quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

O romantismo internacional de Luis Miguel

Não é de hoje que a música espanhola acontece no Brasil. Sempre escuto cantores relatarem que tiveram influência de antigos tangos e boleros, que escutavam desde a década de 50. Em 1970 nascia no México um menino que faria sucesso nessa praia, sobretudo abordando os lindos boleros que sua língua oferece: Luis Miguel.

Aos 12 anos gravou seu primeiro disco, em 1982 e de lá pra cá vem acumulando êxitos. Em 1991 lançou o álbum Romance, disco que até o momento foi o que mais vendeu na indústria fonográfica latina - 12 milhões. Já recebeu alguns prêmios como a Calçada da fama, o Grammy e a oportunidade de gravar um dueto com Frank Sinatra, incluído no álbum Sinatra Duets II.

Os discos do Luis trazem uma sonoridade fascinante, além de contribuir com o resgate de boleros antigos com sua interpretação ímpar. Tudo isso demontra o esforço e talento desse músico bastante perfeccionista, pois eternos clássicos ganham seu toque musical tendo com a nova roupagem e redescobrimento. É o que se pode ver em canções como La barca, Solamente una vez, La puerta, Sabor a mi, Volver, El dia que me quieras, Sonrie, Voy apagar a luz/Contigo aprendi, Perfídia, Usted, No me platiques mas, El reloj,...

É presença constante nos temas das novelas e, além da coletânea Perfil, lançou recentemente um disco com temas natalinos (Feliz Natal), sempre com sua incontestável qualidade e dedicação o que garante bons trabalhos vindos do mundo latino para o Brasil.

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Nada mais é o amor que o encontro das águas...

Jorge Vercilo, compositor e cantor da noite com voz confundida com a do Djavan. Esse artista da mpb vem a cada lançamento se destacando na música atual, sobretudo entre o público jovem que curte sua batida, seu balanço, caracterizando a música moderna.

Em 1989, ainda no início de sua carreira, defendeu o Brasil no Festival Internacional de Trovadores, no Caribe. Mas, foi a partir de 1993, com a gravação de seu primeiro cd Encontro das águas, que Vercilo passou a ser conhecido nacionalmente, sobretudo pela faixa-título que fez parte da novela global Tropicaliente e pela diversidade que seus trabalhos trazem, numa mescla de samba, afoxé e até salsa!

Em 1997, foi indicado ao prêmio Sharp e tido como uma das promessas da mpb. Em 2000, lançou o cd Leve, onde grava com Djavan a faixa Final feliz, um de seus maiores sucessos, se não o maior, regravado por Caetano Veloso e Alexandre Pires! Essa mesma faixa ganhou versão remix e mais simpatizantes à obra do Jorge, que em 2002 se consolidou nas paradas com o cd Elo que traz hits como Homem-aranha, Que nem maré e Fênix (parceria com Flávio Venturini). Sucessos se seguem a partir daí, como a canção Monalisa que também ganhou as paradas e se juntou a outros como Amanheceu, Avesso, Do jeito que for, Em órbita, Leve... E tantos outros sucessos que já lhe renderam alguns Prêmios Tim!

Realmente o timbre de voz do Jorge é semelhante ao Djavan, mas acho algo de mau gosto o taxá-lo de genérico! Ambos tem seu público e não há pecado algum ter influências de artistas talentosos como o alagoano! Ele também afirma ter influências de outros artistas como Caetano, Milton, Chico e Roberto. Conta uma história, não sei se verdadeira, que o filho do Djavan, ao ouvir o sucesso de Que nem maré, ligou para o pai para parabenizá-lo e ficou perplexo quando esse revelou não ser a sua voz, aquela da canção!

Jorge é a certeza que temos novos e ótimos talentos a se descobrirem na noite, nos festivais, na música mais rica do mundo, a brasileira! Basta comprovar isso em sua poesia e em sua musicalidade... Talvez, o exemplo de um artista assim poderia mobilizar mais patrocínios a artistas dessa categoria e movimentos de festivais como os que o revelou!

Um forte abraço a todos!

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Quem pode querer ser feliz se não for por amor?...

