♫É de chocolate♫

Vendo uma entrevista recente do Paulo Massadas ao programa The noite, me pego pensando em como tive uma infância legal no quesito música e muito se deve a ele e ao Michael Sullivan, por tantas criações. Também podemos mencionar o Edgard Poças, como mencionado em postagem anterior. É de Sullivan e Massadas, clássicos como este, apresentado pelo grupo infantil Trem da alegria e, posteriormente, Xuxa.

A dupla acertou em cheio no sucesso, pois poderia dizer que a maioria das pessoas curtem chocolate. Massadas cantou trecho dessa canção no programa e nos trouxe, além da nostalgia, uma certeza de que foi muito legal crescer em torno desse mundo bonito descrito na letra, onde fantasias permeiam a paz de um lugar diferente deste, mas que pode haver em alguma parte do universo e deve ser conservado dentro de nós!

É de chocolate
Michael Sullivan e Paulo Massadas

Por detrás do arco-íris além do horizonte
Há um mundo encantado feito pra você

Onde um sonho colorido mora atrás do monte
Quero te levar comigo quando amanhecer

Vou te mostrar que é de chocolate
De chocolate o amor é feito
De chocolate, choco, choco, chocolate
Bate o meu coração

Choco, choco, choco, choco, choco, choco, chocolate
Choco, choco, choco, choco, choco é de chocolate.

E uma casinha de biscoito e de sorvete

Você vai me esperar a cada anoitecer

Brigadeiro, rocambole e doce de leite
É só você tomar cuidado pra não derreter

Um forte abraço a todos!

CD e DVD Elba Ramalho Cordas, Gonzaga e afins

Para esta noite de São João, uma boa pedida àqueles que curtem o mais tradicional da festa, é este trabalho lançado em 2015 pela Elba Ramalho, onde desfila clássicos de Luiz Gonzaga, mesclados com outros sucessos de compositores como Alceu Valença, Lenine, Dominguinhos, Zé Ramalho, Chico Buarque, Caetano Veloso,  Tom Jobim, Gilberto Gil, Geraldo Azevedo e Chico César e contou com a participação de músicos como Marcelo Jeneci e Naná Vasconcelos.

O repertório apresenta as canções Pau de arara/Algodão, Não sonho mais, Súplica cearense, Assum branco/Assum preto, O ciúme, Qui nem jiló, Béradêro/Ave Maria sertaneja/Ave Maria (Bach), Funeral de um lavrador, A natureza das coisas, Tomara, A volta da asa branca/Assum preto/Paraíba/Baião/Asa branca, A violeira, Adeus Iracema, Ciranda praieira, Aquela rosa, Braia dengosa, Domingo no parque, Gravitacional, Chão de giz, Sabiá, Sanfona sentida, Sete meninas, São João na roça/Olha pro céu/Pagode russo, Canta Luiz/A vida do viajante.

Claro que para a maioria dos nordestinos, esta noite ainda é sinônimo de sair e procurar um bom forró. A outros, os grandes shows oferecidos que fogem desse tradicionalismo. E pra quem ficar curtindo a festa junina em casa, tá aqui um excelente trabalho de quem conhece esta festa como poucos!

Um forte abraço a todos!

♫Forró de cabo a rabo♫

Vixe, como eu tô feliz e sempre ficarei quando me deparar com uma boa festa junina que meu Nordeste ainda pode oferecer, com boas comidas, uma arte bastante colorida e clássicos do rei Gonzaga. Uma canção já da década de 80 em que eu, menino, ainda vi e vivi os forrós das ruas das cidadezinhas simples do interior, tocando sr. Luiz e encantando um povo trabalhador e festivo.

A letra de Forro de cabo a rabo diz exatamente isso que tento relatar no primeiro parágrafo, a alegria que é um forró no interior, na área rural, promovido por um povo simples, puro e autêntico, que fazem o verdadeiro Brasil. Aquele palhoção que interrompia uma rua, coberto com palhas de coco, aquele som sem muita sofisticação, aquela comidinha a base de milho, aquela bandeira e balão coloridos, o pau de sebo, a fogueira, as tradições das noites festivas dos santos juninos e tudo sob a trilha sonora de Gonzagão e Dominguinhos, que também gravou esse clássico!

