quinta-feira, 14 de maio de 2009

Estou a dois passos do paraíso...

Uma banda muito famosa no início dos anos 80 foi a Blitz, tendo como vocalista o Evandro Mesquita e como vocal de apoio Fernanda Sampaio de Lacerda Abreu, que mais tarde seguiria carreira solo e seria conhecida simplesmente por Fernanda Abreu, e evoluiu do pop rock de sua antiga banda para outros estilos como Sambalanço, Rap e Funk.

Fernanda se lançou em carreira solo em 1990, tendo seu primeiro disco produzido por Hebert Viana e já alcançou sucesso com A noite, Você pra mim e Luxo pesado. Em seu segundo disco brilhou o sucesso de Jorge da Capadócia e alcançou definitivamente seu reconhecimento com Rio 40 graus. Nos anos posteriores outros sucessos como Garota sangue bom, Brasil é o país do suingue, É hoje, Kátia Flávia, Sou da cidade, São Paulo-SP, Meu CEP é o seu, Urbano Capital, Megalópole-Cidade, Eu vou torcer, A dois passos do paraíso e Veneno da lata.

Seja associada ao Funk ou ao Rap, seja em clipes bem produzidos para a Mtv, seja em composições contemporâneas, Fernanda Abreu se faz um novo nome para a música brasileira e firma cada vez mais sua carreira, cativando cada vez mais seu público fiel.

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 12 de maio de 2009

Vem pros meus braços meu amor, meu acalanto...

Mais um dos grandes sambistas dessa terra abençoada pela diversidade musical: Arlindo Domingos da Cruz Filho, o grande Arlindo Cruz. Oriundo do grupo Fundo de Quintal, o carioca Arlindo Cruz é também um dos grandes nomes da composição do samba e já aos sete anos ganhou seu primeiro cavaquinho. Aos doze já tocava de ouvido.

Mais tarde, após ter aulas musicais, participou de rodas de samba com vários artistas, entre eles Candeia, a quem considera um padrinho musical. Anos depois já participava de rodas de samba do Cacique de Ramos ao lado de pessoas que se tornariam seus parceiros musicais, seja interpretando suas canções ou compondo em parcerias, como é o caso de Jorge Aragão, Almir Guineto, Beth Carvalho e Zeca Pagodinho. Seus primeiros sucessos são gravados, entre eles: Lição de malandragem, Grande erro e Novo amor.

Com a saída de Jorge Aragão do grupo Fundo de Quintal, assumiu o posto de vocalista e permaneceu ali por doze anos, revelando os sucessos: Seja sambista também, Só pra contrariar, Castelo cera, O mapa da mina e Primeira dama. Outros sucessos são Bagaço de laranja, Casal sem vergonha, Dor de amor, Quando eu te vi chorando, Jiló com pimenta, Partido alto mora no meu coração, A sete chaves, Pra ser minha musa, Ainda é tempo pra ser feliz e Onde está. Arlindo difundiu o banjo no mundo do samba e atualmente divulga seu novo trabalho: Mtv Ao vivo, onde comemora seus 50 anos. E o mundo do samba e da música brasileira aplaude mais esse sucesso

Um forte abraço a todos!

domingo, 10 de maio de 2009

Feliz dia das mães!!!

Dia das mães só pode ser com um singelo obrigado. Não há palavras, gestos ou atitudes que recompensem esse presente divino. Deus, em sua generosidade plena e perfeição, nos deu o maior presente do mundo!

E o Blog presta uma singela homenagem com essa letra da canção Obrigado mãe, da parceria desses dois grandes compositores, já retratados aqui, e imortalizada pelo Agnaldo Timóteo:


Obrigado, mãe
(Michael Sullivan e Carlos Colla)

Obrigado mãe por todo seu amor
Penso em você e morro de saudade
O seu nome vai comigo aonde eu for
Sempre na tristeza ou felicidade

Obrigado mãe por tudo que me deu
Seu carinho, esperança e afeição
Pra você eu sou criança e quando vem a solidão
Vou buscar alívio no seu coração

Eu agradeço minha mãe as vezes que você falou
Em cada lágrima sentida que por mim já derramou
Obrigado pelos beijos e conselhos que me deu
E a vida que você me ofereceu

Obrigado minha mãe por tudo que eu sou
Obrigado mãe que tanto se sacrificou
Fez tudo pra me ver feliz
Capaz de até morrer por mim
Muito obrigada, por me amar assim.

Um forte abraço a todos e Feliz Dia das Mães!

sábado, 9 de maio de 2009

Roberto Carlos - 50 anos de sucesso!!!