Cantor, compositor e violonista (desde os 12 anos) de Minas Gerais, João Bosco é tido como mais um ícone da música brasileira. O iníco de sua carreira começou com uma brilhante parceria com nada mais nada menos que Vinícius de Moraes, em 1967. Em 1970, conhece o poeta Aldir Blanc e estréia uma dupla de compositores das mais famosas e requisitadas do país!

Também teve o privilégio de ser um dos compositores a entrar na obra de Elis Regina, que imortalizou um dos seus maiores sucessos: O bêbado e o equilibrista. Além desse, Elis também emprestou seu talento para Dois pra lá, dois pra cá, bolero que fez a carreira do João deslanchar, e também caiu na graça de Ângela Maria. E o que dizer de Memória da pele, gravada por Maria Bethânia? Simone deu um toque definitivo em Desenho de giz, em 2000, com a participação do próprio João, nos vocais!

Mas, não são apenas os intérpretes que se desfrutam das composições recheadas de dissonantes que esse mineiro faz. Todos são unânimes em afirmar que ninguém interpreta melhor Papel Machê que o próprio, sobretudo na hora dos vocais. Papel machê é também campeã de regravação, seja de cantores consagrados como Zizi Possi, seja de artistas da noite que a definem como imprescindível numa apresentação! São inúmeros os sucessos deste compositor entre seu público que delira ao ouvir Quando o amor acontece, Jade e Corsário, além das já citadas e de tantas outras.

João também se destaca por ter feito o primeiro acústicos mtv em 1992, quando nem era sucesso esse empreendimento musical. Atualmente divulga o cd/dvd Obrigado, gente!, onde faz um apanhado de toda sua carreira com seus grandes sucessos, sua batida de violão e seu eterno carisma seja no samba, seja nas baladas, no sucesso merecido...


Um forte abraço a todos!

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Projeto Pixinguinha - Uma homenagem ao Músico Brasileiro...

Quem já ouviu esse trecho do choro Carinhoso: "Meu coração, não sei porque bate feliz quando te ver..." talvez não conheça seu autor, sobretudo os mais jovens. Trata-se de Alfredo da Rocha Vianna Filho, o flautista, saxofonista, compositor, cantor, arranjador e regente brasileiro Pixinguinha. Seu choro mais famoso foi feito em parceria com João de Barro.

Projeto Pixinguinha é o nome de um evento cultural que tem por objetivo difundir a música popular brasileira em todo o país. Criado em 1977 pela Funarte em parceira com as Secretarias de Cultura Municipais e Estaduais. Interrompido desde 1997 por falta de verba, foi retomado em 2004 e atualmente é favorecido pela Lei Rouanet, sendo a multinacional Petrobrás a maior patrocinadora.

Por onde passaram, as caravanas do Projeto levaram ao conhecimento do púbico talentos consagrados e revelaram novos: Simone, Jane Duboc, Sueli Costa, etc. O Projeto Pixinguinha foi responsável pelo lançamento nacional de artistas com o Djavan, Zé Ramalho, Zeca Pagodinho, Adriana Calcanhoto, Zizi Possi entre outros.

Assisti ontem, 22/02 na Praça do Arsenal em Recife, uma das edições do projeto com apresentações do pianista André Mehmari e do já consagrado Ivan Lins! O André é um grande pianista e já tem discos na praça, o que torna o Projeto Pixinguinha ainda mais precioso por apresentar músicos desse quilate ao público. Iniciou o show e em seguida, chamou ao palco o grande músico, cantor e compositor Ivan Lins, que presenteou o público com seus clássicos Bandeira do divino, Lembra de mim, Passarelas no ar, Vieste, Bilhete, Lua soberana, Iluminados, Vitoriosa, dentre outras.

Acho muito legal esse tipo de acontecimento, pois shows de artistas como o Ivan estão cada vez mais difíceis e inacessíveis para o grande povão! Os patrocínios estão cada vez mais escassos e, quando acontecem shows de artistas mais consagrados, geralmente se reduzem a locais mais elitizados!

Sem falar que além de promover outros artistas não tão conhecidos, considero iniciativas como essa, uma homenagem ao músico! Além da grande voz do Ivan e do talento do André, os músicos da banda não ficavam ofuscados! Um saxofonista, que nem sei o nome, deu um show e prova que o músico do Brasil é de primeira...

