quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Pela luz dos olhos seus...

Heloísa Maria Buarque de Hollanda, ou simplesmente Miúcha, como é conhecida essa cantora de tantas estradas na música brasileira. Carioca e irmã de Chico Buarque, Miúcha foi casada com João Gilberto, com quem teve a também cantora Bebel Gilberto. Sua estréia em disco começou em 1975, em um trabalho realizado com o João e com Stan Getz e a partir daí, realizou vários shows com estes e, posteriormente com Tom Jobim, Vinícius de Moraes e Toquinho.

Uma das canções mais marcantes de sua carreira é Pela luz dos olhos seus, tema de abertura da novela global Mulheres apaixonadas, atualmente em Vale a pena ver de novo. Miúcha gravou dois discos com Tom Jobim, onde além dessa interpretação imortalizada, surgiram outros sucessos como Chega de saudade, A felicidade, Água de beber, Vai levando, Samba do avião, Falando de amor, entre outros.

Além de ser irmã de Chico, tornou-se uma de suas mais constantes intérpretes, de quem ganhou a composição Maninha, além de interpretar outros sucessos como Desalento, Eu te amo, Assentamento, Anos dourados, Gente humilde, Olhos nos olhos, Todo sentimento, etc. Fez diversos shows no país e no exterior com Tom, Vinícius e Toquinho no final da década de 70, que podemos conferir em um dvd recém lançado desse encontro. Seu mais recente sucesso foi Você vai ver, tema da novela Paraíso tropical e continua realizando seus shows e sendo figura marcantes na música brasileira.

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Você não me ensinou a te esquecer...

Nos anos 70, surge no cenário nacional de nossa música um artista romântico que faria muito sucesso nas rádios: Luiz Fernando Mendes Ferreira, ou simplesmente Fernando Mendes. Natural de Conselheiro Pena, cidade mineira, Fernando começou no início dos anos 70 juntamente com José Augusto, com quem compôs algumas canções.

Seu primeiro sucesso foi a canção A desconhecida, que foi logo para as rádios e tornou-se uma das mais pedidas, consagrando o jovem compositor dessa canção regravada recentemente por Leonardo. Foi com essa canção que Fernando apresentou-se pela primeira vez na televisão, no programa do Chacrinha.

A partir de então, tornou-se um dos cantores mais populares do país com várias apresentações e com sucessos como Cadeira de rodas, Dois amores, Eu queria dizer que te amo numa canção, Ontem hoje e amanhã, entre outras, além de seu maior sucesso: Você não me ensinou a te esquecer, campeão de vendas em 1979 e regravada recentemente por Caetano Veloso e Bruno e Marrone.

Fernando foi de um tempo em que suas canções tocavam bastante nas rádios e mesmo sendo taxado de brega, tais canções eram gravadas com grandes orquestras e músicos, em um trabalho com muito capricho, o que o faz continuar seguindo sua carreira compondo e realizando shows país afora.

Um forte abraço a todos!

domingo, 18 de janeiro de 2009

Meu país

Essa belíssima canção retrata toda emoção de Zezé di Camargo ao retratar nosso país. Utilizada também em campanhas políticas país afora, Meu país foi gravada em 1997 pela dupla Zezé e Luciano e também pela Roberta Miranda.

É mais uma canção ufanista que nosso cancioneiro apresenta, mas ao contrário de muitas que apontam sempre os desastres e pessimismos, deixando sempre a culpa nas mãos de alguém, essa letra aponta para as maravilhas que esse povo otimista produz através de seu trabalho e seu suor e pela natureza tão generosa que esse país dispõe. E, embora demonstre que falta consciência política e humana por parte dos governantes e de uma minoria, a canção mostra que nem por isso deixamos de amar nossa terra.

É um chega pra lá do Zezé nessa minoria que ainda insiste em criticar suas canções e composições por simples discriminação ou preconceito. Seria melhor refletir sobre essa letra e sobre o que estamos fazendo para melhorar nosso país, pois os políticos são reflexos de um povo e obras como essas só demonstram que podemos fazer mais pelo nosso país e pelo ser humano.

