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sábado, 9 de outubro de 2010

Como uma onda

Uma filosofia sempre moderna do repertório do Lulu Santos, em parceria com Nelson Motta e regravada também por Tim Maia, Como uma onda foi tema de comercial e abertura de novela. Um ritmo meio havaiano que nos remete exatamente à paisagem descrita na letra, praia e muito sol.

E uma letra que apresenta um confronto entre a vida e o tempo, entre a paz e a tormência, uma mensagem que veio realmente pra ficar, um gol de placa do Lulu. Temos ainda um paralelo entre os mundos exteriores e interiores, apresentando a conclusão de que ambos apresentam um mesmo ritmo, o das ondas do mar!

Como uma onda
(Lulu Santos e Nelson Motta)

Nada do que foi será
De novo do jeito que já foi um dia
Tudo passa
Tudo sempre passará

A vida vem em ondas
Como um mar
Num indo e vindo infinito

Tudo que se vê não é
Igual ao que a gente viu há um segundo
Tudo muda o tempo todo no mundo

Não adianta fugir
Nem mentir
Pra si mesmo agora

Há tanta vida lá fora
Aqui dentro sempre
Como uma onda no mar...

Um forte abraço a todos!

sábado, 18 de setembro de 2010

Azul da cor do mar

A saudade da voz grave do Tim Maia nos faz visitar seu repertório e nos depararmos com essa filosofia triste, mas de grande reflexão para a humanidade: Azul da cor do mar. Composta pelo próprio Tim, essa canção deve ter feito muitas lágrimas rolarem das pessoas que a sentiram na pele, pois revela os sofrimentos sentidos pela alma por conta das desigualdades que encontramos na vida.

Dificuldades, todos encontram, mas sabemos que realmente existe um abismo enorme entre os seres humanos, sobretudo quando o assunto é classe social, status, dinheiro, etc. Acredito que o Tim nos brindou com esse clássico e foi certeiro na mira quando mencionou o mar, afinal é uma das belezas que Deus concedeu a todos, sem fazer distinção. E como o próprio Tim afirma, quem sofre tem que sonhar da cor do mar, para poder seguir, pois já foi dito que o mar nada mais é que o espelho do céu!

Azul da cor do mar
(Tim Maia)

Ah! Se o mundo inteiro me pudesse ouvir
Tenho muito pra contar,
Dizer que aprendi

Que na vida a gente tem que entender
Que um nasce pra sofrer
Enquanto o outro ri

Mas, quem sofre sempre tem que procurar
Pelo menos vir achar
Razão para viver

Ver na vida algum motivo pra sonhar
Ter um sonho todo azul
Azul da cor do mar

Um forte abraço a todos!

sábado, 15 de maio de 2010

Um dia de domingo

Essa canção da década de 80, da grande dupla de compositores Michael Sullivan e Paulo Massadas e da grande dupla de intérpretes Gal Costa e Tim Maia deve ter embalado muitos romances e ainda permeia sob os corações apaixonados.

Contrariando alguns que criticam essa época como algo brega, com um som pasteurizado, gosto muito desse tipo de canção e acho até que são as que mais fazem falta às atuais programações de rádios. Um dia de domingo celebra o dia da paixão, do amor, dos enamorados. Em muitas celebrações de casamento já foi e é entoada. Além da Gal e do Tim, Roberta Miranda, Agnaldo Timóteo e Ângela Maria são alguns dos intérpretes que já a incluíram em seus respectivos repertórios. E como é legal imaginar uma vida só de amor, vivenciada em um dia da semana, pelo qual esperamos com ansiedade!

