domingo, 25 de janeiro de 2009

As cidades cantadas - 1

A música brasileira se une à geografia brasileira para apresentar uma série no Blog Música do Brasil, voltada para algumas cidades que foram cantadas e exaltadas por grandes compositores e intérpretes que conhecemos. Hoje, por ser aniversário de São Paulo, talvez a cidade mais importante do país, vamos abordar essa metrópole mundial em termos sonoros.

São Paulo foi cantada em alguns momentos, por alguns nomes como Adoniran Barbosa em Trem das onze ou Paulo Vanzolini em Ronda. Mas, sem sombra de dúvidas, a canção mais parecida com São Paulo vem de um baiano: Caetano Veloso em Sampa, onde através de belos versos escancara a maior cidade do país para o mundo todo conhecer suas esquinas e aflições, suas belezas e deslumbres:

Sampa
(Caetano Veloso)

Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João
É que quando eu cheguei por aqui, eu nada entendi
Da dura poesia concreta de tuas esquinas
Da deselegância discreta de tuas meninas

Ainda não havia para mim Rita Lee,
A tua mais completa tradução
Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João

Quando eu te encarei frente a frente não vi o meu rosto
Chamei de mau gosto o que vi, de mau gosto, mau gosto
É que Narciso acha feio o que não é espelho
E à mente apavora o que ainda não é mesmo velho
Nada do que não era antes quando não somos mutantes

E foste um difícil começo
Afasto o que não conheço
E quem vende outro sonho feliz de cidade
Aprende depressa a chamar-te de realidade
Porque és o avesso do avesso do avesso do avesso

Do povo oprimido nas filas, nas vilas, favelas
Da força da grana que ergue e destrói coisas belas
Da feia fumaça que sobe, apagando as estrelas
Eu vejo surgir teus poetas de campos, espaços
Tuas oficinas de florestas, teus deuses da chuva

Pan-Américas de Áfricas utópicas, túmulo do samba
Mais possível novo quilombo de Zumbi
E os novos baianos passeiam na tua garoa
E novos baianos te podem curtir numa boa

Um forte abraço a todos e parabéns São Paulo!

sábado, 24 de janeiro de 2009

Roberto Carlos - Pra sempre

Um dos discos mais lindos e inspirados do Roberto foi lançado em 2003. Produzido por Mauro Motta e Guto Graça Mello, Pra sempre aborda as canções de amor bem-sucedido que o rei oferece à sua eterna amada, amor à flor da pele.

Com arranjos cuidadosamente trabalhados pelos maestros Charles Calello, Eduardo Lages, Lincoln Olivetti e Tutuca Borba, Pra sempre apresenta um tom intimista onde o rei desfila todo seu amor contemporâneo, a começar pela faixa título Pra sempre, um fox à Emoções, que deu nome a seu show e tornou-se um convite àqueles que desejam reviver a eterna dança de rostos colados, comum em um passado meio distante dos nossos dias.

Todo mundo me pergunta é uma canção tão linda que, bem que poderia ficar eternamente no repertório do rei. Mas, qual canção dele não é linda e não poderia também ficar nesse posto? Ops, exaltações de fã... Na sequência, Acróstico, uma canção com o título mais incomum do repertório do rei e que, atiça nossa cultura pois as iniciais de cada frase formam uma declaração de amor: Maria Rita meu amor! E haja romantismo presente em Com você, com direito a solos de sax de Milton Guedes e O encontro com arranjos do Lincoln e a sensação de que "o encontro será mesmo sob a luz de um milhão de estrelas..."

Como eu te amo é da safra de Carlos Colla, compositor que mais tem canções na voz do rei, depois do próprio Roberto e de Erasmo. A paixão por velocidade também de faz presente em O Cadillac, canção que começou a compor em meados de 98, em um encontro com Emerson Fittipaldi, onde negociaram um automóvel desse modelo. Seres humanos é a canção em que o rei apresenta sua atual visão de mundo em uma tentativa de mostrar a eterna busca de equilíbrio que o ser humano percorre em um jogo de culpados e inocentes.

