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sábado, 19 de fevereiro de 2011

Tortura de amor

Em se tratando de amor, a música brasileira deve ser mesmo das mais apaixonadas. Quando os compositores transitam pelas estradas do coração e os intérpretes resolvem descrever isso através de grandes melodias, sai da frente porque o próprio coração transborda com tanta paixão. Eis aqui uma canção muito entoada, sobretudo pelos artistas da noite!

É o caso desse clássico do repertório do Waldick Soriano, cantor que nos deixou a pouco tempo, mas será lembrado por grandes pérolas como essa, gravada também por outros intérpretes como Fafá de Belém, Adilson Ramos, Nelson Gonçalves e Fagner. Um fato curioso é que essa canção causou problemas para o Waldick com a censura em 1974, pelo título, gerando uma situação inusitada já que a primeira gravação data de 1962, com regravação de 1974 pelo próprio.

Tortura de amor
(Osmath Duck)

Hoje que a noite está calma
E que minha alma esperava por ti
Apareceste afinal
Torturando este ser que te adora

Volta, fica comigo só mais uma noite
Quero viver junto a ti
Volta, meu amor
Fica comigo, não me despreze
A noite é nossa e o meu amor pertence a ti

Hoje eu quero paz,
Quero ternura em nossa vida
Quero viver, por toda vida, pensando em ti

Um forte abraço a todos!

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Só louco

A mais recente novela global Insensato coração teve seu título inspirado nessa canção de Dorival Caymmi. Só louco é talvez  a mais famosa e mais típica canção do Caymmi pois traz consigo todas as característica desse mestre da nossa música: sua simplicidade e sofisticação musical ímpar. Um fato curioso é que essa canção data de 1956 e não fez tanto sucesso com seu autor.

Em 1976 Gal Costa deu a interpretação que imortalizou essa canção, embora tantos outros intérpretes já tenham se arriscado a interpretá-la como Nana Caymmi, Leila Pinheiro, Jane Duboc, Renato Russo e Nelson Gonçalves. A simplicidade na letra, na volta que ela dá, o charme de estar completa de romantismo, de dizer tudo em poucas palavras é sem dúvida o seu segredo e o que a torna um grande clássico.

Só louco
(Dorival Caymmi)

Só louco!
Amou como eu amei
Só louco!
Quis o bem que eu quis

Ah! insensato coração
Porque me fizeste sofrer
Porque de amor para entender
É preciso amar, porque...

Só louco!...

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Os Intérpretes do Brasil

Começamos o ano com uma nova série, originada das demais já apresentadas. Se falamos sobre os Compositores desse país, por que não explorar os grandes intérpretes que temos? A maioria deles já foi retratada por aqui, mas de um modo geral e não específicamente destacando uma qualidade que grandes nomes de nossa música têm de sobra.

E essa característica não é algo restrito à um certo grupo ou sexo. Temos grandes cantores, cantoras, duplas, bandas, grupos que se dedicam a dar um toque todo pessoal às composições, geralmente as deixando imortais. E temos ainda aqueles artistas que compõem e geralmente cantam o que criam, mas não perdem o poder de lapidar obras, algo bastante evidente quando resolvem gravar algo de outro artista, mesmo que isso seja algo raro em suas carreiras.

A série visa retratar tudo isso e a partir da próxima postagem envolvendo esse tema, vamos explorar mês a mês os maiores intérpretes brasileiros e algumas de suas imortais leituras musicais. O leitor já pode desde já citar, se desejar, alguma obra que considera imortal e, de preferência, destacando o intérprete da valiosa obra!

Um forte abraço a todos!

domingo, 26 de julho de 2009

Nelson Gonçalves Duetos

Uma das grandes vozes brasileiras, Nelson Gonçalves sempre foi generoso com seus colegas e vez por outra, gravou com eles canções memoráveis, algumas delas presentes nessa coletânea: Duetos, lançado em 2006. Antes mesmo desse tipo de projeto se tornar rentável e comum, Nelson já brilhava nessa área, chegando a gravar os discos Nós, Ele e elas Vol. 1 e 2, e Ele e eles, na década de 80.

