domingo, 7 de agosto de 2016

♫Canção da despedida♫

Uma das interpretações mais lindas de Elba Ramalho, a meu ver, é nesta canção da dupla de Geraldos, Azevedo e Vandré. Canção da despedida foi composta em 1968, censurada e passou muitos anos oculta, até ser gravada por Azevedo em 1985. E no projeto O grande encontro (que está pra ser retomado, sem a participação de Zé Ramalho), Elba deu aquilo que chamo de interpretação definitiva para esta pérola.

A letra de Canção da despedida traz uma tona romântica, cobrindo o que chamaram de crítica à ditadura vigente na época em que foi composta. O rei mau, citado na letra, seria o presidente militar que não agradava aos que optaram ou foram obrigados a abraçarem o exílio. E como acreditava que o reinado teria prazo de validade, a volta também era saudada na letra.

Canção da despedida
(Geraldo Azevedo e Geraldo Vandré)

Já vou embora, mas sei que vou voltar
Amor não chora, se eu volto é pra ficar
Amor não chora, que a hora é de deixar
O amor de agora, pra sempre ele ficar

Eu quis ficar aqui, mas não podia
O meu caminho a ti, não conduzia
Um rei mal coroado, não queria
O amor em seu reinado

Pois sabia, não ia ser amado
Amor não chora, eu volto um dia
O rei velho e cansado já morria

Perdido em seu reinado, sem Maria
Quando eu me despedia
No meu canto lhe dizia...

Um forte abraço a todos!

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

♪Partituras musicais dos fãs - 30 - Isolda Bourdot♪

Um momento nobre deste Blog e uma das postagens mais importantes que já fiz nesses quase nove anos em que escrevo sobre música. Hoje esta série poderia se chamar "Partituras musicais do ídolo", pois tenho certeza que todos os que são fãs do rei Roberto Carlos, todos os que apreciam a boa música, conhecem e amam as composições da Isolda, algumas em parceria com seu irmão, o saudoso Milton Carlos. E hoje, generosamente, Isolda aceitou participar desta série e contar pra nós um pouco sobre sua marcante carreira, pois "Só assim sentimos ela bem perto de nós, outra vez". E vamos à entrevista:

1 - Quando e como você descobriu que era compositora?

♪Quando criança, por volta dos meus 9 e 10 anos eu brincava de teatro com meu único irmão - Milton Carlos. Era teatro musical e eu era responsável pela "trilha". Foram muitas histórias infantis onde minhas bonecas eram as atrizes.

2 - Qual a sua reação quando ouviu pela primeira vez um sucesso seu tocar nas rádios e qual foi este sucesso?

♪Foi a música Samba Quadrado - gravação do meu irmão - Foi meio irreal, mas apaixonante.

3 - Quando percebeu que este era seu ofício, o de compor, quem sonharia que gravasse uma canção sua naquele momento?

♪Nunca imaginei que esse era meu ofício. Eu estudava para fazer jornalismo, na época em que fazendo vários festivais da canção, alguns cantores começaram a nos pedir música. Tranquei a faculdade e não voltei mais, até hoje. Tanto eu como meu parceiro, meu irmão, sonhávamos um dia gravar com o rei, mas achávamos esse sonho impossível. Éramos jovens demais.

4 - Seu irmão, o saudoso Milton Carlos, foi sua primeira e maior ligação com a música?

♪Sim, meu parceiro maior, meu melhor amigo.

5 – E quando ouviram a canção Amigos, amigos gravada pelo Roberto, qual a sensação?

♪Quando soubemos da gravação, eu estava casada, passando férias em Curitiba. Milton me contou por telefone e eu tremendo de emoção, nem acreditei e voltei correndo pra São Paulo. Foi uma imensa alegria.

6 – Sinto e já te disse isso: Outra vez é a canção mais parecida com o Roberto, que não é da autoria dele. Você a fez pensando nele, digo em sua interpretação? 