Forró de cabo a rabo

Luiz Gonzaga e João Silva

Eu fui dançar um forró
Lá na casa do Zé Nabo
Nunca vi forró tão bom
Nessa noite quase me acabo
Tinha um mundão de mulé
Sanfoneiro como o diabo
O forró tava gostoso
Era forró de cabo a rabo

Vixe, como eu tô feliz
Olha só como eu tô pabo
Nunca mais eu vou perder
O forrozão lá do Zé Nabo
Vixe, como eu tô feliz
Olha só como eu tô pabo
Nunca mais eu vô perder
O forrozão lá do Zé Nabo

Era poeira subindo
Era aquele poeirão
E os "cabra" não deixava o Zé aguar o chão
Ele chamou o soldado
E o soldado chamou o cabo
E o forró continuou
E foi forró de cabo a rabo

Vixe, como eu tô feliz
Olha só como eu tô pabo
Nunca mais eu vô perder
O forrozão lá do Zé Nabo
Vixe, como eu tô feliz
Olha só como eu tô pabo
Aquilo é que é forró
É forrozão de cabo a rabo

Um forte abraço a todos!

CD 30 anos da Jovem Guarda - Volume 1

Como já dito em outra postagem, este ano comemoramos 60 anos da Jovem Guarda e, em 1995, ao comemorarmos 30 anos, grande parte daquele grupo se uniu e gravaram esse projeto, que hoje lembramos o primeiro volume. As primeiras faixas trazem o tremendão Erasmo Carlos com o clássico Festa de arromba, como se já anunciasse toda aquela festa que viria a seguir com Golden Boys cantando Esqueça e Ronnie Von com Não quero ver você triste.

Vale salientar que não apenas aqueles que participaram do programa Jovem guarda figuraram nesse projeto, mas grande parte dos imensos sucessos ditos jovens dos anos 60 foram resgatados. Bobby de Carlo veio com Marcianita, sucesso de Sérgio Murilo, falecido em 1992. Pobre menina ficou a cargo de Lilian, mas sem Leno, e sim, em dueto com Ed Wilson. Rua augusta, sucesso de Ronnie Cord, foi interpretada pelo bom Eduardo Araújo. Os Vips surgem com sua Emoção e Renato e seus blue caps trazem sua Menina linda.

O Trio esperança trouxe seu Filme triste e Erasmo reaparece com seu Caderninho. Jerry Adriani traz sua Querida e Wanderléa a sua Pare o casamento. Por fim, The fevers vem com seu Mar de rosas e Martinha encerra esta primeira edição com Última canção, sucesso de Paulo Sérgio. Em breve, a segunda edição e outros nomes desse inesquecível movimento que marcou esta e futuras gerações.

Um forte abraço a todos! 

Temas inesquecíveis de novelas - 4 (A viagem)

A novela A viagem está sendo reexibida nas tardes da Globo. E esse sucesso de 1994 gerou também um clássico para a banda Roupa Nova (banda campeã de hits de novelas), que geralmente não falta ao repertório de seus shows. Essa canção, com mesmo título da novela, é a faixa de abertura e tornou-se mais um clássico tema de novelas.

Quem, ao ouvir a canção, não se recorda do amor de Otávio e Diná e das maldades de Alexandre, num folhetim que traz uma abordagem espírita, no mínimo, interessante, independente da religião seguida? E isso pode ser conferido junto a outros personagens que fizeram desta novela mais um clássico, junto com a canção relembrada hoje que nem é das minhas preferidas da banda, mas que não posso negar que existe uma imediata associação da música à novela, quando a escuto!

