Esta é uma marchinha clássica que nos remete a um compositor também clássico. O teu cabelo não nega é bastante atual, embora tenha sido composta em 1932, por dois pernambucanos, conhecidos por Irmãos Valença, que pediram a Lamartine Babo que a aproximasse dos morros cariocas e este acertou em cheio, mirando em uma figura que se tornaria um dos símbolos mais marcantes do carnaval, a mulata.
Sua letra reflete um tema ainda vigente, embora já possua quase um século: o preconceito racial, presente até em trechos da própria canção. É claro que tudo isso reflete a sociedade dos anos 30 e como pensavam. Hoje em dia, com os alisamentos e "chapinhas", as mulatas já não possuem tanta identidade em seus cabelos, mas é absurdo perceber que o preconceito ainda continua aceso sobre uma figura que embeleza esta festa.
Lamartine Babo e Irmãos Valença
O teu cabelo não nega mulata
Porque és mulata na cor
Mas como a cor não pega mulata
Mulata eu quero o teu amor
Tens um sabor bem do Brasil
Tens a alma cor de anil
Mulata mulatinha meu amor
Fui nomeado teu tenente interventor
Quem te inventou meu pancadão
Teve uma consagração
A lua te invejando faz careta
Porque mulata tu não és deste planeta
Quando meu bem vieste à terra
Portugal declarou guerra
A concorrência então foi colossal
Vasco da gama contra o batalhão naval
Um forte abraço a todos!
O teu cabelo não nega mulata
Porque és mulata na cor
Mas como a cor não pega mulata
Mulata eu quero o teu amor
Tens um sabor bem do Brasil
Tens a alma cor de anil
Mulata mulatinha meu amor
Fui nomeado teu tenente interventor
Quem te inventou meu pancadão
Teve uma consagração
A lua te invejando faz careta
Porque mulata tu não és deste planeta
Quando meu bem vieste à terra
Portugal declarou guerra
A concorrência então foi colossal
Vasco da gama contra o batalhão naval
Um forte abraço a todos!
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