terça-feira, 9 de setembro de 2008

Preste atenção, essa é a nossa canção...

Vanessa Sigiane da Mata Ferreira é mais um grande nome da música contemporânea. Natural de Alto Garças, interior de Mato Grosso, Vanessa cresceu ouvindo ídolos como Luiz Gonzaga, Tom Jobim, Milton Nascimento e Orlando Silva, criando um gosto eclético que caracterizaria sua carreira. Morou sozinha em Uberlândia (MG), onde prestaria o vestibular para Medicina e paralelamente cantava nos barezinhos da cidade.

Já em São Paulo, nos anos 90, fez parte de várias bandas, enquanto trabalhava como modelo e jogadora de basquete. Conhece Chico César, com quem compôs A força que nunca seca, gravada por Maria Bethânia e que foi título de seu disco de 1999. Bethânia também gravou O canto de Dona Sinhá. Daniela Mercury gravou Viagem de sua autoria e com Ana Carolina compôs Me sento na rua, gravado por Ana.
Alcançado o sucesso como compositora, surge a cantora no primeiro cd em 2002 com os sucessos Nossa canção, Não me deixe só e Onde ir. Já no seu segundo disco alcançou o topo das paradas com o hit Ai, ai, ai. Outros sucessos de Vanessa são Ainda bem, Eu sou neguinha, Esqueça, História de uma gata, Amado, Senhor do tempo, entre outras dessa artista que já trabalhou com músicos como João Donato, Jacques Morelembaum, Davi Moraes, entre outros e que é sem sombra de dúvida uma grande promessa no atual cenário musical.
Um forte abraço a todos!

domingo, 7 de setembro de 2008

Independência musical do Brasil

Amigos, em virtude do feriado de Independência do Brasil, que esse ano já caiu em um feriado, domingo, vamos comentar sobre canções que trazem como tema central o Brasil, sejam carregadas de protestos, sejam com algumas conotações mais ufanistas.

A primeira que me vem à mente é sem dúvida a mais linda, mais famosa, mais lembrada em toda a parte do mundo. Composta por Ary Barroso em meados dos anos 39-41 ( ninguém sabe ao certo a data exata), é o samba exaltação mais famoso do mundo. Já foi intepretada por quase todos os grandes nomes da nossa canção e por alguns artistas estrangeiros quando desejam reverenciar nosso país verde e amarelo. Gal Costa a imortalizou, cantou também com o rei Roberto Carlos, que também a cantou com Martinho da Vila em outro especial. Julio Iglesias já a interpretou, bem como os tenores Pavarotti, Carreras e Domingo, e por aí vai em um côro só, todo mundo repetindo: "Brasil, meu Brasil brasileiro..."

Na época da ditadura e pós-ditadura, anos 60 e 70, a música brasileira flertou com o conflito entre as canções de protesto e as canções de exaltação à pátria. Mesmo sem poder citar certas palavras, filtradas pela censura, tivemos coisas como "Eu te amo meu Brasil, eu te amo..." ou "Pra frente Brasil, Brasil, Salve a seleção..." em confronto com coisas como " Caminhando contra o vento, sem lenço, sem documento, no sol de quase dezembro, eu vou..." ou " Quem sabe faz a hora não espera acontecer..." Um pouco depois, os Novos Baianos já cantavam "Brasil, esquentai vossos pandeiros, iluminai os terreiros que nós queremos sambar" em samba de Assis Valente.

Nos anos 80 tivemos um irreverente Cazuza disparando um desafio: "Brasil, mostra a tua cara, quero ver quem paga pra gente ficar assim, ... Qual o teu negócio, o nome do teu sócio?, confia em mim..." E a mesma Gal, que também imortalizou esses versos veio com "No céu, no mar, na terra! Canta Brasil!". Ivan Lins também já mostrava os novos ares que aterrissavam no país com "No novo tempo, apesar dos castigos, estamos em cena, estamos nas ruas, quebrando as algemas pra nos socorrer..." Mas, achou pouco e anos mais tardes, mandou " Aqui é o meu país, nos seios da minha amada... Vitórias, ponteios e desafios no peito do Brasil". E o rei Roberto também mandou ver em "Só quem leva no peito, esse amor, esse jeito, sabe bem o que é ser brasileiro..."

