sábado, 18 de dezembro de 2010

Então é Natal

Eu ainda devo aos meus leitores algumas postagens sobre os Beatles. Prometo isso para 2011. Por enquanto, vamos a mais um clássico do Natal, e porque não dizer também um clássico do John Lennon em parceria com a Yoko Ono. Simone a gravou em 1995 numa versão bem sucedida de Cláudio Rabello, posteriormente também gravada pelo Pe. Marcelo Rossi e Roupa Nova.

Composta em 1971, essa canção tinha a função de pedir pela paz no Vietnã. E só veio ganhar sucesso mundial depois de 1980, quando seu autor já partira para a eternidade. Sua letra questiona nossas atitudes, nossa união, enfatizando que se trata de uma festa para todos sem distinção, coisas que só o Natal oferece para a humanidade, com uma festa repleta de sinos, brilho, iluminação, elementos que remetem à paz sonhada pelo John e por todos nós!

Então é Natal (Happy Christmas)
(John Lennon, Yoko Ono e Cláudio Rabello)

Então é Natal, e o que você fez?
O ano termina e nasce outra vez
Então é Natal, a festa Cristã
Do velho e do novo, do amor como um todo.

Então bom Natal, e um ano novo também
Que seja feliz quem, souber o que é o bem

Então é Natal, pro enfermo e pro são
Pro rico e pro pobre, num só coração
Então bom Natal, pro branco e pro negro
Amarelo e vermelho, pra paz afinal

Então bom Natal, e um ano novo também
Que seja feliz quem, souber o que é o bem

Então é Natal, o que a gente fez?
O ano termina, e começa outra vez
E Então é Natal, a festa Cristã
Do velho e do novo, o amor como um todo

Então bom Natal, e um ano novo também
Que seja feliz quem, souber o que é o bem
Harehama, Há quem ama, Harehama, ha...
Então é Natal, e o que você fez?
O ano termina, e nasce outra vez
Hiroshima, Nagasaki, Mururoa...
É Natal, É Natal, É Natal!

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Fui eu que consegui ficar e ir embora...

Os artistas da Jovem Guarda também receberam destaque em diversas postagens esse ano e fechamos com uma grande cantora dessa época: Vanusa Santos Flores. Natural de Cruzeiro/SP, quem presenciou nos últimos meses polêmicas envolvendo essa cantora talvez nem saiba de seu talento, que vem de muito cedo pois aprendeu violão muito jovem e aos 16 anos já cantava em conjuntos de rock.

Iniciou sua carreira em 1966 já nos últimos momentos da Jovem Guarda, quando cantou seu primeiro sucesso Pra nunca mais chorar. Mas, seu maior sucesso foi Manhãs de setembro, já nos anos 70. Outros sucessos de seu repertório são: Paralelas, Mudanças, Hino ao amor, Como vai você, Sonho de um palhaço, Caminhemos, Era um garoto que como eu amava os Beatles e os Rolling Stones, O Homem de Nazareth, etc.

Com uma grande voz, Vanusa tem um público fiel, alheio a todas essas polêmicas envolvendo seu nome. Afinal, quem nunca errou em uma canção ou desafinou ou se apresentou sem estar 100%? É triste que em momentos assim, as pessoas preferem abrilhantar os erros, ofuscando os acertos que cobrem a carreira do artista que também é um ser humano e os admiradores da Vanusa sabem muito bem disso!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Tornei-me um ébrio...

Esse ano, comentamos bastante sobre os artistas da Era do rádio, nomes que de repente nunca foram ouvidos pelas novas gerações, mas que ajudaram a construir a música brasileira que tanto apreciamos. E um deles foi Antônio Vicente Felipe Celestino ou simplesmente Vicente Celestino. Natural do Rio de Janeiro/RJ, ele foi um dos maiores nomes do gênero romântico da primeira metade do século passado.

Com uma voz de tenor e uma pinta de galã, Vicente Celestino emplacou vários sucessos radiofônicos de sua época como O ébrio, sua canção mais lembrada até hoje. E, além dessa, também cantou Conceição, Creio em ti, Se todos fossem iguais a você, Ai ioiô (Linda flor), Coração materno, Porta aberta, Patativa, Noite cheia de estrelas, Mia Gioconda, Ontem ao luar, entre outras.

Vicente partiu para a eternidade em 1968, quando participaria de uma homenagem realizada pelo pessoal da Tropicália. Será sempre lembrado não apenas por seu vozeirão ou por seu clássico O ébrio, mas sobretudo por sua contribuição à música brasileira como um todo e por suas influências aos artistas posteriores que o citam como uma inspiração em seus trabalhos!

Um forte abraço a todos!

domingo, 12 de dezembro de 2010

CD duetos com o mestre Lua

E amanhã comemoramos mais um aniversário do eterno rei do baião e nosso Blog, de forma singela, o homenageia com esse cd lançado em 2001. Produzido pelo compositor Paulo Debétio, uniu à voz do rei do baião, vários de seus súditos, com arranjos novos e modernos. Algumas dessas faixas foram extraídas de gravações originais realizadas pelo mestre e outras, produzidas póstumas.

