terça-feira, 26 de agosto de 2008

Os compositores do Brasil - 6

A série Compositores do Brasil homenageia um grande nome contemporâneo da nossa música brasileira: Paulo Sérgio Valle. Na década de 70, ainda aviador, começou a compor suas canções com seu irmão Marcos Valle, até trocar a aviação pela música. Marcos fazia as músicas e Paulo, as letras. Foi assim que a música brasileira conheceu grandes pérolas como Samba de verão, Preciso aprender a ser só, Viola enluarada, entre outras.

Por essa mesma época, também estabeleceu parcerias com outros grandes nomes como João Donato e Taiguara. Uma das canções mais famosas de final de ano é de sua autoria, juntamente com Marcos e Nelson Motta: O jingle Um novo tempo da Rede Globo.

Em parceria com Eduardo Lages, o maestro do rei, compôs vinte canções gravadas pelo Roberto, entre elas Cenário, Confissão, Eu quero voltar pra você, Coisas do coração, Momentos tão bonitos, Como foi, Assunto predileto, entre outras. E com o próprio Roberto, compôs para a peça infantil Sonho de Alice, estreada por Mirian Rios, na década de 80. Por essa época também estabeleceu contato e composições com Chico Roque, José Augusto, Michael Sullivan, Nenéo, etc.

Com Hebert Viana, escreveu uma das mais belas canções dos últimos anos: Se eu não te amasse tanto assim, imortalizada por Ivete Sangalo. Outras canções suas, com diversos compositores, alguns citados aqui são: Evidências, Você me vira a cabeça, Abandonada, Aonde quer que eu vá, Essa tal liberdade, Paixão antiga, Tanta solidão, Separação, Quando você não está aqui, entre tantas canções que já compuseram nossa trilha sonora e hoje aprendemos um pouco sobre o criador dela, esse grande letrista e poeta da música brasileira que tanto canta nosso cotidiano, nossos amores, enfim, nossa vida!

Um forte abraço a todos!

domingo, 24 de agosto de 2008

Deixa eu me deitar na tua praia...

Antônio Carlos Moreira Pires, o baiano Moraes Moreira é o nosso tema de hoje. Natural de Ituaçu, sertão baiano, começou tocando sanfona nas festas de São João e outros eventos municipais. Ao mudar-se para Salvador, aprendeu violão com Tom Zé, além de se aproximar do rock, esquecendo medicina, curso que faria, e dedicando-se à música.

Mais tarde, ao conhecer Baby Consuelo, Pepeu Gomes, Paulinho Boca de Cantor e Luiz Galvão formou o grupo Novos baianos, sendo compositor de quase todos os temas do grupo com Luiz Galvão. A partir de 1975, segue carreira solo, se dedicando sobretudo ao carnaval e aos temas carnavalescos como marchinhas, frevos, sambas e todos os ritmos que animassem a festa, com fortes influências de Braguinha, Zé Kéti e Lamartine Babo, entre outros. Foi cantor do Trio Elétrico de Armandinho, Dodô e Osmar e lançou em 1978 o sucesso "Pombo Correio", música instrumental da dupla que ele colocou letra.

Daí pra frente, grandes sucessos sob sua interpretação ou com outros intérpretes como Gal Costa que imortalizou Festa do interior. Sucessos como Bloco do prazer, Brasil pandeiro, Lá vem o Brasil descendo a ladeira, Preta pretinha, Sintonia, Pão e poesia, Meninas do Brasil, Acabou chorare, Dê um rolê, entre outras. O disco Acabou chorare, ainda na época dos Novos baianos é antológico para a música brasileira. O mais recente trabalho do Moraes foi lançado em 2003, Meu nome é Brasil, tendo como tema o Brasil ao qual tanto se dedica com sua musicalidade.

Um forte abraço a todos!

sábado, 23 de agosto de 2008

Antônio Carlos Jobim em Minas ao vivo...

Eis aqui um show com voz e piano dos mais suaves que encontramos na música brasileira. Em 15 de março de 1981, Tom Jobim se apresentou no Palácio das Artes em Belo Horizonte, com um recital que rendeu o cd do qual falaremos hoje, onde Tom homenageia seus parceiros e alguns dos principais sucessos de sua carreira, sua enorme contribuição à música brasileira.