Nos anos 90, tivemos um país cantado também pelo gênero sertanejo com Zezé di Camargo em "Tem alguém levando lucro, tem alguém colhendo fruto sem saber o que é plantar, tá faltando consciência, tá sobrando paciência, tá faltando alguém gritar..." E você, lembra de alguma canção ufanista que podemos citar como comemoração da data de hoje? Afinal, não importa se a canção é de protesto ou de exaltação, e sim que sabemos cantar esse país e todos os seus problemas e riquezas que nos oferece!

Um forte abraço a todos e Viva ao Brasil!

sábado, 6 de setembro de 2008

Eternas ondas

Amigos, a partir de hoje e semanalmente destacarei alguma letra da música brasileira, dessa melhor música do mundo que traz tanta poesia e cor em suas melodias e, também em suas letras que enriquecem nosso aprendizado. Espero contar com os comentários que, sem dúvida, contriuirão de forma positiva com cada simples mensagem em relação à tão rica poesia de qual dispomos. Hoje comentaremos um pouco sobre Eternas ondas, canção clássica do repertório do Zé Ramalho e da música brasileira.

Gravada por artistas como Fagner, Fábio Jr. e pelo próprio Zé Ramalho, Eternas ondas foi feita para o rei Roberto Carlos interpretar, fato esse contado no encarte do cd Antologia Acústica do Zé Ramalho, lançado em 1997. Zé nos relata que teve a honra de passear com o rei em seu iate particular e enviou uma canção para Roberto gravar. Mesclou seu misticismo com a religiosidade de sua majestade musical. Resultado: Uma canção carregada de metáforas que nos conta uma das passagens bíblicas mais antológicas - O Dilúvio.

A canção traz trechos que, ora mostram a natureza em fúria como em "Devastando a sêde desses matagais...", "Derrubando árvores, pensamentos, seguindo a linha...", ora as confronta com momentos de calmaria como em " E se teu amigo vento não te procurar..."! Uma das poesias mais lindas da mpb, segue letra abaixo da canção que o rei infelizmente não gravou, mas Fagner a interpretou muito bem, sobretudo na releitura feita em dueto com Fábio Jr. no cd Amigos e canções de 1998.

Eternas ondas
(Zé Ramalho)

Quanto tempo temos antes de voltarem aquelas ondas
Que vieram feito gotas em silêncio tão furioso
Derrubando homens entre outros animais
Devastando a sede desses matagais

Devorando árvores, pensamentos, seguindo a linha
do que foi escrito pelo mesmo lábio tão furioso.

E se teu amigo vento não te procurar
É porque multidões ele foi arrastar. (bis)

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Hoje que a noite está calma...

Eurípedes Valdick Soriano é mais um ícone da música brasileira. Nascido na Bahia, Valdick é taxado de brega por suas canções bastante populares, mas que sempre exibiram sua classe ao interpretá-las, com um conteúdo gratificante para os mais apaixonados, detalhando amores malsucedidos, mas sem apelação e, às vezes com bom humor!
Antes de ingressar na carreira artística, trabalhou como lavrador, engraxate e garimpeiro. Apesar das dificuldades, conseguiu se tornar conhecido nos anos 50 com a música Quem és tu?. A partir daí começou a se destacar por suas canções dor-de-cotovelo e seu visual revolucionário para a época: sempre usava roupas negras e óculos escuros.Seu maior sucesso popular é Eu não sou cachorro não, que foi regravada em um inglês meio enrolado pelo humorista Falcão. Também se tornaram conhecidas outras músicas suas, tais como Paixão de um Homem, A Carta, A Dama de Vermelho, Perfume de Gardênia e Se Eu Morresse Amanhã.


Uma das canções mais lindas do Waldick é Tortura de Amor, que segundo contam foi feita em 1962 e, censurada em 1974, quando foi por ele reeditada, pois o regime não tolerava que se falasse a palavra tortura. Graças a Deus, tempos mais tarde essa canção se imortalizaria como um dos melhores boleros nacionais.
Waldick também marcou nas telinhas. Na televisão, com Silvio Santos, protagonizou uma das mais inusitadas cenas da televisão brasileira: no abraço que deram, foram perdendo o equilíbrio até ambos caírem, abraçados, no chão. No cinema, com a direção de Patrícia Pilar, Fausto Nilo e Quito Ribeiro, foi lançado o documentário Waldick - Sempre no meu coração.
Quando comecei a fazer esse post, Waldick ainda estava entre nós! E estará sempre pois suas canções se tornaram inesquecíveis e para nós será lembrado por sua contribuição e presença artística na música brasileira. Sempre haverá uma noite calma para ouvirmos seus sucessos...
Um forte abraço a todos!

