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sábado, 18 de julho de 2009

Milton Nascimento e Jobim Trio em Novas Bossas

Um dos trabalhos mais premiados de 2008 foi esse: Milton Nascimento une sua voz, seu piano e violão ao Jobim Trio formado por Daniel Jobim (piano), Paulo Jobim (violão) e Paulo Braga (bateria), que rendeu para a música brasileira um trabalho primoroso, intitulado Novas Bossas.

Em um projeto que caracteriza-se por ser o ponto de encontro entre o Clube da Esquina e a Bossa Nova, sua abordabem segue esse mesmo parâmetro com um repertório que parte de um movimento até encontrar o outro. É o que pode ser verificado na faixa de abertura Tudo que você podia ser dos irmãos Lô e Márcio Borges, eternos parceiros do Clube. Na sequência, uma composição de Daniel Jobim: Dias azuis, com direito a Danilo Caymmi na flauta.

Temos uma versão do Milton para seu clássico Caís, onde ele mesmo toca piano. Dorival Caymmi é homenageado na canção O vento e para encerrar a parte "clube" temos a canção Tarde, de Milton e Márcio Bórges. Muitos pensavam que esse projeto seria todo em homenagem aos 50 anos da Bossa Nova, mas começamos com esse movimento a partir da sexta faixa com Brigas nunca mais, Caminhos cruzados, Inútil paisagem, Chega de saudade, Medo de amar, Velho Riacho e Esperança perdida.

Encerramos o trabalho, que é de estúdio, embora alguns pensassem que fosse ao vivo, com Trem de ferro, que é do Tom e tem muito a ver com Minas e com Samba do avião, clássico de Tom e do Rio. Eis aqui um majestoso trabalho que une dois grandes Estados em uma arte que pertence não só ao país, mas ao mundo todo como é o caso da voz e do trabalho do Milton e do Jobim Trio.

Um forte abraço a todos!

domingo, 24 de maio de 2009

Morro Velho

Morro Velho foi uma das primeiras composições do Milton Nascimento, o eterno Bituca. Tornou-se um grande clássico de seu repertório, regravada posteriormente por Elis e por Fagner. Sua letra fala da sorte de dois meninos que brincaram quando pequenos no campo, onde um se sentia um rei por conhecer todo o lugar.

Entretanto, após o passar do tempo, a letra descreve o futuro e uma possível distância naqueles que foram, por alguns momentos, os melhores amigos da terra. De um lado, o eterno homem do campo, onde o campo é seu mundo. Do outro, o dono daquele campo, onde aquele campo é apenas parte de seu mundo. E o Milton é mestre em falar nessas coisas bem especiais e tão peculiares quanto o que ele mesmo representa na música brasileira.

Morro Velho
(Milton Nascimento)

No sertão da minha terra, fazenda é o camarada que ao chão se deu
Fez a obrigação com força, parece até que tudo aquilo ali é seu
Só poder sentar no morro e ver tudo verdinho, lindo a crescer
Orgulhoso camarada, de viola em vez de enxada

Filho do branco e do preto, correndo pela estrada atrás de passarinho
Pela plantação adentro, crescendo os dois meninos, sempre pequeninos
Peixe bom dá no riacho de água tão limpinha, dá pro fundo ver
Orgulhoso camarada, conta histórias prá moçada

Filho do senhor vai embora, tempo de estudos na cidade grande
Parte, tem os olhos tristes, deixando o companheiro na estação distante
Não esqueça, amigo, eu vou voltar,
Some longe o trenzinho ao deus-dará

Quando volta já é outro, trouxe até sinhá mocinha prá apresentar
Linda como a luz da lua que em lugar nenhum rebrilha como lá
Já tem nome de doutor e agora na fazenda é quem vai mandar
E seu velho camarada, já não brinca, mas trabalha.

Um forte abraço a todos!

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Encontro musicais em discos...

