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sábado, 24 de setembro de 2011

Começaria tudo outra vez

Considero esse um dos boleros mais perfeitos composto por um artista brasileiro, além de se tratar de um clássico do Gonzaguinha e da música brasileira, interpretada também por Cauby Peixoto,  Maria Bethânia, Emílio Santiago, Ângela Maria, entre outros bons cantores nacionais e até internacionais, como foi o caso do pianista Richard Clayderman.

Com uma paixão avassaladora e uma mescla de outros bons sentimentos como o otimismo, típicos de canções do Gonzaguinha, essa canção enaltece um relacionamento tão perfeito que se fosse possível, o intérprete voltaria e viveria tudo exatamente do mesmo jeito. E quantas vezes desejamos reviver tudo como foi? Talvez por isso e por tantas interpretações geniais, além da beleza da música é que essa canção pode ser classificada como clássica do nosso cancioneiro popular.

Começaria tudo outra vez
(Gonzaga Jr.)

Começaria tudo outra vez
Se preciso fosse, meu amor
A chama em meu peito ainda queima saiba
Nada foi em vão

A cuba-libre dá coragem em minhas mãos
A dama de lilás me machucando o coração
A sede de querer teu corpo inteiro
Coladinho ao meu

Então eu cantaria a noite inteira
Como já cantei e cantarei
As coisas todas que eu tive e tenho
E um dia terei

A fé no que virá
E a alegria de poder olhar pra trás
E, ver que voltaria com você
De novo viver neste imenso salão

Ao som deste bolero! vida vamos nós
E não estamos sós
Veja, meu bem
A orquestra nos espera
Por favor mais uma vez, recomeçar

Um forte abraço a todos!

domingo, 20 de junho de 2010

Perfil Gonzaguinha

E depois de apresentar um trabalho do pai, Gonzagão, temos aqui uma coletânea com os grandes sucessos do filho, Gonzaguinha. São clássicos que apenas aquecem a fogueira da saudade que temos por esse grande artista que tanto nos encantou com seus trabalhos memoráveis, alguns deles, presentes nesse projeto que reitera a qualidade na escolha do repertório e na apresentação gráfica das letras das canções.

Lançada em 2004, nessa coletânea encontramos canções que foram sucessos em várias vozes, mas aqui interpretadas pelo seu criador. É o caso de O que é o que é, Guerreiro menino, Sangrando, Começaria tudo outra vez, É, Feliz, E vamos à luta, Lindo lago do amor, Grito de alerta, Espere por mim morena, Explode Coração, Comportamento geral, Ponto de interrogação, Eu apenas queria que você soubesse e Gentileza.

Gonzaguinha foi daqueles artistas que falaram tudo que deveria ser dito naquele momento, sem mais ou menos. É possível que várias de suas canções obtiveram interpretações marcantes em outras vozes, mas é inegável que o talento de composição é pouco para um homem da sua grandeza que deixou um legado importantíssimo na música brasileira, retratado aqui em parte por essa valiosa coletânea.

Um forte abraço a todos!

sábado, 1 de maio de 2010

É

Em um dia como esse em que celebramos o dia do trabalho, vale a pena dizer, através de canção, para que viemos, para que estamos aqui, trabalhando e colhendo os frutos de um trabalho árduo, muitas vezes, em condições precárias que certos sistemas nos oferecem e algumas estruturas com as quais podemos contar.

É do nosso trabalho que tiramos nosso sustento, nossa felicidade. Precisamos seguir uma paz profissional para que o trabalho não deixe de ser um prazer e passe a ser um peso, uma cruz. É certo que vários fatores, de repente até companheiros podem dificultar nosso cotidiano profissional, mas precisamos estar conscientes do nosso papel como diz essas e tantas outras canções celebradas no dia de hoje, especialmente desse grande compositor que é nosso Gonzaguinha.

É
(Gonzaga Jr.)

É, a gente quer valer o nosso amor
A gente quer valer nosso suor
A gente quer valer nosso humor
A gente quer do bom e do melhor
A gente quer carinho e atenção
A gente quer calor no coração
A gente quer suar, mas de prazer
A gente quer é ter muita saúde
A gente quer viver a liberdade
A gente quer viver felicidade

É, a gente não tem cara de panaca
A gente não tem jeito de babaca
A gente não está com
A bunda exposta na janela
Pra passar a mão nela

É, a gente quer viver pleno direito
A gente quer é ter todo respeito
A gente quer viver uma nação
A gente quer é ser um cidadão
É, é, é, é, é, é, é, é...

