Mês de junho e mais uma vez vamos reverenciar este ritmo tão nordestino que é o autêntico forró e nada melhor que começar com esta canção emblemática, este dueto histórico composto e cantado por Gonzagão e Gonzaguinha e revivido posteriormente por Dominguinhos e Zé Ramalho.
A canção Não vendo nem troco relata algo de muito valor, cobiçado por muitos, como conta um dos personagens. O outro, proprietário do produto, até concorda com alguns adjetivos, mas já prevendo os excessos como algo duvidoso e classificando isto como grande "inchirimento", segue com suas advertências de que não tá pra vender, nem trocar. Em algum momento da letra parece uma mulher, mas ao final é revelado o verdadeiro objeto de cobiça, uma égua. Coisas de gênios, fazer algo assim com tão bom humor e riqueza cultural.
Luiz Gonzaga e Gonzaga Jr.
Olha que pedaço nacional
Que coisa mais bonita, que belo animal
Você está querendo se engraçar
Não é para vender nem é pra comprar
Olha que molejo que ela tem!
Beleza sem igual e graça tem também
Ela é formosa, sei muito bem
Por isso é que ela é minha
Não divido com ninguém
É meu xodó, é meus 'amor'
Ela me acompanha pelos canto 'adonde' eu vou
É companhia de qualidade
É de confiança, que tranqüilidade
Tenha mais vergonha, tenha mais respeito
Ela não se engraça com qualquer sujeito
Mas com esse molejo, com esse tempero
Você não compra nunca, guarde seu dinheiro
Mas é que ela é cobiçada em todo esse sertão
Essa 'véia' é minha vida, eu não troco, não
Essa 'véia' é minha vida, eu não troco, não
Essa 'véia' é minha vida, vendo não senhor
Essa égua eu não vendo, não troco nem dou
Um forte abraço a todos!
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