quinta-feira, 13 de junho de 2013

Os compositores do Brasil - 66

Um dos compositores mais entoados nessa época em nossas festas juninas atende pelo nome de Xico Bizerra. Isso mesmo, é com essa grafia que Francisco Bizerra, natural do Crato/CE, assina suas composições ou seus forroboxotes, como define sua obra, cada vez mais gravada por artistas locais e nacionais. 

E são muitos grandes nomes em seu currículo das gravações de sua obra, como Quinteto violado, Flávio José, Dominguinhos, Marinês, Santanna o cantador, Maciel Melo, Petrúcio Amorim, Geraldinho Lins, Amelinha, Elba Ramalho, entre outros que se acumulam do fim da década de 90 pra cá, quando Xico se aposenta de sua profissão de funcionário público e dedica-se à música.

E entre canções de seu repertório, pois também lança discos interpretando seus e outros sucessos, temos Do outro lado da rua, Espinho e flor, Pores-de-sol, Tangendo a dor, Oferendar, Para bom entendedor, Esconderijo do amor, Pé de saudade, e Se tu quiser que já teve mais de 70 regravações, entre outras grandes canções desse poeta nordestino!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 11 de junho de 2013

Juventude do Brasil, vamos dançar forró...

Ele é um grande nome da música raiz nordestina. Natural de Floresta/PE, seu nome é Ivan Ferraz, considerado o embaixador do forró. Mas, além do cantor de forró, referência para muitos outros artistas, Ivan também divulga esse estilo em programas de rádio e TV que apresentou ou apresenta atualmente.

Sua introdução a esse estilo que respira em tudo que faz se deu ainda na década de 50, quando presenciou um show do rei do baião na praça de sua cidade natal. Já no Recife, na década de 70, assume a chefia de fábrica de discos, onde também grava seu primeiro xote Riqueza do sertão. 

Entre seus sucessos temos Cheiro no cangote, Espeto de pau, Vamos dar as mãos, Forrozando, Alegria de nós dois, Quero meu dinheiro, No balanço do forró, Parque Asa branca, Bateu saudade, Juventude no forró, entre outros que caracterizam a obra desse grande nome da nossa música regional!

Um forte abraço a todos!

domingo, 9 de junho de 2013

CD Dominguinhos - Quem me levará sou eu

Ê Sr. Domingos, seus fãs, nos quais me incluo estão rezando todos os dias, na expectativa de que o Senhor levante dessa cama de hospital, agarre a sanfona mais afinada desse país e nos faça feliz como sempre nos fez, como no caso desse trabalho, lançado em 1980, que contou com a participação de Gilberto Gil e Luiz Gonzaga.

Esse trabalho é histórico porque tornou-se um dos melhores de Dominguinhos, sobretudo pelos clássicos presentes nele: Abri a porta (em que Gil divide a composição e os vocais), Sete meninas, Quando chega o verão (em que Gonzaga divide os vocais com seu afilhado número 1) e Quem me levará sou eu.

Além dessas, completam o álbum Fulô de araçá, Tudo é São João, O cortador de cana e as versões apenas instrumentais de Forró em Rolândia, Te cuida jacaré, Chorinho pra Guadalupe e Homenagem ao mestre Chicão. Essa postagem é pra apresentar um excelente trabalho de Sr. Domingos e pra desejar sua plena recuperação, pois, sobretudo nessa época, sabemos que as festas juninas e a trilha sonora dessas sempre estiveram sob a sanfona mais afinada desse país, tocadas por seus dedos!

Um forte abraço a todos!

sábado, 8 de junho de 2013

Dê cá um cheiro

Anos depois de Ana Maria, Maciel Melo, outro grande nome com agenda lotadíssima nesse período, compôs o que chamou de resposta àquele clássico. Mesmo sem citar o nome da personagem, Maciel justificou que sua resposta viria através do "cheiro" que seu personagem daria em resposta ao beijo dado e que mudou a vida do personagem de Ana Maria.

Dê cá um cheiro nem é tão conhecida como mereceria, mas tem uma poesia belíssima com todos os elementos que envolvem as raízes de um bom forró pé-de-serra com pitadas românticas de um apaixonado que não pode ficar muito tempo sem apreciar o aroma de seu grande amor! E a festa continua, como retratada nessa belíssima imagem que ambienta esse cenário de beijos, cheiros e alegria.