O que dizer de História de amor, uma bossa lindíssima de Lula Barbosa e Pedro Barezzi, compositores estreantes na obra do rei e, Eu vou sempre amar você de Eduardo Lages em parceria inédita com César Augusto? Canções lindíssimas que poderiam nortear qualquer cena de amor ou de novela!

Pra sempre vendeu mais de um milhão de cópias. Infelizmente tocou muito pouco nas rádios, pois a pirataria já assolava o país. É um disco lindo para se ouvir em qualquer bom momento, canções de amor que emanam do fundo de uma alma eternamente apaixonada. É sem sombra de dúvidas, mais uma pérola da coroa desse artista que reina na música brasileira há 50 anos!

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Pela luz dos olhos seus...

Heloísa Maria Buarque de Hollanda, ou simplesmente Miúcha, como é conhecida essa cantora de tantas estradas na música brasileira. Carioca e irmã de Chico Buarque, Miúcha foi casada com João Gilberto, com quem teve a também cantora Bebel Gilberto. Sua estréia em disco começou em 1975, em um trabalho realizado com o João e com Stan Getz e a partir daí, realizou vários shows com estes e, posteriormente com Tom Jobim, Vinícius de Moraes e Toquinho.

Uma das canções mais marcantes de sua carreira é Pela luz dos olhos seus, tema de abertura da novela global Mulheres apaixonadas, atualmente em Vale a pena ver de novo. Miúcha gravou dois discos com Tom Jobim, onde além dessa interpretação imortalizada, surgiram outros sucessos como Chega de saudade, A felicidade, Água de beber, Vai levando, Samba do avião, Falando de amor, entre outros.

Além de ser irmã de Chico, tornou-se uma de suas mais constantes intérpretes, de quem ganhou a composição Maninha, além de interpretar outros sucessos como Desalento, Eu te amo, Assentamento, Anos dourados, Gente humilde, Olhos nos olhos, Todo sentimento, etc. Fez diversos shows no país e no exterior com Tom, Vinícius e Toquinho no final da década de 70, que podemos conferir em um dvd recém lançado desse encontro. Seu mais recente sucesso foi Você vai ver, tema da novela Paraíso tropical e continua realizando seus shows e sendo figura marcantes na música brasileira.

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Você não me ensinou a te esquecer...

Nos anos 70, surge no cenário nacional de nossa música um artista romântico que faria muito sucesso nas rádios: Luiz Fernando Mendes Ferreira, ou simplesmente Fernando Mendes. Natural de Conselheiro Pena, cidade mineira, Fernando começou no início dos anos 70 juntamente com José Augusto, com quem compôs algumas canções.

Seu primeiro sucesso foi a canção A desconhecida, que foi logo para as rádios e tornou-se uma das mais pedidas, consagrando o jovem compositor dessa canção regravada recentemente por Leonardo. Foi com essa canção que Fernando apresentou-se pela primeira vez na televisão, no programa do Chacrinha.

A partir de então, tornou-se um dos cantores mais populares do país com várias apresentações e com sucessos como Cadeira de rodas, Dois amores, Eu queria dizer que te amo numa canção, Ontem hoje e amanhã, entre outras, além de seu maior sucesso: Você não me ensinou a te esquecer, campeão de vendas em 1979 e regravada recentemente por Caetano Veloso e Bruno e Marrone.

Fernando foi de um tempo em que suas canções tocavam bastante nas rádios e mesmo sendo taxado de brega, tais canções eram gravadas com grandes orquestras e músicos, em um trabalho com muito capricho, o que o faz continuar seguindo sua carreira compondo e realizando shows país afora.

Um forte abraço a todos!

domingo, 18 de janeiro de 2009

Meu país

Essa belíssima canção retrata toda emoção de Zezé di Camargo ao retratar nosso país. Utilizada também em campanhas políticas país afora, Meu país foi gravada em 1997 pela dupla Zezé e Luciano e também pela Roberta Miranda.

É mais uma canção ufanista que nosso cancioneiro apresenta, mas ao contrário de muitas que apontam sempre os desastres e pessimismos, deixando sempre a culpa nas mãos de alguém, essa letra aponta para as maravilhas que esse povo otimista produz através de seu trabalho e seu suor e pela natureza tão generosa que esse país dispõe. E, embora demonstre que falta consciência política e humana por parte dos governantes e de uma minoria, a canção mostra que nem por isso deixamos de amar nossa terra.

