quinta-feira, 16 de maio de 2013

Eu fiz um samba quadrado pra você sentir...

Ele viveu aproximadamente 22 anos, mas foi o suficiente para cravar seu nome na música brasileira como um dos inesquecíveis cantores e compositores que esse país possui. Ele é Milton Carlos, irmão da compositora Isolda, dono de alguns clássicos do rei Roberto e também cantor de alguns sucessos da década de 70.

Como sua irmã e com ela, Milton começou sua carreira fazendo backing vocal. Seu primeiro disco saiu em 1970, com sucessos como Desta vez te perdi, Tudo parou, Eu vou caminhar e Um presente para ela. Outros sucessos surgiram como Samba quadrado, Você precisa saber das coisas, Amanhã é outro dia, Foi ela um tema de amor, Último samba-canção, Uma valsa por favor, Enredo, Memórias do Café Nice.

Milton foi gravado por outros nomes como Nelson Gonçalves, Os Incríveis, Maria Bethânia, Antônio Marcos, Maria Creuza e principalmente Roberto Carlos que gravou Amigos amigos, Elas por elas, Jogo de damas, Pelo avesso e Um jeito estúpido de te amar, todas em parceria com Isolda. E nessa simples postagem prestamos nossa homenagem a ele que se foi, mas nos deixou belíssimas canções.

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 14 de maio de 2013

Os Músicos do Brasil - 42

Esse cara é um dos mais importantes e respeitados músicos desse país. Natural do Rio de Janeiro/RJ, Arthur Moreira Lima Jr.é uma referência em termos de piano erudito, sobretudo nas interpretações de Choro. Começou a tocar aos seis anos de idade e projetou-se internacionalmente, vencendo vários concursos de diversos países.

Aqui no Brasil também foi bastante premiado e suas apresentações representam uma mescla musical, pois interpreta não apenas música clássica como Bach, Chopin, Mozart, mas também nomes nacionais como Noel, Nazareth, Villa-Lobos, Gonzagão e Pixinguinha. Parece ser daquelas personalidades inquietas que sempre querem fazer mais pelo seu país, pois criou um projeto popular louvável de levar sua arte em um caminhão, visitando diversas capitais e cidades do interior. 

Arthur já trabalhou com nomes da música popular brasileira como Nelson Gonçalves, Ney Matogrosso, Paulo Moura, entre outros. E por essas e tantas passagens desta biografia mais que bem sucedida de um extraordinário músico brasileiro é que prestamos essa singela homenagem a mais um músico que sabe representar o Brasil onde estiver.

Um forte abraço a todos!

domingo, 12 de maio de 2013

As Mães famosas da Música brasileira

Dia das mães e gostaria de homenagear algumas mães conhecidas da música brasileira com esse singelo texto. A mãe é o melhor presente de Deus, sem sombra de dúvidas e nossos artistas entendem bem isso, pois muitos não se limitam apenas em cultivar esse sentimento, mas transmitem essa sensação em trechos ou até em muitas canções dedicadas a esse tesouro da vida.

É o caso da Lady Laura, mãe do rei Roberto Carlos, dona desse clássico da nossa música. Ou Dona Canô, mãe de Caetano e Bethânia, citada por exemplo na canção Reconvexo (Quem não rezou a novena de Dona Canô?). A dupla Zezé di Camargo e Luciano não citou seu nome, mas Dona Helena foi a grande trilha do filme que conta a história de seus filhos e que tem o título remetido a seu esposo. Gal Costa, ao regravar a canção Ovelha negra, de Rita Lee, trocou o trecho "Foi quando meu pai me disse... para Foi quando minha mãe me disse..."

Outras manifestações podem ser percebidas como por exemplo Maria Rita, que homenageia Elis com seu mais recente trabalho todo dedicado ao repertório da saudosa pimentinha, ignorando as possíveis e desnecessárias comparações. Luiza reverencia e sempre se mostra emocionada ao cantar com a mamãe Zizi Possi. Enfim, essas e tantas outras mães famosas e anônimas, onde estiverem, recebem os carinhos e as orações de seus filhos neste dia e sempre!

Um forte abraço a todos!

sábado, 11 de maio de 2013

CD Zezé di Camargo e Luciano 1999

Esse é um dos meus CD´s preferidos da dupla Zezé di Camargo e Luciano. Interpretações e arranjos ímpares e ao final da década de 90, com uma carreira já solidificada e vendendo milhões de discos, Zezé e Luciano lançam esse trabalho que mostra que a dupla nem pensa em parar, embora a faixa de abertura chama-se Pare!