♪Eu fiz essa canção num momento bem "divisor de águas da minha vida". Fazia alguns meses que eu tinha perdido meu irmão num acidente, acabava de me separar do maior amor da minha vida e reiniciava minha vida em São Paulo (morava em Curitiba, com meu marido). Não, não pensei nem que essa canção seria gravada. Fiz como um desabafo pessoal. Quando enviei ao Roberto no meio de outras canções (ainda em parceria com meu irmão) e depois soube que ela tinha sido escolhida, imaginei que Roberto teria gravado justamente essa, só em meu nome, por esse conhecido comportamento dele, em ajudar os amigos. Na minha opinião essa canção não tinha nada para ser sucesso. Era muito pessoal. 

7 – Houve ou houveram canções que, quando você estava compondo pensava: essa é para a voz de tal cantor (a)?

♪Sim, a música "O pior é que eu gosto" por exemplo, imaginei Alcione cantando. E foi o que aconteceu.

8 - Gosto muito de Tente esquecer e Um jeito estúpido de te amar. Acho que a primeira, por exemplo, merecia uma releitura, um resgate com uma boa intérprete, tipo com Nana Caymmi. Você tem essa sensação com alguma de suas canções?

♪Tenho sim e é interessante você colocar justamente essas duas canções super importantes emocionalmente pra mim. Gosto muito da interpretação de Bethânia para a canção "Um jeito estúpido de te amar". Aliás essa canção entrou recentemente como trilha de um filme brasileiro que foi premiado. (na interpretação dela)

9 - Roberto Carlos, Emílio Santiago, Gal Costa, Maria Bethânia, Simone e tantos outros grandes intérpretes em seu currículo. Isolda, aqui no Brasil, quem você ainda queria ouvir gravando algo de sua autoria?

♪Gostaria de ouvir Roberto cantando uma nova canção minha. Não adianta... Ele continua sendo meu rei.

10 - Quando ouvi pela primeira vez Alcione cantando O pior é que eu gosto e constatei ser de sua autoria (já no disco ao vivo dela, em 2003), senti saudades de grandes canções com uma verdade de sentimentos tão bem cantados. Como vê a cena atual para os compositores que aí estão?

♪Com raríssimas exceções, estou bastante triste ao ver tanta mediocridade musical, uma vez que a música brasileira sempre foi conhecida por seu bom gosto. Hoje em dia não existe mais "o compositor" simplesmente. É preciso que ele seja também o intérprete das suas canções, se quiser sobreviver. O pior é que se supõe que o público brasileiro não tem cultura suficiente para um bom trabalho. Daí as piores opções. Mas tenho esperanças de que tudo isso seja apenas uma fase, de que o talento volte a ter o seu lugar na música.

11 - Cita uma ou algumas canções que gostaria de ter feito, de outros compositores nacionais?

♪Ah, gostaria de ter feito várias: "Eu sei que vou te amar" (Tom Jobim e Vinícius de Moraes), "O silencio das estrelas"(Lenine e Dudu Falcão), "Olha" (Roberto Carlos e Erasmo Carlos)...

12 - Um compositor brasileiro?

♪Antônio Carlos Jobim

13 - Um músico brasileiro?

♪Ah, são vários....

14 - O arranjo que mais aprecia em alguma canção nacional?

♪Cada canção tem um arranjo peculiar. Não sei qual eu mais gosto.

15 - O que você gosta de ouvir quando está em casa?

♪Gosto de ouvir músicas de Cole Porter, Gershwin, repertório de Sinatra ou mesmo antes dele. Gosto do que se fazia em música, cinema, moda nos anos 40, 50...

16 - Sei que é difícil, mas você me diria quem é, a seu ver, o grande intérprete deste país? E a grande intérprete?

♪São vários. Mas meus preferidos: Roberto Carlos, sem dúvida e Simone.

17 - Outra vez foi a sua canção mais regravada. Você disse que queria ouvi-la em francês?

♪Sim, ela foi regravada em inglês, espanhol, italiano, mas nunca em francês. Venho de família francesa/italiana. Já fui casada com um francês, gosto do país e no entanto, justamente na França essa canção não foi gravada. Quem sabe, um dia?