A viagem
Aldir Blanc e Cleberson Horsth

Há tanto tempo que eu deixei você
Fui chorando de saudade
Mesmo longe, não me conformei
Pode crer, eu viajei contra a vontade

O teu amor chamou e eu regressei
Todo amor é infinito
Noite e dia no meu coração
Trouxe a luz no nosso instante mais bonito

Na escuridão o teu olhar me iluminava
E minha estrela-guia era o teu riso
Coisas do passado são alegres quando lembram
Novamente as pessoas que se amam

Em cada solidão vencida eu desejava
O reencontro com teu corpo, abrigo
Ah, minha adorada, viajei tantos espaços
Pra você caber assim no meu abraço
Te amo

Um forte abraço a todos!

CD Agnaldo Timóteo - Obrigado, mãe

Em 1995 Agnaldo Timóteo fez um dos melhores trabalhos de sua discografia: O CD Obrigado, mãe, todo em homenagem às mamães! Reunindo clássicos da música nacional sobre esse tema, Timóteo emprestou sua interpretação ímpar e seu vozeirão a esse projeto que, desconheço outro igual, ou seja, não lembro na música brasileira quem fez um disco para as mães, assim como esse do Agnaldo.

Com a participação mais que especial de Ângela Maria em três faixas Obrigado mãe, Mamãe e Mãezinha querida, o disco trouxe também outros clássicos como Nossa Senhora, Mamãe (La mamma), Canção pra mamãe, Minha mãe minha heroína, Mamãe estou tão feliz, Mãe um pedaço do céu, Flor mamãe, Fogão de lenha e Dia das mães (com direito a texto de Gracindo Jr.).

Posteriormente foi incluída a canção Vá com Deus meu filho e a capa também mudou, o que não entendi, nem achei explicação para isto. Entretanto, o que mais importa é termos um projeto único, que ainda toca em muitos lares em dias como os do último domingo, onde as eternas senhoras dos lares são reverenciadas!

Um forte abraço a todos!

Ele não vai poder me esquecer...

Nana Caymmi se foi, aos 84 anos. Para mim, mais uma das maiores de nossa constelação. Considerava Nana imensa, em sua voz, na elegância de suas interpretações, na abordagem de seu repertório e refinamento em suas gravações. Ninguém interpretou melhor seu pai que ela mesma. Quantos pais não cantaram a sua Acalanto?

Nana cantou boleros, teve duetos memoráveis com Milton, Ângela, Erasmo. Interpretou Ivan, Chico, Bosco, Djavan, Roberto e tantos outros, imprimindo sua marca. Sim, é daquelas que a gente escuta os primeiros acordes e já entende que lá vem ela. Um exemplo disso é a faixa Não se esqueça de mim que, gravou em dueto com Erasmo e depois sozinha, de uma forma que ficou diferente, mas tão boa quanto a versão original do Roberto.

Acredito que ainda vamos aprender a valorizar artistas como ela, seu pai, sua família, seus conterrâneos, que fizeram não apenas música e que não apenas cantaram, mas exalaram arte em suas produções. Que ensinam como se interpreta e como se respeita uma obra e a quem se destina!

Um forte abraço a todos!

Rede Globo 60 anos!

A Rede Globo de televisão completou 60 anos agora em abril de 2025, com várias comemorações e, entre elas, um show que conta com vários artistas da emissora, além de nomes da nossa música como Roberto Carlos, Fábio Jr., Gilberto Gil e Zeca Pagodinho, entre outros. Em épocas onde as pessoas falam muito mal da emissora, me mostro agradecido, pois ali vi os melhores programas de televisão.

Cresci com o Balão mágico e fui baixinho de Xuxa. Claro que na minha infância também vi muito SBT, sobretudo pelos desenhos que ambas as emissoras ofereciam ao público infantil. Mas, é no campo musical que mais curti a emissora, sobretudo em programas como Chacrinha (ainda vi), Globo de ouro, Chico e Caetano, Som Brasil (tanto o apresentado no domingo pelo Lima Duarte, quanto os shows), Fama, The voice e, claro, o tradicional Roberto Carlos especial.

