quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Lembro só das vezes que te amei demais

Ela é tida como a mais famosa afilhada musical do rei Roberto Carlos e no final da década de 70 e por toda década de 80 foi um estouro nas rádios com suas gravações e interpretações que emocionaram o país. Desde criança já pensava em música, pois aos quatro anos ganhou um piano de seu pai e teve auxílio de seu avô nas primeiras notas e acordes.

Seu pai era amigo do Roberto, com quem já convivia e que seria peça fundamental em sua carreira artística. Sempre foi a número um da sala onde estudava e já aos doze anos mostrou suas composições ao rei da música brasileira. Roberto a indicou para fazer um teste em sua gravadora e obteve aprovação, gravando sua primeira canção Tão só!

E no ano seguinte recebeu de presente de aniversário do rei a canção mais marcante de sua carreira e o primeiro sucesso nacional: Lembranças! Essa canção rendeu mais de um milhão de cópias e seis meses no topo da parada de sucessos. Em 1980, outro presente do rei, a canção Cedo pra mim, além das canções de sua autoria que começavam a entrar nas trilhas de novelas globais.

Outros sucessos sucederam nos anos 80 como O amor é nosso, Ah esse amor, Até quando, Sempre me faz bem, Todo o prazer, Desejos, Uma voz no coração, Me ensina o que fazer, Coração ferido, Idas e voltas, Quando o amor acaba, De carona na felicidade, entre tantos, sem falar em um novo e estrondoso sucesso nacional na década de 80 que foi Qualquer jeito, versão de Roberto e Erasmo!

Kátia, além da grandiosa cantora romântica que representa, mostra através de sua arte e figura humana que podemos vencer diversos obstáculos em prol dos nossos objetivos! Seria legal se a mídia abrisse mais espaço para artistas como esses que provam, através de sua musicalidade, que o amor atravessa barreiras e está na voz do povo!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Eu vou te dar amor maior e mais profundo...

Mais um dos cantores mais populares desse país, amado por uns, ignorado por outros, a verdade é que Reginaldo Rossi já está há mais de 40 anos seguido por uma legião de fãs que o deram a coroa de rei do brega, título esse que ostenta com muito orgulho! Sem falar que este é um dos campeões de covers no Brasil.

Antes de ser cantor, Reginaldo estudou matemática e engenharia, mas abraçou sua arte e dedicou-se integralmente a ser cantor e compositor. Rossi iniciou sua carreira cantando iê-iê-iê, com seu primeiro sucesso O pão em 1964. Participou da Jovem Guarda e fez vários sucessos populares, se consagrando como cantor romântico ou brega. Rossi define isso como um estilo como outro qualquer e não da forma pejorativa como tantos defendem! Afirma que canta sucessos em francês, inglês e italiano que se convertessem suas letras para o português, soariam como cafona, algo puramente hipócrita, como define!

Seu sucesso veio mesmo na década de 70 com Mon Amour, meu Bem, ma Femme, já regravada dezenas de vezes pelos mais diversos artistas. Curioso é que embora tenha passado muito tempo esquecido pelo público sulista, Rossi sempre esteve no auge no Norte e Nordeste do país, especialmente divulgando as belezas do Recife e Região, a quem se define como um apaixonado! Em meados dos anos 90, foi redescoberto pela mídia com o ressurgimento da canção Garçom, que fez mais sucesso por essa época que quando foi lançada em 1987.

Outros sucessos memoráveis de Reginaldo Rossi são A raposa e as uvas, Namoradinha de um amigo meu, A volta, Amanhã, As quatro estações, Deixa de banca, Esqueça, Eu devia te odiar, Eu não presto mas eu te amo, Garçom, Itamaracá, Leviana, Na hora do adeus, O dia do corno, Recife minha cidade, Se meu amor não chegar, Tô doidão, Volta, Tenta esquecer, entre tantos outros que sempre estiveram presentes no rádio, nas casas de seus fãs e nos repertórios dos cantores da noite do país afora.

Como conterrâneo do Reginaldo, afirmo que seu sucesso é algo constante e que merece respeito, quando não reverências, afinal de contas são muitas pessoas que pegam sua cervejinha e se dão o prazer de cantar junto com o rei do brega sucessos populares que tão bem contam os amores e desamores de um povo apaixonado! E essa coisa de brega ser algo menor é pura balela como ele defende tão bem através de sua musicalidade!

Um forte abraço a todos!

domingo, 9 de novembro de 2008

Volta ao começo

Gosto do Fábio Jr., seja como compositor, como intérprete, como grande nome da nossa música brasileira, grande cantor romântico, afinal, romantismo anda meio escasso! Essa canção foi lançada na década de 80 e firmou-se como um clássico de seu repertório.