Além dessa, foram sucessos radiofônicos e presença constante nos roteiros de seus shows daí em diante: Será que foi saudade, Amor selvagem, Tá escrito em meu olhar, Eu nasci pra amar você, Irresistível e Saudade, além da faixa religiosa Quem é Ele? Completam o trabalho Chega, Você mudou demais, Amor pra que bye bye?, Fui homem demais, Seu melhor presente, Indiferença em seu olhar, O último dos apaixonados.

Pra quem curte música sertaneja e gosta do trabalho desses que são os maiores nomes do gênero, tá aqui um ótimo trabalho, com verdadeiros clássicos de seu repertório, romantismo a flor da pele, arranjos bem trabalhados, sonoridade ímpar e as vozes que emocionam esse país já há algumas décadas!

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Os compositores do Brasil - 64

A série os compositores traz hoje o poeta, produtor e compositor brasileiro Waly Dias Salomão, ou simplesmente Waly Salomão. Natural de Jequié/BA, Waly partiu para a eternidade em 2003, mas deixou seu nome marcado na arte brasileira e na música também, seja como compositor ou como produtor de dois discos de Cássia Eller.

Produziu também discos de Gal Costa e João Bosco e na direção de shows de Gal Costa, Maria Bethânia, Marina Lima, Gilberto Gil, Roberta Miranda, entre outros. E de sua autoria temos o clássico Vapor barato e outras canções como Revendo amigos, Quilombo, Dona do castelo, A fábrica do poema, Alteza, A voz de uma pessoa vitoriosa, Assaltaram a gramática, Mel, Memória da pele, 

Waly já foi gravado por nomes como Gal Costa, Maria Bethânia, Adriana Calcanhoto, Zizi Possi, Cazuza, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Paralamas do sucesso, João Bosco, Leila Pinheiro, Lulu Santos, Zeca Baleiro, Luiz Melodia, Frejat, Moraes Moreira, etc.

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 7 de maio de 2013

Vou ficar mais um pouquinho...

A música brasileira tem se renovado em nomes de novos talentos e um deles é Tulipa Ruiz Chagas. Natural de Santos/SP, Tulipa participou de várias bandas e projetos, até que em 2008 segue carreira de cantora, obtendo reconhecimento por parte da crítica como uma grata revelação, sobretudo por seu diferenciado timbre.

Lançou seu primeiro CD em 2010, obtendo bastante sucesso e daí em diante se destacou em canções como Só sei dançar com você, Efêmera, Do amor, Brocal dourado, Às vezes, Sushi, Pedrinho, A ordem das árvores, Sapos distorcidos, Dois cafés, etc.

Tulipa lançou até agora dois trabalhos muito bem avaliados pela crítica e por grandes nomes da nossa música como Lulu Santos e Jorge Mautner. Torcemos para que mais nomes possam surgir seguindo o exemplo e o talento que ela nos apresenta!

Um forte abraço a todos! 

domingo, 5 de maio de 2013

Os Intérpretes do Brasil - 26

Dizem que atualmente o Brasil é um país de grandes cantoras. E intérprete é uma coisa séria, pois não são todos que conseguem passar toda a emoção de uma canção com sua voz, gestos e alma. Pois Zizi Possi é uma reunião disso tudo: uma grande cantora e uma intérprete nota dez. E como a série pede, três canções de seu vasto repertório que justificam sua escolha, vamos lá:

A primeira é Caminhos do sol, uma marca registrada na carreira dela, embora não muito lembrada em seus shows, é uma das mais populares de seu repertório e mais lindas, a meu ver. A segunda canção que cito é Tempos modernos do Lulu Santos, pois Zizi é uma das preferidas dos maiores compositores desse país, e, a meu ver, ela arrasou na leitura que fez dessa canção, embora não figure entre as mais clássicas de seu repertório.

Das gravações em italiano e não há como não destacar, pois, para mim, nenhum brasileiro(a) canta mais lindo em italiano que ela, destacaria L´Aurora que, a meu ver, supera até a interpretação que a mesma deu ao clássico Per amore. Enfim, para uma voz como a dela nem precisamos justificar tamanha necessidade de homenagear uma intérprete de seu patamar, pois outras canções não citadas seriam igualmente comentadas com a mesma emoção que ela nos passa!

Um forte abraço a todos!

sábado, 4 de maio de 2013

Ouro de tolo


Confesso que não curto tanto Raul Seixas, mas algumas canções dele são verdadeiras pérolas e filosofias de vida. É o caso de Ouro de tolo, sucesso na década de 70, regravada posteriormente por Caetano Veloso e Zé Ramalho. Com uma letra extensa, Raul detona o comodismo que abate alguns e ao mesmo tempo o tédio da vida moderna, onde parece que nada o entusiasma.

