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domingo, 9 de junho de 2013

CD Dominguinhos - Quem me levará sou eu

Ê Sr. Domingos, seus fãs, nos quais me incluo estão rezando todos os dias, na expectativa de que o Senhor levante dessa cama de hospital, agarre a sanfona mais afinada desse país e nos faça feliz como sempre nos fez, como no caso desse trabalho, lançado em 1980, que contou com a participação de Gilberto Gil e Luiz Gonzaga.

Esse trabalho é histórico porque tornou-se um dos melhores de Dominguinhos, sobretudo pelos clássicos presentes nele: Abri a porta (em que Gil divide a composição e os vocais), Sete meninas, Quando chega o verão (em que Gonzaga divide os vocais com seu afilhado número 1) e Quem me levará sou eu.

Além dessas, completam o álbum Fulô de araçá, Tudo é São João, O cortador de cana e as versões apenas instrumentais de Forró em Rolândia, Te cuida jacaré, Chorinho pra Guadalupe e Homenagem ao mestre Chicão. Essa postagem é pra apresentar um excelente trabalho de Sr. Domingos e pra desejar sua plena recuperação, pois, sobretudo nessa época, sabemos que as festas juninas e a trilha sonora dessas sempre estiveram sob a sanfona mais afinada desse país, tocadas por seus dedos!

Um forte abraço a todos!

sábado, 30 de junho de 2012

Riacho do navio

Ah, esta é também das mais lindas do repertório "gonzagueano". Mesmo terminando esse mês festivo com essa canção, não dá pra parar por aqui com suas canções, pois sempre faltará essa ou aquela canção de sua trajetória musical. Riacho do navio pode ser vista como uma belíssima filosofia de vida, pois se fosse permitido andar contra o rio e voltar do mar até sua nascente, o personagem de sua letra assim o faria. É como se fosse possível voltar na vida até aquele ponto lá na nascente do rio, onde tudo é paz com a fauna e a flora deste lugar.

Não tenho certeza, mas acho que Gonzaga talvez tenha pensado várias vezes nele mesmo, em poder voltar ao passado, à sua terra como sempre desejou durante toda sua carreira. E o mais bonito dessa letra é a parte onde ele descreve como é no Riacho do navio, um verdadeiro paraíso, principalmente para aqueles que gostam de interior, como Gonzaga, como eu e como tantos que se identificam com esse clássico que já recebeu tantas releituras como as de Dominguinhos, Fagner e até Maria Bethânia.

Riacho do navio
(Luiz Gonzaga e Zé Dantas)

Riacho do navio corre pro Pajeú
O rio Pajeú vai despejar no São Francisco
O rio São Francisco vai bater no "mei" do mar
O rio São Francisco vai bater no "mei" do mar

Ah! se eu fosse um peixe, ao contrário do rio
Nadava contra as águas e nesse desafio
Saía lá do mar pro riacho do navio
Eu ia direitinho pro riacho do navio

Pra ver o meu brejinho, fazer umas caçada
Ver as "pegá" de boi, andar nas vaquejada
Dormir ao som do chocalho e acordar com a passarada
Sem rádio e nem notícia das terra civilizada
Sem rádio e nem notícia das terra civilizada.

Um forte abraço a todos!

sábado, 9 de junho de 2012

O Xote das meninas


O Xote das meninas é um clássico da música brasileira, pois além de ser imortalizada na voz de seu criador, Luiz Gonzaga, também já foi regravada por grandes nomes, alguns presentes nos marcadores. E acredito que deve passar em todas as listas de canções feitas por algum grande intérprete que deseja gravar Gonzaga.

Sua letra traz a menina caipira apaixonada, que compromete todo seu tempo em pensar no amor, ignorando estudo, trabalho e tudo mais. Na verdade, é uma mudança radical na moça que transforma seu visual, lançando mão da maquiagem e outros adereços que levam seu pai até a pensar em doença, mas que nem o médico resolve, pois é mal de amor. Mais uma genialidade "gonzagueana"

O Xote das meninas
(Luiz Gonzaga e Zé Dantas)

Mandacaru quando fulora na seca
É o siná que a chuva chega no sertão
Toda menina que enjôa da boneca
É siná de que o amor já chegou no coração
Meia comprida, não quer mais sapato baixo
Vestido bem cintado, não quer mais vestir timão

Ela só quer, só pensa em namorar
Ela só quer, só pensa em namorar

De manhã cedo já tá pintada
Só vive suspirando, sonhando acordada
O pai leva ao dotô a filha adoentada
Não come, nem estuda
Não dorme, não quer nada

Ela só quer, só pensa em namorar
Ela só quer, só pensa em namorar

Mas o dotô nem examina
Chamando o pai do lado, lhe diz logo em surdina
Que o mal é da idade, que prá tal menina
Não tem um só remédio em toda medicina

Ela só quer, só pensa em namorar
Ela só quer, só pensa em namorar

Um forte abraço a todos!

sábado, 2 de junho de 2012

Qui nem jiló

Mês de junho começando e sempre dedicamos postagens para artistas locais que divulgam a música raiz nordestina para o país e que encantam com seus lançamentos e shows pelo interior, se espalhando e brilhando como fogueiras, sobretudo nas datas dos três principais santos. E este ano é ainda mais especial, pois estamos no clima do centenário de Luiz Gonzaga, nosso rei do baião. Esse mês visitaremos, a cada sábado, algum clássico de tantos de seu belíssimo repertório.

