Fazia tempo que não abordávamos esta série onde associamos as cidades do nosso país com suas respectivas homenagens musicais. E quando a gente pensa na capital do Brasil, só vem à mente os políticos que lá trabalham e, de certa forma, acabam "manchando" a ideia de uma boa cidade. Mas, protestos a parte, Brasília é a única cidade projetada de nosso país, com todos os seus encantos.
Oscar Niemeyer desenhou, com seus mágicos traços, belíssimas paisagens que representam uma cidade que, dizem ter sido prevista por alguns profetas. Ao menos este pensamento nos faz acreditar em dias melhores. Imaginava que até existia canção em homenagem à cidade, mas que esta estaria ligada ao pensamento político, com o qual iniciei esta postagem. Felizmente, Guilherme Arantes me apresentou em seu repertório esta canção que descreve toda a beleza e imponência daquele lugar.
Brasília
Guilherme Arantes
Uh! Brasília
Uh! Brasília
Loucos profetas previram a tua existência milênio atrás
e nos seus mapas marcaram o centro do mundo e nele tu estás
todas as lendas que cercam teu nome jamais lograrão te explicar
nem a política, nem o teu preço que foi tão penoso pagar
Uh! Brasília
Tuas cidades satélites mostram o quanto és uma aberração
vivem à margem da tua luxúria onde corre o poder da nação
seitas estranhas proclamam que o teu destino ainda não se cumpriu
rezam a vinda dos anjos de estrelas cadentes no céu do Brasil
Uh! Brasília
És a vitrine imponente e ostensiva de um povo que vive a sonhar
com seu império futuro, tesouro, presente que Deus vai mandar
Uh! Brasília
Um forte abraço a todos!
2 comentários:
Everaldo,
sempre que dá, venho por aqui pra acompanhar o blog mais democrático sobre música brasileira que eu já vi pela Internet afora. Você tá cada vez mais se superando, e estou gostando demais desta parte de "As cidades cantadas".
Além da Brasília de Guilherme Arantes e da própria cidade (que visitei em 1999 e achei com um clima muito seco), tenho outra Brasília de lembrança: a do cachoeirense SERGIO SAMPAIO. Presente no disco "Cruel".
BRASÍLIA
Sergio Sampaio
Quase que ando sozinho por todos os bares
Frequento lugares, namoro suas filhas, Brasília
E posso dizer que começo a voar
Sossegado em seu avião
E mesmo com o ar desse jeito tão seco
Consigo cantar no seu chão
Quase que me sinto em casa em meio a suas asas
E "dáblius" e "eles" e eixos e ilhas, Brasília
Cidade que um dia eu falei que era fria
Sem alma, nem era Brasil
Que não se tomava café numa esquina
Num papo com quem nunca viu
Sei que preciso aprender
Quero viver pra saber
E conhecer Brasília
Ver o que há, Paranoá
Lago de sol, noite, lua
O olho do amor desconhece a armadilha
Assim vim ver Brasília
Quase que me sinto bem distraído em suas quadras
Tão bem arrumadas com suas quadrilhas, Brasília
Concreto plantado no asfalto do alto
O céu do planalto onde estou
Aqui na cidade dos planos
Conheço um cigano que não se enganou
Espero que agrade. Abraços de quem aguarda a homenagem a Vitória,
Vinícius Faustini
Ola! Professor! Everaldo
Muito me honra estar aqui novamente podendo navegar neste que a bem da verdade e de fato é um, senão, o mais eclético portal de informações puríssimas MPB, deste nosso Brasil Varonil que o Lábaro ostentas estrelado.
Acredito juntamente contigo em dias melhores, sobretudo que também já ouvi dizer que este país será doravante o “Coração do Mundo, Pátria do Evangelho”. Ora, se é assim, o que acontece então acerca do mundo político expurga por agora o que não prestará, numa sociedade, onde a procura maior será colaborar com o bem-estar do povo. Ainda que não se acreditem nisso, professor, este mundo melhor está por certo, perto de iniciar o começo de uma Nova Era!!
Abraços Bottary
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