sábado, 10 de outubro de 2009

A força do amor

Acho difícil alguém não curtir o Roupa Nova. Suas canções românticas, que encantaram tantos casais apaixonados nos anos 80, foram redescobertas recentemente e estão aí para provar que a boa música nunca passa!

A força do amor apresenta, além de um arranjo lindíssimo, melodia e letra em prol de um sentimento divino entre os seres humanos, e depois de conhecer e desfrutar dessa canção, alguém ainda duvida?

A força do amor
(Cleberson Hortsh e Ronaldo Bastos)

Abriu minha visão o jeito que o amor
Tocando o pé no chão alcança as estrelas
Tem poder de mover as montanhas
Quando quer acontecer, derruba as barreiras

Para o amor não existem fronteiras
Tem a presa quando quer
Não tem hora de chegar e não vai embora

Chamou minha atenção a força do amor
Que é livre prá voar, durar para sempre
Quer voar, navegar outros mares
Dá um tempo sem se ver, mas não se separa

A saudade vem quando vê não tem volta
Mesmo quando eu quis morrer
De ciúme de você, você me fez falta

Sei! Não é questão de aceitar
Sim! Não sou mais um a negar
A gente não pode impedir
Se a vida cansou de ensinar
Sei que o amor nos dá asa
Mas volta prá casa...

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Só faz o que manda o seu coração...

Vamos viajar no tempo, mais precisamente à era do rádio e das marchinhas carnavalescas de Emília Savana da Silva Borba, ou simplesmente Emilinha Borba. Natural do Rio de Janeiro, Emilinha foi uma das maiores cantoras do seu tempo. Aos 14 anos já frequentava e vencia os programas de calouros. Sua primeira gravação em discos aconteceu em 1939 com a marchinha Pirulito.

Daí em diante, abraçou grandes êxitos em programas de rádio, filmes e vários discos e sucessos. Em 1949 gravou um de seus maiores sucessos: Chiquita bacana. Também nesse ano, iniciou-se uma das mais comentadas "rivalidades" da música brasileira, entre Emilinha e Marlene, outro grande nome do rádio nacional. Tido apenas como disputa entre fãs-clubes, no ano seguinte as duas gravaram os duetos Eu já vi tudo, Casca de arroz e A bandinha do Irajá.

Outros sucessos de Emilinha foram Paraíba, Baião de dois, Vai com jeito, Escandalosa, Se queres saber, Benzinho, Dez anos, Pó de mico, Tomara que chova, entre outras que comprovavam seu namoro com outros estilos musicais além das marchinhas. Emilinha também foi tida como a "preferida da Marinha", além de ser musa inspiradora de artistas como Roberto Carlos, Caetano Veloso e Clara Nunes. Foi ao andar de cima em 2005, um grande nome não apenas da era dos rádios, mas da memória da música brasileira!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Os Músicos do Brasil - 2

Dando continuidade à série que homenageia nossos grandes músicos nacionais, abordaremos hoje um fruto do Clube da Esquina, o maestro Wagner Tiso Veiga, natural de Três Pontas/MG. Um dos maiores músicos não só do Brasil, mas do mundo, Wagner Tiso sempre foi autodidata, mas aperfeiçoou-se em teoria musical com Paulo Moura, especializando-se em teclado. Sua carreira começou oficialmente em 1958.

Mais tarde, já nos anos 60, participou como compositor nos festivais e acompanhou gente como Maysa e Cauby Peixoto. Nos anos 70, fez arranjos para Gonzaguinha e para o próprio Milton Nascimento a quem tem sua carreira bastante atrelada até os dias atuais. Lançou seu primeiro disco solo em 1978. Sempre compôs com Milton e foi com ele que fez um de seus maiores sucessos, um hino nesse país: Coração de estudante.

