terça-feira, 29 de novembro de 2011

Você se lembra, foi isso mesmo que se deu comigo...

Ele é outro grande nome da canção popular da Era do rádio. Natural de Cataguases/MG, Lúcio Ciribelli Alves, ou simplesmente Lúcio Alves foi cantor, compositor e instrumentista, começando a tocar violão ainda na infância. Tendo como ídolo Orlando Silva, começou a se apresentar em rádios, quando já morava no Rio de Janeiro, interpretando canções de seu ídolo.

Formou grupo e depois, em carreira solo, fez bastante sucesso, sobretudo nos anos 40 e 50, com sucessos como De conversa em conversa, Brumas, Sábado em Copacabana, Teresa da praia, Chão de estrelas, Dindi, Valsa de uma cidade, Samba da minha terra, O barquinho, Nem eu, Se todos fossem iguais a você, Castigo, Estrada do sol, Fim de caso, Rosa, Mudando de conversa, entre outras.

Lúcio partiu para a eternidade em 1993, mas fica a lembrança do grande intérprete, além de músico e compositor que foi de seu tempo, sendo classificado entre os primeiros nomes da Era do rádio e também um dos grandes precursores e difusores da Bossa Nova.

Um forte abraço a todos!

domingo, 27 de novembro de 2011

Olhando as estrelas - 20

Dois grandes nomes do rock nacional. Um, ícone da geração anos 60 e outro, ídolo da geração anos 80. Dois artistas fãs um do outro: Erasmo Carlos e Lulu Santos. Erasmo é um dos ídolos do Lulu, que muito foi influenciado pela Jovem Guarda. Mas, Erasmo também aprendeu a ser fã do Lulu, fato esse repetido pelo próprio tremendão quando se refere ao pupilo.

Lulu Santos já gravou canções da dupla Roberto e Erasmo: O calhambeque e Se você pensa são exemplos. A interação com Erasmo vai além, quando participa do CD Erasmo Carlos convida 2, de 2007, onde abre o projeto com a faixa Coqueiro verde, uma das melhores do disco e uma das melhores coisas feitas pelo Lulu, que afirmou isso no programa do Raul Gil, anos atrás.

Lulu também cita Erasmo na faixa Made in Brasil, de seu primeiro acústico. Seria muito interessante, se Lulu fizesse um trabalho todo reverenciando seu ídolo, o que não deve estar muito distante de acontecer, pois soube que no próximo ano, fará alguns shows com repertório apenas de Roberto e Erasmo, do período Jovem Guarda. E, quem sabe, Erasmo gravar algo do Lulu, pois as estrelas brasileiras são assim: brilham e se reverenciam, brilhando ainda mais!

Um forte abraço a todos!

sábado, 26 de novembro de 2011

Se todos fossem iguais a você

Essa canção é mais um clássico da nossa música e mais um clássico de Tom e Vinícius. Quase todos os grandes intérpretes desse país já cantaram essa canção que pode ser vista por uma vertente romântica, mas que consegue ir além desse sentimento e exaltar a admiração extrema entre dois seres, ou quem sabe até uma admiração religiosa, uma paisagem florida como essa, etc.

Acredito que por possuir letra, harmonia e melodia belíssimos, Se todos fossem iguais a você já estava destinada a ser inesquecível e pelo fato de poder servir em tantas ocasiões, quando simplesmente seu título já é o bastante, podemos dizer que se trata de uma perfeita canção.

Se todos fossem iguais a você
(Tom Jobim e Vinícius de Moraes)

Vai tua vida,
Teu caminho é de paz e amor
A tua vida
É uma linda canção de amor

Abre os teus braços e canta
A última esperança
A esperança divina
De amar em paz

Se todos fossem iguais a você
Que maravilha viver
Uma canção pelo ar
Uma mulher a cantar
Uma cidade a cantar,
a sorrir, a cantar, a pedir

A beleza de amar
Como o sol, como a flor, como a luz
Amar sem mentir, nem sofrer

Existiria a verdade
Verdade que ninguém vê
Se todos fossem no mundo iguais a você

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Eu ontem fui à festa na casa do bolinha...

Frequentemente falamos de bandas, grupos ou duplas. Hoje falaremos de um trio oriundo do final dos anos 50 e que fez muito sucesso na época da Jovem Guarda: o Trio esperança, formado pelos irmãos Mário Correia José Maria, Regina Correia José Maria e Eva Correia José Maria, a Evinha e, em outra formação contou também com Marisa Correia José Maria, todos naturais do Rio de Janeiro/RJ.