18 - Um trecho de uma canção?

♪"Tente esquecer de você, que um dia me amou..."

19 - Já pensou em escrever um livro contando sobre seu processo de criação, sobretudo desses grandes sucessos?

♪Escrevi e lancei um livro que se não me engano, está esgotado: "Você também faz músicas?" Estou agora escrevendo minha biografia, mas com todo o cuidado para não esbarrar em escândalos (como costumam fazer), sem oportunismos. Um livro para deixar para meus netos. Com todo carinho e sinceridade.

20 - Deixa uma mensagem para aqueles amigos que vão adorar ler mais sobre você, em tudo isso que você nos contou?

♪Ame, ame muito, ame sempre. A vida só tem sentido, quando a gente sente.

Isolda, um obrigado é algo pequeno diante de tamanha generosidade em nos proporcionar este prazer de lhe conhecer melhor e também saber o que você pensa sobre música. Você que sempre a tornou algo melhor, mais rico, mais agradável e mais sensível aos nossos ouvidos, com certeza entenderá que neste momento, nosso obrigado é apenas um facho de luz, diante dessa estrada iluminada que você percorre e que através de seu ofício enaltece "as voltas em que a vida envolveu cada um".

Um forte abraço a todos!

domingo, 31 de julho de 2016

CD Roberto Carlos (La guerra de los niños)

Encerramos esta série com o CD lançado em 1981, referente ao trabalho lançado aqui no Brasil em 1980. Com o mesmo encarte e praticamente as mesmas canções versionadas para o espanhol, com exceção da canção Eu me vi tão só, que nunca foi versionada para o espanhol, este disco representa o que aconteceu na obra do rei, que desde 1971 até 1993 mantinha esta prática de lançar dois trabalhos anuais, um em português e outro em espanhol.

Aqui estão as canções La guerra de los niños (versão de A guerra dos meninos), El sabor de todo (versão de O gosto de tudo), La isla (versão de A ilha), Pasatiempo (versão de Passatempo), No te apartes de mi (versão de Não se afaste de mim), Se busca (versão de Procura-se), Amante a la antigua (versão de Amante à moda antiga), Y tengo que seguir (versão de Tentativa) e Confesión (versão de Confissão).

A parte inédita fica por conta do bolero de Armando Manzanero, Me vuelves loco, presente apenas neste álbum e que aqui no Brasil existe a versão em português cantada por Elis Regina e posteriormente por sua filha, Maria Rita. Os demais trabalhos de sua majestade não apresentadas nesta série trazem as mesmas canções versionadas para a língua hispânica, com uma ou outra variação na posição da ordem das canções.

Um forte abraço a todos!

quarta-feira, 27 de julho de 2016

CD Roberto Carlos Volver

Até 1986, Roberto Carlos lançava seus discos em português e os versionava por completo no ano seguinte, lançando o resultado em espanhol. Este é um trabalho que tornou-se diferenciado pois a partir de 1988, passou a incluir algumas canções feitas originalmente naquela língua para seus lançamentos por lá, compostos por Roberto Livi que, também produzia algumas faixas, quando não o disco por completo.

Este trabalho rendeu ao rei o Grammy como melhor cantor, muito antes de criarem a versão Grammy Latina. Do disco de 1987 lançado no Brasil, temos Telepatia (versão de Tô chutando lata), Antiguamente era así (versão de Antigamente era assim), Ingenuo y soñador (versão de Ingênuo e sonhador), La vida te ofrece otras cosas (versão de O careta e banida dos lançamentos posteriores), Aventuras (em espanhol) e Cosas del corazón (versão de Coisas do coração).

As canções Volver e Si el amor se va foram lançadas no disco do Brasil do final daquele ano, sendo que a segunda foi versionada e apresentada como Se o amor se vai. Presente apenas neste trabalho temos a inédita Tristes momentos. As fotos de capa e contracapa foram as mesmas do lançamento do Brasil em 1987.