Meu país
(Zezé di Camargo)

Aqui não falta sol, aqui não falta chuva
A terra faz brotar qualquer semente
Se a mão de Deus protege e molha o nosso chão
Por que será que tá faltando pão?

Se a natureza nunca reclamou da gente
Do corte do machado, a foice, o fogo ardente
Se nessa terra tudo que se planta dá
Que é que há, meu país? O que é que há?

Tem alguém levando lucro
Tem alguém colhendo o fruto
Sem saber o que é plantar

Tá faltando consciência
Tá sobrando paciência
Tá faltando alguém gritar

Feito um trem desgovernado
Quem trabalha tá ferrado
Nas mãos de quem só engana

Feito mal que não tem cura
Estão levando à loucura
O país que a gente ama

Feito mal que não tem cura
Estão levando à loucura
O Brasil que a gente ama

Um forte abraço a todos!

sábado, 17 de janeiro de 2009

Maria Bethânia - Maricotinha ao vivo

Um dos cds/dvds mais poéticos e auto-biográficos dos últimos anos foi lançado em 2003, pela Biscoito fino: Maria Bethânia - Maricotinha ao vivo, como resultado das comemorações de 35 anos de carreira, na verdade 37 na época, dessa intérprete que tem marca registrada na nossa música brasileira.

Com direção de Jaime Alem e produção de Moogie Canazio, o projeto resultou em um dvd e um cd duplo com cerca de 46 canções e textos declamados e interpretados pela arte ímpar de Bethânia. Sua carreira é repassada de ponta a ponta, desde o show Opinião que marca sua estréia nacional até suas mais recentes releituras, abordandos os diversos compositores que gravou durante todo esse tempo.

Encontramos compositores como Tom, Edu e Chico em canções como Fotografia, Anos Dourados, A moça do sonho, De todas as maneiras, Sob medida, O tempo e o rio, Apesar de você, Rosa dos ventos; encontramos também o mano Caetano, Roberto e Erasmo em O quereres, A voz de uma pessoa vitoriosa, Fera ferida e Nossa canção (Luiz Ayrão); encontramos também clássicos populares da Bethânia como Negue, Seu jeito de amar, Casinha branca, Ronda (apenas no cd).

O que dizer de compositores do rock nacional como Rita e Cazuza em Baila Comigo/Shangrilá e Todo amor que houver nessa vida? Alguns mais regionais como Gonzaga, Gonzaguinha e Chico César em Pau-de-arara, Festa, Explode coração e Dona do dom; ou compositores da nova geração como Adriana Calcanhoto, Ana Carolina, Vanessa da Mata e Lenine em Depois de ter você, Pra rua me levar, O canto de dona Sinhá e Nem sol nem lua nem eu, respectivamente. Há ainda aqueles que são sempre visitados como Djavan, Gil e Caymmi em Álibi, Se eu morresse de saudades, Maricotinha e Sábado em Copacabana. E não poderiam faltar Vinícius/Toquinho, Roberto Mendes, Zé Kéti, Beto Guedes e Sueli Costa em Menininha, Noite de estrelas, Opinião, Amor de índio e Coração Ateu.

Bethânia, que já lançou vários trabalhos ao vivo, tem em Maricotinha um resumo e uma convergência de todos os outros trabalhos e de toda sua carreira que é, como demonstrado acima, marcada pelo ecletismo e pelo bom gosto na hora de escolher o que cantar, porque nesse momento é a alma brasileira que é cantada e recitada através de sua voz!

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Os compositores do Brasil - 10

A série Os compositores do Brasil chega à sua décima edição com uma tripla homenagem: abordaremos os três parceiros mais marcantes do Luiz Gonzaga, que deixaram a coroa do rei do baião com seu brilho eterno, através de clássicos que ajudaram a construir em nossa música brasileira.