O Brasil tem grandes músicos, gente de peso envolvida com a música, maestros, produtores, instrumentistas, famosos ou anônimos, todos são maravilhosos e de um talento indiscutível o que torna a música brasileira, a melhor do planeta! Isso é uma certeza não apenas minha, mas do Ivan e de tantos que a formam! Tenho certeza absoluta que lá fora também temos grandiosos músicos mas, quem acha que aqui não temos pessoas capacitadas é porque não conhece o assunto!

E vamos ficando por aqui, com o Coração mais famoso do país, uma canção composta entre 1916 e 1917 e que até hoje e sempre embalará os corações apaixonados desse país afora:

Carinhoso
Pixinguinha/João de Barro

Meu coração, não sei por quê
Bate feliz quando te vê
E os meus olhos ficam sorrindo
E pelas ruas vão te seguindo

Mas mesmo assim
Foges de mim...

Ah se tu soubesses como sou tão carinhoso
E o muito, muito que te quero
E como é sincero o meu amor
Eu sei que tu não fugirias mais de mim

Vem, vem, vem, vem
Vem sentir o calor dos lábios meus à procura dos teus
Vem matar essa paixão que me devora o coração
E só assim então serei feliz
Bem feliz...

Meu coração...

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Eu tô voltando...

Simone Bittencourt de Oliveira, nascida na Bahia em 25/12/1949 por pouco não se dedicou a outra arte, o esporte, pois foi jogadora de basquete, chegando a ser convocada para a seleção, mas as distorções que sofreu e também a falta de reconhecimento fizeram abandonar o esporte e dedicar-se exclusivamente à música, em meados dos anos 70.

Já comentei sobre ela em um dos primeiros posts, no mês de dezembro sobre discos de Natal, destacando um de seus trabalhos! Hoje, gostaria de abordar um pouco mais sobre essa grande intérprete que a música brasileira ganhou e que os faz com que os compositores lapidem suas obras, quando viajam nessa direção!

Na década de 80, Simone vendeu muitos discos o que chegou a ser taxada de o Roberto de saias. Isso porque, além dessas vendagens, ela sempre usou branco e tinha alguns gestos interpretativos que lembravam o rei, um de seus ídolos maiores e de seus compositores preferidos, além de Milton, Caetano, Chico, Ivan, Martinho, Gil, Tom, dentre tantos, o que sempre garante um trabalho de elevada qualidade, pois ela capricha em tudo, desde a produção, requisitando os melhores músicos, até a parte gráfica!

Além do cd de Natal, Simone se engajou em outros projetos como o disco Café com leite de 1996, onde interpreta Martinho da Vila e Loca de 1998, álbum em espanhol onde presta homenagem a canções interpretadas por Julio Iglesias. Em 2004, fez um disco só com composições de Ivan Lins, o cd/dvd Baiana da gema!

Sempre esteve presente nas rádios com seus lindas canções como À distância, Brigas, Caçador de mim, Canta canta minha gente, Cigarra, Codinome Beija-flor, Uma nova mulher, Separação, É festa, Então é Natal, Fica comigo esta noite, Então me diz, Jura secreta, Iolanda, Sob medida, O amanhã, O que será, Outra vez, Será, Seu corpo, Tô voltando, Cofre de sêda, Lenha, etc.

Os discos mais recentes da Simone continuam um primor, mas sem a devida atenção por parte da mídia! Por exemplo, em 2000 lançou um disco belíssimo com alguns boleros como Fica comigo essa noite e Que queres tu de mim, além de composições de artistas mais contemporâneo como Zeca baleiro (Lenha) e Lenine (Paciência). O mesmo aconteceu em 2001, com Seda pura, onde o único sucesso que aconteceu foi Cofre de Seda de Samuel Rosa.

Atualmente, segue fazendo shows e divulgando o dvd Simone ao vivo - 2005, que conta com sucessos de sua carreira e participações de artistas que sempre foram importantes em sua arte, como o Ivan, a Zélia e o Milton.

Para Simone, a gente só pode deixar o som preparado, aquela boa companhia e um bom vinho, porque ela sempre estará voltando com um trabalho beirando a perfeição para nós e para a música brasileira!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

A legião de Renato Russo!