Muitas frases filosóficas em torno de um amor que não deu certo poderiam ser repetidas em nosso cotidiano, pois a letra traz muito a se aprender! Coisas como "Um campeão se mostra na derrota..." ou "A ferro e a fogo o amor marcas deixou..." são bastante profundas. E amores estão aí para serem vivenciados, reverenciados, pois crescemos com eles e mesmo quando não dão certo, é o que diz a canção: "A faca é cega, mas ainda corta..."

Volta ao começo
(Enrique Urquijo Prieto e Cláudio Rabello)

Todo caminho tem, tem ida e volta
E um coração, alguém que já amou
Um campeão se mostra na derrota,
Na força pra lutar quando já cansou

O quarto ainda é frio e a cama queima
Só de lembrar quem nela se deitou
Minha história é essa, esse é o problema
A ferro e a fogo o amor marca deixou

Toda saída tem a sua porta
O que se faz aqui se vê depois
A faca é cega, mas ainda corta
Quem disse o que já era ainda não foi

Estou morrendo aos poucos, esse é o preço
De amar quem nunca teve tal valor
Um dia ainda volto ao começo
E apago então as marcas desse amor...

Um forte abraço a todos!

sábado, 8 de novembro de 2008

Os ao vivo do Chico - 3

Com esse disco, encerramos a série Os ao vivo do Chico, apresentados em 04/03 e 15/05, com dois grandiosos discos ao vivo do Chico, Le Zenith e As cidades, respectivamente. O último cd ao vivo da série é o Carioca ao vivo, aqui representado pela capa do dvd, que foi mais feliz por apresentar o artista e não apenas sua sombra como no cd!

Com 28 canções, Carioca ao vivo duplo traz as composições mais recentes do Chico e alguns de seus inesquecíveis sucessos! Gravado no Tom Brasil em 2006 e no Canecão em 2007, o projeto tem produção e arranjos de Luis Cláudio Ramos, que dirige os shows do Chico já há alguns anos!

Recluso dos palcos até então, Chico inicia o show com Voltei a cantar de Lamartine Babo, emendando com Mambembe e Dura na queda. Na sequência, uma homenagem ao que Chico mais ama, depois da música e literatura: O futebol. Para matar a saudade de Clara Nunes, interpreta Morena de Ângola. A parceria com Ivan Lins é entoada em Renata Maria, sucesso mais recente de seu repertório e que reflete bem o Rio de Janeiro. Seguida de Outro sonhos, também do repertório mais contemporâneo.

Imagina, que Chico fez com Tom se fez presente, seguida de Porque era ela, porque era eu e o fox belíssimo Sempre, abrindo algumas questões temas de filmes. Lindo é ouvir Mil perdões que o Chico resgata. O primeiro disco ainda traz A história de Lily Braun, A bela e a fera, Ela é dançarina, As atrizes, Ela faz cinema e Eu te amo, essas duas últimas, de arrasar! O segundo disco traz como abertura Palavra de mulher, seguida de Leve, Bolero Blues, As vitrines (essa esteve nos três projetos ao vivo, coincidentemente), Subúrbio e Morro Dois Irmãos, canções meio desconhecidas do repertório mais recente do Chico, com exceção de As vitrines.

No último bloco, canções como Futuros amantes e Bye, bye Brasil levantam novamente a platéia, seguidas de Cantando no Toró, Grande hotel, Ode aos ratos e Na carreira, encerrando o espetáculo com os clássicos Sem compromisso, Deixe a menina, Quem te viu quem te vê e João e Maria. É mais um grandioso espetáculo desse que é sem sombra de dúvida o maior compositor da história da música brasileira, apresentando nesse show, seus sucessos mais recentes, mesclado com clássicos inesquecíveis de sua fascinante obra!

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Vem mostrar pra mim o seu calor...

Uma das grandes vozes baianas de todos os tempos: Margareth Menezes. Começou a cantar em corais religiosos ainda pequena. Aos quinze anos aprendeu violão e ao dezoito já atuava como atriz em peças teatrais de Salvador, começando a cantar aos vinte anos em barezinhos da cidade.

Estréia em shows já em 1985 e em 1987, com o advento da axé music e a participação feminina em trios elétricos tornou-se vocalista de trio do bloco 20 vê. Alcançando sucesso internacional expressivo, Margareth transita entre o axé e a mpb. É fascinante contemplar seu canto em canções mais intimistas, não muito comum em suas apresentações em trios.