Qui nem jiló está entre as cinco que mais amo de um repertório difícil de escolher como é o de Gonzaga. Já foi gravada por tantos outros intérpretes como Gilberto Gil, Dominguinhos, Elba Ramalho, Gal Costa, etc. Uma letra que une amor e saudade (destacando o lado bom e ruim desse sentimento) de uma forma diferenciada, pois não aponta pra esse sentimento nostálgico com tristeza, mas o soluciona com o canto, com a música, com o laiá, laiá de um povo feliz, mesmo em um momento que sugere tristeza. Pontos para a genialidade "gonzagueana" e para a música brasileira que tem um clássico como este!

Qui nem jiló
(Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira)

Se a gente lembra só por lembrar
O amor que a gente um dia perdeu
Saudade inté que assim é bom
Pro cabra se convencer
Que é feliz sem saber
Pois não sofreu

Porém se a gente vive a sonhar
Com alguém que se deseja rever
Saudade, entonce, aí é ruim
Eu tiro isso por mim,
Que vivo doido a sofrer

Ai quem me dera voltar
Pros braços do meu xodó
Saudade assim faz roer
E amarga qui nem jiló
Mas ninguém pode dizer
Que me viu triste a chorar
Saudade, o meu remédio é cantar

Um forte abraço a todos!

sábado, 28 de abril de 2012

A Vida do viajante

Esta é das mais lindas do repertório de Gonzaga. Diria até que se contarmos as dez mais, ela vai figurar em 90% das listas que seus fãs se arriscariam a fazer. Interpretada por outros nomes, cada um a sua maneira, como Fagner, José Augusto, Chico Buarque, Dominguinhos, Lenine entre outros, podemos dizer que estamos diante de um clássico do sertão do Brasil.

E parece que Luiz Gonzaga queria mesmo uma canção que pudesse deixar para a posteridade, que sua história, ao se confundir com a de tantos que se identificam com a canção, pudesse ser contada, sobretudo na melhor forma possível, destacando a alegria e a dificuldade de ser artista, mesmo com a chuva ou com o sol escaldante, com a saudade de casa e a felicidade de fazer amigos, a simplicidade da vida que Gonzaga tanto cantou pelo país! O personagem que é o artista, diferente de quem o interpreta, que apresenta sentimentos humanos como a saudade e o cansaço da caminhada, mas se vê orgulhoso disso tudo.

A vida do viajante
(Luiz Gonzaga e Hervê Cordovil)

Minha vida é andar por esse país
Pra ver se um dia descanso feliz

Guardando as recordações
Das terras por onde passei
Andando pelos sertões
E dos amigos que lá deixei.

Chuva e sol, poeira e carvão
Longe de casa sigo o roteiro
Mais uma estação...
E a saudade no coração

Mar e terra, inverno e verão
Mostro um sorriso, mostro alegria
Mas, eu mesmo não...
E a alegria no coração

Um forte abraço a todos!

sábado, 17 de março de 2012

As cidades cantadas - 13

A cada mês estamos publicando algo referente a Luiz Gonzaga, nosso Gonzagão, por conta de seu centenário de nascimento comemorado no decorrer de todo este ano. Já tivemos a homenagem da Unidos da Tijuca e agora vamos voltar a abordar mais uma cidade brasileira na série As cidades cantadas, onde uma canção de Gonzaga se faz presente.

Não sei se esta é a canção mais tradicional em homenagem à esta cidade que aniversaria em 12 de janeiro, mas é muito conhecida e executada na voz de Gonzaga e de seus seguidores, a exemplo de Dominguinhos que a regravou com Joquinha Gonzaga, irmão do rei do baião. E tudo isso só reforça que Gonzaga sabia não apenas cantar sua terra, mas as tradições, as comidas, os costumes dos lugares por onde passava.

Tacacá
(Luiz Gonzaga - Lourival Passos)

Quem vai a Belém do Pará
desde a hora em que sai
não se esquece de lá, quer voltar

Lembrar o açaí, o tacacá,
que saudade que dá
de Belém do Pará

Orar na Matriz de Belém,
conversar com alguém
como é bom recordar

Jesus em Belém foi nascer
eu quisera morrer
em Belém do Pará

Tá aqui tucupi,
tem mais o jambu,
também camarão
Quem quer tacacá?

