♪Partituras musicais dos fãs 26 - Rilbert Barreto♪

Este é Rilbert Barreto, grande amigo que conheci pelo Portal Clube do rei, depois Msn e agora Facebook. E que bom que as redes sociais servem para aproximar amigos, sobretudo os que possuem afinidades musicais. Rilbert é natural do Recife, mas reside atualmente em Caruaru. 

Uma vez, assistimos a um show do Roberto Carlos juntos, de quem somos fãs e pude perceber nele uma pessoa muito simples e ao mesmo tempo um cara genial, como perceberemos na entrevista que gentilmente me concedeu e que veremos agora:

1 - Uma música?

♪A Distância, O Divã

2 - Um momento musical inesquecível?

♪Meu primeiro show do rei em 1997, show Amor.

3 - Qual show do Roberto gostaria de ter visto e não pode ver?

♪Show Emoções e o Show Detalhes.

4 - Você coleciona algo em termos de música? O que te falta?

♪Sim, coleciono tudo que posso da obra fonográfica do cantor. Bem me falta completar a discografia nas outras línguas como, espanhol, italiano e em francês.

5 - Você toca algum instrumento musical?

♪Não

6 - Você curte o trabalho instrumental do Eduardo Lages? O que destacaria?

♪sim, curto. Destacaria o trabalho, CD Com amor, lançado em 2007.

7 - Sua ligação com a música vem da ligação com alguém de sua família?

♪sim, meus tios colocavam pra tocar muitos discos em seus toca-discos, não só de Roberto Carlos, mas também de outros artistas da musica brasileira.

8 - Um compositor brasileiro?

♪além do Roberto Carlos, teria também Renato Russo, Caetano Veloso e Vinícius de Moraes.

9 - Um músico brasileiro?

♪Além do Roberto Carlos, Renato Russo, Marisa Monte, Caetano Veloso e Vinícius de Moraes.

10 - O arranjo que mais aprecia em alguma canção nacional?

♪ os produzidos por Chiquinho de Moraes e Jimmy Wisner.

11 - Cite três discos que escuta sem pular nenhuma faixa. (pode ser do rei ou de outros artistas também).

♪Roberto Carlos -1972, Roberto Carlos -1984, Roberto Carlos -ao vivo 1988, Roberto Carlos -1989, Roberto Carlos -1990.
· Marisa Monte Verde, Anil, Amarelo, Cor de Rosa e Carvão 1994
· Marisa Monte Memórias, Crônicas e Declarações de Amor 2000

· Vinícius, Marília Medalha e Toquinho - Como dizia o poeta...Música nova (1971)
· Toquinho e Vinicius o poeta e o violão 1975
· The Corrs (Unplugged 1999)

12 - O que gostaria de ouvir Roberto cantar em seus shows?

♪Várias músicas que ele não tem mais em seu repertório de shows como À distância, Cenário, O show já terminou, Ele está pra chegar, dentre outras.

13 - Seu especial de fim de ano favorito?

♪são quatro; Roberto Carlos especial 1984, Roberto Carlos especial 1987, Roberto Carlos especial verde é vida 1990 e Roberto Carlos especial 1994.

14 - Um dueto inesquecível desses especiais?

♪Tenho dois; Roberto Carlos e Tom Jobim no especial 1978 e Roberto Carlos e Wanderléa no especial 1990 cantando Ternura.

15 - Quem ainda merecia ser convidado para o especial de fim de ano?

♪Em minha opinião temos muitos ainda: Toquinho, Maria Rita, Jorge Vercilo, Lenine. E chamaria novamente, Maria Bethânia, Caetano Veloso, Gal costa, Djavan, Chico Buarque.

16 - Qual dueto em disco gostaria de ver com Roberto?

♪Roberto Carlos com Marisa monte e também com Chico Buarque.

17 - Além do rei, quais outros artistas aprecia na música brasileira?

♪Marisa Monte, Chico Buarque, Toquinho e Vinicius, Caetano Veloso, Jose augusto, Renato Russo.

18 - Um trecho de uma canção?

♪Relembro a casa com varanda
Muitas flores na janela
Minha mãe lá dentro dela
Me dizia num sorriso
Mas na lágrima um aviso
Pra que eu tivesse cuidado
Na partida pro futuro
Eu ainda era puro
Mas num beijo disse adeus...