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Jair Alves de Souza

Um dos maiores nomes da Jovem Guarda e posteriormente, divulgador do rock nacional: Jair Alves de Souza ou simplesmente, Jerry Adriani. Paulista do Brás, Jerry começou sua carreira como vocalista do grupo Os Rebeldes. Depois lançou seu primeiro disco em 1964, Italianíssimo. Em 1965, estoura com o Lp Um grande amor, seu primeiro disco em português.

Apresentou programas na antiga Excelsior e na Tv Tupi, onde apresentava nomes da Jovem Guarda e da Mpb. Por seu estilo onde mesclava rocks e baladas, é considerado até hoje como um dos grandes nomes da Jovem Guarda. Ao mesmo tempo é reconhecido por sua elegância ao interpretar canções em italiano. Seu timbre de voz, hora é associado ao Elvis, ora ao Renato Russo, que também gravou canções em italiano.

Jerry também atuou no cinema em três filmes onde era ator/cantor: Essa gatinha é minha, Jerry a grande parada e Jerry em busca do tesouro. Foi o responsável pela ida de Raul Seixas ao Rio de Janeiro que o acompanhou em alguns shows com a banda Raulzito e os Panteras. Raul ainda foi seu produtor, até iniciar sua carreira solo. Sua ligação com Elvis também rendeu um disco Tributo ao rei do rock já nos anos 90.

Algumas de suas inesquecíveis interpetações são: Caruso, C´era um Ragazzo che come me amava i Beatles i Rollings Stones, Cose della vida, Datemi un martello, Doce doce amor, Hit parade do coração, Monte castelo, Ouro de tolo, Querida, Roberta/Champagne, Tutti Frutti, entre tantas. Atualmente, segue divulgando seu mais recente dvd, onde resgata toda sua brilhante e bem sucedida carreira com a mesma voz de sempre, admirada por todos!

Um forte abraço a todos!

domingo, 31 de agosto de 2008

O novo disco!?

Ao ouvir um cd de Julio Iglesias de 1989, Romances, me deparei com uma pergunta de alguém que passava: Esse é o novo cd dele? De início, compreendi que por essa pessoa não conhecer a discografia do Julio, e por este apresentar uma qualidade sonora sempre tão elevada, essa pergunta sempre faria sentido. Mas, isso me despertou outras discussões: Nós que crescemos com lançamentos anuais, não apenas do Julio, mas de tantos outros artistas, sobretudo os brasileiros, temos hoje um espaçamento maior entre os lançamentos de dois, cinco ou mais anos. Tudo isso porque o mercado fonográfico simplesmente faliu!

A pirataria não permite à gravadora e, por tabela, ao artista, lucros com seu trabalho. Os discos tem produções caras, com despesas que vão desde o pagamento de músicos até os trabalhos de divulgação e marketing, encontrando por esse caminho os direitos autorais, o trabalho de confecção gráfico, aluguel de estúdio, impostos, etc. E simplesmente o ambulante copia o trabalho e o vende com gastos mínimos de uma mídia virgem. Na hora da divulgação do produto, outro problema: as rádios andam presas a modismos e não tocam mais os bons artistas, de um modo geral. Apenas uma ou outra rádio especializada em música brasileira de qualidade faz esse trabalho, mesmo assim, por sua auto-seleção acaba soando como elitista.

Por outro lado, o produto sai da fábrica a um preço e chega ao consumidor, via lojas virtuais ou não, por outro preço com margem altíssima de lucro para vendedores. O poder aquisitivo da população de um modo geral é baixo para adquirir um cd, que nas lojas custa em torno de R$ 30,00, quando nas bancas de pirataria, encontramos o mesmo copiado por R$ 3,00.

Esse tema é polêmico e envolve muitos outros argumentos e conhecimentos que as meras palavras acima. Mas, voltando para as novas canções, os penalizados somos nós mesmos que vemos o tempo passar e perdemos as novas criações dos nossos artistas preferidos, pela ausência de motivação diante um mercado em decadência plena. Sinto saudades da época em que visitava as lojas e conferia os lançamentos dos principais artistas da música brasileira. O do Roberto Carlos então, nem se fala, o quanto aguardava esse momento, mas isso é outra história que contarei outro dia. Fica apenas aquele trecho de uma canção do Skank: "Não quero estar sendo mal, moralista ou banal, aqui está o que me afligia..." Gostaria de sua opinião a respeito do tema!