Tiso possui em seu currículo grandes nomes da nossa música, seja acompanhando em shows, especiais ou em discos, além dos já citados, atuou ao lado de Ney Matogrosso, Nana Caymmi, Alceu Valença, Adriana Calcanhoto, Ana Carolina, Djavan, Edu Lobo, Elis Regina, Emílio Santiago, Fafá de Belém, Fagner, Gilberto Gil, Ivan Lins, Joanna, João Bosco, Lenine, Simone, Paulinho da Viola, Maria Bethânia, Roberto Carlos, Gal Costa, entre outros. Inclusive, foi maestro em um dos discos mais lindos da Gal, seu Acústico Mtv. Estes são apenas alguns pontos de uma carreira mais que bem sucedida, que inclui trilhas de novelas, filmes, teatros, entre outros trabalhos desse músico de qual o país muito se orgulha!

Um forte abraço a todos!

domingo, 4 de outubro de 2009

Projeto "O grande encontro"

A música brasileira tem hoje mais um sessentão, a voz inconfundível de Zé Ramalho! Aproveitando seu aniversário, sob dica do grande Vinícius Faustini, abordaremos um projeto grandioso do qual Zé e seus amigos participaram, os cds O grande encontro.

Em um projeto que unia dois cumpadres pernambucanos e dois primos paraibanos, Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Elba Ramalho e Zé Ramalho sempre possuíram muita afinidade musical, mas apenas em 1996, se uniram a seus violões no palco do Canecão para lançar esse projeto que reunia parte do show que fizeram com destaque para interpretações como Sabiá, Dia branco, O amanhã é distante, Admirável gado novo, O trem das sete, Chão de giz, Veja, Chorando e cantando, Banho de cheiro e Frevo Mulher.

Acredito que o sucesso surpreendeu a todos, inclusive aos artistas que se revezavam no palco, sendo que no início e no final do show, estavam todos lá unidos e interpretando seus clássicos e canções que admiravam em comum. O volume dois foi gravado em estúdio e saiu em 1997. Pena que Alceu, que se desentendeu dos demais já não estava nessa empreitada, que se destaca por interpretações como Disparada, O princípio do prazer, Eternas ondas, Bicho de sete cabeças, Canta coração, Canção da despedida e Ai que saudade d´oce.

O terceiro e último projeto dessa série sai em 2000, volta a ser ao vivo e apresenta, além do cd e do dvd, convidados que deixam esse encontro ainda maior: Belchior, Lenine e Moraes Moreira dividiram o palco respectivamente com Zé, Elba e Geraldo. Destaque para as faixas Táxi lunar, Dona da minha cabeça, Frisson, Você se lembra, Garoto de aluguel, Petrolina-Juazeiro, A terceira lâmina. Em 2006, para matar um pouco a saudade, saiu a coletânea O melhor do grande encontro, com alguns dos clássicos já citados, desse projeto histórico da nossa música!

Um forte abraço a todos!

sábado, 3 de outubro de 2009

Brejo da Cruz

Interpretar uma canção do Chico é sempre uma tremenda ousadia! Chico é um gênio, nada mais a declarar! Brejo da Cruz é uma cidade do sertão da Paraíba e mais uma genialidade do Chico se observa nessa letra, quando ele aborda o êxodo das pessoas que buscam a cidade grande almejando seus sonhos e muitas vezes abraçando apenas frustrações!

Acho o máximo alguns termos utilizados nessa letra como "...a criançada se alimentar de luz... meninos ficando azuis e desencarnando...", simbolizando a fome e a mortalidade infantil. E a sorte desses "aventureiros" é descrita nos detalhes das profissões que adquirem, culminando numa crítica bastante pertinente sobre o esquecimento deles em relação à sua terra natal:

Brejo da Cruz
(Chico Buarque)

A novidade que tem no Brejo da Cruz
É a criançada se alimentar de luz
Alucinados, meninos ficando azuis
E desencarnando lá no Brejo da Cruz

Eletrizados, cruzam os céus do Brasil
Na rodoviária, assumem formas mil
Uns vendem fumo, tem uns que viram Jesus
Muito sanfoneiro, cego tocando blues

Uns têm saudade e dançam maracatus
Uns atiram pedra, outros passeiam nus

Mas há milhões desses seres
Que se disfarçam tão bem
Que ninguém pergunta
De onde essa gente vem

São jardineiros, guardas-noturnos, casais
São passageiros, bombeiros e babás
Já nem se lembram que existe um Brejo da Cruz
Que eram crianças e que comiam luz

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Olha o que amor me faz...