Um trabalho lindo que mostra um Tom que não esquece ao piano as bobagens de amor, que julga dizer. O show é iniciado com Desafinado, canção que homenageia Newton Mendonça e que Tom lembra ser uma espécie de gênese do seu reconhecimento, posteriormente por intérpretes como João Gilberto. Ainda da safra com Newton temos Samba de uma nota só. Com Dolores Duran, outra grande parceira, Tom relembra Por causa de você e, só instrumental do piano, Estrada do Sol.

Mas, é com Vinícius de Moraes que Tom fez a maioria de seus clássicos, presentes nesse trabalho como Se todos fossem iguais a você, Água de beber, Eu não existo sem você, Eu sei que vou te amar, Modinha, Chega de saudade e Garota de Ipanema, que encerrou o show. Aloysio de Oliveira também foi lembrado nas parcerias em Dindi e Eu preciso de você. Chico Buarque também esteve presente na composição de Retrato em branco e preto. Da safra de composições em que o Tom teve como parceiro apenas seu fiel piano estão presentes Corcovado, Lígia, Falando de amor e Águas de março.

Tom conta curiosidades de sua carreira em algumas canções que interpreta como em Desafinado em que brinca dizendo “ninguém quis gravar, os editores não queriam editar e nem João Gilberto quis nada com ela", ou em Por causa de você, onde conta como a Dolores fez a letra: "Toquei a música, ela tirou o lápis de sobrancelha da bolsinha, em cinco minutos escreveu a letra e botou assim: Vinícius, dois pontos. Outra letra é covardia”. Ou como foi o início da parceria com o Vinícius: “Ele era diplomata e veio de Paris com a idéia de fazer uma peça de teatro chamada Orfeu da Conceição. Chegou no Rio e procurou um músico para compor com ele as músicas da peça... Lúcio Rangel me apresentou ao Vinícius, que me levou ao grande mundo carioca, em casas com pianos de cauda e senhoras bem lavadas. Eu andava com uma pastinha cheia de arranjos, competindo com o aluguel. Perguntei: Escuta tem um dinheirinho nisso? Lúcio ficou escandalizado: ô Tom Jobim, esse aí é o poeta Vinícius de Moraes. Eu digo, ah, bom!” Ou sobre o Chico Buarque onde cita: “parceiro meu de olhos azuis, que dizem que são verdes, depende da luz do dia. O rapaz é um gênio, é craque mesmo, tipo Pelé, Garrincha”.

Repertório, piano, maestro e compositor divino. Um disco histórico, como tudo que se refere a Tom Jobim, o maestro soberano, criador de tantas obras poéticas de um país marcado pelo amor e pela natureza poética de suas paisagens!

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Elymar Popular...

O Brasil possui grandes intérpretes. O carioca Elymar Santos é um dos mais populares dessa área. Batizado com o nome de Elimar, nasceu no Morro do Alemão e cresceu em meio à favela. Trocou o ‘i’ de seu nome pelo ‘y' quando começou a cantar em barezinhos e churrascarias ainda na adolescência. Tornou-se razoavelmente conhecido ao ganhar concursos de calouros nos programas de Chacrinha e Flávio Cavalcanti. Antes de adquirir um estilo próprio, imitava Cauby Peixoto, seu grande ídolo.

Elymar atingiu o sucesso e reconhecimento nacional num lance de ousadia: vendeu tudo o tinha para fazer um espetáculo na maior casa de shows do Rio e das mais importantes do país, o Canecão, em 1985. Conseguiu lotar a casa e firmar-se como grande nome na música brasileira, interpretando canções geralmente românticas, especialmente boleros. Entre 1991 e 2000 foi homenageado quatro vezes por escolas de samba do Rio e de São Paulo, com o enredo de sua história, marcada por essa ousadia.

Elymar já interpretou canções como A noite do meu bem, Alguém me disse, Apelo, Aquarela do Brasil, Bandeira branca, Bilhete, Brigas, Cabecinha no ombro, Carinhoso, Devolvi, Eu nunca mais vou te esquecer, Eu sei que vou te amar, Fascinação, Fica comigo essa noite, Gente humilde, Lábios de mel, Matriz ou filial, Medo da chuva, Explode coração, Negue, Nem às paredes confesso, Nervos de Aço, Nunca, Nada além, Pensando em ti, Por isso corro demais, Preciso aprender a ser só, Pro dia nascer feliz, Romaria, Sentimental demais, Súplica cearense, Sonhar contigo, entre tantas outras, provando seu ecletismo como intérprete e sua versatilidade rítmica profissional! E isso criou seu alicerce, sendo hoje reconhecido por ser um dos maiores intérpretes do país, navegando com muita propriedade pela música brasileira e seus diversos compositores!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Meu mundo é você quem faz...