Nossos artistas sempre nos presentearam com ótimos trabalhos, alguns dos quais destaco semanalmente para todos vocês! Imaginem quando eles se juntam para realizarem um trabalho em comum, tipo compor alguma canção, tocarem juntos, gravarem juntos uma faixa. E o que dizer : gravarem um disco inteirinho juntos?

Foi o que aconteceu por exemplo em 2008, com o cd/dvd Amigo é casa que reuniu duas grandes vozes femininas da melhor qualidade: Simone e Zélia Duncan juntas em um projeto que reuniu grandes hits de sua carreira e traçou um paralelo de como suas obras se encontram, sobretudo pela influência que uma exerceu sob a outra. Destaque para canções como Grávida, Meu ego, Idade do céu, Encontros e despedidas, Jura secreta, Alma e Tô voltando.

Pois é, 2008 foi um ano em que tivemos ao menos três grandes lançamentos nesse formato. Um deles já foi comentado aqui nesse blog no dia 14/12/2008 (é só procurar nos arquivos de dezembro ou no campo "Quero saber sobre"), que é o projeto que reuniu Roberto Carlos e Caetano Veloso e a música de Tom Jobim, numa comemoração aos 50 anos de Bossa nova. Destaque para Wave, Inútil paisagem, Por causa de você, Corcovado/Samba do avião e Tereza da praia.

E ainda em 2008, tivemos outro encontro musical em outra praia. O rock brasileiro recebeu de presente a união pra lá de especial das bandas Paralamas do Sucesso e Titãs, juntos e ao vivo, em cd e dvd. Destaque para Marvin, Uma brasileira, A novidade, Comida e Meu erro.

Mas, não é de hoje ou de ontem que nossos artistas se juntam. E isso ocorre nos mais variados estilos: Nos anos 90, por exemplo, as três maiores duplas sertanejas do país gravavam anualmente discos que os uniam em torno de seu especial de final de ano e de seus convidados. Pois é, Chitãozinho e Xororó, Zezé di Camargo e Luciano, Leandro e Leonardo e, tantos outros ilustres participaram de várias edições do projeto Amigos.

Agora, me responda: o que dizer desses dois medalhões ao lado juntos? Pois é, Milton Nascimento e Gilberto Gil já fizeram um disco inteiro juntos em 2000, depois de tanto tempo fazendo música de qualidade, separados. Destaque para Sebastian, Duas sanfonas, Ponta de areia, Palco e Baião da garoa.

Mas, é claro que não podemos parar por aqui. O que falar do Fagner? Fez isso de forma brilhante em dois momentos de sua carreira, um com os dois discos que gravou com Luiz Gonzaga (destacados no post do dia 21/06/2008) e, mais recentemente, no disco que gravou em parceria com Zeca Baleiro. O que dizer dos discos gravados por Ângela Maria e Agnaldo Timóteo? Mas, não podemos esquecer de Chico Buarque e Maria Bethânia ainda na década de 70, ou de Chico e Caetano nos anos 80! Poderíamos também falar do projeto Grande encontro, gravado pelos nordestinos Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Elba Ramalho e Zé Ramalho. Bom, mas isso pode ser temas de posts futuros. E claro, poderíamos citar muitos outros discos em duplas, por artistas que não são duplas convencionalmente, porém, enxergam em sua união um novo formato de trabalho onde os premiados somos todos nós!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Dia do compositor

Hoje é dia do compositor e o Blog Música do Brasil presta sua homenagem a grandes nomes de nossa música brasileira que colaboram com sua arte para um mundo melhor! Seria uma vasta lista, a de grandes nomes em nossa música que atuaram ou atuam de forma fascinante nesse universo!

Compor é uma arte, um privilégio de poucos, dentro do universo da música. Construir partituras, unindo harmonia, melodia e letra e ainda alcançar o público certo não é tarefa fácil. Com acordes simples ou dissonantes, nos mais variados ritmos, levadas, com os assuntos mais diversos, os compositores trabalham sua arte em benefício de uma sociedade mais culta, mais consciente de sua realidade e cultura!