A faixa de abertura fica em família, pois temos Gonzagão, Gonzaguinha e Daniel Gonzaga, filho de Gonzaga Jr. Na sequência, temos Súplica cearense (com Jorge Aragão), Procissão (com Chico Buarque), Respeita Januário/Riacho do navio/Forró no escuro (com Fagner), A volta da Asa branca (com Chitãozinho e Xororó), No dia em que eu vim-me embora (com Lenine), Fica mal com Deus (com Zé Ramalho), Farinhada (com Elba Ramalho), Forró n°1 (com Gal Gosta), Depois da derradeira (com Dominguinhos), Luar do sertão (com Milton Nascimento), Paraíba (com Emilinha Borba) e Hora do adeus (com Falamansa).

Gonzaga é a eterna voz do sertão e isso se torna repetitivo quando um nordestino enfatiza essa dádiva. Entretanto, é pouco diante do sucesso que esse homem alcançou cantando as tradições desse lugar, o amor a essa terra, cantando seus detalhes como ninguém e alcançando a todos os moradores, oferecendo um pouco do que é felicidade em termos de músicas. Uma saudade ímpar na minha vida, especificamente que envolve Gonzagão é a lembrança de ver meu avô e seu irmão cantando e tocando aquele repertório inesquecível, representando em parte nessa coletânea!

Um forte abraço a todos!

sábado, 11 de dezembro de 2010

Natal Branco

Outra canção clássica dessa época, gravada por Simone, Roupa nova e Chitãozinho e Xororó em seus respectivos discos de Natal. E o curioso é que, embora aqui no Brasil não exista a neve, a canção também tornou-se um clássico na versão de Marino Pinto, caracterizando algumas das poucas versões que obtiveram êxito.

Acho interessante imaginar que essa canção une Natal ao sentimento de paz, diante de tantas guerras, tantos sentimentos egoístas, tanta ambição. O trecho "Os pinheiros brancos de neve são como torres de uma catedral...'' enfatiza esse sentimento de que é uma noite de reflexão, em busca da alma regenerada e que reforça o desejo de que todos os dias poderiam ser Natais.

Natal branco (White Christmas)
(Irving Berlin e Marino Pinto) 

Lá,onde a neve cai
Sinos festejam a noite de Natal
Os pinheiros brancos de neve
São como torres de uma catedral

Lá,onde a neve cai sempre
Por sobre a lua tropical
O Natal é sempre oração
Oração de paz universal!

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Blog Música do Brasil - 3º aniversário!!!

Dia de festa virtual na internet: esse Blog chega ao terceiro aniversário e isso muito me gratifica, pois além de ser uma terapia, com ele  busco colaborar de forma simples com a Música do Brasil que é uma das minhas paixões. E toda festa tem bolo, então fatias e mais fatias a todos que também compartilham com essa paixão, um brinde à música brasileira.

Como professor de matemática, não posso esquecer dos números, pois eles incentivam a continuar acreditando que o trabalho está seguindo de forma certa e alcançando àqueles que gostam desse tema: desde sua criação são mais de 150 mil acessos, mais de 1700 comentários dos mais variados visitantes, mais de 650 postagens, acesso de mais de 30 países no mundo todo, mais de 300 personalidades abordadas entre cantoras, cantores, bandas e duplas, mais de 100 letras de canções apresentadas, mais de 100 cd´s e dvd´s indicados. Isso pode até parecer pouco porque muitas outras ideias surgem, entretanto significa  que este espaço continua alcançando seu objetivo número um: falar da música brasileira sobre vários aspectos, sem preconceito, a todos que amam esse tema.

Continuaremos a falar sobre artistas que surgem, que possuem carreira sólida ou que já não estão conosco, em nosso plano. Vamos explorar alguns menos conhecidos, esquecidos pela mídia, mas que compõem a história dessa tão eclética e por isso, tão maravilhosa música brasileira. Textos musicais, cd´s, dvd´s, programas, séries, e outras novidades virão nesse próximo momento, sempre passeando pelo presente e pelo passado da nossa música. Obrigado a todos pelo companherismo, pelo apoio, pela compreensão, pela contribuição. Vamos nos deliciar por mais este ano e com este bolo virtual que dedico a todos que por aqui passarem! Viva à Música do Brasil!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Eles são cariocas...

Eles são Os cariocas, grupo vocal importantíssimo na música brasileira, sobretudo para o gênero Bossa Nova. A atual formação é com Severino Filho, Elói Vicente, Neil Carlos Teixeira e Hernane Castro. Já participaram em outras versões: Ismael Netto, Ari Mesquita, Salvador e Tarquínio, Badeco, Waldir Viviani e Quartera.

O grupo foi criado em 1942 por Ismael Netto e a partir daí houveram várias formações até o que conhecemos atualmente. Participaram de vários programas das rádios e seguiram suas carreiras realizando vocais para gravações e shows dos mais variados artistas como Marlene, Erasmo Carlos, Tom Jobim, João Gilberto, Elis Regina, Vinicius de Moraes, Wanda Sá, Gilberto Gil, Milton Nascimento, etc.