O grupo vocal começou a se apresentar em programas de calouros no início dos anos 60 e o sucesso veio com canções como Filme triste, O sapo, Meu bem Lollipop, Festa do bolinha, Gasparzinho, Primavera, Na hora do almoço, Arrasta a sandália, Bolinha de sabão, entre outras. É claro que, como a maioria dos grupos, este também se desfez e se refez ao longo dos anos.

Evinha seguiu carreira solo, mas vez por outra, reencontra os irmãos para reviverem os tempos áureos do Trio, inclusive se unindo a outros irmãos, os Golden boys para realizarem shows, chegando a gravar um Dvd, recentemente. Na foto, a formação original do grupo batizado por Paulo Gracindo e que foi um dos grandes cartazes da Jovem Guarda.

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Os Músicos do Brasil - 27

Esse é mais um renomado músico que esse país possui e que talvez não o renda o merecido aplauso. Natural do Rio de Janeiro/RJ, Eumir Deodato de Almeida começou a tocar acordeão aos 12 anos e em seguida iniciou seus estudos de piano, orquestração, arranjo e regência, firmando seu nome como grande produtor musical e maestro desde os anos 70, já produzindo mais de 500 discos de diversos artistas e bandas.

Constam em seu currículo, nomes como Wilson Simonal, Marcos Valle, Milton Nascimento, Tom Jobim, Aretha Franklin, Frank Sinatra, Tony Bennett, Astrud Gilberto, Gal Costa, João Donato, Titãs, Carlinhos Brown, Elis Regina, Vinícius de Moraes, entre tantos outros. Também compositor, vez por outra lança seus próprios trabalhos onde, com seu piano, navega do funk ao samba, passando pelo jazz e por canções românticas.

Com uma carreira internacional premiada, Deodato também trabalhou em diversas trilhas sonoras de filmes de Hollywood e nacionais como Bossa Nova (2000), de Bruno Barreto. Foi responsável pela seleção dos participantes para o II Festival Internacional da Canção em 1967 e credita-se a ele a descoberta de Milton Nascimento, que nesse festival lançou-se com os sucessos Travessia e Morro velho.

Um forte abraço a todos!

domingo, 20 de novembro de 2011

CD e DVD Titãs Acústico MTV

Um dos melhores acústicos de todos os tempos foi apresentado em 1997 pela banda Titãs, em um trabalho que influenciaria outros acústicos que viriam depois deste. O projeto contou com a participação de convidados como Arnaldo Antunes (em O pulso), Fito Paez (em Go back), Jimmy Cliff (em Querem meu sangue), Marisa Monte (em Flores), Marina Lima (em Cabeça de dinossauro) e Rita Lee (em Televisão, com Roberto de Carvalho ao piano).

Vale lembrar que nesse mesmo ano, tivemos também os acústicos da Gal e da Rita (ambos já comentados aqui) e os Titãs devolveram a gentileza da Rita, participando também do acústico da cantora na faixa Papai me empresta o carro. Mas, voltando ao acústico Titãs, além dos convidados, tivemos alguns clássicos e algumas canções novas da banda que também viriam a se tornar imprescindíveis em seus shows como Comida, Pra dizer adeus, Família, Os cegos do castelo, Marvin, Nem 5 minutos guardados, Palavras, Hereditário, A melhor forma, 32 dentes, Não vou lutar, Homem primata e Diversão.

Esse projeto foi tão bem recebido pelos amantes da boa música que deu uma nova guinada na carreira da banda que, embora reformulada (atualmente , sem alguns dos integrantes que participaram desse disco, cada um por um motivo peculiar) continua fazendo shows e hits país afora. Com a produção de Liminha, esse é o melhor ou um dos melhores trabalhos dos Titãs, que dedicou o projeto à banda Mamonas Assassinas.

Um forte abraço a todos!

sábado, 19 de novembro de 2011

Caminhos do sol

Essa é uma das canções mais lindas dos anos 80, sucesso na voz imortal de Zizi Possi. Retrata um amor unido à paisagem, ao brilho que um dia ensolarado possa nos oferecer.

E, mesmo descrevendo um amor que não deu certo, apresenta elementos suficientes para afirmar que tudo pode  melhorar, se esse sentimento for retomado, agora de forma mais madura, aprendendo cada vez mais com a voz sempre agradável da Zizi.

