem cessar
Ela vem chegando de branco, meiga, pura, linda e muito tímida
Com a chuva molhando o seu corpo lindo que eu vou abraçar

E a gente no meio da rua do mundo
No meio da chuva, a girar, que maravilha!
A girar, que maravilha!
A girar...

Um forte abraço a todos!

Foi um vento que passou que te trouxe...

Uma das vozes mais bonitas da nossa música é a de Verônica Estill Sabino, ou simplesmente Verônica Sabino. Natural do Rio de Janeiro/RJ, Verônica estourou no Brasil em 1986, com a canção Demais, que fez parte da trilha sonora da novela Selva de pedra, da Globo. Filha do escritor Fernando Sabino, Verônica já vinha batalhando antes em grupos vocais, até seguir carreira individual.

Também é conhecida por um dos duetos mais bonitos da nossa música, na canção Tudo que se quer, com Emílio Santiago, também tema de novela global (Tieta). Outros sucessos de seu repertório são Todo sentimento, Lua branca, Eu preciso de você, Agora, Impossível acreditar que perdi você, Loucas horas, Canção II, Lágrimas e chuva, Bons momentos, etc.

Mais um nome, mais uma grande voz da nossa música que, mesmo não tendo muito espaço na mídia, tem um público conquistado ao longo dos anos, com seu talento e com tantas canções que enriquecem nossa música brasileira.

Um forte abraço a todos!

Tudo é mistério nesse teu voar...

Este é o cantor e compositor José Ednardo Soares Costa Souza, mais conhecido apenas como Ednardo. Natural de Fortaleza/CE, aos 10 anos já tocava piano e aprendeu violão sozinho. Já compôs mais de 250 canções e Eliana Pittman foi uma das primeiras a lançar uma canção sua, com Beira-mar.

Seu sucesso seria alcançado quando fez parte da abertura da novela Saramandaia, com a canção Pavão misterioso. E depois, viriam outros sucessos como Terral, Artigo 26, A manga rosa, Carneiro, Enquanto engomo a calça, Rubi, Ingazeiras, Lagoa de Aluá, Longarinas, etc.

Ednardo já foi gravado por outros nomes da nossa música como Fagner, Elba Ramalho, Ney Matogrosso, Belchior, Amelinha, Paul Mauriat, entre outros. E embora, esteja meio sumido da mídia, segue seu trabalho, divulgando-o em seus shows e a seu público sempre fiel.

Um forte abraço a todos!

A 1000ª postagem musical!!!

Com essa postagem, comemoramos a 1000ª postagem musical. Os números ajudam a refletimos sobre muitas coisas, por isso, hoje vamos comentar sobre esse acontecimento. Lembro quando comecei esse Blog, há alguns anos atrás, sem saber se poderia escrever bem sobre esse tema que tanto aprecio. Ainda tô tentando encontrar boas formas de expor o que de melhor temos em nossa música, e estarei sempre aprendendo. Falar sobre essas coisas, quando não se tem uma formação acadêmica é arriscado, mas tento falar com o coração e da forma que sei.

Tento falar sobre as coisas que gosto, tento mostrar artistas que se foram, que estão conosco ou que estão surgindo nessa mais rica música do mundo e creio que isso é bastante prazeroso contemplar a cultura desse nosso país. Tento mostrar o que tantas canções belas, algumas delas esquecidas ou mal percebidas por nós, causam em nosso cotidiano, ajudando a superar dificuldades, porque a música é também medicinal e homeopática para nossa alma.

Tento citar CD´s ou DVD´s que tenho dos artistas que aprecio como forma de combatermos a pirataria que tanto prejudica também a nossos ídolos. E venho fazendo isso em 1000 postagens e o prazer em escrever é tanto que só peço a Deus que me dê motivação pra continuar a escrever sobre música brasileira, sobre esses nomes que passam por aqui, independente de onde estão e me fazem crer que somos ricos culturalmente por possuir a contribuição de tantos astros que não cabem em apenas 1000 postagens!

Um forte abraço a todos!

Os Intérpretes do Brasil - 20

Que Luiz Gonzaga é o rei do baião, do xote, do forró e de todos estes estilos, não há dúvidas, sobretudo neste ano comemorativo, onde tudo isso vem à tona. Mas, outras características de seu sucesso podem ser percebidos quando nos voltamos para o Gonzaga intérprete, que gravava algo não composto por ele, mas carimbava sua marca, deixando a canção com a "sua cara".

É o caso por exemplo de A triste partida, de Patativa do Assaré, mas que todos, ao ouvirem essa extensa e melancólica canção, associam a Gonzaga. É o caso de Súplica cearense (de Gordurinha e Nelinho), que muitos já ousaram gravar, mas que sempre percebemos um pouquinho de Gonzaga em cada leitura. É o caso de Aproveita gente, que Onildo Almeida fez e Gonzaga arrebentou.

Essas e muitas outras, já que Gonzaga gravou mais de 300 canções de outros compositores, formam mais um perfeito intérprete que nossa música conheceu. É claro que seus compositores conheciam bem sua linha e se esforçaram para sempre enviar o que de melhor possuíam, pois devia ser um prazer imensurável ter uma canção na voz de um rei na música, como Gonzaga era e sempre será tido!

Um forte abraço a todos!