Marina Lima é mais uma cantora talentosa, mas meio esquecida da mídia atual! Natural do Rio de Janeiro, morou nos Estados Unidos e ainda na infância ganhou um violão do pai, para matar as saudades da terra natal. Sua carreira pode ser contada a partir de 1977, quando Gal Costa gravou seu primeiro sucesso: Meu doce amor. Sua parceria mais constante se forma com seu irmão e poeta Antônio Cícero.

Lançou seu primeiro Lp em 1979, interpretando sucessos próprios e de Caetano Veloso, Dolores Duran e Ângela Rô Rô. Seu primeiro sucesso nas rádios veio com Nosso estranho amor, composto e gravado em parceria com Caetano. E a partir daí, grandes hits radiofônicos como À francesa, Ainda é cedo, Eu não sei dançar, Eu te amo você, Eu vi o rei, Fullgás, Garota de Ipanema, Mesmo que seja eu, Nada por mim, Pierrot, Preciso dizer que te amo, Uma noite e meia, entre outras.

Apesar de algumas depressões, Marina segue fazendo seus shows e curtindo seu público cativo, com seu estilo e influências que vão da Bossa Nova até a Música Eletrônica, passando pelo Pop Rock. Outra curiosidade de sua carreira é que ao estrear a MTV no Brasil, o primeiro clipe ao qual assistimos foi com Marina interpretando Garota de Ipanema. Em 2003, Marina sela uma nova parceria com a MTV com seu acústico! E prova que seu mundo é você, seu grande público, quem faz e reconhece a cada show, a cada novo lançamento, a sempre talentosa Marina!

Um forte abraço a todos!

domingo, 17 de agosto de 2008

Estrela Caymmi...

Amigos, ontem foi ao andar de cima Dorival Caymmi. Simplicidade e musicalidade: são essas palavras que definem mais um grande nome da música brasileira que se vai! Caymmi já foi tema de post nesse blog no dia 23 de março! E toda e qualquer homenagem deve ser a mais singela possível para que combine com esse estilo musical único que o Caymmi se tornou! Seus filhos e amigos seguem divulgando suas poucas, mas inesquecíveis canções! Obra que marcou a música brasileira, em sua maioria grandes clássicos:

"Ah insensato coração, por que me fizeste sofrer? Porque de amor para entender é preciso amar, por quê..."

"Ela mexe com as cadeiras pra cá, ela mexe com as cadeiras pra lá, ela mexe com o juízo do homem que vai trabalhar..."

"Marina, você já é bonita com o que Deus lhe deu..."

"Onde vais morena Rosa, com essa rosa no cabelo e esse andar de moça prosa...?"

"Se fizer bom tempo amanhã eu vou, mas se por exemplo chover, não vou!..."

"O amor acontece na vida, estavas desprevenida e por acaso eu também..."

"É tão tarde, a manhã já vem, todos dormem, a noite também..."

"Depois num bar à meia-luz: Copacabana. Eu esperei por essa noite uma semana..."

"E assim adormece esse homem, que nunca precisa dormir pra sonhar..."

E nós ficamos com a letra de Você não sabe amar, uma das mais lindas do Caymmi e essa singela homenagem a essa estrela que brilha no céu até onde a vista não mais alcança, ao lado de grandes nomes da música brasileira como Tom Jobim, Luiz Gonzaga, Gonzaga Jr., Nelson Gonçalves, Pixinguinha, Noel Rosa, Vinícius de Moraes, Cartola e tantas outras estrelas da magnitude do Caymmi!

Você não sabe amar
(Dorival Caymmi)

Você não sabe amar, meu bem
Não sabe o que é o amor
Nunca viveu, nunca sofreu
E quer saber mais que eu

O nosso amor parou aqui
E foi melhor assim
Você esperava e eu também
Que esse fosse seu fim

O nosso amor não teve querida
As coisas boas da vida
E foi melhor para você
E foi também melhor pra mim

Um forte abraço a todos!

sábado, 16 de agosto de 2008

Nando Cordel Acústico

Em 1999, Nando Cordel, esse grande compositor nordestino lançou seu trabalho acústico! Um apanhado que reuniu seus maiores sucessos em sua interpretação e na voz de grandes nomes da nossa música brasileira!

