A mulher tem conquistado cada vez mais seu merecido espaço numa sociedade que ainda é muito machista. E alguns taxam de "Amélia" aquela mulher cada vez mais rara nos dias atuais, dona do lar, que cozinha e passa, lava e costura e nunca reclama do que lhe falta. Tudo isso por causa deste clássico de dois grandes gênios que este país conheceu em termos de composição: Mário Lago e Ataulfo Alves.
Mas, segundo li, Ataulfo não defendia a submissão de uma mulher, e sim contemplava seu companheirismo, sua aptidão de estar ali ao lado de seu marido, enfrentando todas as dificuldades com muita bravura. Sob esta ótica, podemos dizer que ainda existem muitas Amélias por aí, inesquecíveis, como este eterno samba da nossa canção.
Ai que saudades da Amélia
Mário Lago e Ataulfo Alves
Nunca vi fazer tanta exigência
Nem fazer o que você me faz
Você não sabe o que é consciência
Nem vê que eu sou um pobre rapaz
Você só pensa em luxo e riqueza
Tudo o que você vê, você quer
Ai, meu Deus, que saudade da Amélia
Aquilo sim é que era mulher
Às vezes passava fome ao meu lado
E achava bonito não ter o que comer
Quando me via contrariado
Dizia: "Meu filho, o que se há de fazer!"
Amélia não tinha a menor vaidade
Amélia é que era mulher de verdade
Nunca vi fazer tanta exigência
Nem fazer o que você me faz
Você não sabe o que é consciência
Nem vê que eu sou um pobre rapaz
Você só pensa em luxo e riqueza
Tudo o que você vê, você quer
Ai, meu Deus, que saudade da Amélia
Aquilo sim é que era mulher
Às vezes passava fome ao meu lado
E achava bonito não ter o que comer
Quando me via contrariado
Dizia: "Meu filho, o que se há de fazer!"
Amélia não tinha a menor vaidade
Amélia é que era mulher de verdade
Um forte abraço a todos!