É o que se pode verificar em Renúncia, fox clássico de seu repertório em dueto com o outro vozeirão Tim Maia. Maria Bethânia, clássico de Capiba na voz do Nelson, fez Caetano não só apontar esse nome à sua maninha, mas também participar dessa releitura histórica junto com o ídolo. Isso mesmo! Nelson é um ídolo para esses colegas, é o que afirma Alcione, que participa da faixa Louco. Fagner diz o mesmo quando empresta sua composição e voz em Mucuripe. E a própria Maria Bethânia aparece em Caminhemos, clássico da obra do Nelson.

Inusitado é Nelson e Gonzagão cantando Asa branca, clássico do rei do baião, e eles deixando claro, na conversa animada que apresentam no final da faixa, que ingressaram na mesma gravadora praticamente juntos. Outros fãs aparecem na sequência, como Chico Buarque em Valsinha, Martinho da Vila em Lembranças, Gal Costa em Dos meus braços tu não sairás e Zizi Possi em Castigo.

Nana Caymmi é recrutada para interpretar um medley do eterno Caymmi em Não tem solução, Só louco e Nem eu. Linda e clássica é a interpretação de O negócio é amar com Fafá de Belém. A coletânea chega ao fim em Perfídia, com Montserrat e Nunca, em dueto póstumo com Ivo Pessoa. Nelson teve outros duetos memoráveis com esses e outros artistas que não dão pra reunir em uma única coletânea. Entretanto, a música brasileira e o público que aprecia esse tipo de projeto e curte a voz inconfundível e memorável do Nelson aplaude esse lançamento e torce para que venham outros que perpetuem ainda mais seu trabalho!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

E por falar em saudade...

Nelson Gonçalves, grande cantor e intérprete da era do rádio e dos anos seguintes, ídolo de tantos artistas posteriores, gravações memoráveis! São muitos os conceitos e adjetivos para um artista como esse que já se foi, mas permanece no inconsciente do brasileiro e de todo aquele que ama música brasileira.

A boemia sempre o trazia em regresso a nossos rádios e quando falamos em saudade, nos dias de hoje, não podemos esquecê-lo, nem de seus preciosos sucessos que são inúmeros em discos, sendo o segundo maior vendedor do país, só perdendo para Roberto Carlos.

Canções como Renúncia, Maria Bethânia, Escultura, Meu vício é você, A volta do boêmio, Fica comigo esta noite, Pensando em ti, Negue, Falando de amor, Onde anda você, Nada por mim, O négocio é amar, etc. estão presentes sempre em eventos onde imperam as serestas e as músicas românticas, no geral, mostrando seu gosto que ia de Vinícius de Moraes a Roberto Carlos, que foi de Chico Buarque a Hebert Viana.

Uma coisa muito legal da carreira discografica do Nelson é que ele sempre dividiu, de forma generosa, duetos com vários artistas da mpb, lançando discos como Ele e elas, ou Ele e eles, surgindo encontros memoráveis como Maria Bethânia (com Caetano Veloso), O negócio é amar (com Fafá de Belém), Renúncia (com Tim Maia), Castigo (com Zizi Possi), Valsinha (com Chico Buarque) e Asa branca (com Luiz Gonzaga), dentre tantos, alguns relembrados no recém lançado Nelson Gonçalves Duetos!

Outra coisa interessante é que o último disco gravado de sua carreira foi todo dedicado a compositores mais jovens como Kid Abelha (Nada por mim), Lulu Santos (Como uma onda), Cazuza (Faz parte do meu show), Legião Urbana (Ainda é cedo), essa última dando título ao disco!

Realmente ainda era cedo e sempre será para um artista como esse ir ao andar de cima, mas nunca é tarde para relembrarmos sua obra, presente em nossa vida de forma tão gratificante!

Um forte abraço a todos!