A história da música brasileira, de certa forma está atrelada à história do país! Em meados de 1982, com o início da abertura política, surgia uma banda que iria incendiar o cenário do pop rock, diretamente de Brasília, onde a política também fervia: O Legião Urbana! Composta por três rapazes Renato Russo (vocalista e baixista), Marcelo Bonfá (baterista) e Dado Villa-Lobos (guitarrista que assumiu o Legião em 1983).

Renato é o líder e sempre foi visto como o Chico Buarque do mundo do rock, pois é dos melhores compositores desse ramo e criou coisas que incentiva a alta reflexão. Dificilmente suas canções eram simples e de fácil interpretações, embora falasse de coisas simples como o medo, a família, o amor, a paz, tristeza, união, relação humana, etc. Ele ainda teve trabalhos solos paralelos ao Legião, que durou até 1996, com algumas gravações em italiano e participações, como na canção A Carta, no disco do Erasmo Carlos de 1992 e A cruz e a espada com Paulo Ricardo, além de participar de outros duetos com Leila Pinheiro, Hebert Viana e 14 bis.

Curioso é que com a morte do líder, Renato, a banda se desfez e mesmo assim, prosseguiu fazendo sucesso e vendendo muitos discos. Muitos começam a ouvir as músicas da banda após a morte de Renato, aclamado como herói, embora sem feito heróico, mas perpetuado como sábio e portador de uma visão crítica e realista. Sobretudo os jovens aprenderam canções que se eternizaram: Faroeste caboclo, Pais e filhos, Hoje a noite não tem luar, Será, Ainda é cedo, Eduardo e Mônica, Que país é este, Mais uma vez, Vento no litoral, Monte Castelo e tantas outras são ouvidas sempre!

Legião e Renato também foram gravados por outros artistas como Ângela Maria, Cássia Eller, Paralamas do Sucesso, Lulu Santos, Laura Pausini, etc. e toda sua carreira só mostra que o rock tem suas riquezas harmônicas e poesias concretas!

Um forte abraço a todos!

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Por entre bancários, automóveis, ruas e avenidas...

É com esse trecho da canção Que maravilha, em parceria com Toquinho que podemos definir Jorge Ben Jor que possui uma obra simplesmente sem bula explicativa e sem contra-indicação... Tudo isso é explicado pela influência e pelo trânsito percorrido por esse carioca da gema. Como quase todos os aristas de sua época, foi influenciado por João Gilberto, mas ouvia na infância Luiz Gonzaga, Nelson Gonçalves, Cauby Peixoto e Ataulfo Alves.

É difícil classificar sua música e seu balanço, que são inconfundíveis, fruto de sua passagem por todos os programas e movimentos que ocorreram no início de sua carreira como Jovem Guarda, Pequeno mundo de Ronnie Von, Fino da bossa e Tropicália, sendo o único artista a frequentar todos!

Jorge também é um dos únicos compositores a ter suas canções gravadas por todas as correntes musicais, pois já foi visitado por artistas como Ella Fitzgerald, Julio Iglesias, José Feliciano, Elis Regina, Wilson Simonal, Ney Matogrosso, Erasmo Carlos, Os Mutantes, Gal Costa, Maria Bethânia, Claudete Soares, Moraes Moreira, Zé Ramalho, Fernanda Abreu, Leci Brandão, Daniela Mercury, Ivete Sangalo, Alcione, Caetano Veloso, Forróçacana, Mundo Livre SA, Skank, Lulu Santos, Marisa Monte e tantos outros artistas de todos os estilos e gerações, o que o deixa no pico dos grandes compositores...

Seus sucessos se tornam inesquecíveis, independente da época do lançamento. Cadê Tereza, Charles Anjo 45, Chove chuva, Fio maravilha, Jorge da Capadócia, Mas que nada, País tropical, Por causa de você menina, Que maravilha, Salve Simpatia, Que pena, Taj Mahal, W/Brasil e tantas outras são sempre lembradas, pois além de estarem no repertório dos shows do Ben Jor, são muito cantadas e até gravadas pelos diversos artistas, alguns já citados!