A nossa música se orgulha de apresentar criações fantásticas sobretudo no século passado, em todas as décadas! Como já foi dito, vários nomes podem ser citados como os mais famosos Noel Rosa, Ary Barroso, Pixinguinha, Cartola, Chico Buarque, Caetano Veloso, Roberto Carlos, Luiz Gonzaga, Erasmo Carlos, Eduardo Lages, Gilberto Gil, Tom Jobim, Vinícius de Moraes, João Bosco, Ivan Lins, Djavan, Fagner, Dorival Caymmi, Milton Nascimento, Jorge Aragão, Zé Ramalho, Nando Cordel, etc. até aqueles que só conhecemos nos créditos dos discos como Michael Sullivan, Altay Veloso, Paulo Sérgio Valle, Paulo Debétio, Vital Farias, Petrúcio Amorim, Fernando Brandt, Vítor Martins, Aldir Blanc, Carlos Colla, Isolda, Chico Roque, Peninha, Abel Silva, Fausto Nilo, entre tantos outros, que esquecerei de um grande nome, mas serão relembrados aqui na série Os compositores do Brasil que apresentamos periodicamente e, mais que isso, esses anônimos seres culturais estarão presentes em cada nota das canções que encantam nosso cotidiano!

Um forte abraço a todos!

sábado, 27 de setembro de 2008

Ângela Maria Amigos

Amigos, hoje abordaremos um dos discos mais lindos dos últimos vinte anos e que reuniu alguns dos maiores nomes da nossa música. Esse disco existe? Sim: Ângela Maria - Amigos, lançado em 1996. Com a direção artística de Miguel Plopschi, produção de José Milton, arranjos dos maestros Daniel Salinas, Lincoln Olivetti, Cristóvão Bastos, Luis Cláudio Ramos, Eduardo Souto Neto e Jaime Alem, e duetos com grandes nomes da música brasileira com os clássicos da eterna "sapoti".

O disco começa com Desabafo, clássico do rei em um dueto inédito: Ângela Maria, a rainha da voz e Roberto Carlos, o rei da música brasileira! Arrasador e arrepiante, repetido no especial do rei em 1995 e no progama Som Brasil em homenagem à cantora! Depois do maior artista da música brasileira, veio o maior compositor, Chico Buarque com Gente humilde, clássico enternizado na voz da Ângela, que logo em seguida traz a maior intérprete brasileira: Maria Bethânia, em Orgulho, outro clássico de seu repertório.

Lábios de mel não pode faltar em qualquer show da Ângela, com direito a grandes vocais ao final da canção e não poderia faltar nesse projeto, ao lado do maior cearense Fagner. A maior dupla sertaneja do Brasil cantou um bolero com Ângela: Falhaste Coração trouxe Zezé di Camargo e Luciano, traduzindo um certo eclétismo da sapoti, que em seguida traz o maior intérprete da música brasileira: Emílio Santigado divide os vocais em Escuta de Ivon Curi. A maior sambista desse país aparece em Fósforo Queimado: a marrom Alcione solta a voz ao lado da diva Ângela.

O maior amigo e ex-funcionário Agnaldo Timóteo aparece em Tango pra Tereza. O maior nome da Tropicália aparece em Noite chuvosa, simplesmente um dueto fantástico com Caetano Veloso. O maior clássico de Ângela, Babalu aparece com Ney Matogrosso que, anos antes, presta homenagem com disco em homenagem à sapoti, caracterizando então o maior intérprete de seu repertório, depois dela própria. O maior compositor baiano também aparece: Dorival Caymmi está representado por outra baiana de talento inquestionável, Gal Costa, a voz mais doce da música brasileira, divide os vocais no clássico Nem eu.

O maior Alagoano da música brasileira se faz presente com sua canção preferida do repertório da diva: Djavan e Ângela em Vida de bailarina. A maior gargalhada do país está no talento de Fafá de Belém e no bolero Abandono. A maior voz do país, Milton Nascimento se faz presente em Balada triste! E para encerrar o projeto, Estava escrito que a grande Nana Caymmi não poderia faltar nesse clássico de Lourival Faissal.