Um forte abraço a todos!

domingo, 31 de julho de 2011

CD Roberto Carlos 1998

Capa do CD 1998.
Esse cd foi mais aguardado que o anterior por retomar a linha de canções inéditas e em português. Só soube de seus detalhes no programa do Faustão, com um link que este fez para o ensaio onde Roberto estava preparando o especial de fim de ano, com canções votadas naquele ano no programa. Roberto parecia triste e as notícias meio truncadas que saíam nas revistas e jornais se confirmavam: sua esposa estava doente e sua dedicação a esse momento difícil o impossibilitou de concluir o novo trabalho, resultando em um disco que viria com quatro canções inéditas e seis regravações. Ali, Roberto cantou as faixas inéditas, com direito a pagode e forró.

Na semana seguinte, com cortes, Roberto se apresenta no programa do Fausto e fala sobre o disco que atrasou mais que nos outros anos. Essa apresentação na íntegra só seria vista em janeiro do ano seguinte. As quatro faixas inéditas eram Meu menino Jesus (dedicada ao Natal), O baile da fazenda (um xote, com direito a Dominguinhos na sanfona), Eu te amo tanto (dedicada à Maria Rita) e Vê se volta pra mim (um pagode de Eduardo Lages e Paulo Sérgio Valle). As outras faixas eu só conhecera quando adquiri o cd, que também não chegou no dia de seu lançamento em Limoeiro.

Contra-capa do CD 1998.
Aquela distribuição uniforme que ocorria em todos os locais ficaria no passado. Fui buscar na cidade vizinha e o preço estava mais em conta que no ano anterior. Pensava que as regravações seriam feitas em estúdio e faixas mais clássicas de seu repertório. Percebi que eram canções ao vivo retiradas aleatoriamente do atual show que ele apresentava e que eu não tinha visto ainda, o show Romântico, que ficou pouco tempo em cartaz. Lamentei então não ter vindo o show completo, pois até então só tínhamos um disco ao vivo dele. Não tivemos fotos internas, o que acho que poderia ter vindo alguma retratando algum momento do show.

Das inéditas, gostava mais de Vê se volta pra mim, um pagode estilizado, como dizia o radialista da época. Das regravações, gostei mais das versões de De tanto amor e Falando sério. As outras faixas eram Debaixo dos caracóis dos seus cabelos, Amada amante e Nossa canção (com um extenso texto sobre a Jovem Guarda). Segundo o maestro e produtor desse cd, Eduardo Lages, esse disco foi difícil de ser concluído pela dificuldade do momento pelo qual o rei passava e por isso compreendemos ainda mais a dimensão desse profissional que se esforçou muito e garantiu mais uma vez nosso presente de Natal.

Com essa postagem, encerro essa série que falou dos lançamentos dos anos 90 do rei e de minhas aventuras em busca deles. Eu, como muitas crianças, não conheci Papai Noel, nem ganhei presentes natalinos, mas encontrei nesses lançamentos anuais a solução dessa lacuna. A importância de cada trabalho desses é de que, além de conterem músicas marcantes em minha vida, estão presentes na história de minha juventude e trazem de volta o tempo em que morava em Limoeiro/PE e que ainda não tinha internet, mas que era delicioso saber e contemplar cada momento descrito nessa série. Não sei se conseguiria agradecer ao Roberto um dia, se eu o encontrasse, tantas lembranças maravilhosas que ele me proporcionou com esses momentos. E como o próprio Roberto diz em uma das faixas desse disco: “uma fruta que a gente prova e jamais esquece seu gosto...”

Um forte abraço a todos!

domingo, 26 de junho de 2011

Olhando as estrelas - 16

Em 2010, premiação em homenagem a Dominguinhos.
E a série vem em ritmo junino, em ritmo de forró e de uma grande amizade existente entre esses dois astros que aparecem por aqui juntos, um com sua sanfona e outro com sua guitarra, emitindo o brilho de suas carreiras solos e hoje, juntos: Dominguinhos e Gilberto Gil, dois artistas que divulgam a música nordestina e que beberam da mesma fonte: Luiz Gonzaga.

Gil já gravou e fez muito sucesso com Eu só quero um xodó, de Dominguinhos e Anastácia, tendo inclusive algumas versões com a participação do sanfoneiro, que se tornou referência em outras gravações em cds do baiano. Outra que adentrou seu repertório foi Tenho sede. No cd de Dominguinhos de 1997, em homenagem a Gonzaga, gravaram juntos Forró de Mané Vito. E ambos brilharam em composições realizadas a quatro punhos e o povo brasileiro foi premiado com pérolas como Lamento sertanejo e Abri a porta, que já foram gravadas pelos autores e por outros intérpretes como Elba Ramalho, Zé Ramalho, entre outros.

