
A pirataria não permite à gravadora e, por tabela, ao artista, lucros com seu trabalho. Os discos tem produções caras, com despesas que vão desde o pagamento de músicos até os trabalhos de divulgação e marketing, encontrando por esse caminho os direitos autorais, o trabalho de confecção gráfico, aluguel de estúdio, impostos, etc. E simplesmente o ambulante copia o trabalho e o vende com gastos mínimos de uma mídia virgem. Na hora da divulgação do produto, outro problema: as rádios andam presas a modismos e não tocam mais os bons artistas, de um modo geral. Apenas uma ou outra rádio especializada em música brasileira de qualidade faz esse trabalho, mesmo assim, por sua auto-seleção acaba soando como elitista.
Por outro lado, o produto sai da fábrica a um preço e chega ao consumidor, via lojas virtuais ou não, por outro preço com margem altíssima de lucro para vendedores. O poder aquisitivo da população de um modo geral é baixo para adquirir um cd, que nas lojas custa em torno de R$ 30,00, quando nas bancas de pirataria, encontramos o mesmo copiado por R$ 3,00.
Esse tema é polêmico e envolve muitos outros argumentos e conhecimentos que as meras palavras acima. Mas, voltando para as novas canções, os penalizados somos nós mesmos que vemos o tempo passar e perdemos as novas criações dos nossos artistas preferidos, pela ausência de motivação diante um mercado em decadência plena. Sinto saudades da época em que visitava as lojas e conferia os lançamentos dos principais artistas da música brasileira. O do Roberto Carlos então, nem se fala, o quanto aguardava esse momento, mas isso é outra história que contarei outro dia. Fica apenas aquele trecho de uma canção do Skank: "Não quero estar sendo mal, moralista ou banal, aqui está o que me afligia..." Gostaria de sua opinião a respeito do tema!
Um forte abraço a todos!