Tão inconfundível e único quanto seu balanço é sua ligação com o futebol e seu time de coração, o Flamengo, expresso em diversos sucessos como em Fio Maravilha e País tropical, letra que transcrevo abaixo, por acreditar que é a melhor canção que esse artista poderia fazer para expressar a cultura do país que tanto ama e animar a festa, além de saudar sua simpatia:

País Tropical
Jorge Ben Jor

Moro!
Num País Tropical
Abençoado por Deus
E bonito por natureza (Mas que beleza!)

Em fevereiro (Em fevereiro!)
Tem carnaval (Tem carnaval!)
Eu tenho um fusca e um violão
Sou Flamengo, tenho uma nêga chamada Tereza...

Sambaby, Sambaby
Sou um menino
De mentalidade mediana (Pois é!)

Mas assim mesmo feliz da vida
Pois eu não devo nada a ninguém (Pois é!)
Pois eu sou feliz muito feliz, comigo mesmo...

Moro!
Num País Tropical
Abençoado por Deus
E bonito por natureza (Mas que beleza!)

Em fevereiro (Em fevereiro!)
Tem carnaval (Tem carnaval!)
Eu tenho um fusca e um violão
Sou Flamengo, tenho uma nêga chamada Tereza...

Sambaby, Sambaby!
Eu posso não ser
Um Band Leader (Pois é!)

Mas assim mesmo lá em casa
Todos meus amigos, meus camaradinhas
Me respeitam (Pois é!)

Essa é a razão da simpatia
Do poder, do algo mais
E da alegria...

Moro!...

Um forte abraço a todos!

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Todo sábado é assim...

Quem nunca cantou ou ouviu essa canção num sábado? Em 1987, essa era a primeira das paradas de sucesso! Mas, seu criador, veio de bem antes... Na década de 70 surgia um artista que marcaria o país! Lembro de um disco (vinil) que meu pai tinha com ele cantando Eu quero apenas carinho... Alguns de seus primeiros discos saíram em parceria com Fernando Mendes, outro artista contemporâneo.

Mas, foi na década de 80 que ele atingiu o sucesso e o auge de sua carreira! Sobretudo no período 1985-1991. As rádios tocavam muita música romântica e José Augusto era destaque com composições próprias ou de outros compositores famosos como Michael Sullivan!

Dessa safra, saíram coisas lindas como Fantasias, Sábado, Amar você, Chuvas de verão, Sonho por sonho, Fui eu, Aguenta coração, Sonho dourado, Eu e você, Sou assim, Coisinha estúpida, A minha história, Amantes, Separação, Evidências, Por eu ter me machucado, De igual pra igual, Desejos, Não dá pra te esquecer, Querer é poder, Só você, Tudo deu em nada, Te amo, Vida cigana...

E suas interpretações e composições, em sua maioria com Paulo Sérgio Valle, foram caminho de sucesso para outros artistas como Alcione, Simone, Chitãozinho & Xororó, Xuxa, Zezé di Camargo & Luciano, Leonardo, e duetos com Kátia, Caetano Veloso, Roupa Nova e Roberta Miranda.

Artista reconhecido internacionalmente, Zé Augusto ganhou vários prêmios em sua carreira internacional com a versão da música Luzes da Ribalta, de Chapplin. Seria legal se a mídia não fosse tão cruel e desse mais espaço para um artista como esse, que se prepara para gravar seu primeiro dvd.

É com o romantismo característico desse artista que ficamos, com a letra da canção Eu e você:

Eu e você
Renato Barros/Vadinho
Participação Vocal: Roupa Nova

Amar você é bom demais
Que mais posso querer
Se tudo você tem melhor
Pior é te perder

Me perdi na luz do teu olhar
Me encontrei quando encontrei você

E tudo é emoção, prazer
É cor, eu e você

Depois do amor
Quando adormecer
Me leva no teus sonhos

Quando acordar
Quero estar com você
E todo nosso amor recomeçar

E tudo é emoção, prazer
É cor, eu e você

Um forte abraço a todos

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Um banho de cheiro...

Elba Ramalho é, sem sombra de dúvida uma grande intérprete da música popular brasileira! Com supremas raízes nordestinas, constrói a cada novo trabalho uma carreira fascinante e com extrema dedicação! Uma cantora de extremo profissionalismo...