É um chega pra lá do Zezé nessa minoria que ainda insiste em criticar suas canções e composições por simples discriminação ou preconceito. Seria melhor refletir sobre essa letra e sobre o que estamos fazendo para melhorar nosso país, pois os políticos são reflexos de um povo e obras como essas só demonstram que podemos fazer mais pelo nosso país e pelo ser humano.

Meu país
(Zezé di Camargo)

Aqui não falta sol, aqui não falta chuva
A terra faz brotar qualquer semente
Se a mão de Deus protege e molha o nosso chão
Por que será que tá faltando pão?

Se a natureza nunca reclamou da gente
Do corte do machado, a foice, o fogo ardente
Se nessa terra tudo que se planta dá
Que é que há, meu país? O que é que há?

Tem alguém levando lucro
Tem alguém colhendo o fruto
Sem saber o que é plantar

Tá faltando consciência
Tá sobrando paciência
Tá faltando alguém gritar

Feito um trem desgovernado
Quem trabalha tá ferrado
Nas mãos de quem só engana

Feito mal que não tem cura
Estão levando à loucura
O país que a gente ama

Feito mal que não tem cura
Estão levando à loucura
O Brasil que a gente ama

Um forte abraço a todos!

sábado, 17 de janeiro de 2009

Maria Bethânia - Maricotinha ao vivo

Um dos cds/dvds mais poéticos e auto-biográficos dos últimos anos foi lançado em 2003, pela Biscoito fino: Maria Bethânia - Maricotinha ao vivo, como resultado das comemorações de 35 anos de carreira, na verdade 37 na época, dessa intérprete que tem marca registrada na nossa música brasileira.

Com direção de Jaime Alem e produção de Moogie Canazio, o projeto resultou em um dvd e um cd duplo com cerca de 46 canções e textos declamados e interpretados pela arte ímpar de Bethânia. Sua carreira é repassada de ponta a ponta, desde o show Opinião que marca sua estréia nacional até suas mais recentes releituras, abordandos os diversos compositores que gravou durante todo esse tempo.

Encontramos compositores como Tom, Edu e Chico em canções como Fotografia, Anos Dourados, A moça do sonho, De todas as maneiras, Sob medida, O tempo e o rio, Apesar de você, Rosa dos ventos; encontramos também o mano Caetano, Roberto e Erasmo em O quereres, A voz de uma pessoa vitoriosa, Fera ferida e Nossa canção (Luiz Ayrão); encontramos também clássicos populares da Bethânia como Negue, Seu jeito de amar, Casinha branca, Ronda (apenas no cd).

O que dizer de compositores do rock nacional como Rita e Cazuza em Baila Comigo/Shangrilá e Todo amor que houver nessa vida? Alguns mais regionais como Gonzaga, Gonzaguinha e Chico César em Pau-de-arara, Festa, Explode coração e Dona do dom; ou compositores da nova geração como Adriana Calcanhoto, Ana Carolina, Vanessa da Mata e Lenine em Depois de ter você, Pra rua me levar, O canto de dona Sinhá e Nem sol nem lua nem eu, respectivamente. Há ainda aqueles que são sempre visitados como Djavan, Gil e Caymmi em Álibi, Se eu morresse de saudades, Maricotinha e Sábado em Copacabana. E não poderiam faltar Vinícius/Toquinho, Roberto Mendes, Zé Kéti, Beto Guedes e Sueli Costa em Menininha, Noite de estrelas, Opinião, Amor de índio e Coração Ateu.

Bethânia, que já lançou vários trabalhos ao vivo, tem em Maricotinha um resumo e uma convergência de todos os outros trabalhos e de toda sua carreira que é, como demonstrado acima, marcada pelo ecletismo e pelo bom gosto na hora de escolher o que cantar, porque nesse momento é a alma brasileira que é cantada e recitada através de sua voz!