Bom, o que falar, um disco onde estão os maiores juntos à maior voz feminina que o Brasil já teve em toda sua história? O disco rendeu especial para globo onde só Gal, Chico e Bethânia estiveram ausentes. E rendeu mais ainda um prêmio para Ângela: o reconhecimento tardio da mídia para seu trabalho feito com muita dedicação e admiração por parte de todos os astros da música brasileira!

Um forte abraço a todos!

domingo, 20 de julho de 2008

Debaixo de sete chaves

Amigo é pra se guardar do lado esquerdo do peito, como diz a canção do Milton. E a música brasileira traz um sentimento muito fraternal que reverencia o dia de hoje, a amizade. Vamos relembrar algumas das canções que tratam desse tema e seus mais variados intépretes!

O rei Roberto e seu parceiro, o tremendão Erasmo protagonizaram um dos temas mais fascinantes da música brasileira que se tornou um verdadeiro hino para o dia que comemoramos hoje. A canção Amigo de 1977 foi interpretada até pelo Papa João Paulo II e se tornou conhecida no mundo inteiro. Antes disso, Roberto e Erasmo também já mandavam ver nesse tema, desejando Um milhão de amigos na canção Eu quero apenas. O rei também deu um banho de elegância com a Maninha Bethânia na interpretação de Amiga em 1982, provando que pode existir amizade entre sexos opostos. Em 1984, Robertão gravou com o Balão Mágico outra canção que enfatizava a amizade: É tão lindo. Em 1995 gravou Amigo não chore por ela, um conselho sentimental e fraternal a qualquer companheiro que sofre por amor. Em 2005, num dueto com Chitãozinho e Xororó, gravou Arrasta uma cadeira, onde os três protagonizaram amigos de bar a falar sobre seus amores.

O mundo sertanejo sempre se mostrou amigo dos demais. É o que se comprova no programa Amigos apresentado na década de 90 pelas três principais duplas sertanejas e seus convidados. E os amigos se encontram para aconselhar em casos amororos, como em Dois amigos, tema que Zezé di Camargo compôs e gravou com Julio Iglesias.

Amigo é pra estas coisas, como já disse o Aldir Blanc. Mas, a turma do rock nunca quis muito ser apenas amigo, como observamos na canção Pra dizer adeus dos Titãs "Não quero ser só mais um amigo..." ou com Cazuza em Preciso dizer que te amo "Nessa novela eu não quero ser um amigo, que amigo!". Já Caetano Veloso parecia levar numa boa suas amizades com Tá combinado: "Então tá combinado é quase nada, é tudo somente sexo e amizade..." Fábio Jr. interpretou que poderia ser o amor e o melhor amigo ao mesmo tempo: "Serei seu melhor amigo" em Seu melhor amigo. O mundo do samba também exala amizade. Basta ouvir Jorge Aragão com a deliciosa Doce amizade.

Canções e brincadeiras a parte, hoje é um dia para se comemorar. Quem tem amigos, tem tesouros, tem crédito na praça! Tem Deus no coração e alguém para compartilhar seus sentimentos e ser feliz, afinal como já disse Tom Jobim, "É impossível ser feliz sozinho". A amizade é uma das mais bonitas formas de amor e numa homenagem aos amigos do Blog Música do Brasil ficamos com Canção da América do Milton, um verdadeiro hino ao amor e à amizade:

Canção da América
(Milton Nascimento e Fernando Brant)

Amigo é coisa para se guardar
Debaixo de sete chaves
Dentro do coração
Assim falava a canção que na América ouvi

Mas quem cantava chorou
Ao ver o seu amigo partir
Mas quem ficou, no pensamento voou
Com seu canto que o outro lembrou
E quem voou, no pensamento ficou
Com a lembrança que o outro cantou

Amigo é coisa para se guardar
No lado esquerdo do peito
Mesmo que o tempo e a distância digam "não"
Mesmo esquecendo a canção
O que importa é ouvir
A voz que vem do coração

Pois seja o que vier, venha o que vier
Qualquer dia, amigo, eu volto a te encontrar
Qualquer dia, amigo, a gente vai se encontrar.