Dê cá um cheiro
(Maciel Melo)

Eu quero um cheiro, mais um cheiro
Outro cheiro quatro cheiro, cinco cheiro
Não canso de lhe cheirar
Me dê um cheiro, mais um cheiro
Outro cheiro, quatro cheiro, cinco cheiro
Tô doido pra lhe cheirar

Venha matar o meu desejo
No teu beijo me despejo
Como um rio e jogando para o cais
E nós dois ali sentados
Desaguando amor, era tanto amor
Foi bom demais

Dê cá um cheiro, mais um cheiro
Outro cheiro, quatro cheiro, cinco cheiro
Tô doido para te cheirar
Venha ligeiro meu amor
Que esse teu cheiro
Tá fazendo um formigueiro
Dentro do meu coração

Demore não que já faz um dia inteiro
Que eu não sinto esse teu ceiro
De flor de mangericão

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Pisa na fulô e não maltrata meu amor...

João Batista do Vale ou simplesmente João do Vale é natural de Pedreiras/MA e um cantor e compositor que tem seus sucessos reverenciados por outros grandes nomes a exemplo de Maria Bethânia, Caetano Veloso, Chico Buarque, Tom Jobim, Gonzaga Jr., Zé Ramalho, Tim Maia, entre outros. Não lançou muitos discos, mas foi suficiente para escrever seu nome na música brasileira.

São deles, o primeiro sucesso de Maria Bethânia, Carcará; o clássico Pisa na fulô e outros sucessos como O bom filho a casa torna, Na asa do vento, Peba na pimenta, De Teresina a São Luís, Estrela miúda, Sina do caboclo, A voz do povo, Coroné Antônio Bento, O canto da ema, A lavadeira e o lavrador, Orós II, Pra onde tu vai baião?, etc.

João do Vale participou com Zé Keti e Nara Leão e, posteriormente com Maria Bethânia, de um dos mais comentados espetáculos da história da música brasileira, o show Opinião. João partiu para o andar de cima em 1996, mas continua sendo uma boa referência para a música brasileira e nordestina!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 4 de junho de 2013

Diz também que eu preciso daquele sorriso...

A música raiz nordestina também tem suas renovações e um dos nomes mais comentados nos últimos anos é o de Cezinha do acordeon, nome artístico de Cezar Thomaz, sanfoneiro pernambucano que desde os 13 anos toca sanfona e já tem em seu currículo nomes como Elba Ramalho, Genival Lacerda, Nando Cordel, Daniela Mercury, Milton Nascimento, Alcione, Fagner, Dominguinhos, entre outros.

Aliás, foi o próprio Dominguinhos quem o aconselhou a cantar, repetindo o conselho que há anos ouviu de Luiz Gonzaga, que sanfoneiro que canta tem mais chances. E quem já ouviu o Cezinha, reconhece essa e outras influências de Sr. Domingos em sua forma de cantar e tocar. Acompanhando Elba Ramalho, com quem foi casado, subiu degraus na construção de seu sucesso, produzindo seus discos e participando de outros projetos, como o Emoções sertanejas, de Roberto Carlos.

E como conterrâneo dele, torço pra que alcance cada vez mais sucesso, sobretudo com seu mais recente DVD gravado com a participação de grandes nomes da música brasileira e também com os inúmeros shows que fará nesses dias. Não o conheço pessoalmente, mas  já conversei bastante com seu irmão e o que posso dizer é que se trata de uma família batalhadora que busca seu merecido sucesso!

Um forte abraço a todos!

domingo, 2 de junho de 2013

Os Intérpretes do Brasil - 27

A música raiz nordestina também guarda grandes intérpretes. É o caso de Jorge de Altinho que, apesar de ter tantas composições suas nas paradas de sucesso, creio que tem tantas ou ainda mais sucessos interpretando canções de outros compositores também nordestinos. Considero um dos melhores, se não o melhor intérprete de Petrúcio Amorim.

Inclusive, já em seus primeiros discos, no início dos anos 80, já apresentava sucessos de Petrúcio. Mas, como o espírito dessa postagem é destacar três grandes interpretações, começo destacando Anjo querubim, que todos pensam ser do Jorge, pela interpretação marcante, embora seja do Petrúcio.