Entre seus grandes sucessos, podemos destacar A luz de Tieta, Dandalunda, Faraó Divindade do Egito, Como tu, Chama ele, Balanço do mar, Luz dourada, Alegria da cidade, Me abraça e me beija, Miragem na esquina, Sou faraó, Pra você, Liberdade, Ilê que fala de amor, Haja amor, Balanço do mar, entre outras que expressam sua grandeza no palco e sua versatilidade nas interpretações e no canto de nossa música brasileira!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Uma voz no ouvido...

Uma das promessas mais recentes da música brasileira traz no sangue harmonia e melodia veteranas! O filho de Elis Regina e César Camargo Mariano traz na voz a alma musical: Pedro Mariano é sem sombra de dúvida um dos grandes nomes da música brasileira contemporânea.

A primeira vez que subiu ao palco foi aos 12 anos em um festival de música, participando posteriormente de outros festivais com sua banda que se chamava Confraria. Em 1994, começa sua carreira solo com gravações próprias e jingles. Em 1995 participou de um tributo à sua mãe cantando alguns de seus sucessos e a partir disso não parou mais.

Em seu primeiro cd, adotou seu nome completo: Pedro Camargo Mariano, produzido por seu irmão João Marcelo Bôscoli e lançado em 1997. Posteriormente, Pedro começa a produzir seus próprios lançamentos e a contar com a participação de seu pai nos arranjos, como em 2003 quando lança o cd piano e voz, entre tantos outros que também obteve indicação ao Grammy.

Pedro navega entre compositores consagrados até nomes de sua geração como Lenine e Jair Oliveira. Entre seus maiores sucessos estão Voz no ouvido, Caminhos cruzados, Tudo bem, Pode ser, Triste, De repente, Caso sério, Você vai ver, Se eu quiser falar com Deus, É com esse que eu vou, Tudo certo, Preciso dizer que te amo, Dupla traição, O silêncio das estrelas, As curvas da estrada de Santos, entre tantas que ganham uma interpretação ímpar nessa voz suave que a música brasileira tem para apreciar!

Um forte abraço a todos!

domingo, 2 de novembro de 2008

O homem

Em 1973, Roberto Carlos e Erasmo Carlos fizeram uma canção que diz muito sobre Jesus, sobre a vida, sobre os mistérios além da vida... Com um certo teor espírita, a canção O homem oferece uma reflexão sobre os ensinamentos cristãos e sobre a fé, apontando nossa existência como um processo contínuo, não cessando com nossa passagem para outro plano.

É o que podemos comprovar no trecho: "Além da vida que se tem, existe uma outra vida além e assim, o renascer, morrer não é o fim..." Uma mescla de esperança e otimismo em uma letra de pura exaltação e amor às palavras e ensinamentos do Filho de Deus no meio de nós, amor em forma de canção...!

O homem
(Roberto Carlos e Erasmo Carlos)

Um certo dia um homem esteve aqui
Tinha o olhar mais belo que já existiu
Tinha no cantar uma oração
E no falar a mais linda canção que já se ouviu.

Sua voz falava só de amor
Todo gesto seu era de amor
E paz, Ele trazia no coração.

Ele pelos campos caminhou
Subiu as montanhas e falou do amor maior.
Fez a luz brilhar na escuridão
O sol nascer em cada coração que compreendeu

Que além da vida que se tem
Existe uma outra vida além e assim...
O renascer, morrer não é o fim.

Tudo que aqui Ele deixou
Não passou e vai sempre existir
Flores nos lugares que pisou
E o caminho certo pra seguir

Eu sei que Ele um dia vai voltar
E nos mesmos campos procurar o que plantou.
E colher o que de bom nasceu
Chorar pela semente que morreu sem florescer.

Mas ainda é tempo de plantar
Fazer dentro de si a flor do bem crescer
Pra Lhe entregar quando Ele aqui chegar

Tudo que aqui Ele deixou
Não passou e vai sempre existir
Flores nos lugares que pisou
E o caminho certo pra seguir...

Um forte abraço a todos!

sábado, 1 de novembro de 2008

Joanna Todo Acústico

E hoje estaremos contemplando o álbum acústico de Maria de Fátima Gomes Nogueira, nossa Joanna, uma das cantoras mais românticas e populares desse país! Lançado em 2003, com a produção de José Milton, Joanna gravou em estúdio alguns de seus maiores sucessos com grandes arranjos e convidados ilustres.