O divã, Roberto Carlos e Erasmo Carlos, 1972.

19 - Como define Roberto Carlos?

♪Bem, falar de Roberto Carlos pra mim é algo especial. Minhas primeiras lembranças da vida têm ao fundo suas canções, e de fato fui apresentado a musica por ele. Não sei explicar bem, mas sua voz, a melodia de suas músicas, o que ele diz e pensa, me causam uma emoção impar. Pra mim, é sem dúvidas o maior artista do mundo, intérprete que consegue levar a música a um estado emocional forte e contundente. Compositor sensível às necessidades e sentimentos do ser humano. Um homem íntegro, simples e humilde, bom pai, bom filho e um bom marido para as suas companheiras. Sinceramente me sinto feliz em poder ter a percepção da sua obra, pois eu seria um pouco mais pobre se não a conhecesse. E que de fato é aquilo que canta.

20 - Quem você sugere para entrevistarmos nesta série?

♪um grande amigo chamado Eri Mendes e também meu tio Jades José!

Rilbert, muito obrigado por ter concedido a este espaço a oportunidade de conhecermos um pouco mais sobre você, sua genialidade e sua ligação com a música e, em especial, com o artista número um deste país que possui grandes fãs como é o seu caso!

Um forte abraço a todos!

♫Palco♫

Essa é uma canção muito executada pelos cantores da noite, dos barezinhos. Um clássico da música brasileira e do repertório do Gilberto Gil, tão particular de seus shows, pois diz muito da personalidade artística e pessoal do Gil. Daquelas que quando a introdução começa, com seu luxuoso "pa pa pa pa ra...", já lembramos do Gil.

A letra de Palco remete ao prazer imensurável de subir neste espaço e abrir sua alma para que as pessoas percebam o grau máximo de arte e sensibilidade que quem canta apresenta. E essa transparência pode ser vista com a vibração e felicidade que a letra descreve, especialmente a que esse gênio chamado Gilberto Gil nos oferece!

Palco

Gilberto Gil

Subo nesse palco, minha alma cheira a talco
Como bumbum de bebê, de bebê
Minha aura clara, só quem é clarividente pode ver
Pode ver

Trago a minha banda, só quem sabe onde é Luanda
Saberá lhe dar valor, dar valor
Vale quanto pesa prá quem preza o louco bumbum do tambor
Do tambor

Fogo eterno pra afugentar
O inferno pra outro lugar
Fogo eterno pra consumir
O inferno, fora daqui, fora daqui

Venho para a festa, sei que muitos têm na testa
O deus-sol como um sinal, um sinal
Eu como devoto trago um cesto de alegrias de quintal
De quintal

Há também um cântaro, quem manda é Deus a música
Pedindo pra deixar, pra deixar
Derramar o bálsamo, fazer o canto, cantar o cantar

Um forte abraço a todos!

Disco de vinil

De antiquado a artigo de luxo, o disco de vinil faz parte da história musical de todo país e no Brasil não foi diferente, já que nosso país tupiniquim tem a fama de ser um bom nicho musical. Talvez a nova geração que tem 15 anos ou pouco mais só conheça esta mídia quando veem alguém vendendo pelas ruas das capitais.

O LP ou Long Play é uma mídia que surgiu por volta dos anos 40 e foi febre no mercado fonográfico até os anos 90, quando cedeu seu lugar ao Compact disc ou CD, como o conhecemos. O curioso é que, com o tempo, o LP foi se aperfeiçoando a ponto de contar com uma luxuosa capa com letra, fotos e créditos do trabalho apresentado internamente em seus lados A e B. Mudar de lado e os arranhões inevitáveis que causavam "estalos" e até pulavam frases das faixas eram seus pontos negativos.

Recentemente alguns artistas internacionais e também os nacionais voltaram a lançá-lo com bastante êxito como é o caso de Pitty e dos veteranos Erasmo Carlos e Gilberto Gil, sobretudo para alcançar os saudosos que insistem em atribuir a esta mídia uma sonoridade jamais encontrada em outro formato! Embora raro, os tocadores de LP também se tornaram artigo de luxo num país que bebe da fonte da cultura sem perder laços com o requinte!

Um forte abraço a todos!

