sábado, 1 de dezembro de 2012

Dezembro é o mês de Roberto Carlos

Em termos de calendário, todos nós sabemos que dezembro é o mês do Natal, onde comemoramos a grande festa da humanidade, renovando nossas energias diante do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, Nosso Salvador. Musicalmente falando, aqui no Brasil, temos um cantor oficial para essa data, fato quase unânime entre os brasileiros, pois não podemos desconsiderar aqueles que não curtem esse momento, ou esse artista.

Mas, para muitos, nos quais me incluo, dezembro é o mês de Roberto Carlos, como já disse a capa e a reportagem da revista Veja, em 1978. É o tempo em que presenciamos seu novo disco e seu especial de fim de ano e unimos isso às tradições natalinas, ou seja, é algo tão pontual e tradicional quanto a árvore, o presépio, o queijo borboleta, o peru, as luzes, etc. Para nós, Roberto é uma espécie de Noel e nos enche de presentes musicais, sendo a trilha sonora brasileira desse momento mágico para a humanidade. Seus fãs ficam antenados, garimpando alguma novidade, alguma surpresa que nosso Noel sempre traz!

Aqui no Brasil, como em nenhuma parte do planeta, a sensação é a mesma de que esse é o tempo de Roberto Carlos, pois basta você ouvir Esse cara sou eu ou Furdúncio, suas mais novas canções ou pegar algum cd da época que mais aprecia, dos mais de 45 discos lançados e sentir aquela tradicional e inesquecível sensação que sua voz nos proporciona. É assim mesmo, sempre reclamarão do mesmo azul e branco, das mesmas canções repetidas, mas poucos compreendem o bem que isso significa no coração daquele que capta isso como a trilha sonora desse e de todos os meses do ano, porque isso são detalhes pequenos, mas coisas muito grandes para esquecer! Conclue-se que Deus foi muito generoso com o Brasil, nos oferecendo um cantor desse porte, que expressa através de suas letras e melodias que o amor existe e está conosco, em nós sempre!

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Os compositores do Brasil - 57

Adelino Moreira de Castro foi um dos melhores compositores de todos os tempos da nossa música. Natural de Portugal, veio para o Brasil com um ano de idade. Grande parte de suas músicas foram gravadas por Nelson Gonçalves. A primeira foi Última seresta e, a partir daí, Nelson gravou mais de 300, entre elas, seu maior sucesso A volta do boêmio.

Outros sucessos compostos por ele são Devolvi, Solidão, Perdoar é divino, Negue, Fica comigo esta noite, Meu dilema, Escultura, Meu vício é você, Deusa do asfalto, Cinderela, entre outras. Mas, Negue foi mesmo seu grande sucesso, regravada por vários nomes da nossa música.

Adelino coleciona em seu currículo nomes como Ângela Maria, Núbia Lafayete, Cauby Peixoto, Maria Bethânia, Adilson Ramos, Ney Matogrosso, Ângela Rô Rô, Peri Ribeiro, Simone, entre outros. Adelino partiu para a eternidade em 2002 e deixou cerca de 1200 canções de herança para nossa música, sendo essa postagem uma singela homenagem por sua imensurável colaboração!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Filme Gonzaga De pai para filho

Estreou recentemente o filme Gonzaga de pai para filho, de Breno Silveira, em comemoração ao centenário de Luiz Gonzaga. O filme mostra a trajetória do rei do baião, desde pequeno até tornar-se um dos mitos desse país, imprescindível para quem conta a história da música brasileira.

Mas, o filme não é um documentário, nem uma biografia a risca, pois foca principalmente na relação de turbulência que existiu entre Gonzagão e Gonzaguinha, até se unirem e realizarem vários projetos juntos! Gonzaguinha é vivido por Júlio Andrade. Gonzagão é vivido por três personagens, de acordo com a ordem cronológica: Land Vieira, Chambinho do acordeon e Adélio Lima.

Conheci pessoalmente Adélio Lima, que é guia turístico do museu de Caruaru, que tem uma parte dedicada a Gonzagão e ele pareceu muito satisfeito com o resultado do filme que ainda estava sendo construído. Quanto ao filme, gostei bastante e recomendo, sobretudo por retratar um pouco da história de dois grandes homens desse país que colaboraram para nossa cultura, como poucos!

