Talvez um pouco alheio a isso e com um propósito bem objetivo, Tito Guedes, jovem escritor, lançou Querem acabar comigo, com o intuito de falar sobre a relação da imprensa com o rei da música brasileira. Percebemos, com o desenrolar da leitura, que seus colegas antigos de imprensa sempre foram injustos com a obra real. Criações que hoje são consideradas clássicas e intocáveis, como discos de 1969 ou 1971 foram fortemente batidas na época. Algo como o disco de 1981, que particularmente considero uma pérola, foi recebido com desdém, não pelo povo que, de fato, coroou Roberto no decorrer dos anos, mas por aqueles ditos formadores de opinião dos jornais, revistas e programas de TV, numa época em que internet não exisitia.
Se hoje, ao completar 80 anos, vemos reverências quase unânimes à figura de RC, percebemos que esse respeito foi algo que se conquistou com muitos anos e que o tempo talvez seja o grande aliado para consertar nossas falhas humanas de não reconhecer de imediato aquilo que, de fato é bom, valioso e que deve receber seu devido mérito. E nisso consiste uma obra assim que, se agradou ou não a RC ou a seu público, tem sua importância por tocar em um ponto extremamente necessário, não apenas em torno do artista, mas principalmente em relação a estes sentimentos e evolução humana.
Um forte abraço a todos!
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