Ainda da safra do Petrúcio, outra belíssima interpretação é Foi bom te amar, que todos também atribuem ao Jorge. Pois não é que a próxima música que citarei também é criação de Petrúcio? A faixa Menino de rua, que Jorge também imortalizou. Essa postagem é mesmo para fazer justiça a Petrúcio, que através de seu grande intérprete, alcançou alguns de seus maiores sucessos e também provar que aqui no Nordeste, um dos grandes intérpretes chama-se Jorge de Altinho!

Um forte abraço a todos!

sábado, 1 de junho de 2013

Ana Maria

Mês de junho começa como em todos os anos mergulhando nesse ritmo tão nordestino, o forró pé-de-serra. E aqui temos um clássico, uma canção que colocou Santanna, o cantador no hall dos grandes nomes desse ritmo. Composta pelo grande compositor Janduhy Finizola, já retratado na série Os compositores do Brasil, Ana Maria é presença constante nos melhores forrós da região, no repertório de todo bom forrozeiro.

Sua letra aponta para um rapaz que beija uma moça com esse nome e só depois descobre que "toda mulher bonita tem dono", como declama Santanna em sua versão imortal dessa canção. Mas, o beijo foi apenas o estopim para uma paixão avassaladora que faz o personagem desejar não apenas outro beijo, mas ter em Ana Maria sua única dona.

Ana Maria
(Janduhy Finizola)

Eu dei um beijo
Eu dei um beijo
Eu beijei Ana Maria
Por causa disso
Eu quase entrava numa fria
Ana Maria
Tinha dono e eu não sabia
Mas quem diria

Pra bem dizer
Foi sem querer
Mas terminou em confusão
A solução
Foi confundir o coração
Daí então
Troquei a vida de ilusão

Agora adeus, Ana Maria
Deus te guarde para o amor
No céu Santa Maria
Aqui na terra o seu amor

Ana Maria
Como eu queria
Dar outro beijo
Matar o meu desejo
Ai como eu queria

Ana Maria
Quanta alegria
Por seu querer
Beijar a sua boca
E ser de você

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Champagne, para brindar um encontro...

Este é um dos cantores italianos mais famosos em todo o mundo. Seu nome é Giuseppe Faiella, que todos nós conhecemos como Peppino di Capri. Vencedor de vários festivais, entre eles os de San Remo e Nápoli, desde o início da década de 60 que Peppino é sucesso em seu país e em outras partes do mundo, inclusive no Brasil.

Dono de grandes canções, algumas verdadeiros clássicos como Roberta, Champagne, Tornero, Amo, Malatia, Voglia de ti, Ancora com te, Sain Tropez twist, Un grande amore e niente piu, Luna caprese, Nessuno al mondo, entre tantos outros que o tornaram um dos mais populares italianos.

A música italiana sempre encontra as portas abertas no Brasil, sobretudo nessa época em que Peppino iniciou sua carreira e creio que esse seja um dos motivos pelos quais aqui em nosso país ele seja um dos pioneiros na divulgação de sua língua em nossa música!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 28 de maio de 2013

Tudo passa, tudo passará...

Natural de Ubá/MG, ele é Nelson Ned d´Ávila Pinto, ou simplesmente Nelson Ned. É o único, ao menos conhecido, cantor anão do Brasil e muito popular no exterior, sobretudo nas décadas de 60, 70 e 80. Foi o primeiro artista brasileiro a vender um milhão de cópias nos Estados Unidos. Como compositor, já foi regravado por nomes como Antônio Marcos, Agnaldo Timóteo e Moacir Franco, entre outros.

Seu grande sucesso foi Tudo passará, mas entre outros, podemos citar também Eu sonhei que tu estavas tão linda, Prelúdio à volta, Tamanho não é documento, Será será, Se eu pudesse conversar com Deus, Não tenho culpa de ser triste, Caprichoso, Um recado para meu amor, etc.

Atualmente e desde a década de 90, Nelson se dedica ao repertório gospel. E sua voz é reconhecida em muitos lugares do mundo, sobretudo pelo timbre ímpar e inconfundível de cantar de forma "alta", por onde se apresenta. E torcemos para que ele tenha saúde para continuar levando, através de sua voz, o Brasil onde quer que esteja!

Um forte abraço a todos!