Um forte abraço a todos!

domingo, 25 de novembro de 2012

Olhando as estrelas - 30

Aqui temos um encontro inicialmente de um ídolo e uma fã, já que é assim que Marisa Monte se define quando se refere a Jorge Benjor, uma de suas maiores influências. Mas, Benjor também tornou-se fã de Marisa, sem falar que vez por outra, figura como compositor de algumas canções gravadas pela musa.

Como é o caso das canções Cinco minutos, Balança a pema que ela vem gravando em seus projetos e em seu mais recente CD, temos Descalço no parque, todas de Benjor, que também contará com a participação da musa em seu próximo CD/DVD Lual MTV.

Como dito acima, Marisa é fã de Benjor e com certeza continuará gravando canções de seu repertório, com as quais mais tem afinidade. E aguardamos ansiosos a participação dela no projeto dele, que deve ser emocionante, pois são duas estrelas que juntas, brilham ainda mais!

Um forte abraço a todos!

sábado, 24 de novembro de 2012

Chovendo na roseira

Mais um clássico de Tom Jobim, que teve gravações memoráveis dele com Elis e também de Gal Costa, mais recentemente. Um verdadeiro clássico dos que já não se produzem mais na nossa música, infelizmente, Chovendo na roseira traz um ar de pureza, que poderia até ser classificada como uma música infantil.

Sua letra destaca essas coisas puras da natureza, paisagens que muitas vezes nem percebemos que estão ao nosso redor, como uma roseira, gotas úmidas, pétalas levadas pelo vento, chuvinha miúda e tantos outros elementos que o lado natureza apuradíssimo do Tom oferta pra nós.

Chovendo na roseira
(Tom Jobim)

Olha, está chovendo na roseira
Que só dá rosa mas não cheira
A frescura das gotas úmidas
Que é de Luiza, que é de Paulinho, que é de João
Que é de ninguém!

Pétalas de rosas espalhadas pelo vento
Um amor tão puro carregou meu pensamento

Olha, um tico-tico mora ao lado
E passeando no molhado
Adivinhou a primavera

Olha, que chuva boa, prazenteira
Que vem molhar minha roseira
Chuva boa, criadeira
Que molha a terra, que enche o rio, que lava o céu
Que traz o azul!

Olha, o jasmineiro está florido
E o riachinho de água esperta
Se lança embaixo do rio de águas calmas
Ah, você é de ninguém!

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Os Músicos do Brasil - 37

Tá aqui um cara que merece o maior respeito em termos de músicos e compositores desse país. Natural de Veneto, na Itália, emigrou ainda criança para o Brasil e se firmou no interior paulista. Seu nome Mário João Zandomeneghi, o acordeonista conhecido apenas como Mário Zan.

Começou a tocar aos treze anos e tornou-se uma referência no país em seu instrumento, animando as festas juninas do interior centro-sul do país, com canções como Quadrilha completa, Balão bonito, Noites de junho ou Pula a fogueira. Outros sucessos seus são Chalana, Quarto centenário de São Paulo, Arroz a carreteiro, Meu primeiro beijo, entre outros.

Luiz Gonzaga afirmou que Mário Zan era o verdadeiro rei da sanfona. Outros três reis gravaram seu maior sucesso, Os homens não devem chorar (Nova flor): Frank Sinatra, Julio Iglesias e Roberto Carlos, cada um à sua maneira. Mário partiu para o andar de cima em 2006, deixando mais de 1000 composições e uma biografia musical de muito respeito!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Eu deixei meu coração em San Francisco...

Esse cara está, com certeza, entre os melhores do mundo em termos de música popular, de todos os tempos. Sua voz, suas emocionantes interpretações e sua bem sucedida carreira comprovam essas simples palavras que escreverei aqui sobre Anthony Dominick Benedetto, o novaiorquino que todos conhecem como Tony Bennett.

Pois é, nada do que for dito pode acrescentar a essa lenda viva da música popular que coleciona êxitos desde os anos 50. Entre seus sucessos, podemos destacar  I left my heart in San Francisco, Because of you, Rags to riches, The lady is a tramp, The way you look tonight, For once in my life,  Cold, cold heart, etc.

Bennett tem uma ligação interessante com a música brasileira, embora tenha feito poucas apresentações em nosso país. Em sua mais recente produção, constam duetos com brasileiros e ao que tudo indica, teremos Maria Gadú, Ana Carolina e Roberto Carlos. É esperar pra ver, pois não são poucos os brasileiros, artistas ou não, que reverenciam a obra desse astro internacional!