 Caminhos do sol
(Herman Torres – Salgado Maranhão)

Sem você a vida pode parecer
Um porto além de mim
Coração sangrando
Caminhos de sol no fim

Nada resta, mas o fruto que se tem
É o bastante pra querer
Um minuto além
Do que eu possa andar com você

Te amo e o tempo não varreu isso de mim
Por isso estou partido e tão forte assim
O amor fez parte de tudo que nos guiou
Na inocência cega, no risco das palavras
e até no risco da palavra Amor

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Os compositores do Brasil - 43

Ele tá com música na novela das oito. A canção Eu nunca amei alguém como eu te amei, gravada pelo Roberto Carlos em 1994, foi regravada por Ivete Sangalo para a novela Fina estampa. Além de um dos mais renomados maestros desse país e um dos maiores divulgadores da música instrumental atual, Eduardo é também uma referência na composição nacional.

Tendo em seu currículo várias gravações do Roberto Carlos, consta em sua lista de intérpretes astros como José Augusto, Claudette Soares, Kátia, Chitãozinho e Xororó, Rosemary, Emílio Santiago, Gilliard, Agnaldo Timóteo, entre tantos, que navegaram em suas parcerias com Paulo Sérgio Valle, César Augusto e Alésio Barros.

Em conversa com seus fãs, Eduardo já afirmou que é compositor de poucas canções por ano e como essas canções são sempre sucessos, temos a certeza de que outros grandes intérpretes gostariam de ganhar alguma pérola sua para lapidarem, como aconteceu com Confissão, Como foi, Eu quero voltar pra você, A minha vida, De coração, Cenário, Nunca te esqueci, Momentos tão bonitos, Vê se volta pra mim, Assunto predileto, Eu vou sempre amar você, entre outras. Seu lançamento instrumental ficou para 2012 e nós, seus fãs, aguardamos com a mesma expectativa de sempre o CD Romances que ele está produzindo com o mesmo profissionalismo que compôs essas e tantas outras que ainda ouviremos!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Homenagem ao malandro

Feriado do dia da Proclamação da República e fui buscar o significado de República no dicionário, encontrando o seguinte, de acordo com o Houaiss: "forma de governo em que o Estado se constitui de modo a atender o interesse geral dos cidadãos". E aí me pergunto: além de estarem curtindo o merecido descanso, embora haja quem pense que temos feriados demais, será que o brasileiro reflete sobre isso? Será que nossos governantes estão mesmo dedicados à soberania popular?

Com uma classe política tão desacreditada, por tantos arranhões que recebemos no decorrer de nossa história antiga e recente, tornam-se opacas as pessoas sérias que se envolvem nesse meio. Sinto que o país está nas mãos de um grupo só, cada vez sem oposição e sem muito direcionamento para essa soberania popular, numa espécie de malandragem, como conta essa canção do Chico, em que foi procurar aquele conhecido malandro e se surpreendeu com a modernização dessa classe que, em nada tem haver com a tradicional figura social que ele conhecia, parecidíssimo com alguns políticos atuais dessa nossa República:

Homenagem ao malandro
(Chico Buarque)

Eu fui fazer um samba em homenagem
à nata da malandragem, que conheço de outros carnavais
Eu fui à Lapa e perdi a viagem,
que aquela tal malandragem não existe mais

Agora já não é normal, o que dá de malandro regular profissional,
malandro, com o aparato de malandro oficial,
malandro, candidato a malandro federal,
malandro com retrato na coluna social;
malandro com contrato, com gravata e capital, que nunca se dá mal.

Mas o malandro para valer, não espalha,
aposentou a navalha, tem mulher e filho e tralha e tal
Dizem as más línguas que ele até trabalha,
Mora lá longe chacoalha, no trem da central

Um forte abraço a todos!

domingo, 13 de novembro de 2011

Almanaque da Jovem Guarda

A Jovem Guarda foi um movimento musical importantíssimo para a música brasileira e que não se resumiu a um programa de televisão da Record nos anos de 1965 a 1968, mas a acontecimentos antes e depois desse período, envolvendo artistas que viriam a influenciar outros nomes e movimentos posteriores!

É o que conta esse Almanaque da Jovem Guarda, de Ricardo Pugialli, da Editora Ediouro, lançado em 1999 como o livro No embalo da Jovem Guarda e reeditado como Almanaque em 2006. Um material rico em fotos, reportagens da época, lançamentos fonográficos e raridades como o conteúdo do caderninho de anotações que Roberto Carlos fazia em 1959, quando cantava na Boate Plaza, incluindo o set list de suas apresentações.

Não é um livro que conta cronologicamente todos os acontecimentos do movimento, mas que ressalta ano a ano a evolução de cada artista e os Mexericos da Candinha e torna-se indispensável na estante daqueles que apreciam e são saudosos daquelas Jovens tardes de domingo!

Um forte abraço a todos!