Gilberto Gil, Dominguinhos e a fonte, Luiz Gonzaga em 1980.
Dominguinhos e Gil cantaram juntos também no cd Quem me levará sou eu de 1980 do sanfoneiro, do qual também participou a fonte de ambos, Luiz Gonzaga. Poucos sabem que Gil começou tocando sanfona e Gonzaga foi um de seus maiores ídolos, não só de início de carreira, mas sempre. E nós somos premiados com esses e outros encontros que deixam nossa música cada vez com um brilho mais intenso!

Um forte abraço a todos!

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Dominguinhos Especial - 70 anos de estrada

A Rede Globo Nordeste exibiu ontem, 12/02, um especial em homenagem aos 70 anos de vida do Dominguinhos, cantor, compositor, instrumentista, amigo, nordestino e com tantas outras qualidades que não lhe cabem em uma simples postagem ou em um único programa televisivo. Com quase uma hora de duração, a história é contada pelo próprio Sr. Domingo, com direito a depoimentos e participação de amigos e familiares.

Dominguinhos falou da sua infância, família, carreira e também de como conheceu Luiz Gonzaga, que foi seu maior influenciador musical e artístico. Depoimentos de Fausto Nilo, com quem já compôs diversas canções, e Fagner, com quem já gravou e se apresentou em diversos momentos. Também visitou a casa de Waldonis, um de seus principais afilhados musicais, em Fortaleza/CE.

Aqui em Aldeia, bairro de Camaragibe/PE, gravou uma "roda de sanfona" com a presença de Nádia Maia, Genival Lacerda, Petrúcio Amorim, Maciel Melo, Ivan Ferraz, além da eterna parceira de composições Anastácia e de sua filha Liv Moraes. Várias canções foram entoadas como Eu só quero um xodó, Forró no escuro, Tenho sede, Lamento sertanejo, Xote das meninas, Amizade sincera, entre outras, tudo para justificar que por mais que pareça pouco é sempre necessário reverenciar estrelas como Dominguinhos, a quem o público brasileiro aplaude e contempla em seu aniversário e sempre!

Um forte abraço a todos!

domingo, 19 de dezembro de 2010

CD e DVD Emoções Sertanejas

Fim de ano no Brasil é sinônimo de novo disco de Roberto Carlos, como falei nos outros anos. Esse ano temos o cd e dvd Emoções sertanejas, resultado do show gravado em março, proporcionando o cd duplo, lançado em abril e o dvd, lançado em setembro. Ambos com o mesmo repertório, tratam-se de um projeto em que o rei da música brasileira reverencia os astros da música sertaneja, que tanto já lhe renderam homenagens ao longo de suas carreiras, nas quais Roberto é uma referência marcante.

O repertório é todo com canções de sua majestade com A distância (Milionário e Zé Rico), Proposta (Cesar Menotti e Fabiano), As curvas da estrada de Santos (Nalva Aguiar), Eu te amo te amo te amo (Gian e Giovani), Alô (Martinha), Desabafo (Bruno e Marrone), Caminhoneiro (Dominguinhos e Paula Fernandes), Todas as manhãs (Sérgio Reis), O quintal do vizinho (Almir Sater), Esqueça (Elba Ramalho), Jesus Cristo (Victor e Léo), Eu disse adeus (Roberta Miranda), O portão (Zezé di Camargo e Luciano), Quando (Zezé di Camargo e Luciano e Daniel), Do fundo do meu coração (Daniel), Sentado à beira do caminho (Rio Negro e Solimões), Por amor (Leonardo), Eu preciso de você (Chitãozinho e Xororó) e É preciso saber viver (Leonardo e Chitãozinho e Xororó).

No dvd temos extras como a abertura instrumental com o maestro Eduardo Lages, que também produz o trabalho, além de trechos dos ensaios, depoimentos dos artistas, uma homenagem a Tinoco e claro, o encerramento (também no cd) com Roberto cantando Como é grande o meu amor por você e Eu quero apenas com todas as vozes juntas. Destaco como faixas mais emocionantes O quintal do vizinho, Eu disse adeus, Por amor e Caminhoneiro, que me levou às lágrimas com Paula e Dominguinhos. Esse é o produto do rei, que mesmo não saindo no final do ano como tradicionalmente acontecia é o trabalho que ele oferta a seus fãs sempre com "muitas emoções", dessa vez com um tom de interior do Brasil!