Um forte abraço a todos!

sábado, 13 de março de 2010

Guerreiro menino

Tal pai, tal filho. Semana passada apresentamos uma composição de Gonzagão que refletia bem essa temática sobre trabalho. Enquanto Gonzaga critica as pessoas que estão no poder por não proporcionarem condições de trabalho para esse povo batalhador, Gonzaguinha se aprofunda no tema e defende o homem como um guerreiro menino. Essa canção foi gravada por várias pessoas e a meu ver tem uma interpretação definitiva com Fagner no cd/dvd Ao vivo 2000.

Com toda sua sensibilidade, Gonzaguinha destaca as características masculinas e suas fragilidades, mas voltando sempre ao mesmo ponto que é com trabalho que o homem tem a sua honra. É aquela velha frase: "O trabalho dignifica o homem" e nesse caso, pai e filho demonstraram bem conhecer isso em uma família vencedora e que tanto nos ensinou.

Guerreiro menino
(Gonzaga Jr.)

Um homem também chora
Menina morena
Também deseja colo
Palavras amenas

Precisa de carinho
Precisa de ternura
Precisa de um abraço
Da própria candura

Guerreiros são pessoas
São fortes, são frágeis
Guerreiros são meninos
No fundo do peito

Precisam de um descanso
Precisam de um remanso
Precisam de um sonho
Que os tornem perfeitos

É triste ver este homem
Guerreiro menino
Com a barra de seu tempo
Por sobre seus ombros

Eu vejo que ele berra
Eu vejo que ele sangra
A dor que traz no peito
Pois ama e ama

Um homem se humilha
Se castram os seus sonhos
Seu sonho é sua vida
E a vida é trabalho

E sem o seu trabalho
Um homem não tem honra
E sem a sua honra
Se morre, se mata

Não dá pra ser feliz
Não dá pra ser feliz...

Um forte abraço a todos!

domingo, 13 de dezembro de 2009

Gonzagão & Gonzaguinha Juntos

Como todos sabem, hoje é aniversário de Luiz Gonzaga, o eterno rei do baião e a figura artística mais importante do Nordeste Brasileiro. Por isso, comemoramos essa lembrança com uma postagem dedicada à eterna saudade da voz do Nordeste, do homem que cantou suas raízes, que descreve o Sertão como ninguém e que o amor sempre foi seu rumo. Através dessa coletânea lançada em 1991, com canções de Gonzaga e algumas gravações com, e do seu filho mais ilustre Gonzaguinha!

Nesse título encontramos canções que pai e filho gravaram juntos como A vida de viajante, Mariana, Não vendo nem troco, Eu e minha branca, Pense n´eu e A triste partida. Algumas dessas foram compostas pelas quatro mãos abençoadas de ambos como é o caso de Não vendo nem troco, Mariana e Eu e minha branca. Temos também pai interpretando filho em Festa, Pobreza por pobreza, Diz que vai virar, Erva rasteira, Lembrança de primavera e From United States of Piauí.

Não é uma coletânea de clássicos do Gonzaga, muito menos do Gonzaguinha. Mas, é algo que retrata um encontro clássico de duas figuras clássicas na nossa música brasileira, reconhecidos por vários artistas que seguem essa escola. E Gonzaga é tudo isso e muito mais, um homem simples, um gênio do sertão que faz todos conhecerem a paisagem geográfica e os sentimentos desse local, mesmo a quem nunca pôs o pé nesse lugar e tudo isso é muito mágico, como é a saudade que ele desperta em todos nós!

Um forte abraço a todos!

sábado, 29 de novembro de 2008

Luiz Gonzaga - Danado de bom

Saudade, na música brasileira, tem alguns significados, alguns nomes como Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Tim Maia, Dorival Caymmi, Elis Regina, enfim, tantos artistas grandiosos quanto Luiz Gonzaga. E essa saudade é saciada em parte com os fonogramas e vídeos que essas estrelas nos deixaram de herança! É o caso desse grande dvd lançado em 2003, contendo o show que Luiz Gonzaga e convidados fizeram na Rede Globo em 1984 e alguns extras.