É com o coração escancarado de emoção que conto pra vocês, amigos frequentadores desse modesto espaço, mais um momento de emoção em minha vida! Roberto Carlos comemorou seus 50 anos de carreira com uma turnê que passa pelo Recife nesse final de semana! O show de ontem foi simplesmente sensacional!

Com a direção do maestro Eduardo Lages, (a quem tenho um enorme orgulho e gratidão de chamar de amigo), uma orquestra afinadíssima e um repertório de arrepiar:

1 – Abertura
2 – Emoções
3 – Eu te amo, te amo, te amo
4 – Além do horizonte
5 – Amor perfeito
6 – Detalhes
7 – Outra vez
8 – Aquela casa simples/Meu querido, meu velho, meu amigo/Lady Laura
9 – Nossa Senhora
10 - Do fundo do meu coração
11 – Mulher pequena
12 – Caminhoneiro
13 – Proposta
14 – Cavalgada
15 – É proibido fumar/Namoradinha de um amigo meu/Quando/E por isso estou aqui/Jovens tardes de domingo/Emoções
16 – Como é grande o meu amor por você
17 – É preciso saber viver
18 – Jesus Cristo

Em um show programado para começar as 21:00, os primeiros acordes só ecoaram às 23:45, com alguns fãs já impacientes apenas antes do início, pois basta a primeira nota para o Chevrolet Hall vir abaixo com uma cachoeira de emoções, iniciada com um vídeo clipe com várias passagens da carreira mais que bem sucedida do rei, ao som instrumental de Meu pequeno Cachoeiro! Sob uma nova abertura instrumental, o rei vem ao palco e manda ver com Emoções. Em seguida, as palavras já tradicionais e indispensáveis: "Que prazer rever vocês, obrigado por tudo,... Não sou muito de falar e vou dizer as coisas cantando..."

Na sequência, canções que sacodiram a plateia e a levaram ao delírio, como podemos ver na lista acima. Algumas curiosidades são quanto ao repertório que está reformulado em relação ao apresentado em Cachoeiro do Itapemirim, mês passado: Não cantou Meu pequeno Cachoeiro, que deve ter sido apenas em homenagem à cidade; O medley Olha/Canzone per te/Do fundo do meu coração/Alô foi substituído por Do fundo do meu coração, na íntegra e com direito a palavras do rei: "Essa canção fiz há algum tempo e vem de uma época em que, quando eu queria fazer algo sobre um amor agressivo, saia da frente..."; Roberto também dedica Como é grande o meu amor por você a seus fãs, e em alguns momentos aponta para cada um de forma simbólica ao entoar a canção; Amor sem limite sai do roteiro e entra Mulher pequena; Outra vez vem acompanhada do "pára, respira, acalma o coração e vamos juntos..." Ao cantar o Caminhoneiro, afirma que se não fosse cantor, provavelmente estaria nas estradas do país; ao cantar Amor perfeito, um modesto Roberto afirma que gravou essa canção há muito tempo, mas seu sucesso veio mesmo com Claudinha Leite! Ao apresentar a orquestra, após a canção Cavalgada, brinca com alguns músicos como o baixista Dárcio: "Esse é surfista, surfou aqui, numa prancha maior, é claro..., ou o pianista Wanderley que se levanta e pede mais força em seu aplauso, além de imitar o rei com o gesto de força ao terminar Emoções: "Durante todo esse tempo, não sei quantas vezes aguentei ele fazendo isso em todos os shows..."

Uma plateia emocionadíssima que disputou a ferro e fogo uma rosa, ao final. Presentes para o rei, alguns inusitados, como a bandeira do Náutico, time pernambucano. Eu nem tenho palavras para descrever minhas emoções, de estar ali perto do Roberto e do Eduardo, meus dois maiores ídolos e exemplos musicais; estar ao lado de minha noiva desfrutando de tudo isso (aliás, foi ela quem fotografou para nós), enfim viver emoções que ficam pra sempre em nossos corações e uma simples postagem como essa é apenas uma pincelada na lindíssima paisagem que foi pintada na tela de nossa vida!

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Já arranhei minha garganta toda atrás de alguma paz...

No Brasil, temos uma das maiores vozes femininas chamada Ângela Maria. Mas, temos também outra grande voz, grave e rouca com esse mesmo nome: Ângela Maria Diniz Gonçalves, conhecida entre nós por Ângela Rô Rô. Natural do Rio de Janeiro, o apelido veio de sua risada rouca e grave.