Um forte abraço a todos!

domingo, 12 de dezembro de 2010

CD duetos com o mestre Lua

E amanhã comemoramos mais um aniversário do eterno rei do baião e nosso Blog, de forma singela, o homenageia com esse cd lançado em 2001. Produzido pelo compositor Paulo Debétio, uniu à voz do rei do baião, vários de seus súditos, com arranjos novos e modernos. Algumas dessas faixas foram extraídas de gravações originais realizadas pelo mestre e outras, produzidas póstumas.

A faixa de abertura fica em família, pois temos Gonzagão, Gonzaguinha e Daniel Gonzaga, filho de Gonzaga Jr. Na sequência, temos Súplica cearense (com Jorge Aragão), Procissão (com Chico Buarque), Respeita Januário/Riacho do navio/Forró no escuro (com Fagner), A volta da Asa branca (com Chitãozinho e Xororó), No dia em que eu vim-me embora (com Lenine), Fica mal com Deus (com Zé Ramalho), Farinhada (com Elba Ramalho), Forró n°1 (com Gal Gosta), Depois da derradeira (com Dominguinhos), Luar do sertão (com Milton Nascimento), Paraíba (com Emilinha Borba) e Hora do adeus (com Falamansa).

Gonzaga é a eterna voz do sertão e isso se torna repetitivo quando um nordestino enfatiza essa dádiva. Entretanto, é pouco diante do sucesso que esse homem alcançou cantando as tradições desse lugar, o amor a essa terra, cantando seus detalhes como ninguém e alcançando a todos os moradores, oferecendo um pouco do que é felicidade em termos de músicas. Uma saudade ímpar na minha vida, especificamente que envolve Gonzagão é a lembrança de ver meu avô e seu irmão cantando e tocando aquele repertório inesquecível, representando em parte nessa coletânea!

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Os compositores do Brasil - 31

Cantora e principalmente compositora, Anastácia é a parceira de Dominguinhos em vários sucessos. Natural de Recife/PE, foi casada com o sanfoneiro e seu nome verdadeiro é Lucinete Ferreira. Seu primeiro disco foi gravado em 1961, mas os grandes sucessos só viriam da parceria com Sr. Domingos, já no final dos anos 60.

Entre os intérpretes que já gravaram Anastácia, temos José Augusto, Luiz Gonzaga, Gilberto Gil, Gal Costa, Noite ilustrada, Elba Ramalho, Nana Caymmi, Jane Duboc, Ângela Maria, Paula Toller, Genival Lacerda, Daniela Mercury, Nalva Aguiar, Nara Leão, Trio Nordestino, Paul Murriat, Ornela Vanoni, Marinês, etc. E além de Eu só quero um xodó, temos Conselho de amigo, Um mundo de amor, De amor eu morrerei, Minha gente eu vou me embora, Amor que não presta não serve pra mim, Tenho sede, Enchendo o saco, etc.

Anastácia continua na ativa, compondo, fazendo shows e divulgando seus eternos sucessos que já venderam muitos discos nas principais vozes citadas acima. E é com muito orgulho que a prestamos essa singela homenagem nessa série que reverencia os compositores de nosso pais!

Um forte abraço a todos!

domingo, 19 de setembro de 2010

CD e DVD Fagner - Amigos e canções

Mais um dos grandes trabalhos do cearense Fagner, o cd duplo e o dvd Amigos e canções. Gravados em 1998 e 1999, respectivamente, o projeto recebe o mesmo nome e capa, embora apresentem sutis diferenças tanto nos convidados quanto no repertório que prezam por grandes sucessos do cearense em seus até então aproximados 25 anos de carreira, alguns em duetos inéditos em sua carreira dele. Ambos os projetos, com a produção de José Milton.

No cd temos as canções Custe o que custar, Eternas ondas (com Fábio Jr.), Astro vagabundo (com Zé Ramalho), Fracasso (com Fafá de Belém), Espere por mim morena, Retrato marrom (com Ney Matogrosso), Traduzir-se (com Chico Buarque), Noves fora (com Emílio Santiago), Horas azuis, Revelação, Mucuripe (com Djavan), Morro velho (com Milton Nascimento), Retrovisor (com Zezé di Camargo e Luciano), Semente, Saudade (com Joanna), Sangue e pudins (com Luiz Melodia), Monte castelo (com Ângela Maria), Quarto escuro (com Ivan Lins) e Distância.

O dvd saiu no ano seguinte e foi fruto de um show realizado no Canecão para celebrar o cd, com as seguintes canções: Revelação, Noturno, Deslizes, Custe o que custar, Borbulhas de amor, Mucuripe e As rosas não falam (com Dori Caymmi), Lábios de mel (com Ângela Maria), Saudade e Meu primeiro amor (com Joanna), Eternas ondas (com Fábio Jr.), Astro vagabundo e Dois querer (com Zé Ramalho), Gostoso demais e Pedras que cantam (com Dominguinhos). Fica apenas a pergunta: dá pra faltar na coleção de alguém que curte esse tipo de música?