O trabalho começa com Coração da gente, tema da novela Tropicaliente, na voz de Elba Ramalho. Em seguida, outro clássico da obra do Nando e da música brasileira: De volta pro aconchego, que também foi sucesso na voz da Elba na inesquecível Roque Santeiro. Aqui desfrutamos dos violões e a interpretação suave de Nando. Na sequência, Doido pra te amar que foi sucesso na voz do próprio Nando na novela Tieta.

Gostoso demais é mais um clássico que vem na sequência, da obra do Nando, em parceria com Dominguinhos, sucesso na voz de Maria Bethânia, entre tantos que a regravaram. É de dar água na boca é daquelas mais animadas do repertório dele, flertando entre as festas carnavalescas e juninas. O primeiro medley presente no disco é Enfeitiçou meu coração/Isso aqui tá muito bom, essa última mais uma parceria com o Dominguinhos e mais um tema da novela Roque Santeiro, gravada em trio: além dos dois compositores, tivemos a participação mais que especial do Chico Buarque.

Você endoideceu meu coração foi um forró imortalizado por Fagner, mas aqui o Nando dá uma versão mais romântica para sentirmos a letra. O segundo e último medley aparece em Dedicado a você/Vem ficar comigo, a primeira já foi gravada por Zizi Possi e a última mais recentemente pela Elba. Ainda temos em versão acústica e também suave Minha doce estrela que foi gravada originalmente com o Nando em parceria com o Fagner! O disco traz algumas menos conhecidas como Simbora bora bora, Diz pra mim e a inédita Flor de cheiro, que tornou-se mais um clássico da obra do Nando! E se encerra com É tão bom te amar, que foi imortalizada pela Fafá de Belém como tema da novela A Indomada!

É um disco único, suave e marcante na música brasileira com um dos melhores compositores interpretando seus maiores sucessos que foram imortalizados por ele e por grandes intérpretes, sempre de forma gratificante para a música brasileira!

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Vai passar nessa avenida um samba popular...

Francis Hime é mais um músico carioca de qual todos os brasileiros temos que nos orgulhar! Cantor e compositor é também maestro, com formação em harmonia, arranjo, regência e composição! Seu interesse pela música vem de muito cedo, aos seis anos já estudava piano. Passou um tempo na Suíça estudando música e ao regressar desenvolveu amizades com artistas da já consagrada Bossa Nova como Vinícius e Edu! É dessa época sua primeira parceria com ninguém menos que Vinícius de Moraes, na canção Sem mais adeus. Além dessa, também fez com o poetinha Anoiteceu, A dor a mais, Tereza sabe sambar, entre outras.

Além de Vinícius, também compôs com Toquinho, Gilberto Gil, Milton Nascimento, Paulinho da Viola, Adriana Calcanhoto, Lenine, Ivan Lins, entre outros. Mas, sua parceria mais marcante se formaria ao conhecer Chico Buarque, com quem dividiu grande parte delas e grandes clássicos da música brasileira como A noiva da cidade, Amor barato, Atrás da porta, Meu caro amigo, Minha (com Ruy Guerra), Passaredo, Pivete, Pois é, Trocando em miúdos, Vai passar, entre outras.

Francis teve papel importante nos festivais onde suas canções foram interpretadas por artistas como Elis Regina, Roberto Carlos, Jair Rodrigues e Mpb - 4, além de também compor para trilha sonora de teatros e filmes como Dona Flor e seus maridos, A noiva da cidade, Marcados para viver e O homem que comprou o mundo. Como arranjador, já trabalhou para diversos nomes e ritmos como Milton Nascimento, Gilberto Gil, Gal Costa, Caetano Veloso, Elba Ramalho, Fafá de Belém e Chico Buarque.

Suas composições já foram interpretadas por diversos artistas e além dos já citados, poderíamos acrescentar Simone, Maria Bethânia, Djavan, Tony Bennet, Lany Hall, João Bosco, Beth Carvalho, Daniela Marcury, Nana Caymmi, etc. Ano passado lançou o cd/dvd Francis Hime ao vivo e segue divulgando seu excelente trabalho, aplaudido nos quatro cantos do país!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Pensando em nunca mais te esquecer...

Paulo Corrêa de Araújo, mais conhecido como Paulo Moska é mais um cantor e compositor contemporâneo brasileiro! Desde os 13 anos já tocava violão com amigos, além de ingressar em um grupo vocal chamado Garganta Profunda, cantando de Beatles a Tom Jobim. Em 1987 formou o grupo de rock irreverente Inimigos do Rei com amigos do Garganta.