O jeito correto de ser, a vontade de agradecer pelo que se conseguiu com lutas cotidianas parece não ser o limite para que se estabeleça esse comodismo que Raul denuncia. A luta não para e mesmo diante de adversidades, devemos sempre buscar motivações para seguirmos adiante. Outro ponto curioso é que tudo brilha como ouro até conseguirmos (um automóvel, bens materiais em geral) e depois tudo perde seu brilho original e o que brilha ainda não está em nossas mãos.

Ouro de tolo
(Raul Seixas)

Eu devia estar contente
Porque eu tenho um emprego
Sou um dito cidadão respeitável
E ganho quatro mil cruzeiros por mês

Eu devia agradecer ao Senhor
Por ter tido sucesso na vida como artista
Eu devia estar feliz
Porque consegui comprar um Corcel 73

Eu devia estar alegre e satisfeito
Por morar em Ipanema
Depois de ter passado fome por dois anos
Aqui na Cidade Maravilhosa

Ah! Eu devia estar sorrindo e orgulhoso
Por ter finalmente vencido na vida
Mas eu acho isso uma grande piada
E um tanto quanto perigosa

Eu devia estar contente
Por ter conseguido tudo o que eu quis
Mas confesso abestalhado
Que eu estou decepcionado

Porque foi tão fácil conseguir
E agora eu me pergunto "e daí?"
Eu tenho uma porção de coisas grandes pra conquistar
E eu não posso ficar aí parado

Eu devia estar feliz pelo Senhor
Ter me concedido o domingo
Pra ir com a família no Jardim Zoológico
Dar pipoca aos macacos

Ah! Mas que sujeito chato sou eu
Que não acha nada engraçado
Macaco, praia, carro, jornal, tobogã
Eu acho tudo isso um saco

É você olhar no espelho e se sentir
Um grandissíssimo idiota
Saber que é humano, ridículo, limitado
Que só usa dez por cento de sua cabeça animal

E você ainda acredita que é um doutor, padre ou policial
Que está contribuindo com sua parte
Para o nosso belo quadro social

Eu que não me sento
No trono de um apartamento
Com a boca escancarada cheia de dentes
Esperando a morte chegar

Porque longe das cercas embandeiradas que separam quintais
No cume calmo do meu olho que vê
Assenta a sombra sonora de um disco voador

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Eu tenho algo a dizer...

Ele é Marcelo Maldonado Gomes Peixoto, mais conhecido por Marcelo D2. Natural do Rio de Janeiro, é ex-vocalista da banda Planet Hemp, que integrou a partir dos anos 90. Em 1997, segue carreira solo e seu próprio estilo que une o rap, samba, hip-hop, entre outros.

Entre seus sucessos estão Qual é? Desabafo, Mantenha o respeito, C.B., A maldição do samba, Vai vendo, Lordeando, À procura da batida perfeita, Contexto, Espancando a macaca, Malandragem dá um tempo, Gueto, Dor da verdade, Ela disse, Pode acreditar, etc.

Marcelo fez um disco em homenagem a Bezerra da Silva, com quem também fez dueto no disco do sambista. E trata-se de um artista que segue um estilo próprio, conquistando seu público a cada novo trabalho, sempre com sua forma ímpar de se comunicar nessa eclética música brasileira.

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 30 de abril de 2013

Mas, por dentro eu não mudo...

Eles são João Sant´Ângelo e José Marciano, dupla sertaneja que todo o Brasil abraçou com o nome de João Mineiro e Marciano. Fizeram muito sucesso nos anos 70, 80 e começo dos anos 90, quando a dupla se desfez e cada um seguiu sua carreira. Mas, nenhum sucesso de ambos foi maior, antes ou depois do período em que eram dupla e que muito ajudou nas bases da música sertaneja.

O sucesso foi tanto que chegaram a ter programas de televisão e venderam milhões de discos com sucessos como Ainda ontem chorei de saudade, Aline, Seu amor ainda é tudo, A mulher que eu amo, No mesmo lugar, A bailarina, Se eu não puder te esquecer, Telefone mais, As paredes azuis, etc.

João Mineiro partiu para o andar de cima em 2012. Marciano continua sua carreira, lançando novas canções e revivendo os sucessos dos tempos áureos dessa dupla que muito batalhou para consolidar as bases do respeito à música sertaneja, dentro do universo nacional!

Um forte abraço a todos!