Hoje, não apenas a Globo, mas todas as emissoras deixam a desejar no quesito programa musical. Mas, as novelas, os desenhos, os programas musicais, as copas, os repórteres locais me trazem um sentimento de gratidão à essa emissora que representa uma das maiores do planeta!

Um forte abraço a todos!

CD Rei 1994

Roberto Carlos sempre foi alvo de homenagens, por parte de alguns colegas. Durante muitos anos, suas canções, sobretudo o repertório dos anos 70 foram visitados pelos maiores intérpretes desse país. Dos veteranos aos mais jovens, todos queriam gravar RC e o que dizer lançar um álbum todo com seu repertório? Isso foi alcançado por alguns, a exemplo de Nara Leão, Maria Bethânia e Lulu Santos. Inclusive, o próprio Lulu, por pouco não participou desse projeto, por causa de uma polêmica, envolvendo as gravadoras envolvidas com os artistas desse álbum. 

Alguns dos principais roqueiros se uniram, sob a direção de Frejat e lançaram o CD Rei, em 1994. Com isso, temos É proibido fumar (Skank), Eu te darei o céu (Carlinhos Brown), Namoradinha de um amigo meu (Toni Platão), Sua estupidez (Paulo Miklos), Ilegal imoral ou engorda (Biquini cavadão), Cavalgada (Banda vexame), Quando (Barão Vermelho), Todos estão surdos (Chico Science e Nação Zumbi), Parei na contramão (Cássia Eller), Por isso corro demais (Marina Lima), Eu sou terrível (João Penca e seus miquinhos amestrados), Sentado à beira do caminho (Blitz) e As curvas da estrada de Santos (Kid Abelha).

Um projeto que mostrou que RC ainda canta para juventude. Claro que faltaram outros nomes, a meu ver, tipo Paralamas do sucesso. Mas, não podemos negar que a nata do rock nacional daquela época estava reunida ali para mostrar o legado que a dupla Roberto/Erasmo deixa para todos! Desse trabalho, as canções do Skank, Kid abelha e Cássia foram bastante executadas. Lulu entraria com Se você pensa, que saiu em seu álbum anual e que também foi sucesso. Pena não foi adiante um projeto chamado "Rock simphony", que aconteceria em meados de 2009, por conta dos 50 anos do rei e juntaria estes e outros nomes do rock nacional.

Um forte abraço a todos!

Livro Roberto Carlos por ele mesmo

Acredito que o assunto biografia sempre foi um calo na vida de alguns artistas, sobretudo, na de Roberto Carlos. O artista e muitos jornalistas, além de milhares de fãs, sempre desejaram ter um ou vários livros contando o que é esse fenômeno da música brasileira que ele representa. Na década de 90 já se falava em escrever e/ou se lançar uma biografia sobre o artista, algo tão comum quando falamos de um nome deste porte.

Mas, a polêmica ficou como uma mancha em sua carreira após o episódio de 2006. Muitos a favor, outros contra, mas isso é tema para outras postagens, afinal, vindo do próprio artista, livro, série ou filme, nada foi feito até hoje.  Aqui, temos um livro que, poderíamos dizer que se trata de um ensaio ou rascunho, sem holofotes, do que poderia ser o início de sua biografia. Além de um texto comentando o início, várias reportagens e entrevistas interessantes da década de 80 e 90 que, podem servir como base para uma boa literatura sobre sua majestade musical.

Esse título pode ser encontrado nos sebos virtuais ou presenciais, por aí e, depois de lido, posso atestar que é um protótipo interessante de uma bibliografia que, oficialmente, talvez nunca seja lançada, mas, como já comentado aqui e graças às polêmicas criadas ao redor disso, teremos quantas tantas desejarem escrever e lançar. Nesse ponto, fãs e artistas divergem quanto à essa opinião, pois enquanto o biografado deseja o quanto menos, seus fãs, inversamente, querem mais!

Um forte abraço a todos!