Um forte abraço a todos e feliz dia da amizade!

sábado, 19 de julho de 2008

Rita Lee Acústico MTV

Hoje vamos falar sobre mais um primoroso trabalho que a música brasileira tem o privilégio de desfrutar - Acústico MTV de Rita Lee. A rainha do rock nacional gravou seu desplugado em 1998, num show inesquecível sob a produção do seu maestro e esposo Roberto de Carvalho e com a participação de músicos convidados como Oswaldinho do Acordeom e Armandinho, maestros Rogério Duprat e Eduardo Souto Neto, e cantores como Cássia Eller, Titãs, Paula Toller e Milton Nascimento.

O show é um desfile de clássicos da Rita que abre o espetáculo com Agora só falta você, seguida de Flagra, Doce vampiro e Jardins da Babilônia. A primeira convidada é chamada ao palco, Cássia Eller que brinca com a Rita antes de começarem o dueto em Luz del Fuego. O show prossegue com uma interpretação arrasadora para Balada do louco, com Armandinho no Bandolim (também em Ovelha negra) e, na sequência, uma homenagem a Raul Seixas com Gitã, um de seus grandes clássicos. Alô! Alô! Marciano traz arranjo e interpretação que dispensam comentários e, até aquele brinquedinho de imitar pássaros é utilizado em solo pela própria Rita!

A segunda convidada da noite é a Kid Abelha Paula Toller em Desculpe o auê, tendo um solo de acordeom com Oswaldinho (Também em Nem luxo, nem lixo). Na sequência Eu e meu gato e O gosto do azedo, uma canção que fala do vírus HIV, com um arranjo de Rogério Duprat, eterno maestro da Tropicália. Papai me empresta o carro traz a banda Titãs nos vocais em mais um dueto desse trabalho. Em homenagem ao ano de 1998, que teríamos a Copa do mundo e eleições presidenciáveis, Rita apresenta M Te Vê, num deboche à Rita Lee. Um trecho de Caso sério, que infelizmente não constou na lista de clássicos, assim como Baila comigo, que poderíamos considerar uma grande ausência. Coisas da vida e Nem luxo, nem lixo preenchem a sequência.

Por fim, o último convidado da noite vem para um dueto de arrepiar e marcar de vez a música brasileira: Rita Lee e Milton Nascimento em Mania de você, sob o piano de Roberto de Carvalho e arranjo de Eduardo Souto Neto. Pra finalizar a noite Lança perfume e Ovelha negra, encerrando com clássicos, como começou. Ainda temos Obrigado não, que juntamente com o trecho de Caso sério, consta apenas no dvd.

Nas fotos, capas do dvd e cd, respectivamente. Rita sempre apresenta bons trabalhos, suas canções se firmam como sucessos e seria demais cobrar canções ausentes nesse projeto, porque quase todas de seu repertório se tornaram clássicos, provando que ela levou nosso sorriso e no sorriso dela, nosso assunto! E viva a Rainha do rock nacional!

Um forte abraço a todos!

sábado, 24 de maio de 2008

Erasmo Carlos convida

"Nunca na história desse país, e desta vez é verdade, uma dupla de compositores criou tantos sucessos e clássicos como Roberto e Erasmo Carlos, que o tempo faz cada vez melhores". Essa frase do Nelson Motta poderia iniciar esse post e encerrá-lo. Erasmo já nos presenteou com dois discos de duetos de arrasar qualquer apaixonado pela boa música. Capas apresentadas nesse post.