O primeiro grande parceiro de Gonzaga foi o advogado Humberto Cavalcanti Teixeira, ou simplesmente Humberto Teixeira que conheceu Gonzaga em 1945 e com ele compôs clássicos como Baião, Qui nem jiló, Respeita Januário, Assum preto, Estrada de Canindé, Juazeiro, Paraíba, No meu pé de serra, Lorota boa e a mais célebre de todas: a Asa branca. Humberto também foi regravado por outros artistas como Dalva de Oliveira, Gilberto Gil, Fagner, Elba Ramalho, Caetano Veloso, Gal Costa, etc.

José de Sousa Dantas Filho, médico, mais conhecido como Zé Dantas foi o segundo grande parceiro de Gonzaga, que conheceu em 1949 e compuseram clássicos como Abc do Sertão, Algodão, Cintura fina, Forró de Mané Vito, Noites brasileiras, O xote das meninas, Riacho do navio, Vem morena, Sabiá, São João na roça, Vozes da seca, A volta da Asa branca, entre outros, imortalizados pelo rei do baião e por outros grandes nomes como Fagner, João Bosco, Gilberto Gil, Gal Costa, Elba Ramalho, Alceu Valença, Zé Ramalho e Geraldo Azevedo. Zé Dantas tem como neta a cantora Marina Elali, que gravou seu maior sucesso, O xote das meninas, em inglês.

O mais recente, nem por isso menos importante compositor e parceiro de Gonzaga foi João Silva, com quem Gonzagão compôs seus últimos sucessos já na década de 80. Estão entre os clássicos Vou te matar de cheiro, Pagode russo, Danado de bom, Nem se despediu de mim, Sanfoninha choradeira, Deixa a tanga voar, entre outras também interpretadas por outros nomes como Ney Matogrosso, Lenine, Elba Ramalho, Fagner, dentre outros. É menos conhecido que os anteriores, entretanto atuou nas úlimas composições e fase do rei do baião.

Gonzaga teve outros parceiros marcantes e também gravou clássicos de gente como Hervé Cordovil, Patativa do Assaré, Onildo Almeida, José Marcolino e Gonzaguinha, onde todos reforçaram, como já foi dito, o brilho da coroa desse artista que está pra sempre no coração da música brasileira!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Mel em minha boca...

O mundo do samba aterrisa no Blog trazendo mais um grande nome da nossa música: Almir de Souza Serra, conhecido por Almir Guineto. Fundador do grupo Fundo de quintal, Almir é um autêntico sambista raiz. A música vem de berço, já que seu pai, Iraci de Souza era violonista e integrante de grupo de samba, sua mãe, Nair de Souza participava da Escola Acadêmicos do Salgueiro e seu irmão Fransisco foi um dos fundadores do grupo Originais do samba!

Nos anos 70, como mestre de bateria, Almir integrou a Escola de Samba Salgueiro e inovou o samba quando introduziu o Banjo. Em 1979 tornou-se cavaquinista do Originais do Samba e compôs sua primeira canção: Bebedeira do Zé. Nos anos 80, foi um dos fundadores do grupo Fundo de quintal, logo depois seguindo carreira solo.

Talvez nos dias atuais, nem todos conheçam Almir, mas reconhecem suas canções que já tocaram em toda parte do planeta, inclusive, fora dele, como foi o caso de Coisinha do pai. Outras canções consagradas são: Lama nas ruas, Mel na boca, Mordomia, Pedi ao céu, Tem nada não, Não quero saber mais dela, Da melhor qualidade, Corda no pescoço, Ave coração, Trama, Insensato destino, Almas e coração, Caxambu, Conselho, Batendo na palma da mão, Jeito de amar, entre outras.

Almir Guineto é cantado também por outros grandes nomes do samba e da música brasileira como Beth Carvalho, Zeca Pagodinho, Jorge Aragão, Dudu Nobre, Martinho da Vila, Fundo de quintal, Leci Brandão, Joanna, entre tantos outros que, com certeza já ouvimos quando nos deliciamos com sambas tão marcantes da nossa música.

Um forte abraço a todos!

domingo, 11 de janeiro de 2009

A paz

Em meio a tanto conflito, bombas, tiros, violência, em várias partes do mundo, sobretudo na Palestina, Afeganistão e no Iraque, atualmente, nada como refletir, através da letra do Gil e do Donato o quanto é importante encontrarmos e vivenciarmos a paz!