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Os compositores do Brasil - 10

A série Os compositores do Brasil chega à sua décima edição com uma tripla homenagem: abordaremos os três parceiros mais marcantes do Luiz Gonzaga, que deixaram a coroa do rei do baião com seu brilho eterno, através de clássicos que ajudaram a construir em nossa música brasileira.

O primeiro grande parceiro de Gonzaga foi o advogado Humberto Cavalcanti Teixeira, ou simplesmente Humberto Teixeira que conheceu Gonzaga em 1945 e com ele compôs clássicos como Baião, Qui nem jiló, Respeita Januário, Assum preto, Estrada de Canindé, Juazeiro, Paraíba, No meu pé de serra, Lorota boa e a mais célebre de todas: a Asa branca. Humberto também foi regravado por outros artistas como Dalva de Oliveira, Gilberto Gil, Fagner, Elba Ramalho, Caetano Veloso, Gal Costa, etc.

José de Sousa Dantas Filho, médico, mais conhecido como Zé Dantas foi o segundo grande parceiro de Gonzaga, que conheceu em 1949 e compuseram clássicos como Abc do Sertão, Algodão, Cintura fina, Forró de Mané Vito, Noites brasileiras, O xote das meninas, Riacho do navio, Vem morena, Sabiá, São João na roça, Vozes da seca, A volta da Asa branca, entre outros, imortalizados pelo rei do baião e por outros grandes nomes como Fagner, João Bosco, Gilberto Gil, Gal Costa, Elba Ramalho, Alceu Valença, Zé Ramalho e Geraldo Azevedo. Zé Dantas tem como neta a cantora Marina Elali, que gravou seu maior sucesso, O xote das meninas, em inglês.

O mais recente, nem por isso menos importante compositor e parceiro de Gonzaga foi João Silva, com quem Gonzagão compôs seus últimos sucessos já na década de 80. Estão entre os clássicos Vou te matar de cheiro, Pagode russo, Danado de bom, Nem se despediu de mim, Sanfoninha choradeira, Deixa a tanga voar, entre outras também interpretadas por outros nomes como Ney Matogrosso, Lenine, Elba Ramalho, Fagner, dentre outros. É menos conhecido que os anteriores, entretanto atuou nas úlimas composições e fase do rei do baião.

Gonzaga teve outros parceiros marcantes e também gravou clássicos de gente como Hervé Cordovil, Patativa do Assaré, Onildo Almeida, José Marcolino e Gonzaguinha, onde todos reforçaram, como já foi dito, o brilho da coroa desse artista que está pra sempre no coração da música brasileira!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Mel em minha boca...

O mundo do samba aterrisa no Blog trazendo mais um grande nome da nossa música: Almir de Souza Serra, conhecido por Almir Guineto. Fundador do grupo Fundo de quintal, Almir é um autêntico sambista raiz. A música vem de berço, já que seu pai, Iraci de Souza era violonista e integrante de grupo de samba, sua mãe, Nair de Souza participava da Escola Acadêmicos do Salgueiro e seu irmão Fransisco foi um dos fundadores do grupo Originais do samba!

Nos anos 70, como mestre de bateria, Almir integrou a Escola de Samba Salgueiro e inovou o samba quando introduziu o Banjo. Em 1979 tornou-se cavaquinista do Originais do Samba e compôs sua primeira canção: Bebedeira do Zé. Nos anos 80, foi um dos fundadores do grupo Fundo de quintal, logo depois seguindo carreira solo.

Talvez nos dias atuais, nem todos conheçam Almir, mas reconhecem suas canções que já tocaram em toda parte do planeta, inclusive, fora dele, como foi o caso de Coisinha do pai. Outras canções consagradas são: Lama nas ruas, Mel na boca, Mordomia, Pedi ao céu, Tem nada não, Não quero saber mais dela, Da melhor qualidade, Corda no pescoço, Ave coração, Trama, Insensato destino, Almas e coração, Caxambu, Conselho, Batendo na palma da mão, Jeito de amar, entre outras.