Um forte abraço a todos!

sábado, 4 de setembro de 2010

Lamento sertanejo

Às vezes, algumas canções passam por nós, sem que percebamos seu valor e o teor fantástico que sua mensagem propõe. Às vezes, isso se dá por conta da interpretação e, talvez o ritmo que, em alguns momentos se sobrepõe à letra. Eu tive que escutar a interpretação arrasadora da Elba Ramalho para essa canção, no cd que gravou com Dominguinhos e já comentado aqui recentemente, para me envolver e me apaixonar por esse clássico.

Lamento sertanejo é daquelas canções que tocam a alma das pessoas que se identificam com algum ou todo o trecho que a letra apresenta! A riqueza de detalhes que descreve o personagem de si mesmo é talvez o grau mais emocionante dentro desse contexto. Com essa postagem, descobri que Elba incluiu em sua interpretação um trecho da canção Pipoca moderna de Caetano Veloso. O mais curioso é que ficou muito igual, uma música uniforme, sacadas de gênio mesmo:

Lamento sertanejo
(Dominguinhos e Gilberto Gil)

Por ser de lá
do Sertão, lá do cerrado
lá do interior do mato
da caatinga do roçado

Eu quase não saio
eu quase não tenho amigos
eu quase que não consigo
ficar na cidade sem viver contrariado

Por ser de lá
na certa por isso mesmo
não gosto de cama mole
não sei comer sem torresmo

Eu quase não falo
eu quase não sei de nada
sou como rês desgarrada
nessa multidão boiada caminhando a esmo.

Pipoca moderna
(Caetano Veloso e Sebastião Biano)

E era nada de nem noite de negro não
E era nê de nunca mais
E era noite de nê nunca de nada mais
E era nem de negro não

Pipoca ali, pipoca aqui
Desanoitece a manhã
Tudo mudou...

Um forte abraço a todos!

domingo, 15 de agosto de 2010

DVD Roque Santeiro

Todos que me conhecem sabem que desde a infância acompanhei grandes novelas globais e sempre cito ao menos umas dez entre as preferidas. Tieta, Que rei sou eu, Rainha da sucata, Sassaricando, O salvador da Pátria, Mulheres de areia, Lua cheia de amor, Brega e chique, Pedra sobre pedra, enfim, são muitas novelas que fazem parte do meu imaginário de criança e adolescente. Inclusive, sempre gostei dos temas musicais das novelas, destacando isso em uma postagem e, posteriormente as letras de algumas, vez por outra figuram de forma especial se associando a esses inesquecíveis personagens.

Pois bem, agora, podemos ter uma delas em nossa casa. Isso mesmo, Roque Santeiro, sucesso de 1985 está compactada em 16 dvds, vendidos em um box pela Som Livre e encontrados no próprio site e também em lojas como a Livraria Cultura. Dessa forma, podemos ter em nossos lares a trama que tanto nos alegrou e nos emocionou nos anos 80 e entender que boa novela não precisa girar em torno de um vilão e de um mocinho. Viúva Porcina, Roque Santeiro, Sinhozinho Malta, Pe. Hipólito, Sr. Florindo, D. Pombinha, Mocinha, Professor Astromar, Zé das Medalhas e tantos outros estarão em nossos lares nos divertindo.

Foi dessa novela que escutamos grandes hits como De volta pro aconchego com Elba Ramalho, Dona com Roupa Nova, Sem pecado e sem juízo com Baby do Brasil, Isso aqui tá bom demais com Dominguinhos e Chico Buarque, A outra com Simone, Chora coração com Wando, Mistérios da meia-noite com Zé Ramalho, Vitoriosa com Ivan Lins, entre outras que caracterizaram a melhor novela de todos os tempos. "Tô certo, ou tô errado"?

Um forte abraço a todos!

domingo, 27 de junho de 2010

Olhando as estrelas - 5 - Elba Ramalho e Dominguinhos - Baião de dois


A Série Olhando as estrelas entra em ritmo de forró, típico de quase todas as postagens desse mês junino para apresentar o encontro entre Sr. Domingos e Elba Ramalho. Depois de comemorarmos o dia dos namorados, e apresentarmos uma canção desse cd, é indicado um dos trabalhos mais lindos dos últimos anos: Elba Ramalho e Dominguinhos em um cd que reune suas vozes e as principais composições de Sr. Domingos e de outros compositores escolhidos a dedo pela dupla como Nando Cordel, Djavan, Gilberto Gil e Chico Buarque. A maior parte das faixas é composta de duetos, mas temos surpresas em interprretações ímpares e únicas da Elba.