Pensar em quantos inocentes tiveram que sofrer com suas próprias vidas para que possamos desfrutar desse momento é no mínimo contraditório, como diz a letra: "Só a guerra faz nosso amor em paz..." E que olhemos para dentro de nós mesmos e encontremos essa paz sonhada e compartilhada entre todos!

É claro que não podemos fechar os olhos para o verdadeiro sentido da paz, que não é apenas viver em um mundo de hipocrisia, fingindo gostar dos outros, mas é buscar viver em harmonia, mesmo sem relações firmes, pois não preciso fazer o mal se não faço o bem quando determinada pessoa não merece. Não somos obrigados a suportar quem nos prejudica, isso não é aceitar as diferenças, pois elas nos são nocivas quando buscamos uma boa convivência e não conseguimos, mas precisamos amar o respeito a todos, pois assim amamos o semelhante, com suas diferenças e, mesmo que seja melhor a distância entre as pessoas para uma convivência sadia, o respeito deve imperar para haver o alicerce da paz entre a sociedade e no mundo enfim!

A paz
(Gilberto Gil e João Donato)

A paz invadiu o meu coração
De repente, me encheu de paz
Como se o vento de um tufão
Arrancasse meus pés do chão
Onde eu já não me enterro mais

A paz fez um mar da revolução
Invadir meu destino;
A paz, como aquela grande explosão
Uma bomba sobre o Japão
Fez nascer o Japão da paz

Eu pensei em mim, eu pensei em ti
Eu chorei por nós
Que contradição, só a guerra faz
Nosso amor em paz

Eu vim, vim parar na beira do cais
Onde a estrada chegou ao fim
Onde o fim da tarde é lilás
Onde o mar arrebenta em mim
O lamento de tantos "ais"

Um forte abraço a todos!

sábado, 10 de janeiro de 2009

Divórcio de Julio Iglesias

Não precisa de espanto! Não é nenhuma notícia sensacionalista sobre a vida particular do grande cantor romântico Julio Iglesias e sim, uma abordagem sobre um de seus mais recentes trabalhos! Lançado em 2003, Divórcio comprova porque Julio é tido como um dos melhores do mundo, mesmo "Pasando los años..."

Gravado em Nova York e com direito à orquestra sinfônica, Divórcio edita uma contínua e perfeita sonoridade dos trabalhos do Julio, sob a produção de Roberto Livi, que também assinala a composição de algumas das mais lindas canções desse cd como Que ganáste e Como hán pasado los años, que foi destaque da novela Celebridade da Rede Globo em 2003.

Além da faixa título que abre o cd, Criollo soy e Corazón de papel, que apresentam uma levada dançante, e das citadas acima, Divórcio traz algumas outras novidades como uma nova versão para o tema amor e estrada em La carretera II, que apenas na abordagem do tema lembra La Carretera, gravada em 1995, pois apresenta outra letra e outra levada. Na sequência, La ciudad de madrugada, El bacalao, Echame a mi la culpa, Esa mujer ( que também em nada tem haver com outra canção homônima do Julio da década de 80), Crazy in love e uma versão em espanhol do clássico do Frank Sinatra, Strangers in the night, aqui como Extraños nada más.

Esse é um dos trabalhos mais recentes do Julio, quase todo em espanhol e que mostra que ele continua sendo o grande artista romântico que penetrou no Brasil de forma ímpar e que a cada lançamento se perpetua a continuidade da perfeição de sua obra, mostrando que está distante de se divorciar do talento, do romantismo e do sucesso!

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

A influência do ídolo nas pessoas!

Fico pensando como os ídolos influenciam na vida das pessoas e até onde essa influência é positiva ou nociva. Desde a maneira de se vestir ou se pentear, até costumes e atitudes, tudo pode ser incorporado como forma de demonstrar admiração por aquela pessoa a quem temos como exemplo.