Almir Guineto é cantado também por outros grandes nomes do samba e da música brasileira como Beth Carvalho, Zeca Pagodinho, Jorge Aragão, Dudu Nobre, Martinho da Vila, Fundo de quintal, Leci Brandão, Joanna, entre tantos outros que, com certeza já ouvimos quando nos deliciamos com sambas tão marcantes da nossa música.

Um forte abraço a todos!

domingo, 11 de janeiro de 2009

A paz

Em meio a tanto conflito, bombas, tiros, violência, em várias partes do mundo, sobretudo na Palestina, Afeganistão e no Iraque, atualmente, nada como refletir, através da letra do Gil e do Donato o quanto é importante encontrarmos e vivenciarmos a paz!

Pensar em quantos inocentes tiveram que sofrer com suas próprias vidas para que possamos desfrutar desse momento é no mínimo contraditório, como diz a letra: "Só a guerra faz nosso amor em paz..." E que olhemos para dentro de nós mesmos e encontremos essa paz sonhada e compartilhada entre todos!

É claro que não podemos fechar os olhos para o verdadeiro sentido da paz, que não é apenas viver em um mundo de hipocrisia, fingindo gostar dos outros, mas é buscar viver em harmonia, mesmo sem relações firmes, pois não preciso fazer o mal se não faço o bem quando determinada pessoa não merece. Não somos obrigados a suportar quem nos prejudica, isso não é aceitar as diferenças, pois elas nos são nocivas quando buscamos uma boa convivência e não conseguimos, mas precisamos amar o respeito a todos, pois assim amamos o semelhante, com suas diferenças e, mesmo que seja melhor a distância entre as pessoas para uma convivência sadia, o respeito deve imperar para haver o alicerce da paz entre a sociedade e no mundo enfim!

A paz
(Gilberto Gil e João Donato)

A paz invadiu o meu coração
De repente, me encheu de paz
Como se o vento de um tufão
Arrancasse meus pés do chão
Onde eu já não me enterro mais

A paz fez um mar da revolução
Invadir meu destino;
A paz, como aquela grande explosão
Uma bomba sobre o Japão
Fez nascer o Japão da paz

Eu pensei em mim, eu pensei em ti
Eu chorei por nós
Que contradição, só a guerra faz
Nosso amor em paz

Eu vim, vim parar na beira do cais
Onde a estrada chegou ao fim
Onde o fim da tarde é lilás
Onde o mar arrebenta em mim
O lamento de tantos "ais"

Um forte abraço a todos!

sábado, 10 de janeiro de 2009

Divórcio de Julio Iglesias

Não precisa de espanto! Não é nenhuma notícia sensacionalista sobre a vida particular do grande cantor romântico Julio Iglesias e sim, uma abordagem sobre um de seus mais recentes trabalhos! Lançado em 2003, Divórcio comprova porque Julio é tido como um dos melhores do mundo, mesmo "Pasando los años..."

Gravado em Nova York e com direito à orquestra sinfônica, Divórcio edita uma contínua e perfeita sonoridade dos trabalhos do Julio, sob a produção de Roberto Livi, que também assinala a composição de algumas das mais lindas canções desse cd como Que ganáste e Como hán pasado los años, que foi destaque da novela Celebridade da Rede Globo em 2003.

Além da faixa título que abre o cd, Criollo soy e Corazón de papel, que apresentam uma levada dançante, e das citadas acima, Divórcio traz algumas outras novidades como uma nova versão para o tema amor e estrada em La carretera II, que apenas na abordagem do tema lembra La Carretera, gravada em 1995, pois apresenta outra letra e outra levada. Na sequência, La ciudad de madrugada, El bacalao, Echame a mi la culpa, Esa mujer ( que também em nada tem haver com outra canção homônima do Julio da década de 80), Crazy in love e uma versão em espanhol do clássico do Frank Sinatra, Strangers in the night, aqui como Extraños nada más.

Esse é um dos trabalhos mais recentes do Julio, quase todo em espanhol e que mostra que ele continua sendo o grande artista romântico que penetrou no Brasil de forma ímpar e que a cada lançamento se perpetua a continuidade da perfeição de sua obra, mostrando que está distante de se divorciar do talento, do romantismo e do sucesso!

Um forte abraço a todos!