Em 1980, Erasmo Carlos convida com alguns clássicos de seu repertório e de seu parceiro, dividindo os vocais com grandes nomes da música e alguns novatos da época. Em pouco tempo, Erasmo conseguiu reunir um grupo inédito em um único projeto como Gal Costa (Detalhes), Rita Lee (Minha fama de mau), Caetano Veloso (Quero que vá tudo pro inferno), Gilberto Gil (Mané João), Maria Bethânia (Cavalgada), Wanderléa (Na paz do seu sorriso), Tim Maia (Além do horizonte), Jorge Benjor (O comilão), Nara Leão (Café da manhã), Frenéticas (Se você pensa), A cor do som (Sou uma criança, não entendo nada) e o seu grande amigo Roberto Carlos (Sentado à beira do caminho). Todos achavam que seria difícil ter tantos nomes em um só projeto, mas Erasmo mostrou que isso era possível e mais que isso, lançou um projeto a frente de seu tempo com direito a lançamento pelo selo nobre da então Phillips. Sucesso nacional, o disco ainda é encontrado em box do Erasmo, lançado recentemente.

Em 2007, Erasmo repetiu a dose e lançou o Erasmo Carlos convida II. O propósito seria reunir nomes que não tinham participado do projeto anterior e seguir os mesmos moldes, canções de seu repertório e do repertório do rei da jovem guarda. Os novos duetos foram Lulu Santos (Coqueiro verde), Chico Buarque (Olha), Skank (A banda dos contentes), Marisa Monte (Tema de Não quero ver você tão triste), Zeca Pagodinho (Cama e mesa), Los Hermanos (Sábado morto), Adriana Calcanhoto (Ilegal, imoral ou engorda), Djavan (De tanto amor), Simone (Vou ficar nu pra chamar sua atenção), Kid abelha (O portão), Os cariocas (Pão de açúcar) e Milton Nascimento (Emoções). Com artistas contemporâneos e alguns veteranos, esse disco conta também com a versão do making off de sua gravação. Cada convidado trouxe, além de sua voz, arranjos, idéias e concepções para as novas leituras de clássicos de nossa música brasileira. Bárbaros os novos arranjos de Olha, Emoções, Coqueiro verde...

Nesses projetos, podemos observar gente que nunca cantou RC/EC se deleitando em interpretações fantásticas. Estilos diferentes juntos em canções de amor que são o retrato do Brasil apaixonado. Erasmo tem carisma, talento e é um gênio. Isso todo mundo já sabe! E, também tem convidados e idéias para muitos outros projetos como esses. Que venha o Erasmo Carlos convida 3, 4, 5... porque esse artista tem musicalidade infinita... E vou finalizar com outra frase do Nelson Motta : "O tempo só fez bem a Erasmo, que está cantando cada vez melhor e sempre nas melhores companhias".

Um forte abraço a todos!

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Quero falar de uma coisa...

Milton Nascimento! Esse nome está presente na mente de todos que gostam de música popular e não apenas no Brasil! Um brasileiro que nos dá muito orgulho!


E pensar que o Bituca (como é conhecido no meio, pelo apelido de infância) sofreu muito preconceito no início de sua carreira! Despontou nos festivais com canções que logo se tornariam clássicos como Travessia e Morro Velho!


Um poeta! A voz do Brasil! Composições que se tornaram inesquecíveis na voz de Elis, Nana, Simone ou em sua incontestável interpretação! Milton compõe e o Brasil agradece pérolas como Coração de estudante, Canção da América, O Cio da terra, Clube da esquina, Para Lennon e Mccartney, Paula e Bebeto, Encontros e despedidas, o Rouxinol, Cais, Nos bailes da vida, Resposta, Caçador de mim, Maria Maria, Travessia, Morro velho...

Milton já foi gravado por diversos artistas e já gravou vários também, mostrando a veia de crooner que traz desde o início, quando rodava os bailes da vida, inclusive já fez um disco nesses moldes! Já compôs em parceria com Chico e Caetano, por exemplo e já gravou com Luiz Gonzaga, Nelson Gonçalves, Ângela Maria, Elis Regina, Fagner, dentre outros! Continua sendo um dos artistas mais conhecidos e respeitados internacionalmente!

Seriam muitas palavras para homenagear e descrever esse mega artista da Música do Brasil, mas tenho certeza que “A folha da juventude é o nome certo desse amor...”

Um forte abraço a todos!