É claro que tudo deve ter limite e não podemos perder nossa identidade frente a um amor que só é compreendido por quem sente! É isso mesmo: amor de fã, só o fã entende e para outros isso chega a parecer patético ou até ridículo demais. Dormir nas portas dos hotéis, madrugar nas filas das bilheterias, viajar quilômetros só pra estar mais próximo de quem admiramos não parece ser tarefa fácil e não é mesmo!

Particularmente sou fã do Roberto desde os 4 anos. Claro que só me entendi como fã aos 10, mas conto desde os quatro, porque foi ali que comecei cantando a canção O caminhoneiro e também a admirar o trabalho dele. Algumas coisas, acabei incorporando como o azul, o jeans claro, o jeito de cantar (moderadamente, claro), etc. Quem me conhece há muito tempo sabe dessa influência. Cheguei até a usar um medalhão do Sagrado Coração de Jesus e só usar tênis branco. Soou até engraçado essa fase de minha vida, que hoje está mais light, embora muitos desses costumes me acompanham por gostar mesmo disso!

E foi através do Roberto que conheci outros artistas que hoje tanto admiro. É como se procurasse neles um pouquinho do Roberto e quer saber? Sempre encontrei, porque nossa música é composta de boas influências num encadeamento, onde as melhores coisas são compartilhadas frente a arte musical desse país que apresenta, na minha opinião a melhor música do mundo! E em todos encontro essa extrema admiração que recaí de forma centralizada no Roberto!

Mais recentemente, com minha aproximação à música instrumental, passei a admirar ainda mais o trabalho e a elegância do Eduardo Lages, tanto que, quando consegui realizar o sonho de estar com ele, fiquei eufórico como aquele mesmo menino que, com quatro anos, cantava canções do rei! E aprendi ainda mais com esse influente, através de sua forma humilde e atenciosa e sua rara ligação com o fã, oferecendo a chance deste reconhecer seu valor frente ao ídolo. É como falei, agradeço a Deus por ter pessoas tão maravilhosas em quem posso me espelhar porque sei que alguns ídolos são nocivos para seus fãs que acabam se perdendo em sua admiração, o que não é meu caso, graças a Deus! Uma foto dos meus dois maiores ídolos, pescada no portal Clube do rei e retratados em parte aqui nesse texto, frente a minha extrema admiração. E fica a pergunta a quem puder comentar o texto: Seu ídolo musical é uma boa influência e em que te influenciou?

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Quando fala o coração...

A Rede Globo oferece nessas férias uma ótima minisérie com nove capítulos sobre a vida dessa grande artista da música brasileira: Maysa Figueira Monjardim. Natural de São Paulo, Maysa é mãe do atual diretor da minissérie Jaime Monjardim, que trabalha juntamente com o escritor Manuel Carlos nesse projeto.

Maysa teve uma vida pessoal atribulada, após seu primeiro casamento ter fracassado. Mas, sua carreira artística foi marcante, sobretudo por suas apresentações em casas de shows famosas do Rio e de São Paulo, além do exterior, onde fez várias cidades da Europa e Estados Unidos com bastante êxito. Conseguia navegar pela Bossa nova com perfeitas interpretações, entretanto, encontrou maior identificação no bolero e no samba-canção, também considerado "fossa" ou "dor-de-cotovelo" na época.

São canções famosas em sua interpretação: Felicidade infeliz, Solidão, Bom dia tristeza, Tristeza, Castigo, Chão de estrelas, Alguém me disse, Bloco da solidão, Dindi, Eu sei que vou te amar, Meu mundo caiu, Ouça, Resposta, Tarde triste, O barquinho, Ah se eu pudesse, Demais, entre outras, que mais tarde influenciariam cantoras como Simone, Ângela Rô Rô, Fafá de Belém e Leila Pinheiro.

Maysa nos deixou em 1977, em um acidente automobilístico. Entretanto sua lembrança continua residindo entre os grandes nomes da nossa música e essa minissérie é uma prova disso e mais uma justa homenagem que artistas como esses merecem receber sempre!

Um forte abraço a todos!