Entre os sucessos interpretados pelo grupo estão Samba de uma nota só, Samba do avião, Desafinado, Ela é carioca, Minha namorada, Inútil paisagem, Só tinha de ser com você, Corcovado, Preciso aprender a ser só, Samba de Verão, Águas de março, Sampa, Qui nem jiló, Wave, etc. Eles são simplesmente exemplos de um trabalho refinado e com uma qualidade ímpar em trabalhos vocais!

Um forte abraço a todos!

domingo, 5 de dezembro de 2010

CD e DVD Cauby sings Sinatra

Um dos melhores presentes para esse fim de ano, para quem gosta, claro: Cauby sings Sinatra, cd e dvd gravado ao vivo em que Cauby Peixoto interpreta clássicos de Frank Sinatra. Desde que fez o dvd Eternamente Cauby Peixoto, que o intérprete de Conceição, mostra que a cada dia acalentava o desejo de interpretar um projeto assim, só com canções do Sinatra. Já havia feito algo parecido nos anos 90 quando fez um disco com versões em português das canções do Sinatra.

Ano passado, Cauby apresentou um projeto diferenciado, interpretando as canções do rei Roberto Carlos. Esse ano, trocou o rei do Brasil pelo rei dos Estados Unidos e mandou ver em canções escolhidas pelo próprio Cauby e com produção de Thiago Marques Luiz. Baseado em um show realizado em maio/2010, o repertório passeia pelas mais clássicas do Sinatra, com direito à interpretação da melhor voz do país.

Estão lá I've got you under my skin, All the way, All the things you are, Strangers in the night, Something, The world we knew, Let me try again, Fly me to the moon, Moon river, Laura, 'S Wonderful, Night and day, My way e Theme from New York New York, tanto no cd quanto no dvd, onde Cauby realiza não apenas seu sonho pessoal, mas o de vários amantes da boa música brasileira, inclusive o meu que sempre enfatizei a necessidade de alguém retratar esse repertório para nós, entendendo que, por sua paixão com esse tipo de canção, não poderíamos pensar em outro nome que o eterno professor Cauby Peixoto!

Um forte abraço a todos!

sábado, 4 de dezembro de 2010

O Velhinho

Dezembro é sempre assim: muitas luzes brilhando, árvores, guirlandas, presépios, presentes e outras tradições, além de música, muita música. E algumas canções dessa época se tornam clássicos, como já comentado em anos anteriores, tornando-se atemporais. É o caso de O velhinho, canção já interpretada por artistas como Simone, Fernanda Takai, Chitãozinho e Xororó e Roupa Nova.

A figura do Papai Noel é das mais populares no mundo e reside em uma fantasia que agrada a muitos e desagrada a outros. Polêmicas a parte, sabemos que infelizmente não é bem como a letra fala, pois para os mais pobres não existe a ilusão que a outros até faz bem escrever ao bom velhinho Noel e esperar que na véspera do Natal, ele apareça e se lembre dos que mantiveram bom comportamento.

Também não acho que deveriam se misturar o lado religioso com o lado da ilusão do bom velhinho que só faz bem às crianças que recebem sua visita, pois dizem que a figura do Noel se inspirou em São Nicolau Taumaturgo, que no ano 300 na Turquia, presenteava as pessoas com sacos colocados na chaminé. E O velhinho é um dos clássicos natalinos brasileiros, pois seu compositor é carioca.

O velhinho
(Otávio Babo Filho)

Botei meu sapatinho
Na janela do quintal
Papai Noel deixou
Meu presente de Natal

Como é que Papai Noel
Não se esquece de ninguém
Seja rico ou seja pobre
O velhinho sempre vem

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Logo eu com meu sorriso aberto...

O mundo do samba é formado também por grandes nomes femininos a exemplo de D. Yvone Lara, Beth Carvalho, Alcione, Clara Nunes, Leci Brandão e Jovelina Faria Belfort, ou como foi conhecida: Jovelina Pérola Negra. Natural do Rio de Janeiro/RJ, Jovelina integrou o grupo de sambistas que valorizariam esse estilo nos anos 80 e 90, abrindo espaço para novas gerações que estão aí.

Voltada para o partido-alto, Jovelina lançou seus primeiros sucessos em 1985 com Bagaço da laranja e Feirinha da Pavuna. E depois vieram outros sucessos como Pagode no Serrado, Menina você bebeu, Banho de felicidade, Falso malandro, Sorriso aberto, Não tem embaraço, Luz do repente, etc. Teve também um disco gravado com D. Yvone Lara em 1986.

Jovelina partiu para a eternidade em 1998, deixando o mundo do samba menos alegre, pois representava a melhor partideira carioca, além de ser um grande nome não apenas nesse estilo, mas na música brasileira, reverenciada por vários colegas como uma grande referência musical!

Um forte abraço a todos!