Seus primeiros sucessos vieram durante essa época do Inimigos do rei, com hits radiofônicos como Adelaide e Vício. Nessa fase roqueira, Moska viajou o país inteiro. Em 1993, após optar por carreira solo lançou seu primeiro disco chamado Vontade. Moska saia de um grupo tido como engraçadinho, mas continuava com a mesma vertente roqueira.

Em 1995, lançou seu segundo disco Pensar é fazer música, com canções mais filosóficas, como O último dia, tema da minissérie O fim do mundo! Passou a ser reconhecido nacionalmente por seu público, embora restrito. Outros sucessos são A idade do céu, A seta e o alvo, Me chama de chão, Relampiando, Um móbile no furacão, Retalhos de cetim e Pensando em você que é, talvez, seu maior hit.

Moska também é sucesso entre o mundo hispânico. Atualmente comanda um programa no Canal Brasil (tv fechada), com convidados, onde conversam sobre as carreiras e cantam juntos. Está aqui um artista que merecia mais reconhecimento do público brasileiro, não ficando restrito apenas a uma parcela a quem já alcançou com bastante êxito!

Um forte abraço a todos!

domingo, 10 de agosto de 2008

Dia dos pais com música!!!

A música brasileira não esquece suas datas comemorativas! Sempre algum feriado ou data especial ganha ao menos uma canção para que o dia fique ainda mais festivo com aquele candidato a hino! O Dia dos Pais não poderia ser diferente:

O rei Roberto Carlos mandou ver em Meu querido, meu velho, meu amigo: "Sua voz macia me acalma e me diz muito mais do que eu digo, me calando fundo na alma... Eu já lhe falei de tudo, mas tudo isso é pouco diante do que sinto..." é de arrepiar qualquer coração paternal!

Altemar Dutra também deixou seu recado em Meu velho, abordando uma ligação que está no sangue em "Agora caminha lento, como perdoando o vento, eu sou teu sangue meu velho, teu silêncio e o teu tempo..."

Luiz Gonzaga foi mais específico e cantou mais respeito de si próprio a seu pai, Januário, num duelo musical de sanfonas, onde o filho reconhece a grandiosidade do pai em Respeita Januário: "...Luiz, tu pode ser famoso, mas teu pai é mais tinhoso e com ele ninguém vai, Luiz respeita os oito baixos do teu pai..."

Zezé di Camargo e Luciano homenagearam o pai com seu filme, onde o pai sobrepõe os filhos, como forma de agradecimento pela persistência paternal no embasamento da carreira da dupla mais famosa do país! Em Dois filhos de Francisco contemplamos o desejo maior do pai realizado e a felicidade dos filhos após uma luta onde Sr. Francisco foi líder.

E tantas outras canções que remetem a esse dia de respeito, admiração e carinho com a figura paternal que todos nós temos! E ficamos com uma das canções mais marcantes dessa data que consegue reunir todos os elementos desse momento, insegurança, reconhecimento, amadurecimento, heroísmo, verdades, respeito, paz:

Pai
(Fábio Jr.)

Pai!
Pode ser que daqui a algum tempo
Haja tempo pra gente ser mais
Muito mais que dois grandes amigos
Pai e filho talvez...

Pai!
Pode ser que daí você sinta
Qualquer coisa entre esses vinte ou trinta
Longos anos em busca de paz...

Pai!
Pode crer, eu tô bem, eu vou indo
Tô tentando, vivendo e pedindo
Com loucura pra você renascer...

Pai!
Eu não faço questão de ser tudo
Só não quero e não vou ficar mudo
Pra falar de amor pra você...

Pai!
Senta aqui que o jantar tá na mesa
Fala um pouco tua voz tá tão presa
Nos ensine esse jogo da vida
Onde a vida só paga pra ver...

Pai!
Me perdoa essa insegurança
Que eu não sou mais aquela criança
Que um dia morrendo de medo
Nos teus braços você fez segredo
Nos teus passos você foi mais eu...

Pai!
Eu cresci e não houve outro jeito
Quero só recostar no teu peito
Pra pedir pra você ir lá em casa
E brincar de vovô com meu filho
No tapete da sala de estar Ah! Ah! Ah!...

Pai!
Você foi meu herói meu bandido
Hoje é mais, muito mais que um amigo
Nem você nem ninguém tá sozinho
Você faz parte desse caminho
Que hoje eu sigo em paz !

Pai! Paz!...

Um forte abraço a todos!