Um forte abraço a todos!

domingo, 24 de julho de 2016

CD Roberto Carlos Sonrie

O CD Sonrie foi lançado em 1989 e teve como base o trabalho lançado em português em 1988, inclusive com as fotos de capa e contracapas, que são as mesmas, havendo apenas um rodízio em suas posições. Entretanto, este CD veio apenas com 9 canções, incluindo a faixa Águila dorada (versão de Águia dourada, do CD lançado no Brasil em 1987).

Do disco de 1988, temos Se divierte y ya no piensa en mi (versão de Se diverte e já não pensa em mim), Si me dices que ya no me amas (versão de Se você disser que não me ama), Todo el mundo es alguién (versão de Todo mundo é alguém), Que es lo que hago (versão de O que é que eu faço) e Vivir sin ti (versão de Eu sem você). 

As canções Si me vas a olvidar e Sonrie (versão em espanhol de Smille, de Charles Chaplin) seriam lançadas no disco do Brasil no final do ano, sendo que a primeira foi versionada e apresentada como Se você me esqueceu. E inédita encontrada apenas neste trabalho temos a belíssima Abre las ventanas a el amor, outra bela canção que poderia diversificar mais o repertório de shows lá fora de sua majestade.

Um forte abraço a todos!

quarta-feira, 20 de julho de 2016

CD Roberto Carlos Pajaro Herido

O CD Pajaro herido é também um dos meus preferidos em espanhol. Lançado em 1990, refere-se ao CD lançado no Brasil em  1989, com a maioria de suas canções convertidas para a língua hispânica, inclusive com as mesmas fotos de capa e contracapa. Mas, os retoques nos arranjos e algumas inclusões inéditas o classificam como superior ao de 1989, a meu ver.

Do ano anterior, temos Pajaro herido (versão de Pássaro ferido), Amazônia (em espanhol), El tonto (versão de O tolo), El tiempo y el viento (versão de O tempo e o vento) e Só você não sabe (que, mesmo em português, apresenta retoques em seu arranjo). As inéditas que só conheceríamos em anos posteriores ficam por conta de Mujer (lançada no disco do Brasil naquele final de ano), Oh oh oh oh (lançada no disco do Brasil em 1991) e Tengo que olvidar (que só conheceríamos no CD duplo 30 grandes canciones, lançado em 2000).

E as canções inéditas mais bonitas e presentes apenas nesse trabalho são Poquito a poco e Me has hechado al olvido que, a meu ver, já valem todo projeto, pela beleza que apresentam tanto nos arranjos, quanto em suas respectivas interpretações. Pena que são daquelas canções belas que habitam o esquecimento na obra do rei da música brasileira e hispânica.

Um forte abraço a todos!

domingo, 17 de julho de 2016

CD Roberto Carlos (Por ella)

CD Roberto Carlos (Por ella)
Este trabalho traz em sua maior parte canções que foram lançadas originalmente no CD 1990 de Roberto Carlos aqui no Brasil. Lançado em 1991, aqui houve uma inversão na ordem, pois as fotos deste álbum serviram de base de contracapa e encarte para o lançamento anual do álbum do final do ano no Brasil.

Dessa forma, encontramos neste trabalho as canções Super heróe (versão de Super herói), Estos celos (versão de Meu ciúme), Quiero paz (versão de Quero paz), Por ella (versão de Por ela), El sexo y mi corazón (versão de Porque a gente se ama), Pobre de quien quiera amarme después de ti (versão de Pobre de quem me quiser depois de você).

Contracapa do CD RC 1991
E além dessas, temos canções inéditas em português, gravadas originalmente para este disco como é o caso de Adonde andarás Paloma, Una casita blanca, Una en un millón (que foi lançada aqui no Brasil no CD 1992) e Si piensas...si quieres (que foi versionada e lançada aqui no final naquele ano com Fafá de Belém), num dueto com Rocio Durcal. Mais caprichos, que no lançamento do Brasil, nos arranjos e na capa deste belíssimo trabalho.