Com a dupla cantando, temos Rio de sonho, Tenho sede, Eu só quero um xodó, Onde está você, Retrato da vida, Chama, Xote de navegação, Gostoso demais, Forrozinho bom, De volta pro aconchego, Pedras que cantam/Isso aqui tá bom demais. Elba também arrasa sozinha em Lamento sertanejo e Vem ficar comigo, que teve sua letra retratada aqui recentemente.

Essa postagem com esse cd se enquadra perfeitamente na série Olhando as estrelas, pois são mesmo duas estrelas talentosíssimas que apresentam tantas histórias em comum. Elba participou recentemente do dvd de Dominguinhos além de ter imortalizado um de seus mariores sucessos: De volta pro aconchego que o sanfoneiro a mostrou inicialmente em forma de xote. Elba pediu que a canção fosse tocada mais lentamente e mandou um "é assim que vou gravar", nos presenteando com aquele e tantos outros sucessos da música brasileira e do repertório de Sr. Domingos. E, particularmente nesse trabalho encontramos um cd daqueles que não enjoamos de ouvir, sobretudo nessa época tão romântica e tão festiva onde a sanfona comanda a festa e Sr. Domingos  e Dona Elba são referências nessa sabedoria musical.

Um forte abraço a todos!

domingo, 25 de abril de 2010

Olhando as estrelas - 3

A série Olhando as estrelas presta homenagem a um dos melhores encontros que a música brasileira pode nos oferecer: Luiz Gonzaga e Dominguinhos. O encontro entre o mestre e seu pupilo renderam lindas apresentações e até hoje rendem bons frutos, pois Sr. Domingos continua em suas apresentações lembrando o mestre e se tornou seu maior e melhor intérprete. Basta averiguar isso em seu mais recente dvd ou procurar pelo cd 1997 vol 1 e 2 em que Dominguinhos, com convidados, interpreta os sucessos do rei do baião, ambos já abordado aqui pelo blog. (é só procurar nos arquivos)

Gonzaga e Dominguinhos se conheceram ainda na década de 50, quando o primeiro já era o rei do baião e o segundo, apenas um menino pobre que tocava sanfona com seus irmãos em Garanhuns/PE. Sensibilizado com aquele garoto, Sr. Luiz o deu de presente uma sanfona que foi sua salvação. Depois, em viagem de caminhão, Dominguinhos conseguiu chegar ao Rio e foi logo procurar seu padrinho musical, de quem nunca se separou.

Aqui no Nordeste, ambos são referências e um deu continuidade ao trabalho do outro, graças a Deus. Temos um Gonzaga eterno e temos um Dominguinhos eterno. Dois músicos imensos que honram nossa região em qualquer parte do mundo, fiéis a uma cultura regionalista que aprenderam a divulgar com a mesma paixão que tem pela arte musical que propagam pra sempre! Imagens "pescadas" do site http://www.luizluagonzaga.mus.br/, onde encontramos várias informações em relação a carreira do rei do baião.

Um forte abraço a todos!

domingo, 4 de abril de 2010

Emoções Sertanejas

Foi exibido na última quinta, 01/04, o programa Emoções Sertanejas, onde astros da música caipira homenagearam os cinquenta anos de carreira do nosso rei Roberto Carlos, interpretando clássicos de seu repertório. Novos e veteranos artistas do ramo, antigos e recentes sucessos do rei estiveram no palco desse espetáculo que se transformará em cd e dvd em breve.

Em meio aos convidados encontramos duplas consagradas como Chitãozinho e Xororó, que interpretaram Eu preciso de você e É preciso saber viver com Leonardo, que interpretou solo em Por amor; Zezé di Camargo e Luciano, que interpretaram O portão e Quando, em dueto com Daniel, que interpretou solo em Do fundo do meu coração; Bruno e Marrone que interpretaram Desabafo; Rio Negro e Solimões, que interpretaram Sentado à beira do caminho; Victor e Léo, que interpretaram Jesus Cristo; Milionário e Zé Rico que mandaram À distância; Cesar Menotti e Fabiano, que foram de Proposta; Gian e Giovani foram de Eu te amo, te amo, te amo.

Tivemos ainda grandes intérpretes do gênero como Paula Fernandes e Dominguinhos, que foram de Caminhoneiro; Elba Ramalho em Esqueça; Nalva Aguiar com As curvas da estrada de Santos; Roberta Miranda, que interpretou Eu disse adeus; Martinha, que mandou um Alô; Sérgio Reis que interpretou Todas as manhãs; Almir Sater, que interpretou O quintal do vizinho; tivemos ainda a presença ilustre de Tinoco sendo homenageado também pelo rei que entra ao final do espetáculo e interpreta Como é grande o meu amor por você, com um arranjo mais caipira, Cavalgada e ao final, com todos, Eu quero apenas. Os arranjos do maestro Eduardo Lages são um espetáculo a parte e foi este mesmo que na noite do show, entregou ao rei o chapéu de cowboy.