Um forte abraço a todos!

domingo, 18 de novembro de 2012

CD e DVD Zé Ramalho canta Raul Seixas

Em 2002 Zé Ramalho revive o seu colega de profecias, como ele mesmo define, ao realizar o projeto ao vivo em que canta alguns clássicos de Raul Seixas. E como Zé mesmo define, não é um trabalho de cover, pois ele acaba mesclando sucessos do "maluco beleza", com clássicos seus, realizando um show tributo a esse artista inesquecível da nossa música.

No CD, temos As aventuras de Raul Seixas na cidade de Thor, Metamorfose ambulante, O trem das 7, Ouro de tolo, S.o.s, Dentadura postiça (só no CD), How could I know(só no CD), Prelúdio (com participação de Roberta de Recife, só no CD), Você ainda pode sonhar (só no CD), Planos de papel (só no CD) e Para Raul. No DVD, temos ainda Jardim das Acácias, Beira mar, Amar quem eu já amei, Kriptnônia, Avohai, Vila do sossego, Chão de giz, Admirável gado novo, Pra não dizer que não falei das flores, Frevo Mulher, Não quero mais andar na contramão e um bis de Metamorfose ambulante.

Nos extras, entrevista com Zé Ramalho descrevendo o projeto e sua amizade com Raul, além do Making of e clipe de Metamorfose ambulante. E no Canecão, palco da história da música brasileira, hoje fechado, esse show histórico aconteceu e ficou de brinde para os amantes da música brasileira, a voz inconfudível e o jeito místico e profético de Zé Ramalho unido às maluquices belezas do eterno Raul Seixas.

Um forte abraço a todos!

sábado, 17 de novembro de 2012

Pra dizer adeus

Gosto do Titãs e essa canção está entre as cinco melhores da banda, a meu ver, principalmente na gravação do acústico Mtv, realizada em 1997. Conheci pela apresentação da banda no especial de Roberto daquele ano, quando fizeram o dueto dessa canção com o rei.

Pra dizer adeus é um rock romântico, com uma letra que traz um amor à primeira vista que mexeu demais com o personagem a ponto de deixa-lo na dúvida quanto ao tempo e, ao mesmo tempo, garantindo a certeza de que adeus, jamais! "É cedo ou tarde demais pra dizer adeus", essa frase é genial quando se quer dizer que depois da união, adeus, jamais, nem agora, nem nunca!

Pra dizer adeus
(Tony Bellotto e Nando Reis)

Você apareceu do nada
E você mexeu demais comigo
Não quero ser só mais um amigo
Você nunca me viu sozinho
E você nunca me ouviu chorar
Não dá prá imaginar quando

É cedo ou tarde demais
Pra dizer adeus
Pra dizer jamais

Às vezes fico assim pensando
Essa distância é tão ruim
Por que você não vem pra mim?

Eu já fiquei tão mal sozinho
Eu já tentei, eu quis chamar
Não dá prá imaginar quando

É cedo ou tarde demais
Pra dizer adeus
Pra dizer jamais

Eu já fiquei tão mal sozinho
Eu já tentei, eu quis...
Não dá prá imaginar quando

É cedo ou tarde demais
Pra dizer adeus
Pra dizer jamais

É cedo ou tarde demais...

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Os compositores do Brasil - 56

Ele é Genival Cassiano dos Santos, que todos conhecem por Cassiano. Cantor, guitarrista e compositor, Cassiano é natural de Campina Grande/PB, mas desde pequeno, mudou-se para o Rio de Janeiro e lá aprendeu com seu pai os primeiros acordes de violão. Já no final da década de 60, foi um dos responsáveis pelo soul music no Brasil, junto com Tim Maia e outros companheiros.

Mas, como músico e como compositor obtem mais notoriedade, com canções como Primavera, Eu amo você, Uma lágrima, Coleção, A lua e eu, Mister samba, Morena, Não dá pra entender, Férias, etc. Entre os intérpretes de suas canções, além dele mesmo, temos Nana Caymmi, Tim Maia, Ivete Sangalo, Gilberto Gil, Alcione, Maurício Manieri, Cláudio Zoli e o próprio Tim Maia.

Volto a dizer que nossos compositores precisam ser mais evidenciados, também aqui pela internet. Não importa se já não estão tão ativos, mas colaboraram com algum sucesso de nossa música e por isso precisam serem apresentados para novas gerações, pois até uma foto, como essa do Cassiano é difícil achar!

Um forte abraço a todos!