Comprovei isso recentemente em uma festa de minha cidade, Limoeiro, interior de Pernambuco, onde assisti a seu show acompanhado de minha noiva. Geralmente, artistas desse porte chegam a cidadezinhas do interior, cantam alguns minutos e vão embora! Pois, Elba mostrou que é a mesma profissional cantando lá ou no exterior! Fez um show arrasador de duas horas, expondo toda energia que emana e levantando seu público de todas as idades sempre com hits inesquecíveis como De volta pra o aconchego, Leão do Norte, Tropicaliente, Ciranda da rosa vermelha, Bate coração, Veja, Ai que saudade de ´ocê, Asa branca, Chão de giz, Entre o céu e o mar, Chorando e cantando, Dia branco, Banho de cheiro, Frevo mulher, Morena de Ângola, Pagode Russo, Sabiá, entre tantos outros onde mescla suas raízes de baião, frevo, maracatu, xote, caboclinho e forró, apresentando seus compositores favoritos e mais constantes: Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Zé Ramalho, Nando Cordel e Luiz Gonzaga, com os quais já teve a honra de dividir o microfone em algumas vezes!

Pouca gente sabe que Elba começou a carreira como baterista de uma banda feminina chamada as Brasas em 1968. Esse conjunto se transformou em grupo teatral. Elba chegou ao Rio como atriz de teatro, mas sempre buscando participar de musicais onde pudesse explorar suas duas vocações e em 1978 participou da montagem da peça Ópera do malandro de Chico Buarque, que lhe rendeu prêmios e seu contrato com a CBS, para gravar seu primeiro disco.

Atualmente Elba continua fazendo esses grandiosos e prazerosos shows que comentei acima e divulgando o disco com o título Qual o assunto que mais lhe interessa? A nós, sempre será interessante falar e divulgar uma artista com tanta humildade e profissionalismo, pois estamos sempre recebendo essa energia positiva que a Elba Ramalho emana!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

E por falar em saudade...

Nelson Gonçalves, grande cantor e intérprete da era do rádio e dos anos seguintes, ídolo de tantos artistas posteriores, gravações memoráveis! São muitos os conceitos e adjetivos para um artista como esse que já se foi, mas permanece no inconsciente do brasileiro e de todo aquele que ama música brasileira.

A boemia sempre o trazia em regresso a nossos rádios e quando falamos em saudade, nos dias de hoje, não podemos esquecê-lo, nem de seus preciosos sucessos que são inúmeros em discos, sendo o segundo maior vendedor do país, só perdendo para Roberto Carlos.

Canções como Renúncia, Maria Bethânia, Escultura, Meu vício é você, A volta do boêmio, Fica comigo esta noite, Pensando em ti, Negue, Falando de amor, Onde anda você, Nada por mim, O négocio é amar, etc. estão presentes sempre em eventos onde imperam as serestas e as músicas românticas, no geral, mostrando seu gosto que ia de Vinícius de Moraes a Roberto Carlos, que foi de Chico Buarque a Hebert Viana.

Uma coisa muito legal da carreira discografica do Nelson é que ele sempre dividiu, de forma generosa, duetos com vários artistas da mpb, lançando discos como Ele e elas, ou Ele e eles, surgindo encontros memoráveis como Maria Bethânia (com Caetano Veloso), O negócio é amar (com Fafá de Belém), Renúncia (com Tim Maia), Castigo (com Zizi Possi), Valsinha (com Chico Buarque) e Asa branca (com Luiz Gonzaga), dentre tantos, alguns relembrados no recém lançado Nelson Gonçalves Duetos!

Outra coisa interessante é que o último disco gravado de sua carreira foi todo dedicado a compositores mais jovens como Kid Abelha (Nada por mim), Lulu Santos (Como uma onda), Cazuza (Faz parte do meu show), Legião Urbana (Ainda é cedo), essa última dando título ao disco!

Realmente ainda era cedo e sempre será para um artista como esse ir ao andar de cima, mas nunca é tarde para relembrarmos sua obra, presente em nossa vida de forma tão gratificante!

Um forte abraço a todos!