Capa do CD 1994. |
Esse ano eu também preparei a casa, que já tava pintada e lavada. Foi o ano do plano real, que deixou o pisca-pisca mais barato, junto com a invasão de produtos importados. Enfeitei o terraço de casa com muitas luzes, aguardando também a trilha sonora daquele fim de ano inesquecível, pois sentia que aquele era um ano que carregava acontecimentos importantes: na política (o plano real), no futebol (com o tetra), além de acontecimentos particulares como o ano em que ganhei minha bicicleta (isso no interior é bem legal) e o primeiro show do Roberto que vi no Geraldão.
Sobre esse primeiro show, conto em outra postagem, mas foi marcante e um dos melhores que já vi. E o disco de 94 me pegou de surpresa: primeiro, porque pirei ao ouvir Alô, carro-chefe do trabalho, tocar bem antes do seu lançamento nas rádios. Achava e ainda acho essa canção muito linda e ficava sempre ligando para as lojas perguntando se o disco já havia chegado; segundo, porque quando o disco saiu e eu nem sabia, até ser avisado por vizinhos, então não fui tão cedo à loja como antes, mas isso são apenas pequenos detalhes desse trabalho que se destacava mais que os outros pra mim, por conta de sua sonoridade. Não sei bem explicar, mas ele parecia ter um som mais agradável que os últimos que o Roberto tinha lançado.
Foto interna do CD 1994. |
Além de Alô, tivemos O taxista e Jesus Salvador como faixas que mais tocaram. Quero lhe falar do meu amor tocou posteriormente ao seu lançamento e também era uma grata novidade, que carregava um estilo meio árabe, algo inédito na obra do Roberto, que lançou depois um clipe com essa canção. Achei esse disco bem mais romântico que o anterior, pois além das citadas, tivemos a regravação de Custe o que custar e as inéditas Meu coração ainda quer você, Quando a gente ama, Silêncio e Eu nunca amei alguém como eu te amei, todas em tons românticos avassaladores.
Contra-capa do CD 1994. |
A capa azulada era bem diferente das anteriores e já percebia muita gente optando pelo CD, embora o LP e a fita cassete ainda persistissem. Gostei da foto interna e acharia que ela daria uma ótima e diferente capa. As vendas desse trabalho eram tantas que vi alguém lá na praça da cidade em uma barraquinha vendendo discos, fitas e CDs do rei, abrindo concorrência às lojas, com preços mais acessíveis. Detalhe: fui buscar o meu disco na loja, pela primeira vez de bicicleta, rsrs. As luzes e o disco tocando deixaram aquele final de ano inesquecível na minha memória e talvez o leitor não entenda o tamanho dessas coisas simples na vida de um fã, mas elas são maravilhosamente inesquecíveis!
Um forte abraço a todos!