Um forte abraço a todos!

sábado, 30 de agosto de 2008

Roupacústico

Um dos melhores projetos dos últimos anos foi o lançamento do cd/dvd Roupacústico em 2004, 18º da carreira do grupo e continuado em 2006 com Roupacústico 2. Na realidade, o segundo projeto foi mais um complemento do primeiro, com alguns sucessos que ficaram de fora desse trabalho que trouxe de volta à mídia uma das melhores bandas românticas do Brasil, formada por Serginho, Paulinho, Kiko, Nando, Feghali e Cleberson, que produziram esse grandioso trabalho. Abordaremos hoje o primeiro Roupacústico.

Com esse disco, o grupo estreava seu próprio selo, o Roupa Nova music. O cd traz 19 canções por questões de espaço, enquanto o dvd, 25. Gravados no então Olympia, em São Paulo, contou com a participação de músicos como Milton Guedes, Eduardo Souto Neto, além das vozes de Ed Motta e Chitãozinho e Xororó. O show é um resgate dos grandes sucessos da banda, começando por Whisky a go go, A força do amor, Canção de verão, Seguindo no trem azul, Volta pra mim, Anjo e Linda demais.

À flor da pele é apresentada como inédita até então, seguida de Clarear e A lenda, que foi imortalizada pela dupla Sandy e Júnior. Ed Motta é convocado, com toda sua musicalidade e simplicidade para dividir os vocais em Bem Simples. Na sequência, mais clássicos como Meu universo é você, A viagem, Coração Pirata, Sapato velho e Dona. Em seguida, um novo dueto com Chitãozinho e Xororó, (já haviam gravados juntos a canção Frio da solidão, no disco da dupla), agora na canção Já nem sei.

A canção Roupa Nova, composta especialmente para o grupo por Milton Nascimento foi outro momento emocionante no palco, seguida de Corações psicodélicos, Amar é... e Chuva de prata, clássico do repertório da Gal Costa. No momento homenagens, a primeira, apenas vocais para o medley Yesterday/Hey Jude em homenagem aos Beatles; a segunda com o maestro Eduardo Souto Neto e o Tema da Vitória, mais conhecido pelo Tema de Ayrton Senna. E chegamos ao final do espetáculo com Show de Rock´n Roll e Razão de viver, essa última, outra inédita.

Uma oportunidade única de reviver sucessos que acompanham gerações e, sobretudo para nos sentirmos abastecidos pelos clássicos de uma banda que sempre apresenta um excelente trabalho com músicos de altíssimos gabaritos e com um repertório inesquecível para todo apaixonado pela música brasileira.

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Nos horizontes do Brasil

Outra grande cantora, compositora e pianista, diretamente de Belém do Pará: Leila Toscano Pinheiro. Aos dez anos já estudava piano. Seu pai era gaitista e foi forte influência, além dos movimentos de Bossa Nova, Tropicália e Jovem Guarda. No início dos anos 80, desistiu do curso de Medicina e dedicou-se à peça Sinal de partida, onde estréia como cantora profissional. Em 1981 já residindo no Rio de Janeiro, grava seu primeiro Lp.

Seu sucesso veio mesmo após o prêmio de cantora revelação no Festival dos festivais da Rede Globo em 1985, onde interpretou a canção Verde, um grande sucesso de seu repertório. Seus discos, sob a direção de Roberto Menescal, se tornaram lançamentos premiados sobretudo o Bênção Bossa Nova, em homenagem aos 30 anos do movimento musical. No Japão, esse mesmo disco atingiu 200 mil cópias, sendo o disco mais vendido desse gênero até então. Leila ainda gravaria outro disco em homenagem à Bossa, Isso é Bossa Nova, em 1994 e também discos tributos aos compositores Guinga e Aldir Blanc, e Ivan Lins e Gonzaguinha, com Na ponta da língua e Reencontro, respectivamente.