Um dia de domingo
(Michael Sullivan e Paulo Massadas)

Eu preciso te falar
Te encontrar de qualquer jeito
Pra sentar e conversar
Depois andar de encontro ao vento

Eu preciso respirar
O mesmo ar que te rodeia
E na pele quero ter
O mesmo sol que te bronzeia

Eu preciso te tocar
E outra vez te ver sorrindo
Te encontrar num sonho lindo

Já não dá mais pra viver
Um sentimento sem sentido
Eu preciso descobrir
A emoção de estar contigo

Ver o sol amanhecer
E ver a vida acontecer
Como um dia de domingo

Faz de conta que ainda é cedo
Tudo vai ficar por conta da emoção
Faz de conta que ainda é cedo
E deixar falar a voz do coração

Um forte abraço a todos!

domingo, 1 de novembro de 2009

Tim Maia - Vale tudo

E aproveitando as Bienais de livros que ocorrem, sobretudo nessa época do ano, indicarei dois livros que andei lendo e que muito gostei! O primeiro, Vale Tudo, de Nelson Motta (de quem ano passado havíamos comentado sobre outra obra aqui mesmo no Blog, o Noites Tropicais), uma biografia sobre o eterno síndico Tim Maia. O segundo, Diário de um salafrário, um livro de contos do meu amigo Vinícius Faustini.

Vale tudo, lançado pela Ed. Objetiva em 2008, aponta várias passagens da vida do Tim, desde sua infância, juventude, formação musical ao lado de Ben, Roberto e Erasmo, a turma da Tijuca, a ida aos Estados Unidos, as primeiras composições e gravações, seus discos, shows presentes e shows ausentes, e tantas histórias que envolveram a figura polêmica, mas sobretudo musical de um dos maiores astros de todos os tempos que a música brasileira conheceu.

Diário de um salafrário é o primeiro trabalho do meu amigo Vinícius Faustini, que apresenta seus contos e toda habilidade literal de um escritor que, sem sombra de dúvidas, ainda irá nos presentear com outros grandes trabalhos, reflexos de textos inteligentes que encontramos nessa obra. Lançado em setembro de 2009 pela Editora Litteris, não é um livro musical, mas seus textos nos convidam a viajar na mesma arte, de quem conhece bem as palavras e sabe manipular as ideias de uma forma que o som das palavras chegue no mais perfeito tom! Elegância total! E por enquanto, em termos de literatura, ficamos por aqui, mas voltaremos em breve para falarmos sobre o lançamento do Erasmo - Minha fama de mau!

Um forte abraço a todos!

domingo, 20 de setembro de 2009

Tim Maia in Concert

Na década de 80, a Rede Globo apresentava um programa com grandes nomes da nossa música, como uma série denominada In concert. Foi o caso do eterno síndico Tim Maia. Em uma gravação que mescla trechos de um show e também trechos de comentários/entrevista feita com o Tim, o cd/dvd foi lançado em 2007.

O repertório privilegiava alguns clássicos do artista apresentados em sua então atual turnê como Vale tudo, Descobridor dos sete mares, Do leme ao portal, Me dê motivo, Você, Azul da cor da mar, Gostava tanto de você, Você e eu eu e você, A festa do Santo Reis, Coronel Antônio Bento e Sossego. Na realidade, Tim não apenas cantava, mas brincava e muito se divertia com sua plateia e com sua banda Vitória Régia, que nessa data contava com músicos convidados como Paulo Braga e Jacques Morelembaum.

É legal ver a Globo abrindo seu baú e lançando coisas inesquecíveis como apresentações de grandes artistas, como é o caso do Tim e torçamos para que isso aconteça cada vez mais, sobretudo porque temos uma carência enorme de grandes programas como esse, na atualidade. Mas, voltando ao dvd, nos extras temos fotos e entrevista rápida com o Síndico que contou, na plateia, com famosos como Erasmo Carlos e Lulu Santos e agora, com esse cd/dvd, o país inteiro pode matar a saudade da eterna voz inconfundível de Tim Maia.

Um forte abraço a todos!

domingo, 26 de julho de 2009

Nelson Gonçalves Duetos

Uma das grandes vozes brasileiras, Nelson Gonçalves sempre foi generoso com seus colegas e vez por outra, gravou com eles canções memoráveis, algumas delas presentes nessa coletânea: Duetos, lançado em 2006. Antes mesmo desse tipo de projeto se tornar rentável e comum, Nelson já brilhava nessa área, chegando a gravar os discos Nós, Ele e elas Vol. 1 e 2, e Ele e eles, na década de 80.