É também pianista e compositora, sofrendo influências no início de sua carreira de Maysa e Ella Fitzgerald e já tendo sido regravada por nomes como Barão Vermelho, Maria Bethânia, Marina Lima, Ney Matogrosso, entre outros. Lançou seu primeiro disco em 1979, já emplacando sucessos como Gota de sangue, Não há cabeça, Agito e uso e Amor meu grande amor. Outros sucessos seguiram com Bárbara, Só nos resta viver, Escândalo, Compasso, Acertei no milênio, Querem nos matar, Tola foi você, entre outras.

Seu mais recente trabalho é o dvd gravado no Circo Voador, com a presença dos convidados Alcione, Frejat e Luiz Melodia. É uma artista que, por problemas pessoais, interrompeu sua carreira em diversos momentos, entretanto sua contribuição musical não pode ser ofuscada!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 5 de maio de 2009

Juro para sempre ser arlequim...

Que Tim Maia é o eterno rei do soul brasileiro, isso ninguém contesta! Mas, não foi essa a única contribuição de Tim, ou melhor, da família à música brasileira! Eduardo Motta, carioca, mais conhecido como Ed Motta surge no final dos anos 80, sob influência do mesmo estilo, reverenciando e abraçando definitivamente o jazz e despontando como grande nome da música nacional.

Seus primeiros sucessos foram Manuel, Baixo Rio e Vamos dançar, presentes em seu primeiro disco, gravado com sua banda Conexão Japeri. Ed também se dedica a tocar instrumentos, chegando a fazer um disco todo instrumental, que mesmo sem cair na graça do público, agradou bastante aos músicos. Em 2008 fez um disco todo em inglês, seu nono trabalho, intitulado Chapter 9, onde participou também da parte de instrumentação!

Outros sucessos de sua carreira são Colombina, Caso sério, Fora da lei, Vendaval, Azul da cor do mar, Solução, Doce ilusão, entre outros. Ed recebeu críticas no início de sua carreira, inclusive até de seu tio, que o aconselhava a cantar música "dor de cotovelo", pois com essa modalidade, ele venderia mais! Alheio a essa ideia, estudou bastante nos Estados Unidos, conheceu grandes ídolos no exterior, sempre garimpando suas paixões musicais, evoluindo para o grande músico que compõe a música brasilera!

Um forte abraço a todos!

domingo, 3 de maio de 2009

A morte do vaqueiro

Hoje vamos navegar pela praia do forró, mais especificamente pela obra do Gonzagão, que cantou sua terra e seus costumes como ninguém! Nessa canção de letra triste e de uma sensibilidade impressionante, Gonzaga descreve o fim de um personagem que desbrava o sertão levando seu ofício com afinco.

Com muita propriedade de quem conhece de perto o tema, A morte do vaqueiro explora a importância do boiadeiro, sobretudo o nordestino que se dedica, como ninguém a uma profissão única de trato aos animais que fazem parte da economia local!

Essa canção também é sempre entoada na famosa Missa do vaqueiro que acontece todo ano em Serrita/PE, já a 34 anos quando Gonzaga foi responsável pela primeira missa em homenagem a seu primo Raimundo Jacó, assassinado na época. Atualmente a missa é dedicada a todos os vaqueiros.

A morte do vaqueiro
(Luiz Gonzaga e Nelson Barbalho)

Numa tarde bem tristonha
Gado muge sem parar
Lamentando seu vaqueiro
Que não vem mais aboiar
Não vem mais aboiar...

Tão dolente a cantar
Tengo, lengo, tengo, lengo,tengo, lengo, tengo
Ei, gado, oi

Bom vaqueiro nordestino
Morre sem deixar tostão
O seu nome é esquecido
Nas quebradas do sertão
Nunca mais ouvirão

Seu cantar, meu irmão
Tengo, lengo, tengo, lengo,tengo, lengo, tengo
Ei, gado, oi

Sacudido numa cova
Desprezado do Senhor
Só lembrado do cachorro
Que inda chora sua dor
É demais tanta dor

A chorar com amor
Tengo, lengo, tengo, lengo,tengo, lengo, tengo
Tengo, lengo, tengo, lengo,tengo, lengo, tengo
Ei, gado, oi...

Um forte abraço a todos!

sábado, 2 de maio de 2009

Perfil Elis Regina

Eis uma cantora que deixa muita saudade e que sua voz continua marcante para os antigos e novos ouvintes de sua obra que é eterna e que pode ser apreciada nessa coletânea, que traz também as letras de suas canções!

