Estão lançando vários CD´s com este tipo de embalagem. Roberto Carlos não foi o pioneiro, mas é o exemplo mais representativo dos últimos meses. Seu novo EP veio neste formato de embalagem, chamada de Epack, tida como embalagem inteligente e mais econômica. Já tinha visto alguns poucos títulos com este formato, mas depois dele, já vi outros artistas aderindo e lançando seus produtos assim, bem como coletâneas sendo relançadas já no Epack.
Entendo que a pirataria é uma praga que acabou com as gravadoras, com artistas, com lojas do ramo, como já falei anteriormente. E sei que o preço dos CD´s estão meio que congelados pra não competir com os piratas, embora perceba que CD´s estão assim meio que como os vinis, virando artigos raros e de luxo.
Mas, considero esse tipo de lançamento em que o CD vem dentro de uma "caixinha de papelão", como eram vendidos os antigos CD´s virgens, um empobrecimento do produto, diminuindo aquele prazer em ter um álbum de determinado artista, que continha fotos, letras, informações técnicas, além da mídia em si. Torço pra que isso seja apenas uma tentativa de encontrar uma saída para essa arte tão almejada por colecionadores que ainda consideram disco como sendo cultura.
Um forte abraço a todos!
Um comentário:
Verdade Everaldo, você disse a palavra certa: "empobrecimento". O CD eu já o vejo como uma mídia morta, hoje todo mundo escuta música armazenada em pen drive, de péssima qualidade em aparelhos de som estilo "trinca laje". Quando a pirataria se resumia apenas em fita cassete, que não tinha a mesma qualidade de uma fita cassete original ou um disco de vinil, eu me lembro que era uma pirataria até "controlável". Com o CD, podendo copiar os arquivos para um computador, mesmo que seja cópia controlada (que não adianta nada), a pirataria teve um salto de 200%. Para mim, a invenção do CD foi um tiro no próprio pé. Todo mundo perde, a gravadora, o artista, o músico de estúdio (quem vai pagar para um músico fazer os arranjos ou quem vai produzir um CD de um determinado artista hoje em dia?). Só os nomes que já estão feitos. A embalagem Pobrepack, acabou com aquele prazer que a gente tinha de tirar o encarte e ler a ficha técnica e as informações do disco. O público também perde em qualidade, os colecionadores e digo mais: esse formato não vai durar muito tempo pois hoje muitos já falam em plataformas digitais. Por essas e outras que continuo com meus vinis. Um abraço, irmão.
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