Eu fiz uma fogueirinha...

Ele já tem mais de 50 anos dedicado ao forró autêntico e hoje encerramos o mês de junho com este grande nome da nossa cultura: Assisão, nome artístico de Francisco de Assis Nogueira. Sua fama como compositor veio primeiro, despertada pelo Trio Nordestino e em seguida por outros nomes que também o regravaram como Fagner, Elba Ramalho, Frank Aguiar, etc.

E como cantor, já emplacou diversos sucessos como Pau nas coisas, Esquenta moreninha, Fogueirinha, Estrela guia, Chorar pra quê, Chamego bom, Pequinininha, Eu quero meu amor, entre tantos que, com certeza, são lembrados, sobretudo nesta época onde a fogueira é um dos adereços principais da festa!

Assisão continua a tocar e encantar o povo nordestino e até em outras partes do Brasil, embora seja o interior deste país e sobretudo desta região que conhecem e apreciam seu trabalho tão rico e tão regional para todos nós, divulgando o forró que faz de forma tão particular e exitosa!

Um forte abraço a todos!

♫Juazeiro♫

E neste último domingo de junho, véspera de São Pedro, nada melhor que uma canção, um clássico de Gonzaga, também interpretado por Dominguinhos e tantos outros seguidores desta safra de belas canções que descrevem o amor e a natureza nordestina. 

Quem viu o filme Gonzaga de pai para filho imaginou, em uma das cenas, que ali nasceu esta canção, quando Luiz, ainda menino, teve uma atitude romântica de desenhar um coração em uma árvore com suas iniciais e de sua amada. E é desse ponto que a canção parte: um cara com muita saudade e encontra no pé de juá um ombro amigo para desabafar. Algo simplesmente genial e de uma sensibilidade como poucos possuem. Pérolas de mestres, coisas de Gonzaga!

Juazeiro

(Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira)

Juazeiro, juazeiro
Me arresponda, por favor,
Juazeiro, velho amigo,
Onde anda o meu amor

Ai, juazeiro
Ela nunca mais voltou,
Diz, juazeiro
Onde anda meu amor

Juazeiro, não te alembra
Quando o nosso amor nasceu
Toda tarde à tua sombra
Conversava ela e eu

Ai, juazeiro
Como dói a minha dor,
Diz, juazeiro
Onde anda o meu amor

Juazeiro, seje franco,
Ela tem um novo amor,
Se não tem, porque tu choras,
Solidário à minha dor

Ai, juazeiro
Não me deixa assim roer,
Ai, juazeiro
Tô cansado de sofrer

Juazeiro, meu destino
Tá ligado junto ao teu,
No teu tronco tem dois nomes,
Ela mesmo é que escreveu

Ai, juazeiro
Eu num güento mais roer,
Ai, juazeiro
Eu prefiro inté morrer.

Um forte abraço a todos!

Olhando as estrelas - 55

Dois autênticos nordestinos, amigos, parceiros em discos, shows e gravações, li por aí que também foram casados e se isso não for uma notícia verdadeira, ao menos na música, nunca se divorciaram, pois formam um par perfeito nessa constelação de grandes estrelas brasileiras.

Elba é uma das maiores, se não, a maior intérprete de Geraldo, pois lapidou e imortalizou canções belíssimas de sua autoria como Dia branco, Você se lembra, Canção da despedida, Chorando e cantando, Canta coração, Bicho de sete cabeças, entre tantas que encontramos em sua discografia, onde Geraldo figura como grande compositor!

Ambos já gravaram juntos e atuaram em vários momentos, principalmente no projeto O grande encontro, onde participaram das três edições. Penso que Elba ainda poderia fazer um disco só com canções dele e torcemos para que mais projetos possam surgir dessas duas estrelas que possuímos na música brasileira e que a divulgam com muito talento!

Um forte abraço a todos!

Forró bom!

E hoje é véspera de São João e, diferentemente de grande parte do Brasil, aqui no Nordeste a festa chega ao seu ponto máximo. Dificilmente em alguma cidade nordestina esta festa passe em branco, não acendendo se quer uma fogueira, pendurando uma bandeira junina ou tocando algum bom forró, mesmo que antigo.