Na primeira faixa, uma tradução do bolero de Armando Manzanero, Me vuelves loco, aqui Me deixas louca, com tradução de Paulo Coelho. Em seguida uma canção que Elis imortalizou do repertório do Ivan, Madalena. Casa no campo também foi imortalizada pela eterna pimentinha, e se faz presente nessa obra.Dois pra lá, dois pra cá, da safra do João Bosco mostra sua versatilidade, com direito a trecho do clássico bolero La puerta, ao final. Águas de março traz uma das mais perfeitas parcerias: Elis e Tom e mais um clássico nacional. Atrás da porta revela as bem sucedidas navegações pela obra do Chico. Fascinação tornou-se uma das suas maiores interpretações.

Temos ainda, O mestre sala dos mares, Romaria e Como nossos pais, três clássicos de sua obra e da música brasileira, essa última, da safra do Belchior, de quem Elis foi madrinha. Pra finalizar, temos Nada será como antes, do Milton, Vou deitar e rolar, Cartomante, Querelas do Brasil, Aprendendo a jogar e, com chave de ouro O bêbado e a equilibrista.Um repertório de arrasar, embora sempre faltará aquela que gostamos pois suas interpretações foram eternas como ela é!

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Nossa história começou com confissões de amor...

Uma das características da Jovem Guarda é que apresentou ao cenário nacional grandes bandas de rock que viriam a influenciar toda uma geração posterior ao movimento. Um exemplo disso é a grande banda The Fevers, formada nos anos 60 que consolidou carreira nas décadas seguintes e continua fazendo seus shows e sucesso país afora.

No início a banda se chamava The Fenders e seus membros originais eram Almir (vocais), Liebert (contrabaixo), Lécio do Nascimento (bateria), Pedrinho (guitarra), Cleudir (teclados) e Jimmy Cruise (vocais). Depois, Jimmy saiu do grupo e os membros remanescentes decidiram mudar o nome para The Fevers e entraram mais dois componentes, Miguel Plopschi em 1968 e Luiz Claudio em 1969. Participaram de vários discos de colegas já consagrados, como gravações de Eduardo Araújo (O bom), Deny e Dino (Coruja), Erasmo Carlos (os LPs O Tremendão e Você me acende), Roberto Carlos (gravações como Eu te darei o céu e Eu estou apaixonado por você), Wilson Simonal (faixas como Mamãe passou açúcar em mim), Trio Esperança (LP A festa do Bolinha), Jorge Ben (o LP O bidu/Silêncio no Brooklin) e o primeiro LP de Paulo Sérgio.

Dentre seus grandes sucessos, podemos destacar: Agora eu sei, Cândida, Hey girl, Mar de rosas, Nathalie, Onde estão teus olhos negros, Ninguém vive sem amor, Paloma branca, Guerra dos sexos, Elas por elas, Angel baby, Sou assim, Vem me ajudar, entre tantas que encantaram muitas gerações. Os The Fevers tiveram várias formações e várias pessoas passaram pela banda como o Michael Sullivan, por exemplo. Sua formação atual é Luis Cláudio, Liebert, Rama, Otávio Henrique e Miguel Ângelo, que continuam cantando os sucessos eternos dessa grande banda nacional!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 28 de abril de 2009

Os compositores do Brasil - 14

A série Os compositores do Brasil apresenta hoje Aldir Blanc, um dos compositores mais constantes entre os grandes intérpretes da nossa música. Carioca, formado em medicina e especializado em psiquiatria, começou compondo nos anos 60 e teve destaque nos festivais daquela década com as canções A noite, a maré e o amor, Diva e Amigo é pra essas coisas.

Foi com João Bosco que tornou-se conhecido, compondo seus maiores sucessos: O bêbado e a equilibrista, De frente pro crime, O mestre-sala dos mares, Dois pra lá dois pra cá, entre outras, descobertas primeiramente por Elis Regina, madrinha da dupla. Outro parceiro constante foi Guinga, com quem compôs Catavento e girassol, Nítido e obscuro e Baião de Lacan.

Além de Elis, outros grandes intérpretes que já navegaram em seu repertório são: Cauby Peixoto, Edu Lobo, Paulinho da Viola, Nana Caymmi, Leila Pinheiro, Ivan Lins, Fafá de Belém, entre tantos que interpretaram, além dos sucessos citados, Coração do agreste, Resposta ao tempo, Corsário, Incompatibilidade de gênios, Coração pirata, entre outras que trazem consigo mais um grande nome da nossa composição!

Um forte abraço a todos!