Sandy anda fazendo falta para seu grande público, a maioria de jovens que cresceu ouvindo e cantando os sucessos gravados pela dupla que fez com seu irmão, Júnior. Filha do cantor Xororó, Sandy Leah Lima tá gravando um novo cd e pretende seguir a linha mpb, estilo que já mostrou ter afinidade por diversas vezes, seja no elas cantam Roberto, seja interpretando Elis (sua grande inspiração), seja gravando com Toquinho, Gil e Milton, etc.

E antes que alguém atire alguma pedra de preconceito, pergunto: quem vai negar que suas canções encantaram multidões nesse país? O que dizer de sucessos como A lenda, Inesquecível, Olha o que o amor me faz, Com você, Imortal, As quatro estações, Era uma vez, Um segredo e um amor, Chuva de prata, Desperdiçou, entre outras?

Uma das interpretações mais marcantes e sinal de que seguiria carreira solo foi a faixa Um segredo e um amor, já interpretada anteriormente por Jorge Vercilo e que consta atualmente na novela Alma gêmea. Com um eterno timbre doce, Sandy tem no público uma grande admiração, jovens que a amam com devoção o que já caracterizou altas vendas na música brasileira!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Os compositores do Brasil - 19

A série Os compositores do Brasil apresenta hoje um conterrâneo, que teve muitas de suas canções como topo nas paradas dos anos 80: Paulo de Souza, mais conhecido no meio da composição como Paulo Debétio. Seu primeiro grande sucesso veio em 1976 na voz de Alcione: Retalhos.

Poucos conhecem seu nome, mas muitos conhecem seus sucessos nas vozes de grandes intérpretes: Pelo amor de Deus (Emílio Santiago), Metades (Leci Brandão), Estrela veja e Bailarina (Wando), Cheiro moreno (Elba Ramalho), Nuvem de lágrimas (Chitãozinho e Xororó e Fafá de Belém), Uma nova mulher (Simone), Tieta (Luiz Caldas), Mano (Leonardo), Um dois três (Chitãozinho e Xororó), Meu amor não vá embora (Beto Barbosa), entre outras.

Com a maioria das suas composições divididas com Paulinho Resende, Paulo Debétio foi e continua sendo muito requisitado pelos grandes intérpretes seja na área de produção, seja como compositor, e suas composições mais marcantes continuam sendo regravadas, o que prova que a boa música transforma-se em algo eterno.

Um forte abraço a todos!

domingo, 27 de setembro de 2009

Caetano Veloso - Novelas

Essa compilação lançada em 2002 mostra sucessos da obra de Caetano Veloso para as novelas globais. Canções de seu repertório que se tornaram clássicos, algumas compostas pelo próprio Caetano e, outras apenas interpretadas por essa grande lenda da música brasileira.

Da trilha de Sem lenço e sem documento, Mário Prata (1977), temos Alegria, alegria, gravada em 1968 e O Leãozinho. Um ano depois veio Gina (escrita por Rubens Ewald Filho e inspirada no romance de Maria José Dupré) e lá estava Caetano com Coração Vagabundo. Homem proibido, Teixeira Filho (1982) trouxe Queixa. Você é linda pintou na trilha de Eu prometo, Janete Clair (1983). Um sonho a mais de Daniel Más (1985) trouxe a canção gravada em inglês Shy moon, um dueto com Ritchie.