Assim como os outros estilos musicais nacionais, o forró, no qual enquadro o xote, xaxado, baião, coco e outras variância, também apresenta poucas renovações. Por isso, penso que talvez hoje se toquem mais os sucessos do passado que alguns mais recentes ou novos lançamentos.

Mas, para quem tem Fagner, Elba Ramalho, Geraldo Azevedo, Alceu Valença, Zé Ramalho, Nando Cordel, Flávio José, Santanna, Alcymar Monteiro, Maciel Melo, Marinês, Trio Nordestino, e tantos outros bons forrós pé-de-serra (que são os meus preferidos) que bebem da mesma fonte Dominguinhos e Luiz Gonzaga, sabe que a festa é sempre aquecida com a fogueira, comidas típicas, enfeites e, claro, uma belíssima e sempre atual trilha sonora que faz dessa festa um reflexo da alegria de um povo rico culturalmente!

Um forte abraço a todos!

♫Tampa de pedra♫

Tampa de pedra também é uma das mais belas dessa época, composta por Maciel Melo e interpretada pelo mesmo e também por Santanna, além de outros cantores locais. Mais uma da série que fala do amor, com sotaque todo próprio que só a cultura nordestina apresenta!

Sua letra apresenta um amor definitivo, de alguém que chegou, preencheu um coração por inteiro e ainda o fechou totalmente para que ninguém mais ouse se aproximar, a ponto de despertar uma imensa saudade, quando ausente, deixando seu parceiro imensamente carente desse amor e de sua presença imprescindível!

Tampa de pedra
Maciel Melo

Você bagunçou meu coração
Tirou ele do peito e sacudiu pela calçada
Pisou em cima e esmagou minha razão
Eu já não era muito e agora não sou mais nada.

Você fez de mim o que queria
Tirou minha alegria, desmanchou o meu viver
Fez um buraco dentro da minha saudade
Fez uma tampa de pedra pra eu nunca mais te esquecer

Ô de casa! Ô de fora!
Uma esmolinha pra esse pobre bem-querer
Pode ser um beijo, pode ser aquela rosa
Eu quero o cheiro do teu corpo no meu ser
Não se negue, não seja tão melindrosa
Tenha piedade, o meu amor é só você

CD Fagner Bateu saudade

Bateu saudade foi uma coletânea lançada em 1996 por Fagner que reunia grandes forrós gravados por ele e uma canção inédita, a faixa título que abria o projeto. Como autêntico discípulo de Luiz Gonzaga, é também uma homenagem a este, com quem Fagner gravou dois discos anteriormente e que conta como autor em algumas faixas e também divide os vocais em uma delas.

Disso tudo, temos Olha pro céu/São João na roça/Noites brasileiras, Saudade, Você endoideceu meu coração, Sabiá, Cigarro de paia/Boiadeiro, Na asa do vento, Pedras que cantam, Lembrança de um beijo, No Ceará é assim, Baião da rua, Cariribe, Asa branca. Marinês, que também já havia gravado antes com Fagner, divide os vocais na faixa 2, o primeiro medley citado acima.

É pena que de lá pra cá, Fagner não gravou nenhum projeto assim, apenas algumas faixas soltas. Credito a ele um dos melhores nomes para encabeçar algo assim e torço para que ainda nos presentei com novos nomes do cenário regional, nos brindando com algo mais que aprendeu na fonte de Gonzaga!

Um forte abraço a todos!

Os Músicos do Brasil - 61

Vou enquadrá-lo como sanfoneiro porque este é o ofício principal deste grande músico e também cantor José Amazan Silva, conhecido simplesmente como Amazan. Natural de Campina Grande/PB, foi lá que Amazan deu seus primeiros passos com sua sanfona e também com programas de rádio voltados ao gênero!

Lançou seu primeiro CD em 1989 e desde então coleciona êxitos como É hoje que eu só chego amanhã, Forrobodó, O rei da vaquejada, Menina de doze anos, Coração turista, Forró do bom, Jeito de sereia, Forró gostoso, O rei da vaquejada, etc.

Este é mais um dos grandes músicos nordestinos que tem uma agenda apertada neste mês de junho, pois as grandes festas disputam sua presença que, com certeza, enriquecem ainda mais o lado musical deste evento quente e brilhante como uma fogueira!

Um forte abraço a todos!