O show começa com trecho de A volta da Asa branca, emendando com Danado de bom, que dá nome ao espetáculo e que não deixa nenhum forrozeiro parado. Na sequência, Terra vida e esperança, seguida de Aproveita gente, com a participação do sanfoneiro Sivuca. Pense n´eu é o primeiro encontro emocionado com outro saudoso: Gonzaguinha, pai e filho cantando a união de seu povo!

Sete meninas traz Dominguinhos, que aprendeu e acompanhou Gonzaga em grandes shows. Sebastiana, apresenta a forrozeira Guadalupe para mais um dueto, sendo seguida de mais um clássico de Gonzaga: Pagode Russo. Fagner, que havia gravado um disco inteiro com Gonzaga, reviveu alguns clássicos em vídeo: fomos privilegiados com Respeita Januário, Riacho do navio e Forró no escuro.

Elba Ramalho também atendeu ao chamado do mestre para dividir os vocais em Sanfoninha Choradeira. O clássico Boiadeiro também se fez presente, encerrando a noite com Asa branca, com direito a volta ao palco de Fagner, Sivuca e Guadalupe. Nos extras, duetos com Gonzaguinha e trechos do Globo Repórter com Gonzagão voltando à sua terra, Exu/PE. Ainda conferimos imagens dos anos 50 de Gonzaga e uma apresentação sua com coral interpretando Maria de Ary Barroso, na década de 70.

Nesse show, Gonzaga se dispede de seu público. Afirma que está encerrando sua carreira e que se dedicaria à sua família. Graças a Deus, ele nunca se foi, nem depois de sua partida para o andar superior, onde toca para os anjos e para nós, que eternamente o consideramos o rei do baião!

Um forte abraço a todos!

domingo, 5 de outubro de 2008

E vamos à luta...

Nada mais atual no dia de hoje, em que escolhemos nossos "representantes municipais", como essa letra da canção do Gonzaguinha, sempre tão evidente em nossa atualidade! Uma canção que reflete esse povo sofrido que festeja o dia eleitoral e no dia seguinte sabe pegar no pesado, sabe se pendurar nos ônibus e sabe que o suor é o preço do sofrido salário no final do mês! E que, mesmo diante de tantas adversidades, sabe festejar seu carnaval com muita dignidade!

Gonzaguinha sempe foi muito autêntico em suas canções, sobretudo nas que protestou por nossa realidade! Essa canção foi tema recente de novela global e pode ser encontrada facilmente na coletânea perfil do mesmo autor! Sem dúvida alguma, a vitória é do povo que sabe enfrentar suas crises e atravessar todas as dificuldades cotidianas, levando aquele sorriso escondido e que aparece no momento certo, na conversa entre amigos, na cerveja, no momento de amor, etc. Teria algo mais comum à nossa atual realidade?

E vamos à luta
(Gonzaga Jr.)

Eu acredito é na rapaziada
Que segue em frente e segura o rojão
Eu ponho fé é na fé da moçada
Que não foge da fera e enfrenta o leão

Eu vou à luta é com essa juventude
Que não corre da raia à troco de nada
Eu vou no bloco dessa mocidade
Que não tá na saudade e constrói a manhã desejada...

Aquele que sabe que é negro o coro da gente
E segura a batida da vida o ano inteiro
Aquele que sabe o sufoco de um jogo tão duro
E apesar dos pesares ainda se orgulha de ser brasileiro

Aquele que sai da batalha, entra no botequim
Pede uma cerva gelada e agita na mesa uma batucada
Aquele que manda o pagode e sacode a poeira
Suada da luta e faz a brincadeira, pois o resto é besteira
E nós estamos por aí...

Um forte abraço a todos!

sábado, 21 de junho de 2008

Gonzagão e Fagner

Hoje falarei sobre um trabalho realizado por duas das maiores vozes do país. Dois discos que foram lançados na década de 80, em 1984 e 1987 com esses dois artistas nordestinos que tinha o amor à sua terra como principal semelhança: Luiz Gonzaga e Raimundo Fagner. Nesse projeto, a dupla passa a limpo alguns dos maiores sucessos do Luiz Gonzaga em um disco dedicado às raízes nordestinas.