Outros discos destaques de Leila são Coisas do Brasil - 1993, Mais coisas do Brasil - 2001 e Nos horizontes do mundo - 2005, onde interpreta grandes nomes da música brasileira, além de composições próprias. São sucessos do seu repertório: Ah! se eu pudesse, O barquinho, O amor em paz, Andar com fé, Caminhos cruzados, Chega de saudade, Corcovado, Coração vagabundo, Diga lá coração, É..., Ela é carioca, Espere por mim morena, Garota de Ipanema, Iluminados, Lembra de mim, Mais uma vez, Meditação, Monte castelo, Nada por mim, Preciso aprender a ser só, Samba de verão, Que maravilha, Renata Maria, Resposta ao tempo, Samba da bênção, Samba do avião, Sentado a beira do caminho, Vitoriosa, Você em minha vida, entre outros, que caracterizam uma voz suave e doce de se ouvir e uma musicalidade agradável aos ouvidos de qualquer amante da boa música brasileira!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Os compositores do Brasil - 6

A série Compositores do Brasil homenageia um grande nome contemporâneo da nossa música brasileira: Paulo Sérgio Valle. Na década de 70, ainda aviador, começou a compor suas canções com seu irmão Marcos Valle, até trocar a aviação pela música. Marcos fazia as músicas e Paulo, as letras. Foi assim que a música brasileira conheceu grandes pérolas como Samba de verão, Preciso aprender a ser só, Viola enluarada, entre outras.

Por essa mesma época, também estabeleceu parcerias com outros grandes nomes como João Donato e Taiguara. Uma das canções mais famosas de final de ano é de sua autoria, juntamente com Marcos e Nelson Motta: O jingle Um novo tempo da Rede Globo.

Em parceria com Eduardo Lages, o maestro do rei, compôs vinte canções gravadas pelo Roberto, entre elas Cenário, Confissão, Eu quero voltar pra você, Coisas do coração, Momentos tão bonitos, Como foi, Assunto predileto, entre outras. E com o próprio Roberto, compôs para a peça infantil Sonho de Alice, estreada por Mirian Rios, na década de 80. Por essa época também estabeleceu contato e composições com Chico Roque, José Augusto, Michael Sullivan, Nenéo, etc.

Com Hebert Viana, escreveu uma das mais belas canções dos últimos anos: Se eu não te amasse tanto assim, imortalizada por Ivete Sangalo. Outras canções suas, com diversos compositores, alguns citados aqui são: Evidências, Você me vira a cabeça, Abandonada, Aonde quer que eu vá, Essa tal liberdade, Paixão antiga, Tanta solidão, Separação, Quando você não está aqui, entre tantas canções que já compuseram nossa trilha sonora e hoje aprendemos um pouco sobre o criador dela, esse grande letrista e poeta da música brasileira que tanto canta nosso cotidiano, nossos amores, enfim, nossa vida!

Um forte abraço a todos!

domingo, 24 de agosto de 2008

Deixa eu me deitar na tua praia...

Antônio Carlos Moreira Pires, o baiano Moraes Moreira é o nosso tema de hoje. Natural de Ituaçu, sertão baiano, começou tocando sanfona nas festas de São João e outros eventos municipais. Ao mudar-se para Salvador, aprendeu violão com Tom Zé, além de se aproximar do rock, esquecendo medicina, curso que faria, e dedicando-se à música.

Mais tarde, ao conhecer Baby Consuelo, Pepeu Gomes, Paulinho Boca de Cantor e Luiz Galvão formou o grupo Novos baianos, sendo compositor de quase todos os temas do grupo com Luiz Galvão. A partir de 1975, segue carreira solo, se dedicando sobretudo ao carnaval e aos temas carnavalescos como marchinhas, frevos, sambas e todos os ritmos que animassem a festa, com fortes influências de Braguinha, Zé Kéti e Lamartine Babo, entre outros. Foi cantor do Trio Elétrico de Armandinho, Dodô e Osmar e lançou em 1978 o sucesso "Pombo Correio", música instrumental da dupla que ele colocou letra.

Daí pra frente, grandes sucessos sob sua interpretação ou com outros intérpretes como Gal Costa que imortalizou Festa do interior. Sucessos como Bloco do prazer, Brasil pandeiro, Lá vem o Brasil descendo a ladeira, Preta pretinha, Sintonia, Pão e poesia, Meninas do Brasil, Acabou chorare, Dê um rolê, entre outras. O disco Acabou chorare, ainda na época dos Novos baianos é antológico para a música brasileira. O mais recente trabalho do Moraes foi lançado em 2003, Meu nome é Brasil, tendo como tema o Brasil ao qual tanto se dedica com sua musicalidade.

Um forte abraço a todos!