Com arranjos dos maestros Jota Moraes, Cristóvão Bastos e Jaime Alem, o disco começa com Caminhos do coração, sucesso composto por Gonzaguinha, de quem Joanna já havia interpretado e era grande amiga. A segunda faixa traz uma reverência a uma das cantoras mais apreciadas pela Joanna: Maria Bethânia na interpretação de Maninha de Chico Buarque e Vinícius de Moraes.

Na canção seguinte, Joanna relembra outro grande ídolo seu, ao interpretar Você não serve pra mim, sucesso da Jovem Guarda na voz do rei Roberto! Na sequência, dois clássicos do repertório da Joanna: Um sonho a dois, agora com a participação do KLB (Na gravação original, o dueto ocorreu com Roupa Nova) e Meu namorado, com direito ao acordeão do Sivuca e um ar ainda mais de interior!

Em seguida, temos Você vai sentir saudade e Amor alheio, esta última com mais um dueto de Joanna e Fagner, que antes já haviam gravado Meu primeiro amor e Semente. Na sequência, Preciso desse amor e Teu caso sou eu, numa gravação mais intimista, tipo voz e violão. Uma das canções e dueto mais inusitados ocorre com Jorge Aragão em Mel na boca, finalizando o projeto com Viagem, Diz quem me diz e Adormecer o fado.

O disco traz como última faixa a mensagem Nós queremos paz, com direito à participação do Coral da Escola de Música da Rocinha. Embora sintamos falta de alguns sucessos eternos da Joanna como Amanhã talvez e Estranha dependência por exemplo, é um sem dúvida, um disco marcante na carreira dessa que é uma das mais inesquecíveis cantoras românticas do Brasil.

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Frank Sinatra

Com alguma raridade, tenho comentado sobre artistas internacionais, pois reconheço sua presença tão constante em terras tupiniquins que, alguns desavisados poderiam até pensar que são natural daqui, pelo sucesso que produzem! É o caso por exemplo do Julio Iglesias.

Frank Sinatra não pode ser visto diretamente assim, mas suas canções obtiveram alcance mundial, influenciando inclusive nossa música e nossos artistas! Francis Albert Sinatra lançou canções que se tornaram clássicos internacionais, reconhecidas em muitas partes do mundo! O que dizer de New York New york, As time goes by, Fly me to the moon, I´ve got your under my skin, Killing my softly, Moon River, My way, The Lady is a Tramp, Strangers in the night, For once in my life, Night and day, Something Stupid e tantas oturas que embalaram emoções à flor da pele de tantos brasileiros?

Sinatra esteve no Brasil para um show histórico no Maracanã em 1981! Sua ligação com a música brasileira vem de antes pois chegou a gravar Tom Jobim, com o próprio maestro, canções como Garota de Ipanema e Insensatez! Muitos dos nossos intérpretes são considerados os "Sinatras brasileiros", entre eles Roberto Carlos e Cauby Peixoto! Nesse ponto, nossa música é abençoada sobretudo porque temos vários Sinatras, com influências do eterno e inesquecível Frank Sinatra!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Os compositores do Brasil - 8

A série Os compositores do Brasil apresenta mais um grande nome da nossa música brasileira, pouco conhecido, mas que tem composições fantásticas, reconhecidas por todos: Abel Ferreira da Silva, ou simplesmente Abel Silva como assina suas composições!

Natural de Cabo Frio, sua primeira composição melódica foi a canção Eu chego lá, parceria com João do Vale. Já havia feito também Sangue e pudins e Asa partida com o Fagner, sem propósitos, mas o que lhe abriu os olhos para essa arte que dominava. Dando preferências às letras das canções nas parcerias, surge seu primeiro sucesso nacional: Jura Secreta, com Sueli Costa e imortalizada por Simone e posteriormente por Fagner, de quem também é parceiro. Além desses, também já compôs com Ivan Lins, João Donato, Moraes Moreira, João Bosco, etc.

Dessas parcerias, surgiram sucessos inesquecíveis do público como Passarelas no ar, Festa do interior, Brisa do mar, Quando o amor acontece, Depende, Desenho de giz, Alma, Amor escondido, Raio de luz, etc.

Os melhores intérpretes de suas canções foram Elis Regina, Simone, Gal Costa, Maria Bethânia, Nara Leão, Fagner, Cauby Peixoto, Emílio Santiago, Chico Buarque, Paulo Ricardo, Ivan Lins, Nana Caymmi, Zizi Possi, Luiz Gonzaga, Joanna, Nelson Gonçalves, entre outros. É por essas e tantas outras que Abel Silva tem essa singela, mas merecida homenagem por seu expressivo trabalho, divulgado por todos esses intérpretes e pelo povo brasileiro!

Um forte abraço a todos!