Roberto mostra através desse espetáculo mais uma vez porque é rei. Um rei que não tem preconceitos ou discriminação com nenhum estilo. Um rei que completa 50 anos de carreira sendo reverenciado por tantos artistas que influenciou ao longo de todo esse tempo, pois pode ter certeza que todos que estavam ali o citam como ídolo. Enfim, um rei que compreende bem seu reinado, seus súditos, sua nobreza em estar reverenciando quem sempre o reverencia através do amor, seja em tons românticos, caipiras, etc.

Um forte abraço a todos!

domingo, 20 de dezembro de 2009

Dominguinhos ao vivo

Tá aqui uma ótima pedida para esse Natal. O primeiro dvd de Dominguinhos, gravado no maior teatro ao ar livre do mundo, em Nova Jerusalém/PE. Gravado no dia 13 de dezembro de 2008, justamente na data de aniversário do rei do baião, esse trabalho também é uma homenagem a esse ilustre nordestino, a quem Seu Domingos acompanhou e herdou sua maior influência.  Com a participação dos amigos Cezinha, Waldonys, Renato Teixeira, Elba Ramalho, Jorge de Altinho e de Guadalupe e Liv, suas esposa e filha respectivamente, Seu Domingos começa com uma homenagem a Gonzaga, vestido igual ao rei do baião, com direito a chapéu de couro e gibão e contando como o conheceu e tudo começou, além de entoar o clássico Hora do adeus do mestre Lua.

Comemorando seus cinquenta anos de carreira, o show segue com as instrumentais Nilopolitano, Guada e Liv no forró e Lé, quando Dominguinhos logo desfila canções que se tornaram inesquecíveis e que descrevem tão bem nosso Nordeste como Respeita Januário, Sabiá, Riacho do navio, Forró no escuro, Nem se despediu de mim, Pau de arara, Sala de reboco, Vida de viajante, além de clássicos de seu repertório como Sete meninas, Doidinho doidinho, Tenho sede, Lamento sertanejo, Enchendo o saco, Casa tudo azul, Retrato tudo azul, Princesinha no choro, Forró em Fazenda Nova, Plantio de amor e Eu só quero um xodó, e a inédita Faz tempo.

Isso mesmo, em pouco mais de duas horas de show, Seu Domingos não deixa ninguém parado e ainda nos emociona com os convidados que interpretam com o mestre que empresta sua sanfona ou sua voz em Feira de Mangaio, Petrolina Juazeiro, Anjo querubim, Bicho de sete cabeças, Amizade sincera, Romaria, De volta pro aconchego e Onde está você. O show chega ao fim com todos no palco interpretando o hino do Nordeste Asa branca, além de Isso aqui tá bom demais e Pedras que cantam. Seu Domingos, pelo extraordinário músico que representa em nossa mpb merecia um trabalho como esse, onde reverencia e é reverenciado como um ser ímpar e respeitado por todos nós, proporcionando esse excelente presente de Natal!

Um forte abraço a todos!

sábado, 26 de setembro de 2009

De volta pro aconchego

Ultimamente, tenho explorado algumas canções que emocionam, que tocam os mais distantes recantos da alma e a encanta por completo! É o caso de De volta pro aconchego, do Nando Cordel e do Dominguinhos, imortalizada pela Elba Ramalho! Gravada em 1985 e sucesso nacional da novela Roque Santeiro, essa canção era tema do protagonista da novela, a maior pra mim, em que, de repente, sem entender as mudanças que sucederam sua ausência, estava de volta a sua terra natal!

Sempre me emociono quando volto a Limoeiro e penso nessa canção! Fico pensando como é bom voltar pra casa, independente de não morar mais lá! Nós, seres humanos, temos condições de termos várias moradas e a sensação de voltar pra casa, de encontrarmos a proteção do nosso lar e o aconchego do local e das pessoas que tanto amamos é realmente indescritível! E nesse ponto, a pessoa amada é o melhor aconchego, onde saciamos a saudade e encontramos a felicidade enfim, como diz a letra:

De volta pro aconchego
(Nando Cordel e Dominguinhos)

Estou de volta pro meu aconchego
Trazendo na mala bastante saudade
Querendo um sorriso sincero, um abraço
Para aliviar meu cansaço e toda essa minha vontade

Que bom, poder tá contigo de novo
Roçando o teu corpo e beijando você
Prá mim tu és a estrela mais linda
Seus olhos me prendem, fascinam
A paz que eu gosto de ter.

É duro, ficar sem você vez em quando
Parece que falta um pedaço de mim
Me alegro na hora de regressar
Parece que eu vou mergulhar na felicidade sem fim...

Um forte abraço a todos!