É o que se pode verificar em Renúncia, fox clássico de seu repertório em dueto com o outro vozeirão Tim Maia. Maria Bethânia, clássico de Capiba na voz do Nelson, fez Caetano não só apontar esse nome à sua maninha, mas também participar dessa releitura histórica junto com o ídolo. Isso mesmo! Nelson é um ídolo para esses colegas, é o que afirma Alcione, que participa da faixa Louco. Fagner diz o mesmo quando empresta sua composição e voz em Mucuripe. E a própria Maria Bethânia aparece em Caminhemos, clássico da obra do Nelson.

Inusitado é Nelson e Gonzagão cantando Asa branca, clássico do rei do baião, e eles deixando claro, na conversa animada que apresentam no final da faixa, que ingressaram na mesma gravadora praticamente juntos. Outros fãs aparecem na sequência, como Chico Buarque em Valsinha, Martinho da Vila em Lembranças, Gal Costa em Dos meus braços tu não sairás e Zizi Possi em Castigo.

Nana Caymmi é recrutada para interpretar um medley do eterno Caymmi em Não tem solução, Só louco e Nem eu. Linda e clássica é a interpretação de O negócio é amar com Fafá de Belém. A coletânea chega ao fim em Perfídia, com Montserrat e Nunca, em dueto póstumo com Ivo Pessoa. Nelson teve outros duetos memoráveis com esses e outros artistas que não dão pra reunir em uma única coletânea. Entretanto, a música brasileira e o público que aprecia esse tipo de projeto e curte a voz inconfundível e memorável do Nelson aplaude esse lançamento e torce para que venham outros que perpetuem ainda mais seu trabalho!

Um forte abraço a todos!

sábado, 26 de julho de 2008

Tim Maia pra sempre ao vivo

Graças a Deus decidiram reeditar esse presente para os fãs do eterno síndico. O dvd que traz o Tim Maia no show de virada de ano em 1997, (ele foi viu?) é um registro fiel de um dos últimos shows apresentados pelo Tim para nós, para sempre!

Gravado no antigo Metropolitan, no Rio de Janeiro, o show traz os grandes clássicos da carreira do Tim, imprescindíveis em qualquer show seu, juntamente com a afinadíssima banda Vitória-régia que o acompanhava em suas apresentações. O show começa com Telefone para em seguida a platéia se debruçar em Primavera e Azul da cor do mar, canções mais tocantes de seu repertório. O balanço Tim vem no medley Meu país-Chocolate-Não quero dinheiro.

Em seguida apresenta uma canção falando de família, com um breve discurso introdutório para Essa tal felicidade.E o swing volta com Vale tudo, Se me levam eu vou e Gostava tanto de você, levantando a platéia. É nesse ritmo que o show desfila seus clássicos Você, Como uma onda e a fossa Me dê motivo, com direito a declamações dor-de-cotovelo, mas com o humor Tim Maia. E mais swing em A festa do Santo Reis, Você e eu eu e você e Do leme ao Pontal que não deixam ninguém parado.

O show é intercalado com depoimentos rápidos do Tim. Paixão antiga é declarada aos apaixonados e o show se encerra com Sossego e Não quero dinheiro, agora completa. Tim regressa ao palco pra mandar ver em Um dia de domingo e Vale tudo, novamente.

É um show para matar as saudades do Tim e de seus eternos clássicos! Um artista e um balanço ímpar na música brasileira registrado em um dvd que faz parte de todo bom colecionador que admira o eterno síndico da música brasileira!

Um forte abraço a todos!

sábado, 24 de maio de 2008

Erasmo Carlos convida

"Nunca na história desse país, e desta vez é verdade, uma dupla de compositores criou tantos sucessos e clássicos como Roberto e Erasmo Carlos, que o tempo faz cada vez melhores". Essa frase do Nelson Motta poderia iniciar esse post e encerrá-lo. Erasmo já nos presenteou com dois discos de duetos de arrasar qualquer apaixonado pela boa música. Capas apresentadas nesse post.