O primeiro disco mescla clássicos como São João na Roça, Baião, Boiadeiro , Olha pro céu, No Ceará não tem disso não, O cheiro de Carolina, Cintura fina, Respeita Januário, Riacho do navio, Forró no escuro, O xote das meninas com outras menos conhecidas como Cigarro de Paia e Sangue de nordestino, algumas cantadas em medleys de duas ou três canções juntas.

No segundo disco já não encontramos medleys, mas, canções interpretadas pelas duas vozes que colocaram muitos casais para dançar no forró pé-de-serra, com destaque para Vem morena, Vozes da Seca, Abc do Sertão, Xamego, Estrada de Canindé e Noites brasileiras, essa última também contou com a voz do saudoso Gonzaguinha, um dos có-produtores desse projeto.

Segundo o próprio Fagner foram os dois discos dos mais importantes da sua carreira, enaltecido em seu cd Amigos e Canções de 1998. Gonzagão toca no andar acima ao nosso, mas o Fagner continua entre nós, sempre relembrando algumas das canções desse projeto simplesmente lindo, que trazia também algumas gozações geralmente direcionadas ao Fagner pelo rei do baião, tipo ao interpretarem O Cheiro de Carolina, Gonzagão solta "Ela é doida por um cantor assim como você...". Seria muito legal se o próprio Fagner ou algum outro grande intérprete regravasse os clássicos do Gonzagão, que são verdadeiros hinos aqui no Nordeste, sobretudo nessa época festiva em que o Forró é o pai da alegria nessa terra.

Um forte abraço a todos!

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Eu apenas queria que você soubesse...

Gonzaguinha! O filho de Luiz Gonzaga, o cantor, o compositor que tanto escreveu na música brasileira! Quem nunca ouviu um sucesso de Gonzaguinha na voz de Maria Bethânia, Joanna, Leila Pinheiro, Fagner, Dominguinhos, Roupa Nova, Fábio Jr., Zizi Possi, Simone, Cauby Peixoto, Julio Iglesias, Nana Caymmi, Emilio Santiago ou do próprio Gonzaga Jr.?

Quem nunca se emocionou ao ouvir alguém cantar: "Quando eu soltar a minha voz, por favor entenda..."? Ou quem não vibrou com o reencontro de pai e filho na década de 80, com o show Vida de viajante e a intersecção de dois estilos, o Brasil sertanejo do baião encontrando o Brasil urbano das canções com compromisso social e uma só paixão - o palco?

Uma coisa que é marcante na obra do Gonzaga Jr. é que suas canções, especialmente as de cunho social sempre trazem pensamentos, frases, expressões positivas, de fé, de otimismo de acreditar na rapaziada, no país, mesmo quando estivesse em seu mais alto protesto!

Um dos boleros mais bonitos que ouvi é dele e chama-se Começaria tudo outra vez! Outros clássicos de seu repertório são Explode coração, Guerreiro menino, Feliz, Grito de alerta, E vamos à luta, Eu apenas queria que você soubesse, Lindo lago do amor, Sangrando, O que é o que é, Espere por mim morena, De volta ao começo, É, Pense n´eu, ...

E é impossível falar dele, sem ficar com vontade de mencionar algumas frases, alguma letra, então deixo vocês com "É", uma canção sempre atual que só vem ressaltar isso que falei, essa positividade e cor de esperança nas linhas musicais desse cara que tanto contribuiu com a música brasileira!

É
Gonzaga Jr.

É...
a gente quer valer o nosso amor
a gente quer valer nosso suor
a gente quer valer o nosso humor
a gente quer do bom e do melhor
a gente quer carinho e atenção
a gente quer calor no coraçao
a gente quer suar, mas de prazer
a gente quer é ter muita saúde
a gente quer viver a liberdade
a gente quer viver felicidade

É...
a gente não tem cara de panaca
a gente não tem jeito de babaca
a gente não está com a bunda ex-posta na janela
pra passar a mão nela

É...
a gente quer viver pleno direito
a gente quer viver todo defeito
a gente quer viver uma nação
a gente quer e ser um cidadão
a gente quer viver uma nação
É, é,é,é, é,é,é,é ,é...

Um forte abraço a todos!