Escândalo foi composta para Ângela Rô Rô em 1981, mas só foi lançada por Caetano em 2001 e constou na trilha sonora de O Clone, Glória Perez. Da safra de interpretação temos Felicidade (Felicidade foi embora...), para a novela Olhai os lírios do campo, com texto de Geraldo Vietri a partir do romance de Érico Veríssimo (1980). Em Vale tudo, de Gilberto Braga (1988), tivemos Isto aqui o que é. Para a inesquecível Tieta, adaptação de Jorge Amado (1989), tivemos Meia lua inteira. Dez anos mais tarde, em Suave veneno, de Agnaldo Silva, temos seu maior sucesso de vendas - Sozinho. Nesse mesmo ano, em italiano, temos Luna Rossa, para a novela Terra nostra, de Benedito Ruy Barbosa.

Temos ainda Samba de verão, para a novela Laços de família, de Manoel Carlos (2001) e a faixa que abre essa compilação, Sonhos, vem lá de 1982, e esteve na trilha de Desejos de mulher, de Euclydes Marinho (2002). É uma compilação para quem sempre acompanhou as novelas e se deliciou com os sucessos do Caetano e além disso, mesmo quem não curta esses folhetins globais, sabe que uma compilação, com um repertório assim será sempre agradável aos nossos ouvidos!

Um forte abraço a todos!

sábado, 26 de setembro de 2009

De volta pro aconchego

Ultimamente, tenho explorado algumas canções que emocionam, que tocam os mais distantes recantos da alma e a encanta por completo! É o caso de De volta pro aconchego, do Nando Cordel e do Dominguinhos, imortalizada pela Elba Ramalho! Gravada em 1985 e sucesso nacional da novela Roque Santeiro, essa canção era tema do protagonista da novela, a maior pra mim, em que, de repente, sem entender as mudanças que sucederam sua ausência, estava de volta a sua terra natal!

Sempre me emociono quando volto a Limoeiro e penso nessa canção! Fico pensando como é bom voltar pra casa, independente de não morar mais lá! Nós, seres humanos, temos condições de termos várias moradas e a sensação de voltar pra casa, de encontrarmos a proteção do nosso lar e o aconchego do local e das pessoas que tanto amamos é realmente indescritível! E nesse ponto, a pessoa amada é o melhor aconchego, onde saciamos a saudade e encontramos a felicidade enfim, como diz a letra:

De volta pro aconchego
(Nando Cordel e Dominguinhos)

Estou de volta pro meu aconchego
Trazendo na mala bastante saudade
Querendo um sorriso sincero, um abraço
Para aliviar meu cansaço e toda essa minha vontade

Que bom, poder tá contigo de novo
Roçando o teu corpo e beijando você
Prá mim tu és a estrela mais linda
Seus olhos me prendem, fascinam
A paz que eu gosto de ter.

É duro, ficar sem você vez em quando
Parece que falta um pedaço de mim
Me alegro na hora de regressar
Parece que eu vou mergulhar na felicidade sem fim...

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Um dia a estrela vai brilhar e o sonho vai virar realidade...

Eu poderia ter feito uma série intitulada de filho peixe da música brasileira, peixe também é! Pois aqui está mais uma grande cantora, filha de outra extraordinária intérprete da nossa música: Luiza Possi Gadelha, filha de Zizi Possi. Natural do Rio de Janeiro, Luiza começou sua carreira como cantora em 2002, quando participou de um show de sua mãe, e em seguida lançou seu primeiro disco.

E já mandou para as rádios e para o público que conquistou, hits como Dias iguais, Eu sou assim, Tudo que há de bom, Tanto faz, Sem você, Além do arco-íris, Nem bem acordo, Ilegal imoral ou engorda, Em busca da felicidade, Escuta, Folhetim, Me faz bem, Tudo certo, entre outras.

Esse ano foi especial para Luiza, pois além de participar, com sua mãe e outras divas, do projeto elas cantam Roberto, também lançou um novo cd com boa aceitação de crítica, afinal, Bons ventos sempre chegam e, com esse título, o sucesso estará cada vez mais próximo desse nome contemporâneo que os bons ventos trazem para a música brasileira!

Um forte abraço a todos!