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domingo, 16 de março de 2008

Se você vier, pro que der e vier comigo...

Geraldo Azevedo não é apenas um grande nome na música nordestisna, mas seus acordes ecoam em todos os extremos do país, alcançando com êxito o exterior. Nascido em Petrolina, aqui em Pernambuco, navega pelos ritmos raízes de sua terra como frevo e forró, além das canções líricas românticas que formam a trilha sonora de muitos apaixonados.

Na década de 70, participou de diversos festivais, entre eles o Festival Internacional da Canção do Rio de Janeiro em 1972, obtendo êxito e rendendo seu primeiro disco em parceria com Alceu Valença, seu conterrâneo e amigo. De lá pra cá só sucessos ajudando a contruir a história musical desse país.

Violonista, cantor e compositor, seus hits são regravados por outros intérpretes como Fagner, Elba Ramalho, Alceu Valença e Simone são alguns dos nomes que já visitaram sua obra como Dia branco, Moça bonita, Bicho de sete cabeças, Canção da despedida, Caravana, Canta coração, Chorando e cantando, Coração bobo, Disparada, Dona da minha cabeça, Inclinações musicais, Letras negras, O amanhã é distante, Sabiá, Táxi Lunar e Você se lembra. Geraldo participou dos projetos Grande encontro na década de 90 com Alceu, Elba e Zé Ramalho, onde gravaram participações ao vivo em cd e dvd.

Particularmente, algumas músicas do Geraldo, prefiro com outros intérpretes a exemplo de Fagner que gravou tão bem Letras negras e Dona da minha cabeça ou Elba Ramalho que é uma de suas intérpretes mais constantes. Outras canções formam o perfil do Geraldo e só cabem em sua interpretação. Assisti ano passado um show seu com voz e violão e pude comprovar o enorme talento que esse músico expõe. Já havia visto um show com banda e pensei que esse seria mais tedioso, o que me enganei pois Geraldo é uma marca de profissionalismo e musicalidade! Ficamos com a letra de Você se lembra, uma das minhas favoritas que evocam imagens nordestinas e passagens musicais da canção As time goes by, do filme Casablanca:

Você se lembra
(Geraldo de Azevedo / Pippo Serra / Fausto Nilo)

Entre as estrelas do meu drama
Você já foi meu anjo azul
Chegamos num final feliz
Na tela prateada da ilusão

Na realidade onde está você
Em que cidade você mora
Em que paisagem, em que país
Me diz em que lugar, cadê você

Você se lembra...
Torrentes de paixão
Ouvir nossa canção

Sonhar em Casablanca
E se perder no labirinto
De outra história...

A caravana do deserto
Atravessou meu coração
E eu fui chorando por você
Até os sete mares do sertão

Você se lembra...

Um forte abraço a todos!

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Dominguinhos & Convidados cantam Luiz Gonzaga!

Ele é tido como o maior discípulo de Luiz Gonzaga, o rei do baião, do xote, do forró, da sanfona... Mesmo diante de tantos sucessos de sua carreira como Eu só quero um xodó, Abri a porta, De volta pro aconchego, Gostoso demais e tantos outros, sempre há espaço na vida desse artista para relembrar seu mestre, com quem começou tocando e aprendendo! E em 1997, Dominguinhos enfatizou isso em dois discos, volumes 1 e 2, com convidados onde canta a obra de Gonzagão!

Numa homenagem mais que merecida, Dominguinhos passeia pelos clássicos do mestre como Asa branca, A vida de viajante (com Chico Buarque), Paraíba (com Daniela Mercury), Pense n´eu (com Daniel Gonzaga), O xote das meninas (com João Bosco), Olha pro céu (com Nando Cordel), Qui nem jiló (com Tânia Alves), Numa sala de reboco (com Quinteto Violado), No meu pé de serra (com Flávio José), Nem se despediu de mim (com Jorge de Altinho), Súplica cearense (com Guadalupe). Mas, também se remove a canções muito legais do “véio Lula”, porém nem tão relembradas como De Terezina a São Luiz (com Fagner), Estrada de Canindé (com Djavan), Não vendo nem troco (com Zé Ramalho), A volta da asa branca (com Maciel Melo), Assum preto (com Ivan Lins), Forró de Mané Vito (com Gilberto Gil), Cintura fina (com Marinês), Juazeiro (com Jane Duboc), Lorota boa (com Waldonys) e Canta Luiz (com Geraldo Azevedo).

A única faxia solo é Asa Branca que o próprio Dominguinhos quis dividi-la com outro rei, segundo entrevista concedida a jornal na época: “Eu convidei pessoalmente o Roberto que ficou empolgado, porém o pessoal que o circula parece meio difícil, daí não deu pra acontecer o encontro”. Em todas as outras faixas, o disco traz convidados renomados e outros conhecidos apenas na região como o caso do sanfoneiro Waldonys. Algumas surpresas da família do próprio Luiz Gonzaga são Daniel Gonzaga, filho de Gonzaguinha e Joquinha Gonzaga (na faixa Tacacá), irmão de Luiz!

Sei que as festas juninas ainda estão distantes, mas esse é daqueles discos de se ouvir sempre e com muita alegria no coração!

Um forte abraço a todos!