Em 1980, Erasmo Carlos convida com alguns clássicos de seu repertório e de seu parceiro, dividindo os vocais com grandes nomes da música e alguns novatos da época. Em pouco tempo, Erasmo conseguiu reunir um grupo inédito em um único projeto como Gal Costa (Detalhes), Rita Lee (Minha fama de mau), Caetano Veloso (Quero que vá tudo pro inferno), Gilberto Gil (Mané João), Maria Bethânia (Cavalgada), Wanderléa (Na paz do seu sorriso), Tim Maia (Além do horizonte), Jorge Benjor (O comilão), Nara Leão (Café da manhã), Frenéticas (Se você pensa), A cor do som (Sou uma criança, não entendo nada) e o seu grande amigo Roberto Carlos (Sentado à beira do caminho). Todos achavam que seria difícil ter tantos nomes em um só projeto, mas Erasmo mostrou que isso era possível e mais que isso, lançou um projeto a frente de seu tempo com direito a lançamento pelo selo nobre da então Phillips. Sucesso nacional, o disco ainda é encontrado em box do Erasmo, lançado recentemente.

Em 2007, Erasmo repetiu a dose e lançou o Erasmo Carlos convida II. O propósito seria reunir nomes que não tinham participado do projeto anterior e seguir os mesmos moldes, canções de seu repertório e do repertório do rei da jovem guarda. Os novos duetos foram Lulu Santos (Coqueiro verde), Chico Buarque (Olha), Skank (A banda dos contentes), Marisa Monte (Tema de Não quero ver você tão triste), Zeca Pagodinho (Cama e mesa), Los Hermanos (Sábado morto), Adriana Calcanhoto (Ilegal, imoral ou engorda), Djavan (De tanto amor), Simone (Vou ficar nu pra chamar sua atenção), Kid abelha (O portão), Os cariocas (Pão de açúcar) e Milton Nascimento (Emoções). Com artistas contemporâneos e alguns veteranos, esse disco conta também com a versão do making off de sua gravação. Cada convidado trouxe, além de sua voz, arranjos, idéias e concepções para as novas leituras de clássicos de nossa música brasileira. Bárbaros os novos arranjos de Olha, Emoções, Coqueiro verde...

Nesses projetos, podemos observar gente que nunca cantou RC/EC se deleitando em interpretações fantásticas. Estilos diferentes juntos em canções de amor que são o retrato do Brasil apaixonado. Erasmo tem carisma, talento e é um gênio. Isso todo mundo já sabe! E, também tem convidados e idéias para muitos outros projetos como esses. Que venha o Erasmo Carlos convida 3, 4, 5... porque esse artista tem musicalidade infinita... E vou finalizar com outra frase do Nelson Motta : "O tempo só fez bem a Erasmo, que está cantando cada vez melhor e sempre nas melhores companhias".

Um forte abraço a todos!

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Do Leme ao Pontal

De canto a canto desse país, todo mundo navega ao som de Tim Maia, o síndico mais famoso desse nosso condomínio de Confederações Federais!

Tim começou ainda nos anos 50 ao lado de pessoas “pouco conhecidas” hoje como Roberto Carlos e Erasmo Carlos. Mas, é nesse espírito de brincadeira que Tim guiou sua vida artística! Parecia não levar muita coisa a sério, mas se você observar a obra desse artista vai ver que estou blefando!

Ele é um desses artistas ímpares da mpb, desses que é difícil citar seu repertório sem esquecer algum grande clássico! Mas, o que o tornou unânime foi sua influência soul e seu swing característico e único, além daquela voz grave inconfundível!

Tim gravou com diversos artistas. De Nelson Gonçalves a Erasmo Carlos, De Ivan Lins a Chico Buarque! De Gal Costa a Elis Regina! Seu repertório é cantado até hoje por uma juventude influenciada por sua maneira de interpretar! Basta observar a obra de Lulu Santos, Marisa Monte ou Paralamas do Sucesso, entre tantos, que você encontra o Tim por lá!

Quem nunca se deliciou ao som de Não quero dinheiro, Paixão antiga, Ascende o farol, Me dê motivo, Bons momentos, Leva, Pede a ela, Chocolate, Você, Um dia de domingo, Gostava tanto de você, Do leme ao pontal, Sossego, Réu confesso, Não vou ficar, O que me importa, Como uma onda, Descobridor dos sete mares, Vale tudo, etc.?

Nem sei porque ele se foi, quantas saudades sentimos! Em diversos momentos, Tim faltou shows, mas aqui ele não poderia faltar, mesmo que fosse pra reclamar e pedir “Mais eco, mais grave, mais som, mais tudo...”

Um forte abraço a todos!