Um forte abraço a todos!

domingo, 26 de junho de 2016

♫Ela nem olhou pra mim♫

Clássico do repertório de Petrúcio Amorim, sucesso na voz de Jorge de Altinho e depois com Alcymar Monteiro, encerra o mês de junho, quando dedicamos às canções locais que, juntamente com as bandeiras, as comidas de milho, as tradições nordestinas embelezam essa terra onde o forró é o pai da alegria.

Mas, a letra de Ela nem olhou pra mim contradiz um pouco dessa alegria, embora cantada em um ritmo alegre. Trata-se de um grito de decepção por alguém que caprichou no visual, alugou o espelho e nem se quer chamou a atenção daquela paquera tão desejada. Com quantos isso não aconteceu?

Ela nem olhou pra mim
Petrúcio Amorim

Ela nem olhou pra mim, ela nem ohou pra mim
passei horas no espelho me arrumando o dia inteiro
e ela nem olhou pra mim

Como quem guarda lembrança abracei a esperança
confiei num grande amor
Esperei o dia inteiro tomei até banho de cheiro
parecendo um sonhador

Quando a vi na euforia coração de alegria
vibrou mais que bandolim
chegou feito uma princesa coroada de beleza
nem se quer olhou pra mim

Um forte abraço a todos!

domingo, 19 de junho de 2016

♫De mala e cuia♫

O repertório do Flávio José sempre será apropriado para esta e qualquer época em que se deseje ouvir, cantar e/ou dançar um bom forró, xote ou baião nordestino. Este é um daqueles sucessos que não pode faltar no repertório de seus shows que, neste mês deve estar com uma agenda apertada e concorrida.

A letra de Mala e cuia descreve, a partir desse ditado (Que vai de mala e cuia), em que caracteriza uma ida por completo, um amor que causou o maior espaço vazio já verificado, se não estiver presente. Solução disso é essa ida, esse grude definitivo, sem se preocupar com o que disserem. Uma belíssima canção pra se cantar, ouvir e dançar.

De mala e cuia
Flávio Leandro

Na minha casa tá sobrando espaço
Guardei de mim um pedaço e reservei só pra você
Na minha casa tá sobrando rede
Sobra torno na parede, amor pra dar e vender

Na minha casa toda hora é hora
A gente ri, a gente chora, a gente se diverte
E nesse flerte você botando as unhas de fora
Nosso amor não demora e logo acontece

Pode vir de mala e cuia, amor
Que eu não vou tá nem aí pro povo
Nosso amor tá cobiçado
E não vai ser maltratado
Por ninguém de novo

Um forte abraço a todos!

quarta-feira, 15 de junho de 2016

CD São João do Gilberto Gil

Em 2001 Gilberto Gil mostrou neste trabalho porque sempre bebeu da fonte Luiz Gonzaga. Depois do sucesso de Esperando na janela, no ano anterior, que fez parte do filme Eu tu eles, lançou este trabalho onde revive alguns sucessos de Gonzaga, sempre visitado durante sua carreira, aproveitando também para lançar algumas coisas novas em sua voz.

Resultado disso é este apropriado título para qualquer noite de São João ou qualquer momento em que se queira cantar e dançar sucessos como Olha pro céu, Oia eu aqui de novo, Asa branca, Baião da Penha, Qui nem jiló, Baião/De onde vem o baião, Lamento sertanejo, Cajuína/Refazenda, Pau de arara, Respeita Januário, O Xote das meninas, Eu só quero um xodó, Vem morena, Esperando na janela, Último pau de arara, Madalena, Toda menina baiana, Na casa dela, Esperando na janela (Bônus, com uma versão acústica).

Pra quem acompanha a carreira e tem todos os discos do Gil, talvez esse trabalho seja dispensável e desnecessário, por apresentar releituras repetidas. Mas, para muitos, se torna uma obra prima, sobretudo para novas gerações que não podem esquecer do legado de gênios como Luiz Gonzaga e Dominguinhos, aqui representado por outro gênio chamado Gilberto Gil.

Um forte abraço a todos!